FERNANDA

Estamos já no carro em direção ao apartamento das meninas,  estava  imaginando a cara de surpresa que nossas amigas iriam fazer quando nos virem, estamos em frente ao prédio como a Renata já era conhecida pelo Sr. Joao ele não anunciou nossa chegada, toco a campainha e quando a porta é aberta, entramos de mãos dadas e vejo cinco pares de olhos em nossa direção com expressões totalmente surpresas.

-Bom dia a todos – falo sem dar importância as caras de espanto de todos.

-ate que enfim já estava me coçando de curiosidade, pois vocês não deram notícias desde sexta-feira.

-Não exagera Rê a Flavia falou ontem com a Renata pela manhã – respondo pra tentar encerrar aquela conversa o que foi impossível visto que estavam todos curiosos.

-Também foi à última vez, pois fiquei tentando ligar o dia inteiro pra senhorita e pra Renata e nem uma das duas atendiam. - foi a vez da Flavia se pronunciar.

-e pelas faces pálidas passaram o dia de ontem se comendo kkk- o Rick como sempre com as sua.

-Rick respeita a Ana –falou a Rê e eu só faltei me enterrar quando a vi próxima aos meninos.

-Não tem problema Rê, até parece que eu nunca passei a noite comendo alguém!

-MAMAE! – A Flavia ficou rubra de vergonha.

-o que eu falei, não me diz que não sabe como se fazem os bebes-Ana estava rindo da cara da filha- eu  posso te garantir que não é com os dedos kkk- Gente ninguém aguentou a expressão da Flavia que parecia que ia desmaiar a qualquer minuto.

-Não fica assim Flavia o próximo que vier –aponta pra barriga da Rê – se não conseguirem com os dedos, podem tentar com a língua kkk.

-Rick Respeita! Olha minha mãe.

-até parece que eu nunca usei a língua- ninguém aguentou e a gargalhada foi geral, quer dizer menos a Flavia que estava estática com as palavras da mãe. Eu estava agradecendo pois assim me tiravam de rota, mas foi pura ilusão meu amigo virou pra mim e fala.

-sim vocês não vão falar se estavam trans*ndo-revirei os olhos e estava pronta pra responder, quando a Renata se manifesta.

-Vocês são enxeridos, não posso passar o dia com minha namorada-foi a Renata que respondeu.

-NAMORADA! - todos falaram até mesmo a Dra Ana.

 –é na-mo-ra-da – Renata soletrou para não houvesse dúvidas-por que o espanto todos sabiam que essa ruivinha “estava na minha”- já ia questionar, mas me calei pois o que ouvi depois sinceramente era muito pra minha cabeça.

-é Fernanda você deve ser muito boa de cama, pra Renata se deixar prender.

-Só é Ana ,só é –ela pisca pra Dra. Ana como pra afirmar o que estava falando, juro que eu ia matar a Renata.

-Gente vocês querem parar, a Nanda esta parecendo um tomate de tão vermelha-graças a Deus alguém por mim naquela sala.

-culpa da tua mãe Flavia ela sabe que não me intimido com suas palavras- rebate minha adorável namorada, que irei matar assim que nos vermos a sós.

-vamos pra piscina –chama minha amiga e seguimos todos para o local.

-por que da reunião Rê – pergunta Rick-não que eu esteja reclamando ,afinal não é todo domingo que tenho a oportunidade em almoçar em uma cobertura de frente pro mar.

-ai Rick, você só pensa em comida.

-logico que não Rê. Penso em outras coisas também-falou com cinismo

-É que a  Flavia e eu resolvemos escolher os nomes de nossas filhas e queremos a opinião dos padrinhos e da avó.

-mas já vou logo avisando, queremos nomes simples – Flavia olha pro Rick.

-por que ta me olhando eu iria sugerir Dayara e Daynara . -Flavia so faz revirar os olhos.

-Por que vocês não fazem o seguinte, vocês duas colocam os nomes que gostariam pra suas filhas no papel e depois nos abrimos, nada mas justo a serem vocês a escolherem-me pronuncio.

-o que a Nanda falou faz sentido, Ré coloca o nome de sua preferencia em um papel e dobra-sugeri Ana –e a Flavia faz o mesmo, a primeira que nascer terá o nome escolhido pela Rê e a segunda pela Flavia.

-o que você acha amor? Pergunta Rê.

-por mim tudo bem, mas vamos almoçar primeira depois escolhemos os nomes.

Quando escuto a Flavia falar sigo na frente, pois tinha certeza que minha amiga estava louca pra conversar comigo a respeito do meu namoro.

-é serio mesmo essa estória de namoro? -pergunta Rê ao meu lado enquanto caminhávamos-sexto feira vocês estavam parecem cão e gato ,como podem agora estarem namorando.

-você se lembra da morena que te falei que tinha conhecido da outra vez que fui a boate-acena que sim com a cabeça-pois é ,sexta ela estava na boate ,e a Renata quase parte pra cima dela.- me mirou com os olhos arregalados- esta garota estava me esperando na porta do banheiro e quando sai ela me encostou na parede quase me beijando e a Renata viu.

-shii ela já estava mordida por conta da Paloma. E falando nela, não entendi ela sumiu com aquela projetil de lesbica e só apareceu quando viemos embora-olhei pra ela também se lembrando desse detalhe- será que as duas ficaram.

-será? – penso um pouco e digo- quem sabe assim a Renata não acredita em mim quando falo que não tenho nada com ela.

-você falou do seu plano!

-não, só falei que nos não tínhamos nada e que ela não acreditou.

-fico feliz por vocês estava mais do que na hora de se resolverem.

Calamo-nos, pois vi que a Renata estava já próxima e não queria que ela escutasse o teor de nossa conversa, passou a mão por minha cintura e nos aproximamos da mesa que estava exposta com o almoço.

-meu anjo seu telefone está tocando- pego do meu bolso pra ver quem estava me ligando e a enxerida da minha namorada olhou logo pro visor e quando vê de quem se tratava fechou a cara.

-você não vai atender essa garota! -puxou da minha mão o celular e rejeitou a chamada.

-por que você fez isso, já te falei que não tenho nada com a Paloma.

-pode ate ser que não tenha, mais tenho a certeza que ela é afim de você –reviro os olhos, estava chateada mais achei melhor não procurar confusão ,afinal a culpa de tudo isso é minha por ter inventado um possível romance entre nos.

...

Estava muito feliz, pois estava reunida com minha família, as pessoas que estavam ali eram as pessoas com que mais me portava, olhei pra Renata com a mão possessivamente na cintura da Nanda, quem viu minha amiga! Sabia que mais cedo ou mais tarde ela iria tomar essa decisão na sexta vi o quanto ela estava transtornada achando que a Paloma e a Nanda estavam juntas depois irei conversar com ela e pra ver como esta se sentindo.

-minha filha preciso conversar com você.

-agora mãe?- a olho sem entender, pois ela havia chegado cedo e não falou nada-por que não falou antes é alguma coisa seria.

-é a respeito da casa que você tem no mesmo condômino que moro, a casa que você morava com a Regina-não entendo o porquê dessa conversa agora, mais ia ver do que se tratava.

-o que tem aquela casa?

-você não acha que seria bom para as crianças quando nascerem ter espaço pra brincar, aquela casa é enorme, vocês poderiam se mudar pra la.

Baixo minha cabeça, minha mãe sabe de tudo que passei ali toda decepção que tive com a Regina naquela casa.

-minha filha deixa te falar uma coisa, você sabe que nunca havia aceitado muito bem sua orientação sexual não é-confirmo com a cabeça-meu sonho sempre foi ser avó e se fosse depender do seu irmão isso não ira acontecer-risos.

-mae deixa o mano.

-não estou falando nada demais já me conformei com a vida que ele leva-pausa –bom quando descobri que você era lesbica não me conformei mesmo ,pois bastava seu irmão que desde cedo eu já desconfiava que iria ser gay, com o tempo procurei me conformar foi quando você conheceu a Regina e eu sabia que você queria constituir família e ate gostei pois ela me parecia ser uma ótima pessoa ,ate o dia que aconteceu tudo aquilo de você pegar ela com outra-pausa-vi o quanto ficou arrasada ,eu ate pensei que com isso você iria decidir mudar de vida.

-mae não posso mudar, gostar de alguém do mesmo sex* faz parte do que sou.

-hoje eu sei disse. Bom quando você chegou em casa falando que ia ser mãe eu pensei que você tinha desistido dessa vida-risos-quando você me explicou tudo o que ocorreu pra Rê engravidar e o modo como  seus olhos brilhavam só de falar nela, resolvi a principio conhece-la  não só por ela esta esperando meu neto e sim saber o que ela tinha de especial pra você defende-la tanto, e quando a conheci soube na hora o do por que você tinha se apaixonado.

-ela é muito especial mãe ,e eu a amo muito.

-por isso que te falo que esta na hora de deixar pra traz tudo o que se passou –já ia falar quando ela levantou a mão deixando claro que não havia terminado de falar-minha filha vai ser bom pra sua família a casa é grande ,tenho a certeza que a Rê vai gostar de morar lá.

-vou falar com ela ,mas se acaso ela aceite vou contratar um arquiteto pra reforma-la por dentro.

-mas a casa e nova esta toda mobiliada, por que isso.

-Se vamos morar la ,quero que a Rê possa mobiliar do jeito que ela bem entender afinal será onde iremos criar nossas filha e quero que ela sinta que a casa também e dela.

-você esta certa vou aproveitar mandar colocar umas grades na área da piscina.

-por quê?

-Não quero que minhas netas corram algum risco.

-mãe minhas filhas não iram  nascer andando-revirei os olhos.

-eu sei que não, mas se elas puxarem pra você ,não vou querer ariscar kkkk.

-vou falar com a Rê ,e se ela concordar esta semana nos iremos lá pra ela conhecer ir pensando como ira querer a reforma.

...

-quando iremos decidir os nomes das minhas afilhadas.

-Rick estamos  esperando a Flavia que esta conversando com a Ana - estava curiosa pra saber o teor da conversa, sabia que ela iria me falar depois ,mas não deixava de ficar curiosa. Vi as duas se aproximando e minha mulher sentou-se ao meu lado- o que foi aconteceu amor ,vocês demoraram.

-estávamos resolvendo algumas coisas depois te falo pois vou precisar de sua opinião.

-tudo bem, mais tarde então  conversamos.

-Flavia estava te esperando pra você escolherem os nomes-Rick entregou papel e caneta pra cada uma de nos – vocês escolhem os nomes que gostariam pra filha de vocês, como falei antes o nome que  a RÊ escolher ira ser da primeira menina que nascer.

Ficamos conversando, ate que resolvemos escrever logo os nomes, pois o Rick estava mais agoniado que nos, escrevemos e entregamos os papeis pra Nanda.

-vamos ver os nomes que vocês escolheram-disse Nanda desenrolando os papeis, ela fez uma cara de surpresa e começou a rir-meninas sinceramente acho que vocês são almas gemia-se colocou os papeis em cima da mesa qual não foi a surpresa de todos ate eu mesmo me surpreendi.

-Ana Luiza e Maria Luiza – Renata so faltou gritar-vocês já tinham conversado sobre alguns nomes.

-eu escolhi Ana pra fazer uma homenagem a Dra Ana ,e Luiza é um nome do qual sempre gostei-falei e vi a Flavia sorrir.

-Maria eu já escolhi pra homenagear sua avó ,e Luiza é um nome que acho bonito.

-verdade a Flavia sempre me falou que se tivesse uma filha iria por o nome de Luiza-Renata se pronunciou, quando viro pra ver o que a mãe da Flavia havia achado dos nomes lagrimas em seu rosto.

-o que foi Ana não gostou-falei preocupada.

-não é isso minha filha. é que estou emocionada pela homenagem que você me fez .obrigada por ser esta pessoa maravilhosa  tenho plena certeza que minha filha não poderia escolher melhor mãe para minhas netas.- depois dessa todos ficaram emocionados então resolvi cortar um pouco o clima ,pois era ocasião de comemoração e não tinha lugar pra lagrimas por mais que fosse de felicidade.

Ficamos a tarde nos divertindo e conversando, quando todos resolveram ir embora já passavam das 17:00 horas foi quando lembrei da conversa que a Flavia falou que teria comigo. Estava deitada na cama pois com a agitação do dia minhas pernas estavam cansada e resolvo deita colocando minhas pernas pra cima do espelho da cama, escuto a porta abrindo e já voltar ao normal quando escuto Flavia falando.

-fica assim amor, e bom para relaxar as pernas, vou tomar um banho quando voltar faço uma massagem em você- me deu um beijo e seguiu pro banho quando voltou sentou na cama colocando minha pernas em cima de suas coxas e massageando.

-amor o que você queria conversar comigo? –pausa - é sobre a conversa que você teve com sua mãe?

-é sim vida –pausa –algum tempo atrás comprei uma casa no condômino em que minha mãe mora e minha mãe quer que nos mudemos pra lá pois é maior e nossas filhas vão ter mais espaço –a olhei sem intender a questão do problema, pois concordava com a Ana .

-eu gosto da ideia, pois também acho que crianças devem ter espaço pra brincar, e pelo que pude ver o condomínio em que a Ana mora é bastante seguro.

Olho pra ela sabendo que tinha alguma coisa por traz de tudo aquilo.

-qual o problema?

-o problema é que ...-pausa- eu morei lá com a Regina- fico em silencio refletindo sobre essa informação.

-o que acha sobre tudo isso ?

-sinceramente o que aconteceu no passado já foi superado a muito tempo, por mim iremos morar lá sim , mas sua opinião é que importa falei pra mamãe que acaso você concordasse nos iriamos reformar a casa.

-por que reformar?

-quero que você projete ela do jeito que você achar melhor, afinal vai ser o nosso lar e onde nossas filhas iram crescer.

-então está resolvido, amanhã mesmo irei conhecer nosso futuro lar.

Fim do capítulo