- Me senti abandonada hoje... – reclamei, enquanto me aconchegava mais ainda no colo de Amanda. Ela ainda estava preocupada pelo surto que tive pela manhã, que eu tentava a todo custo esquecer.

- É por um bom motivo, amor... – ela beijou o topo da minha cabeça. – Garanto que vai gostar...

- E se eu não gostar? Vou ser recompensada como? – levantei o rosto para encara-la.

Ela espalmou a mão direita sobre o meu rosto, acariciou a minha pele com o polegar, os azuis me deixavam em ecstasy. Fechei os meus olhos e respirei fundo, pois aqueles lábios perfeitos cobriram os meus. Senti a macies, aquele beijo era maravilhoso, o sabor, a textura, a gentileza que a sua língua pediu passagem e eu prontamente cedi. Me pergunto se algum dia conseguirei viver sem aquela mulher, acho que a resposta é JAMAIS! Um suspiro leve saiu da minha boca quando a dela se afastou.

- Podemos começar assim... – ela beijou a ponta do meu nariz.

- Gostei... – escondi o meu rosto na curva de seu pescoço e aspirei o perfume gostoso, aquele cheiro natural. – Hoje eu senti tanto medo... – confessei.

- Amor... – a voz dela embargou e eu me senti culpada.

- Desculpa... – sentei. – Não quero te deixar triste...

- Não... – ela segurou o meu rosto, a essa altura eu também já tinha lágrimas nos olhos. – Quando você se sentir sufocada, eu quero que me diga... Não importa aonde eu esteja... Me chama amor...

- Eu chamo... – ela me abraçou forte e eu retribui na mesma intensidade. – Obrigada por estar aqui... Eu... – nos afastamos um pouco. Ela beijou as minhas mãos e me olhou. -  Eu te amo...

- Ai, meu amor... – ela encheu o meu rosto de beijos. – Eu te amo, te amo, te amo... – nos abraçamos e ficamos assim por um tempo.

- Meninas... – minha mãe entrou no quarto.

- Oi, mãe... – sorri.

- Vamos? – olhei para ela e depois para a Amanda.

- Vamos para onde? – as duas sorriram.

- Para casa, minha filha... – meu pai entrou no quarto.

- Estão falando sério? – fiquei animada.

- Muito sério... – minha mãe abriu uma mochila que havia deixando mais cedo ali, tirou uma calça preta, uma blusa branca larga e um smart tênis. – Vista, vamos para casa...

Olhei para os três, estava muito feliz em finalmente sair daquele quarto, levantei e peguei as roupas, abracei os três e entrei no banheiro. Olhei o meu reflexo no espelho, eu estava parecendo um fantasma de tão branca, tirei aquela roupa horrorosa de hospital, vesti a minha calça que ficou super apertada, coloquei o tênis e a blusa.

- Que linda... – mamãe veio ao meu encontro e me abraçou.

- Linda, meu amor... – Amanda me abraçou.

- Vamos, minha menina? – meu pai chamou e eu fiquei nervosa de repente.

- Vamos! – minha namorada entrelaçou os dedos nos meus e saímos do quarto.

Recebi alguns cumprimentos durante a saída, o povo desse hospital sempre foi muito simpático e agora não foi diferente. Estávamos na porta principal, quando senti a minha mão sendo apertada, olhei para a Amanda, ela respirou fundo e me olhou. Desviei de seus olhos e mirei a minha frente, uma mulher por voltar de seus quase quarenta anos, mas muito bonita sorria para a Amanda, não gostei daquilo e respirei fundo.

- Olá! – ela disse educadamente. – Boa noite...

- Boa noite... – meus pais responderam educados. Eu dei uma de mal criada e fiquei na minha.

- Henrique, Carolina, Flávia... – Amanda falou desconfortável. – Essa é uma velha amiga, Fernanda...

Meu sangue foi até a cabeça, fechei a cara e a mulher me mirou de cima a baixo, meus pais estranharam a minha falta de palavras.

- Bom, nos vemos na faculdade, Fernanda... – revirei os olhos.

- Nos vemos... – ela sorriu. – Foi um prazer...

- Foi nosso... – meus pais responderam, permaneci quieta.

Andamos até o estacionamento, eles combinaram que eu iria com a Amanda e foi o que aconteceu. Entrei no carro, fiquei muito incomodada com esse encontro e simplesmente não conseguia disfarçar. Vi que ela me olhava, depois um suspiro pesado saiu de sua boca, fechei meus olhos e tentei ser um pouco madura, mas ela foi mais rápida.

- Por favor... Não me ignore desse jeito... – a voz dela saiu triste e eu me senti uma idiota.

- Eu sou uma imbecil... – ela franziu o cenho. – Desculpe, amor... Eu só... – passei as mãos pelos cabelos. – Odiei o jeito que ela te olhou...

- Bom, acho que eu não sou ninguém para te julgar... – ela abriu um grande sorriso e isso me fez ver que todo o clima ruim simplesmente sumiu. – Você lembra das vezes que eu... Enfim...

- Oh, se lembro... – gargalhei.

- Ei... – ela fingiu indignação, alternando olhar para a estrada e eu.

- Não faz ideia do quanto você fica sexy quando está com ciúmes.... – ela voltou a abrir aquele sorriso que me fazia esquecer até meu nome. – Linda... – deixei escapar, me ajeitei no banco de forma que eu pudesse ficar observando cada movimento seu.

- Está me deixando sem graça... – ela prendeu os lábios um ao outro.

- Não posso evitar... – sorri. – É mais forte que eu... – ela respirou pesado. – Quero o seu corpo suado colado ao meu, Amanda... – ela mordeu o próprio lábio e isso me deixou em chamas.

- Flávia... – saiu como um sussurro, arrepiando todos os pêlos do meu corpo. – Não faz assim...

- Desculpe, amor... – encostei a cabeça no estofado do carro. – Não posso e nem quero controlar... Dorme essa noite comigo... – ela me olhou rapidamente, mas logo voltou para o trânsito.

- Amor... – sorri.

- Ok... – mordi meu lábio. – Mas, me aguarde. - ela sorriu, e eu continuei olhado cada centímetro da minha mulher, sim é minha mulher.

Continuamos a conversa, mas nada de coisas mais ousadas, apenas sobre a faculdade, que eu teria muito trabalho para deixar as matérias em dia. Amanda, disse que me ajudaria e como meus pais recusaram todo e qualquer envolvimento com o que aconteceu na segunda passada, eu ficaria livre de me aprofundar ainda mais nessa história que eu só queria esquecer.

Depois que passamos do portão da minha casa, um sentimento de felicidade me invadiu, olhei para Amanda, e ela sorria com a minha empolgação. Nos aproximamos da minha casa e parecia mais uma concessionária.

- Por que essa frota está na frente da minha... – de repente o obvio me deu um tapa. – Não...

- Sim... – ela sorriu, parou o carro em frente. Amanda saiu do carro, abriu a minha porta e segurou a minha mão. – Vem...

Respirei fundo e sai do carro, Amanda circundou a minha cintura, me colando a ela, sorri com o gesto. Ela desviou da porta e entramos pela lateral da casa, minhas pernas estavam um pouco vacilantes, Amanda percebendo isso, apertou ainda mais a minha cintura. Quase não consegui me mexer quando vi o tanto de gente que estava no quintal.

Meus pais, minhas amigas, minha família, eu comecei a chorar e foi quando eles se aproximaram, fui ganhando um abraço de cada um, Deus, como isso é bom. Todos lá, eu não conseguia controlar as lágrimas, não era possível. Não sei quanto tempo passou, só sei que aquele gesto foi lindo. Meus pais me fizeram sentar próxima a piscina, parei para olhar ao redor e nossa, estava tudo muito lindo, eu não tinha palavras para descrever.

As meninas se amontoaram ao meu redor, eles também estavam emocionados, eu não parava de chorar. Emi, se pós à minha e ao seu lado uma criaturinha de cabelos loiros, que estava segurando a mão da minha amiga e do outro uma menina, também loira. Olhei para as meninas, elas sorriam e eu não estava entendendo absolutamente nada.

- Flávia, esse é o Nando... – ele sorriu, faltavam dois dentinhos na frente, abriu os bracinhos. Olhei para aquele serzinho totalmente encantada, o peguei no colo e ele me apertou.

- Que coisa linda... – me derreti toda. – Como você é bonitão...

- Obrigada, tia... – ele me beijou a bochecha.

- Está é a Marcela... – olhei para a moça que sorria. – Mãe desse lindão...

- Prazer, Marcela... – ela apertou a minha mão.

- Prazer, Flávia... Ouvi falar tanto de você... – olhei para as meninas.

- Não acredite em nada do que elas disseram... – elas riram.

- Eles irão morar conosco... – Emi trouxe a Becca para mais perto.

- Nossa... Perdi muita coisa enquanto estava fora... – apertei o baixinho que estava em meu colo.

- Tia, elas estão... – Marcela colocou a mão sobre a boca do Nando. Olhei desconfiada para as meninas que estavam com cara de paisagem.

- O que está rolando? – olhei para cada uma.

- Nada... – elas se mandaram no mesmo momento, Paloma pegou o Nando, me deixando a sós com a Amanda.

- Mas... – fiquei incrédula. – Magoei...

- Oh, amor... – Amanda, sentou no meu colo. – É surpresa...

- Vocês querem me fazer voltar para o hospital, isso sim... – entortei o beiço.

- Mas, que mulher dramática... – ela mordeu o meu lábio.

- Flávinha...

“Oh, não!”.

Fechei meus olhos e logo em seguida abri, me deparando com a Nataly, Amanda fechou a cara e eu soube na hora que estava ferrada!

- Oi, Nataly... – sorri e recebi um olhar matador de Amanda.

- O que você quer? – Amanda falou ríspida.

- Ora, o que todo mundo... – Nataly virou a cara. – Não vai me dar um abraço, Flávinha?

- Mas, não vai mesmo... – Amanda levantou e ficaram cara a cara. Entortei o pescoço para o lado e vi Brenda dando um baita beijo no rosto da Paloma.

“Será que eu não posso ter um dia normal? Só um!”.

- Se manda ou eu arranco o teu silicone, garota! – procurei alguém que poderia me dar uma pequena ajuda, acenei para Emi e Becca.

- Amor, não... – recebi um olhar que congelou a alma.

- Deixa de ser mal... Eu só quero dar um abraço na Flávinha... – Nataly olhou com desdém para uma furiosa Amanda. – Já fizemos algo bem mais íntimo que isso...

“Puta que pariu!”.

- Você tem cinco segundos para sair daqui... – Amanda travou o maxilar.

- Nataly, a Carolina está te chamando... – Emi mentiu.

- Vou lá... Rum... – e saiu rebol*ndo. Paloma, vinha arrastando a Cássia, para aonde estávamos, deixando a Brenda enfurecida.

- Não faz nem meia hora que a festa começou e já se tornou o programa da Cristina Rocha... – Nick vinha de mãos dadas com Isa. Espera ai... De mãos dadas?

- Cadê a Paloma? – Cássia perguntou. – Ela estava aqui agora há pouco...

- E a Amanda? – olhei ao redor.

A cena a seguir foi em câmera lenta, enquanto as meninas e eu observávamos os meus primos nada santos, Luane, Luan e John, se aproximarem da Brenda e Nataly, igual carros desgovernados e empurrar as duas dentro da piscina. Um segundo de silencio e depois geral começou a gargalhar.

- Eu salvo vocês, dotosas... – minha tia se jogou dentro da piscina, as duas loucas se debatiam dentro da água.

“Fala sério! Era só elas ficarem em pé”. Revirei os olhos.

- Adoro as festas da família... – Sam, comentou ao se aproximar de nós, junto com a Cami.

- Não poderia ter nascido em família mais perfeita... – Cami batia palmas.

- Meu Deus... – Baixei a cabeça, depois de ver a minha tia sair da água e levar as duas para dentro de casa.

“Não quero nem imaginar o que essas três vão fazer lá dentro e espero sinceramente que não seja em meu quarto. A minha cama já está suficientemente traumatizada por Cássia e Juliane”.

- Aonde vocês estavam? – levantei a cabeça, Amanda e Paloma apareceram.

- Por ai, amor... – Paloma respondeu com um sorriso satisfeito. Sorriso esse que Amanda compartilhava.

- O que aconteceu? – Amanda sentou em meu colo.

- Os primos das meninas empurraram as duas taradas na piscina. – Isa respondeu na maior inocência.

- Amor, elas sabem muito bem o que aconteceu... – Nick respondeu e eu quase coloquei os olhos para fora. Todas olhamos para a minha irmã, que ficou um vidro de ketch*p. Isa abriu um sorriso bobo, as esmeraldas brilhavam.

“Não acredito!”.

- Amor? – perguntamos juntas.

- Elas finalmente se acertaram... – Paloma falou e passamos a olhar para ela agora. Marcela ria discretamente. – Que foi? Elas estavam se agarrando ontem, oras... – deu de ombros.

- Finalmente! – falamos juntas e começamos a rir.

Várias cadeiras se amontoaram, Becca e Emi, Paloma e Cássia, Nick e Isa, Rafa e Eliza, Amanda e eu, Jaque sentou ao lado da Marcela, e Cami ao lado da Sam. Meus tios, avós e primos se divertiam por todo quintal.

- Cadê o loirinho bonitão? – perguntei à Marcela.

- Está ali com os seus pais... – ela apontou e procurei, vendo os três conversando.

- Esse garoto é um charme... – Nick falou.

- Vai ser um perigo quando crescer... – Marcela falou, olhando com aquela cara de mãe coruja.

- Flávia, desculpe não ter ido te visitar... – Rafa falou sem graça.

- Tudo bem, moreno lindo... – ele sorriu. – A Amanda me disse que você passou a semana fora e não sabia de nada...

- A culpa foi totalmente minha, Flávinha... – Isa estava envergonhada. – Com a correria dessa semana, acabei esquecendo...

- Galera... Tudo bem... – sorri para eles. – Relaxem...

Passamos a conversar sobre tudo, riamos muito, olhei em volta e me senti completa, apertei a mão da Amanda. O poder do amor é algo incrível e não falo somente de amor/paixão, mas de amor de amigos à amigos. Cada um que estava ali ocupava uma parte do meu coração, eu me sentia a pessoa mais sortuda do mundo.

“Obrigada meu Deus...”. Me permitir olhar para o céu, que estava pouco estrelado, mas não menos lindo.

- Olha as três saindo... – Emi apontou com o queixo para minha tia e as duas. Estavam com as minhas roupas... Espera...

- As minhas roupas? – levantei do colo da Amanda. As meninas me olharam. – Oh, não.... – puxei os meus cabelos.

- O que foi, Flávia? – Emi perguntou.

- São as minhas roupas! – exclamei.

- Desde quando você liga? – Nick arqueou as sobrancelhas. – Nunca teve frescura com nada seu...

- Não é pelas roupas... – bufei.

- E então? – Becca perguntou.

- Se elas estão com as minhas roupas... – passei a mão pelo o meu rosto. – Significa que aquelas pervertidas fizeram sex* no meu quarto, na minha cama, nos meus lençóis... Cara, não basta uma vez?

Eles começaram a rir, mas que graça havia naquilo? A única que não ousou rir foi a Cássia, pois sabia que eu me referia a ela.

- Como sabe que elas fizeram algo? – Isa questionou.

- Cássia, você responde essa ou eu faço as honras? – Cássia esbugalhou os olhos.

- Tô fora dessa, Freire...

- Covarde... – olhei para a Isa, as outras apenas riam. – Olhos bonitos, você sentiu um pouco da pressão da minha tia, não foi? – ela apenas acenou, ficando levemente envergonhada. – Ainda acha que não fizeram nada?

- Não... – ela sorriu.

- Galera, eu já volto... – me virei.

- Aonde vai, amor? – Amanda estava com um ar de riso.

- Queimar os meus lençóis...

As gargalhadas se misturaram, passei a quase correr para dentro de casa, mas não podia fazer muita arte, então subi as escadas devagar. Parei em frente à minha porta, só ai lembrei do quanto aquele pedaço de madeira me fez falta. Parecia que eu havia estado fora por meses, ou talvez, nascido de novo. Abri a porta, de olhos fechados, respirei fundo pela milésima vez, dei um passo á frente e os abri.

- Tia... – minha cama estava toda bagunçada. – Podia ao menos ter trocado os lençóis...

Revirei os olhos, comecei a tirar peça por peça de cama, joguei tudo dentro de um cesto em meu banheiro. Apesar da minha cama está com fluidos de outras pessoas, era bom estar ali, olhei para cada canto, com uma sensação de...

- Nasci de novo... – balancei a cabeça e tentei mandar para longe aquele sentimento que queria a todo custo invadir o meu ser. – Vamos deixar esse quarto apresentável novamente.

Passei a arrumar cada peça sem nem uma pressa, procurei em meu quarto algo para deixar o ar mais puro, espirrei aquilo por todo o quarto e depois olhei tudo.

- Perfeito... – sorri e deixei o quarto.

Andei sem pressa pelos corredores, cheguei a escada e desci cada degrau da mesma forma, por mais que a minha criança interior gritasse para eu descer pulando. De repente, notei que estava tudo silencioso, cheguei a porta e meu pai estendeu a mão para mim. Peguei sem entender nada, olhei ao redor e todos da minha família me olhavam, procurei as meninas e não encontrei absolutamente nem uma.

- O que está acontecendo, pai? – olhei para ele que apenas sorriu. Me conduziu pelo quintal até chegarmos à frente do palco improvisado, me fez sentar em uma cadeira com estofado que estava ali.

- Espere... – ele falou e se afastou.

Olhei para frente e vi a Paloma, carregava o meu violão em uma mão e na outra um banquinho, o posicionou em frente ao microfone, olhou para mim e piscou. Colocou o violão sobre as coxas, experimentou o primeiro acorde.

 

I could stay awake just to hear you breathing

Watch you smile while you are sleeping

While you're far away and dreaming

I could spend my life in this sweet surrender

I could stay lost in this moment forever

Well, every moment spent with you

Is a moment I treasure

 

(Eu poderia ficar acordado só para ouvir você respirar

Ver o seu rosto sorrindo enquanto você dorme

Enquanto você está longe e sonhando

Eu poderia passar minha vida nessa doce redenção

Eu poderia me perder neste momento para sempre

Todo momento que eu passo com você

É um momento precioso)

Vi a Nick vim em minha direção com um papel dobrado e uma rosa vermelha, me deu a rosa e depois se afastou, se posicionou atrás da Paloma, desdobrou o papel e nele estava escrito:

“Eu nunca pensei...”

Depois a Becca, fez o mesmo gesto que a Nicole, me deixou a rosa e abriu o papel, assim que parou ao lado da minha irmã.

“Que seria tão feliz...”

Isa deixou a rosa e ficou ao lado da Becca.

“Sabe, eu tenho sorte...”

 

Don't wanna close my eyes

I don't wanna fall asleep

'Cause I'd miss you, babe

And I don't wanna miss a thing

'Cause even when I dream of you

The sweetest dream will never do

I'd still miss you, babe

And I don't wanna miss a thing

(Não quero fechar meus olhos

Não quero pegar no sono

Porque eu sentiria a sua falta, baby

E eu não quero perder nada

Porque mesmo quando eu sonho com você

O sonho mais doce nunca vai ser suficiente

Eu ainda sentiria a sua falta, baby

E eu não quero perder nada)

 

Jaque me beijou o rosto, deixou a rosa e parou ao lado da Isa.

“Tenho a mulher perfeita ao meu lado...”

Tia Juliane beijou a rosa, também beijou o meu rosto e abriu o papel assim que ficou ao lado da Jaque.

“E eu a amo com toda a alma...”

 

Lying close to you

Feeling your heart beating

And I'm wondering what you're dreaming

Wondering if it's me you're seeing

Then I kiss your eyes and thank God we're together

 

(Deitado perto de você

Sentindo o seu coração bater

E imaginando o que você está sonhando

Imaginando se sou eu quem você está vendo

Então beijo seus olhos e agradeço a Deus por estarmos)

 

Emi beijou a minha testa, depois beijou a rosa e me entregou, ficou ao lado da minha tia.

“Ela me ensinou que tudo é possivel...”

Marcela me lançou um sorriso iluminado, depositou a rosa em minha mão.

“E eu não posso mais viver sem ela...”

And I just wanna stay with you

In this moment forever, forever and ever

 

(E eu só quero ficar com você

Neste momento para sempre, para todo o sempre)

 

I don't wanna close my eyes

I don't wanna fall asleep

'Cause I'd miss you, babe

And I don't wanna miss a thing

»«

'Cause even when I dream of you

The sweetest dream will never do

I'd still miss you, babe

And I don't wanna miss a thing

 

(Não quero fechar meus olhos

Não quero pegar no sono

Porque eu sentiria a sua falta, baby

E eu não quero perder nada

Porque mesmo quando eu sonho com você

O sonho mais doce nunca vai ser suficiente

Eu ainda sentiria a sua falta, baby

E eu não quero perder nada

E eu não quero perder nada)

Sam

“E é por isso que...”

I don't wanna miss one smile

I don't wanna miss one kiss

Well, I just wanna be with you

Right here with you, just like this

I just wanna hold you close

Feel your heart so close to mine

And just stay here in this moment

For all the rest of time

 

(Não quero perder um sorriso

Não quero perder um beijo

Bom, eu só quero ficar com você

Aqui com você, apenas assim

Eu só quero te abraçar forte

Sentir seu coração perto do meu

E ficar aqui neste momento

Por todo o resto dos tempos)

 

Camila

“Eu quero saber...”

Don't wanna close my eyes

I don't wanna fall asleep

'Cause I'd miss you, babe

And I don't wanna miss a thing

'Cause even when I dream of you

The sweetest dream will never do

I'd still miss you, babe

And I don't wanna miss a thing

 

(Não quero fechar meus olhos

Não quero pegar no sono

Porque eu sentiria a sua falta, baby

E eu não quero perder nada

Porque mesmo quando eu sonho com você

O sonho mais doce nunca vai ser suficiente

Eu ainda sentiria a sua falta, baby

E eu não quero perder nada)

Rafael

“Flávia...”

I don't wanna close my eyes

I don't wanna fall asleep

'Cause I'd miss you, babe

And I don't wanna miss a thing

'Cause even when I dream of you

The sweetest dream will never do

I'd still miss you, babe

And I don't wanna miss a thing

 

(Não quero fechar meus olhos

Não quero pegar no sono

Porque eu sentiria a sua falta, baby

E eu não quero perder nada

Porque mesmo quando eu sonho com você

O sonho mais doce nunca vai ser suficiente

Eu ainda sentiria a sua falta, baby

E eu não quero perder nada)

Nandinho

“Quer...”

Don't wanna close my eyes

Don't wanna fall asleep, yeah

I don't wanna miss a thing

 

(Não quero fechar meus olhos

Não quero pegar no sono

Eu não quero perder nada)

Amanda veio andando calmamente, seus olhos estavam molhados, o meu rosto estava banhando, ela parou bem a minha frente.Nossos olhos se encontravam em uma conversa naquele momento, eu estava esperando a ficha daquilo tudo cair.

- Eu nunca imaginei que algum dia alguém entraria em minha vida da forma que você entrou, que a bagunçasse da forma que você bagunçou... – ela mordeu o lábio inferior, meu corpo todo tremia, eu estava quase sentando novamente. – Obrigada por isso, meu amor. Eu queria muito te pedir em casamento agora e casar contigo em poucos minutos... – eu ri, ela abriu um sorriso. – Mas, quero viver cada momento que temos direito... Quero te namorar... Quero noivar... Quero casar... – ela abriu uma pequena caixa preta de veludo que até aquele momento eu não havia percebido, revelando um par de aneis, meu coração parou e depois quase saiu do peito. – Então, vamos começar com a primeira parte... Namora comigo?

- Sim, sim, sim... – pulei em seu pescoço, enchendo-a de beijos aonde a minha boca pegava, ouvi os meus familiares aplaudindo.  – Eu te amo...

- Eu te amo... – estavamos em prantos. Ela pegou meio tremula os aneis, colocou um em meu dedo e me deu o outro para fazer o mesmo. Grudamos a boca uma na outra, em um selinho longo.

- Isso ai, Amanda! – ouvi alguém gritar.

Ficamos assim, enquanto as meninas nos rodeavam, ainda aplaudindo, Amanda me abraçou forte. Eu estava muito feliz, me sentia voando, não sei, não queria que aquele momento se acabasse, nunca.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo