Capítulo 6 - Medos e descobertas
Estavam quase se beijando quando viram um carro se aproximar.
-- Oh, dona Manu, algum problema aí? – Perguntou após descer do carro e aproximar-se das duas.
-- Oi, Dias! – Fez sinal para o homem, enquanto segurava a mão da loirinha. – O carro do padrinho atolou com a lama.
-- Dona Manuela, a senhora pode levar a guria que eu chamo mais gente e deixo lá na casa do patrão. – A morena entregou a chave para o homem e puxou a loirinha, que parecia ainda hipnotizada.
-- Vou te deixar em casa. – Disse baixinho, próximo ao ouvido de Isabela, despertando-a.
-- Espera! – Colocou a mão sobre a mão de Manuela. – Deixa eu ir para tua casa.
-- Isabela, estão todos te esperando e se tu não chegares o padrinho vai ficar preocupado.
-- Não viu o que aconteceu ali?
-- Isabela...
-- Não viu?
-- Vou te deixar em casa e amanhã conversamos. – Isabela fechou o cenho e permaneceu quieta. Manuela puxou um casaco no banco de trás e deu para ela vestir.
-- Não precisa.
-- Então apenas te seca. – Pediu com carinho.
-- Eu não entendo... – Pegou o casaco e encarou a morena – Quase nos beijamos e agora...
-- Agora te seca um pouco, não quero te ver doente. – A loirinha ficou quieta e virou-se para a olhar a chuva. Manuela viu a decepção nos olhos da jovem mulher, mas preferiu respeitar o silêncio imposto. – Chegamos. – Declarou, parando o carro próximo à entrada da casa.
-- Melhor descer então. – Abriu a porta sem olhá-la – Obrigada!
-- Espera! – Pediu segurando-a pelo braço. Isabela se virou com uma expressão cansada encarando-a.
-- Esqueci alguma coisa? – Manuela passou a mão pelo rosto de Isabela, fazendo-lhe um carinho. Ela ficou surpresa, mas, aos poucos se entregou ao toque carinhoso.
-- Esqueceu... – Manuela se aproximou e beijou seu rosto. Isabela sentiu um frio percorrer seu corpo, e, propositalmente, virou o rosto para tomar a boca da morena em um beijo demorado.
-- Isabela... – sussurrou.
-- Deixa... – começou a mordiscar os lábios da morena - Tu também quer, assim como eu. – Manuela a puxou mais, apertando-a entre seus braços.
-- Acho melhor descer... – declarou enquanto beijava o pescoço da loira. – Eu não vou segurar por muito tempo.
-- Então.... Não segura... Ah... – a mão de Manuela passeava por baixo da camisa de Isabela, sentindo a pele fria, esqueceram do mundo por minutos, para logo voltarem a realidade, quando Alexandra bateu no vidro do carro, interrompendo-as.
-- Manuela.... – Chamou. Os vidros da camionete eram escuros, não dava para ver quem estava dentro, o que Manuela agradeceu mentalmente.
-- Alexandra! – Falou após baixar o vidro. Alexandra se abaixou e viu a irmã sentada ao lado da morena.
-- Ai, meu Deus! Isabela, estávamos preocupados contigo. Eu já ia pedir a Manuela para ir comigo te procurar. – Disse de uma só vez esquecendo até de respirar.
-- Estou aqui. – Sorriu com ironia – Pode avisar a todos que cheguei. – Queria despachar a irmã, mas ela estava tão preocupada que não entendeu.
-- Então desce, vamos entrar, estás toda molhada guria.
-- Melhor tu ir. – Disse baixinho.
-- Vai descer também? – Pediu com os olhos verdes suplicantes.
-- Estou toda molhada, prefiro ir para casa e tomar um banho quente.
-- Manuela... – Tentou argumentar.
-- Amanhã conversamos. – Interrompeu-a com receio que Alexandra percebesse algo.
-- Está bem. – Olhou bem, medindo-a. – Adorei o teu beijo. – Sorriu e desceu. Manuela ficou olhando-a até sumir na porta.
-- Essa guria tem um pacto com alguém. – Disse enquanto se afastava da casa. – E não é com nenhum anjinho inocente. – Sorriu lembrando o beijo. – Bah, que guria!
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Isabela entrou com um largo sorriso estampado no rosto.
-- Vô, vovó olha quem encontrei quando fui procurar Manuela.
-- Onde estavas, Isabela? Estávamos preocupados.
-- O carro atolou, vô. – Respondeu sorrindo, não cabia em si de tanta felicidade. – Manuela me encontrou e ajudou.
-- E isso é motivo de felicidade? – Joana perguntou enquanto a avaliava.
-- Sim. – Aproximou-se de Antônio e lhe beijou – Poderia ter sido pior, e não foi. – Dalva e Joana trocaram olhares cúmplices.
-- Por isso que a partir de agora tu só sai comigo, Manuela ou alguém que conheça bem a região.
-- Tudo bem, meu avozinho lindo. – Antônio ficou surpreso, sabia que a neta usaria de todos os argumentos para convencê-lo do contrário, no entanto ela concordou sem relutar.
-- Agora passa para teu quarto e toma um banho quente. – Joana a mandou antes que o marido percebesse o motivo de toda a felicidade da neta.
-- Não demora que estamos famintos. – Joana olhou para o marido e depois para Dalva que entrou na cozinha, pegou o celular e enviou uma mensagem para morena.
-- O que tu andaste fazendo com a guria?
-- Bah! Por que achas que fiz algo? – Manuela havia acabado de entrar quando seu celular anunciou mensagem nova. – Essa guria é fogo!
-- Então as duas...
-- Não! – Cortou antes de maiores deduções.
-- Não vens comer? – Escreveu sorrindo, sabia que a morena estava fugindo - Aposto que estás tão molhada quanto Isabela.
-- Estou sim. Agora vou tomar um banho quente e pretendo dormir depois.
-- Não tens nada nessa casa e ainda vai dormir com fome. – Completou com carinhas zangadas.
-- Dalva, acredite em mim, não estou sentindo fome de comida. – Acrescentou com carinhas de anjinho e ruborizadas.
-- Está bem! Lembre-se que sou velha e não gosto dessas modernidades.
-- Mas desta de WhatsApp até gostas, porque não larga o celular desde que aprendeu a usar isso.
-- Vai para o banho ou irei ai te colocar. – Manuela enviou alguns beijos e passou direto para o banho.
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-- Bela, posso entrar?
-- Claro. – Terminava de enxugar o cabelo.
-- Eu atrapalhei alguma coisa? – Perguntou com uma curiosidade contida.
-- Eu sei que não estás nem um pouco envergonhada ou arrependida, isso é apenas curiosidade. – Respondeu olhando para irmã e com falsa irritação.
-- Ah mana, estás fingindo que eu sei. – Pulou para cama da loirinha e sentou abraçando uma almofada – Agora me fala o que rolou.
-- Nada de especial, apenas um beijo. – Declarou como se não fosse importante.
-- Mentira!? – Jogou a almofada na loirinha – Agora me conta todos os detalhes sórdidos. – Isabela sorriu e sentou-se na cama, ficando uma de frente para outra.
-- Quase no beijamos quando ela me encontrou na estrada...
-- Ah! Então não se beijaram. – Lamentou.
-- Deixa eu concluir, mulher de pouca fé. – Disse sorrindo. – Quase nos beijamos, o peão nos atrapalhou. Eu quis voltar o assunto e ela me cortou.
-- Como te cortou?
-- Ela fez descaso do momento. – Suspirou – Eu fiquei chateada e me calei, quando chegamos aqui ela me puxou e aconteceu... – estava com um sorriso estampado no rosto e os olhos luminosos. Alexandra abraçou a irmã e beijou o topo de sua cabeça.
-- Hoje vovó lembrou de algo que eu nunca imaginaria.
-- O que? – Perguntou se afastando da irmã para observá-la.
-- Quando eras pequena... – usou um tom de ironia – um pouco menos que hoje... – Isabela a empurrou – Ah, para ou eu não falo. – Riram.
-- Conta ou faço cócegas. – Alexandra levantou as mãos em rendição. – Fala Alexandra.
-- Tá... – sorriu – Quando eras menor que hoje... – Isabela fechou os olhos perigosamente enquanto sua irmã continuava sorrindo – Ficavas atrás de Manuela para ela te levar a passeio no cavalo.
-- Sério?
-- Sim. O pai odiava a ideia e botava os cachorros nela.
-- Mas bem capaz! – Estava surpresa com a notícia.
-- A guria ficava toda na dela, às vezes metia a viola no saco e voltava pelo mesmo caminho que tinha vindo.
-- Eu não lembro de nada disso.
-- Ela deve lembrar se tu perguntares.
-- Capaz que vou recordar de coisas ruins assim.
-- Não de coisas ruins, mas que tu já estavas de asas arrastadas para o lado dela. – Declarou com um piscar de olho.
-- Tu não existes, mana. – Começaram a rir.
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Manuela saiu do banho e vestiu um pijama mais quente, estava com muito frio. Foi até sua geladeira e viu que não havia muitas opções do que comer. Pegou a agua quente e despejou na cuia com ervas, sentou-se em sua poltrona preferida, de frente para um móvel onde havia várias fotos dela com uma bela ruiva. Com pequenos flashes reviveu em sua memória momentos marcantes de sua vida.
--“Então, enfermeira Andressa, aceita namorar esta pobre residente que não tem uma pila na carteira?” – A ruiva sorriu e olhou para morena ajoelhada a sua frente, colocou o indicador no queixo e respondeu com desdém.
--“Se pensar que logo esta residente se tornará uma médica... Acho que será um bom investimento, irei adquirir um bom negócio.”
-- Mas bah, que guria ligeira essa! – As duas mulheres se abraçaram e depois se beijaram
Uma lágrima desceu pelo rosto de Manuela quando ela olhou a foto em que as duas estavam com um velho de olhos claros e cabelos branquinhos.
-- “Vô, o senhor cuida em não dar mole para essa guria ou ela se atira nas cordas!” – Alertou o velho homem enquanto abraçava a ruiva.
-- “Eu só quero que antes de fazer corpo mole, uma das duas me dê um bisneto”. – As duas mulheres se olharam e sorriram. – “Mas quero morrer feliz depois de ver um Xavantinho correndo por estas terras”.
--“Mas ai o senhor enfraqueceu nossa amizade, filho meu será colorado.” – Andressa declarou em tom de brincadeira.
--“Bah! Só se for teu, porque meu é gremista até na alma. Já nasce tricolor.”
-- Nosso filho não chegou nem a nascer, meu amor. – Manuela relembrava com mágoa do dia em que perdeu a esposa. Apesar de não ter culpa, ela se martirizava com esse sentimento dia após dia, e usava seu exílio como punição. Achava-se indigna de encontrar um novo amor. – Eu não posso correr o risco de fazer a Isabela sofrer. – Declarou para si mesma, mas, falando em um tom mais alto como se quisesse se convencer de algo. Levantou-se e resolveu sair, esquecer toda aquela dor que lhe corroía.
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-- Dona Astrid.
-- Sim.
-- A dona Manuela quer falar com a senhora. – A dona do Camafeu saiu em direção a morena que estava bebendo no bar.
-- Veio diretamente a mim hoje? O que aconteceu? – Manuela não disse nada, apenas agarrou Astrid, beijando-a como se bebesse o néctar da vida.
-- Vamos para o quarto roxo. – Enlaçou a cintura da ruiva trazendo-a para si.
-- Não posso meu amor, daqui a pouco a casa está cheia e...
-- Eu te quero agora! Pago pela noite, dia, semana toda se quiseres, mas tem que ser agora. – A ruiva a olhou dentro dos olhos azuis.
-- Estavas pensando...
-- Shiii... – a interrompeu colocando o dedo sobre os lábios da ruiva. – Vamos. – Chamou em tom de ordem. Astrid chamou o rapaz do bar e pediu que avisasse a uma das meninas que assumisse seu lugar a noite.
Chegaram ao quarto roxo que era um anexo ao quarto principal da casa. Era exclusivo da dona do Camafeu, ali só entrava clientes considerados vips. Manuela retirou sua camisa, ficando só com uma camiseta e jeans. Ela empurrou Astrid quando esta tentou beijá-la. Agarrou pelos cabelos ruivos e voltou a puxá-la.
-- Não aprendeu ainda que sou eu quem mando?
-- Sim.
-- Sim o que? – Perguntou próximo ao seu ouvido.
-- Sim, minha senhora. – A morena mordeu o seu pescoço e depois a empurrou sobre a cama.
-- Tire a roupa. – Ordenou, enquanto se virava para pegar em um armário um par de algemas e um chicote. Ela se aproximou e algemou Astrid, já nua, a um mastro de pole dance. – Peça. – Exigiu.
-- Minha senhora me bata. – Manuela lhe chicoteou algumas vezes enquanto tirava sua própria roupa, a ruiva pedia por mais e gritava. Astrid a olhou pelo espelho e viu que estava nua – Agora me come, minha senhora. – A morena esfregou seu corpo nu ao corpo da ruiva, enquanto abria as algemas. As duas se beijaram com fome, como se dependessem daquele beijo para sobreviver.
-- Deita de quatro para mim. – Pegou um p*nis, encapou com uma camisinha após colocar a cinta, e penetrou com força a mulher mais velha por trás, arrancando-lhe gritos que eram um misto de dor e prazer. – Vai sua vagabunda, grita que eu faço com mais força.
-- Mais forte, minha senhora, por favor, mais forte! – Pediu se segurando nos ferros da cama. Quando Manuela percebeu que ela iria goz*r, tirou o p*nis e a desvirou com força, batendo forte em seu rosto.
-- Não é para goz*r agora sua cadela, só quando eu mandar.
-- Sim, minha senhora. – Manuela voltou a penetra-la, enquanto mordia o bico de um dos seus seios. Astrid cravou as unhas nas costas da morena, fazendo sangrar. Ela sentiu o ardor e ficou mais excitada.
-- Cadela.... Agora quero que goze. – Astrid era estimulada pelo vai e vem do p*nis artificial. Estava prestes a goz*r quando tomou a boca da morena em um beijo urgente. As duas goz*ram juntas.
Manuela voltou para casa já estava amanhecendo, não se sentia muito bem. Suas costas ardiam, resolveu tomar um banho quente, e logo se arrependeu. Enxugou-se com cuidado, vestiu-se com uma calça folgada de seda, e uma camisa alguns números acima do seu. Não era só a ardência das costas, sentia-se com o corpo dolorido e uma forte dor de cabeça.
-- Acho que desta vez exagerei no uísque barato e na violência. – Sorriu e se deitou na imensa cama do seu quarto. As cortinas estavam todas fechadas, queria dormir antes de ir trabalhar.
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-- “Churrasco e bom chimarrão, fandango, trago e mulher...
É disso que o velho gosta é isso que o velho quer” – Dalva cantava feliz enquanto colocava mais lenha no fogão. Isabela entrou na cozinha e quando ouviu a cantoria da velha alemã sorriu animada.
-- Estás tri feliz hoje, Dalva. – Constatou.
-- E não era para estar? – Percebeu que falara demais e não podia deixar a loirinha perceber que ela já sabia de tudo.
-- Com que estás tão feliz? – Pegou um prato e se serviu de uma fatia de bolo de fubá.
-- Bah! Com o dia bonito que está fazendo. – Isabela olhou pela janela e viu que ainda chovia.
-- Está chovendo.
-- O dia bonito, são todos os dias que consigo me levantar da cama com saúde.
-- Ahhh! – Sorriu. – E Manuela? Ela já apareceu por aqui hoje? – Perguntou de forma desinteressada. Dalva olhou o velho relógio de parede e disse preocupada.
-- Não. Agora que tu falaste, percebo o adiantar das horas. Manuela não é de se atrasar assim.
-- Será que ela ficou ruim com a chuva que pegou ontem? – Perguntou preocupada – Será que não é melhor chamar um médico.
-- Não te preocupas, se for preciso ela se medica. – Respondeu sem se importar com que a loirinha já sabia ou não a respeito da morena. – Fico preocupada é com outra coisa. – Referia-se a combinação de álcool e estrada a noite. Sabia que “sua menina” tinha o hábito de beber e voltar tarde do Camafeu.
-- Com o quê? – Perguntou preocupada.
-- Vou ligar para ela. – O celular tocou várias vezes até Manuela atende-lo. – Onde estás guria?
-- Em Marte! – Respondeu irritada – O Planeta Terra já foi invadido? Estás me ligando cedo assim por algum motivo.
-- Manuela, já passou do teu horário. O que tens? Bebeste? – Nem se importou de chamar atenção da morena na frente de Isabela.
-- Estou com muita dor de cabeça e pelo corpo, deve ser apenas um resfriado.
-- Só um resfriado, diz ela! – Disse jogando os olhos - Então ficas deitada que peço para um dos peões me levar até aí. Precisas comer.
-- Não precisa Da...
-- Não quero saber, estarei aí em minutos. – Desligou resmungando. – Essa menina não tem nada em casa, passa o dia na lida, leva aquela chuva e ainda diz que pode ser um “só um resfriado”. – Neste momento Isabela a interrompe.
-- Dalva, eu posso ir até lá. – A cozinheira olhou-a com uma expressão enigmática – Eu sei que posso domar aquela xucra. – Dalva gargalhou neste momento.
-- Acho que só tu mesma para me fazer rir. – Pegou a mão da loira – Eu vou preparar uma cesta de café para comerem juntas. – Isabela sorriu e completou.
-- Coloca algumas coisas a mais... – deu de ombros – Pode ser que precise fazer algo para o almoço, deixar já pronto caso ela não esteja em condições de sair de casa. – Declarou com inocência. – Dalva parou e a avaliou.
-- Está bem. Se é para ela melhorar com ajuda de alguém, acho que tu és a mais indicada. Sabes onde ela mora?
-- Não. – Sorriu.
-- Vou chamar o Dias aqui, ele deixou o leite não faz muito tempo e pode te levar lá.
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-- A menina já conhece toda a propriedade?
-- Ainda não... – pensou um pouco – Na verdade, eu vivia aqui quando era uma “guria pequena”, mas não lembro de muitas coisas. – Referia-se a informação que Alexandra havia lhe passado na noite anterior.
-- Tem muita terra, e se não fosse dona Manuela, o patrão não dava conta disso.
-- Manuela está aqui há muitos anos. – Afirmou – Ninguém deve conhecer isso aqui como ela e vovô.
-- Bah! Mas não tem uma guria melhor do que ela em toda a região. Tá sempre envolvida com tudo por aqui. – Isabela sorriu – Não pensa em morar na fazenda e ajudar o patrão?
-- Na verdade Dias, estou começando a reconsiderar tudo em minha vida. – Permanecia sorrindo, e percebeu quando se dirigiam para fora da porteira. – Manuela não mora na fazenda?
-- Não. Dona Manu tem suas próprias terras. – Aquela informação era nova para Isabela que ficou surpresa com a notícia. – Ali fica a cabana dela. – Apontou para uma casa que começava a aparecer por trás de algumas árvores.
-- Cabana?
-- Vais gostar de lá, tem um lago bem próximo, e tudo bem verde. Dona Andressa adorava orquídeas, ainda tem aquela casa especial para essas plantas.
-- Orquidário. – Pensou um pouco – Quem era Andressa? – O homem a olhou um pouco surpreso.
-- Capaz! – Quando ele se ajeitou no banco do carro para explicar, o telefone da loirinha tocou e ela foi obrigada a atender quando viu que era seu pai. Logo depois chegaram a casa.
-- Pai, preciso desligar... Não pai... Eu ligo depois... Sim, eu prometo. – Olhou para o local e desceu, depois pegou a cesta e sacola que Dalva havia preparado e se despediu. – Dias, obrigado!
-- Não queres que eu te espere?
-- Não precisa, qualquer coisa ligo para Dalva. – Olhou para porta e pegou a chave que Dalva lhe deu. – Vamos lá. – Entrou devagar, olhando tudo ao redor e procurando a morena. – Manuela... – chamou baixinho. Viu a porta da cozinha e deixou as coisas que carregava. Seguiu pelo corredor e subiu as escadas de madeira, onde avistou o uma porta semiaberta. – Manuela... – chamou baixinho.
-- Isabela? – Virou-se surpresa. – O que... O que faz aqui? – A loirinha lhe olhou sorrindo com uma expressão de inocência, parecia um anjo renascentista.
-- Cuidar de você.
Fim do capítulo
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Fab
Em: 12/08/2016
Bah! Que morena brava! Chega mandando e desmandando no camafeu. Coitada da Astrid. Ou será sorte dela? Ah, agora fiquei na dúvida! rsrs Prefere ela por ser ruiva e lembrar Andressa?
Aos poucos vamos descobrindo o passado de sofrimento da morena, e a loirinha persistente vai se infiltrando na vida dela. Curiosa com o próximo capítulo, o legal da história é que apesar de tudo, tem um toque de humor.
Um beijo,
Resposta do autor:
Fab, em se tratando desta morena, acho que tudo que vier, para quem vier, é sorte pura. kkkkkk. Beijos!
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patty-321
Em: 11/08/2016
Isabela não desiste. Agora sabemos um pouco mais do passado de manu, muito sofrimento ela passou. Volta logo. Bjs
Resposta do autor:
Patty, aqui estou. kkkk. Agradeço mais uma vez a você, em meu nome e em nome de tantas outras autoras, pois vejo vc como a leitora que mais comenta as histórias. Isso é de grande importância para nós. Diga à sua senhora que sou fã da Coronel Mantovanni. Sempre comento a história dela, porém com outra conta. Beijos!
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Mille
Em: 11/08/2016
Imaginei que alguém atrapalharia, mais essa lourinha não desiste e aproveitou o beijo e no rosto para roubar um beijo que as duas queriam.
Manu médica gostei de saber do passado, ela era uma pessoa feliz e amada, doida para descobrir como Andressa morreu.
Te prepara Manu que a Bela vai cuidar de ti e se aproveitar.
Bjus e até o próximo
Resposta do autor:
Pois é, Mille, a loirinha não desperdiça oportunidades. Aí está o novo capítulo. Beijão!
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lia-andrade
Em: 10/08/2016
Meu desejo foi super atendito..mas poderia ter demorado mais né? 🤔 bom gostei.. Manu é uma médica..😍😍😍 Agora é esperar pelo próximo e ver como nosso anjo loiro sairá cuidando da nossa deusa..😍😍😍
Beijos, até mais.
Resposta do autor:
Acho que o anjo loiro vai se transformar em diabinho. kkkkkk. Beijos!
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