Satisfazer minha futura esposa era a melhor coisa do mundo. Nada se comparava a sensação que o meu corpo sentia quando meus olhos a viam se derretendo de prazer em minhas mãos, em minha boca. Meus olhos brilhavam ao ver aquela mulher tão linda, tão perfeita deitada sobre mim. Seu corpo relaxado pelo orgasmo que acabava de ter, a respiração voltando a normalizar, os cabelos vermelhos esparramados na cama. Afrouxei o nó que prendia as mãos de Paty e minhas mãos buscaram as dela. Entrelacei nossos dedos apertando nossas mãos delicadamente.

            - Te amo princesa! – ela disse olhando-me. Sorri para ela e minha boca buscou a sua beijando-a com ternura e delicadeza. Senti suas pernas envolverem meu quadril e num relance ela girou seu corpo sobre o meu, sentando-se sobre mim. Afastou seu rosto do meu me dando um sorriso maroto.

            - Você vai pagar caro por tudo que fez! – disse sensualmente.

            - Ui que delicia! – respondi sorrindo.

            Patrícia soltou suas mãos das minhas e inclinou-se sobre meu corpo engatinhando sobre mim até alcançar o mesmo pano que eu tinha usado para prender suas mãos. De forma provocante, seus seios ficaram expostos rente aos meus olhos, causando-me agua na boca de vontade de senti-los. Elevei minha cabeça até que minha boca fosse capaz de tocar um deles. Minha língua rodeou a auréola de seu seio até sentir o bico e em seguida abocanhei aquele seio maravilhoso, fazendo-a suspirar forte ao sentir minha boca. Seus olhos desceram até os meus olhando-me profundamente. Ela mordeu os lábios de leve o que me fez desejar provoca-la ainda mais com minhas caricias. Passei a sugar o outro seio sem desviar nossos olhares.

            - Eles são deliciosos! – disse afastando minha boca. Paty voltou a sentar-se sobre o meu colo. Levantei meu corpo deixando meu rosto mais próximo do dela, mantendo-a sentada sobre minhas pernas. Senti a boca pousar sobre meu pescoço e com beijos ela foi subindo até minha orelha, causando-me inúmeros arrepios pelo corpo.

            - To morrendo de vontade de sentir você amor! – sussurrou lentamente. – Quero que você sinta nos meus toques o quanto eu amo você! – afastou-se me olhando e em seguida trouxe o lenço que estava em suas mãos até meus olhos, deu duas voltas sobre eles vendando-me.

            - O que pretende fazer comigo? – perguntei. Paty não respondeu. Senti sua boca voltar a explorar meu pescoço com mais fúria do que antes. Sua língua deslizava por toda minha pele até meu queixo beijando-o. Mordi a boca com certa força. Senti sua respiração quente próxima a minha boca e entreabri-a, esperando um beijo, contudo ele não veio, ascendendo em mim uma vontade louca de sentir sua boca na minha. Suas mãos deslizaram pelas minhas costas e subiram arranhando-me com suavidade. Deslizei minhas mãos pelas costas dela até sentir seus cabelos. Enrosquei-as neles apertando sua nuca com carinho. Tentei conduzir seus movimentos, mas Paty não permitiu e afastou-se mais de mim. Senti suas mãos deslizaram devagar pelos meus ombros e desceram até tocar meus seios me fazendo gem*r baixo. Suas mãos envolveram completamente meus seios massageando-os com delicadeza e sensualidade, fazendo meu sex* pulsar de desejo outra vez.

            Senti Patrícia sair de cima do meu colo o que me fez reclamar de seu sumiço inesperado. Embora ela não tenha passado mais que alguns segundos longe de mim, meu corpo já sentia falta do seu, ficando aliviado quando senti um movimento na cama e seus braços enlaçaram minha barriga. Ela encostou seus seios em minhas costas e com uma das mãos afastou meus cabelos do pescoço, passando a beijar-me. Ela havia retirado a calcinha que usava pois eu podia sentir o calor de seu sex* quente e ainda molhado em minhas costas.

            Soltei o peso do meu corpo apoiando-me sobre ela. Paty continuava a beijar meu pescoço e a explorar meu corpo com suas mãos. Deslizava as duas percorrendo meus seios, a barriga, deslizou suave pela cintura até a parte interna de minhas coxas, apertou-as causando-me arrepios para depois subir voltando até meus seios. Gemi baixo ao sentir suas mãos aperta-los com vontade.

            - Seu corpo é tão lindo! É tão bom tocar você amor! – Paty sussurrou em meu ouvido enquanto mordia levemente a lóbulo da minha orelha. – Adoro amar você Cecília!

            - Ai meu amor!

            Senti uma das mãos dela descer novamente pelo meu corpo enquanto a outra se mantinha em meus seios massageando-os. Ela deslizava a mão lentamente e cada vez mais se aproximava do meu sex*. Eu já sentia minha intimidade latejar de desejo. Quando os dedos dela finalmente tocaram meu sex* num roçar leve, provocante, deixei minha cabeça pender sobre seu ombro abafando um gemido ao morder meus lábios. Patricia aumentou o contato de sua mão em mim, pressionando meu clit*ris ao deslizar os dedos até a entrada do meu sex*.

            - Já está assim... molhadinha! – disse sensualmente em meu ouvido. Passei minhas pernas por cima das dela, abrindo-me toda para la, dando-lhe livre acesso ao meu sex* pulsante. Sentia seus dedos brincarem na entrada sem penetrar-me, o que me enlouquecia cada vez mais.

            - Você que me deixa assim amor! – respondi.

            - Como você é gostosa! – Paty disse. Senti seus dedos começarem a me penetrar lentamente, até entrarem totalmente em meu sex*, me fazendo gem*r. Em movimentos lentos, ela retirava-os e depois voltava a penetra-los. Permaneceu um longo tempo nessa tortura.

            - Ai amor... me faz goz*r gostoso. Estou enlouquecendo de tesão!

            - Quer goz*r pra mim? – perguntou  insinuante.

            - Quero amor... me faz goz*r faz!

            - Faço tudo que você quiser minha loira! – mordeu meu pescoço – Delicia da minha vida!

            Patricia voltou a penetrar-me mais forte. Ao mesmo tempo eu sentia a palma de sua mão friccionar meu clit*ris a cada investida de seus dedos dentro de mim, aumentando ainda mais o tesão que eu sentia. Meu sex* molhava cada vez mais. Sua boca buscou a minha num beijo ávido, feroz, quente. Nossas línguas duelavam por espaço enquanto seus dedos me preenchiam inteiramente fazendo meu corpo arquear de prazer. Paty retirou o lenço dos meus olhos.

            - Me deixa olhar pra você – pediu me fazendo olha-la – Quero ver o brilho dos teus olhos quando você goz*r pra mim amor.

            Os azuis dos olhos dela estavam extremamente claros, num tom azul piscina, tão brilhantes quanto o sol quando está seu ponto mais alto. Foquei meus olhos nos dela, mantendo nossos olhares fixos enquanto me deleitava de prazer sentindo minha mulher me possuir sem reservas e com um desejo latente. Envolvi minha mão em seu pescoço apertando sua nuca numa tentativa vã de aliviar o tesão que me dominava. Enrosquei meus dedos em seus cabelos longos acariciando-a docemente. Ela aproximou seus lábios dos meus pousando um beijo leve neles, eu ofegava em sua boca, seus dedos continuavam a me torturar num ritmo extasiante.

            - Goz* pra mim – pediu baixinho me encarando com volúpia. – Deixa meus dedos molhados com seu gozo!

            Se já estava difícil controlar meu corpo antes, depois de um pedido desses ficou impossível. Deixei meu autocontrole de lado para que Paty tomasse conta de cada sensação do meu corpo.

            - Ahhh que delícia – gemi olhando em seus olhos. – Me fode gostoso! – pedi com a voz carregada de tesão. Ela aumentou o ritmo das penetrações.

            - Mais forte? – perguntou.

            - Sim amor... – gemi mais alto – Mete mais forte... – gemi em sua boca – Mete gostoso em mim mete! Me fode com força!

            Senti meu corpo prestes a explodir de prazer e tomei sua boca num beijo fogoso, contudo, nossos olhos se mantinham fixos um no outro. E quando o auge do prazer tomou conta do meu corpo foi a melhor sensação do mundo me deleitar naquele mar azul e cristalino que eram os olhos dela.  G*zei intensamente nos dedos dela sentindo os espasmos se dispersarem pelo meu corpo e meu coração disparar enlouquecidamente. Sua língua explorava minha boca com gula e eu correspondi ao seu beijo enquanto meu corpo relaxava aos poucos. Paty retirou seus dedos de dentro de mim ainda me olhando levou-os até sua boca ch*pando-os deliciosamente, até que não restasse uma só gota neles. Vê-la fazer aquilo de um jeito tão provocante encheu minha boca d’água.

            Ela retirou seu corpo de trás do meu e empurrou-me, fazendo-me deitar na cama, para em seguida levar sua boca até meus seios e ch*pa-los deliciosamente. Foi engatinhando com sua boca sobre meu corpo passando por toda minha barriga. Sua lingua brincava com meu umbigo enquanto ela percorria o caminho que levava até meu sex*. Senti seus lábios beijando a lateral da minha intimidade ainda molhada pelo orgasmo recente, ela mordeu de leve passando a beijar o outro lado, e em seguida senti sua língua deslizar sobre meu clit*ris percorrendo todo meu sex*.

            Gemi alto quando seus lábios envolveram todo meu sex*, ch*pando-me deliciosamente, retirando de mim qualquer resquício do prazer que ela havia me dado anteriormente. Patrícia continuou a percorrer meu sex* com sua boca atiçando novamente meu desejo. Olhei para o lado e tive a visão perfeita de seu sex* totalmente liso em frente ao meu rosto. No mesmo instante meu corpo incendiou, desejando senti-la assim como ela estava me sentindo.

            - Vem aqui amor! – pedi puxando seu corpo em direção ao meu. Ela entendeu minha intenção e prontamente passou uma das pernas sobre o meu rosto, dando aos meus olhos a visão de seu sex* inteiramente para mim. Eu sabia o quanto aquela posição a excitava e abusaria totalmente a meu favor.

            Minhas mãos seguraram sua bunda, uma em cada lado, e puxei-a delicadamente dando a minha boca acesso a sua intimidade. Minha língua tratou de explora-la, penetrando-a o mais profundamente possível. Paty afastou sua boca do meu sex* dando-me um gemido sensual para em seguida a voltar a ch*par-me com vontade. Eu sentia sua língua deslizar em mim, me penetrar e voltar a deslizar em meu clit*ris ao mesmo tempo que minha boca se mantinha ch*pando-a deliciosamente. Levei dois dedos a boca molhando-os com minha saliva e em seguida penetrei-a sem aviso.

            - Ah Cecília! – ouvi meu nome quando ser pronunciado com rouquidão enquanto eu a penetrava devagar, alternando entre estocadas e ch*padas longas em seu sex*. Paty continuava a me enlouquecer com sua língua. Brincava com meu clit*ris em sua boca, ora ch*pando-o, ora mordendo-o levemente, ora beijando-o. Ela literalmente me levava a loucura sem precisar fazer muito esforço.

            Subi minha língua devagar deixando seu sex* e seguindo em direção a bunda dela. Minha língua tocou seu ânus deslizando sobre ele, Paty gem*u baixo e deu uma mordida na parte interna da minha coxa direita. Eu sabia o quanto aquilo a excitava. Ela ficava enlouquecida.

            - Aii amor assim você me deixa louca! – disse olhando-me. Tinha no rosto um misto de desejo e safadeza que me alucinava. Uma das coisas que eu mais gostava em Paty era esse jeito dela quando o tesão a dominava. Com ela não tinha amarras, não tinha limites entre quatro paredes, se estava bom pra nós duas então valia a pena. Voltei a ch*pa-la mantendo um dos meus dedos estimulando seu ânus delicadamente. Paty gemia cada vez mais.

            - Dá gostoso pra mim dá? – pedi.

            - Dou! – ela respondeu – Come ele come! – pediu. Levei o mesmo dedo até minha boca molhando-o bem com minha saliva e devagar passei a penetra-la. Paty e eu não fazíamos sex* anal com muita frequência quando namorávamos, principalmente ela, por isso a resistência era maior o que dava mais prazer ainda. Aos poucos, meu dedo foi penetrando-a. Minha boca voltou a explorar seu sex* e ela fazia o mesmo em mim. Confesso que o simples fato de a ter daquela forma pra mim já me excitava o suficiente para chegar ao orgasmo. Meu tesão estava no limite quando ela penetrou dois dedos em mim. Sua boca se mantinha em meu clit*ris e ela em penetrava cada vez mais rápido. Era como se ela descontasse o tesão que sentia em mim, o que não era nada ruim pois eu estava amando ser devorada por sua boca e seus dedos ao mesmo tempo.

            G*zei primeiro que ela, gritando alto, quando os espasmos quase me fizeram perder o controle do que eu estava fazendo. Meu corpo passava a relaxar enquanto ela alternava entre se deliciar no meu sex* ou gem*r a cada penetração do meu dedo nela.

            - Aiii Ana assim eu vou goz*r logo! – disse. Eu não queria que ela goz*sse tão rápido. eu queria senti-la mais. Retirei meu dedo de dentro dela com cuidado para não machucar.

            - Vira de frente pra mim amor! – pedi – Quero olhar pro seu corpo enquanto te ch*po gostoso! – Paty virou-se mantendo seu sex* sobre meu rosto. Meus braços envolveram suas pernas forçando-a a sentar-se sobre minha boca. Deslizei toda minha língua em seu sex* lambendo-a inteiramente. Paty gem*u, me olhando, suas mãos seguraram com força na cabeceira da cama.

            - Rebola na minha boca gostosa! Rebola gostoso pra mim! – pedi. Paty passou a rebol*r sobre minha boca. Minha língua se mantinha em contato com seu sex* enquanto ela remexia seu corpo delicioso sobre mim. Subi minhas mãos pela barriga dela e toquei seus seios. Ela jogou a cabeça para trás e levou as mãos aos cabelos prendendo-os no alto da cabeça. Minhas mãos envolveram-nos totalmente apalpando-os com desejo. Era uma visão perfeita. Seu corpo todo nú se remexendo sobre mim com seus cabelos presos pelas mãos me dando a visão de seu pescoço fino e delicado. Desci minhas mãos ate sua cintura segurando-a. Ela continuava a remexer seu corpo para frente e para trás, aumentando o contato de seu sex* com a minha boca. Seus seios balançavam delicadamente acompanhando o movimento de seu corpo.

            - Ohhh amor... eu vou... goz*r... ohhh Cecília! – Patricia deixou seu corpo cair para a frente encostando a cabeça sobre a própria mãos. Seu corpo tremia fortemente, em espasmos involuntários de um orgasmo delicioso, no qual eu me deliciava. Ela tinha a respiração arfante e um sorriso prazeroso nos lábios, percorri suas costas com minhas mãos sentindo seu corpo suado.

            Paty desceu seu corpo deitando-se sobre o meu. Abracei-a e beijei sua boca com paixão. Eu amava tanto aquela mulher em meus braços que meu coração transbordava de felicidade. Era extasiante vê-la relaxar sobre o meu corpo após nos amarmos. Paty encaixou sua cabeça entre os meus seios. Eu podia ver seu corpo acompanhar o ritmo da minha respiração.

            - Adoro ouvir seu coração batendo assim... tão rápido! – ela disse. Subiu sua mão direita até meu seio e ficou passando os dedos de leve sobre ele, contornando o bico.

            - Ele bate por você amor! Por você e pela Vavá! – levei minha mão até os cabelos dela iniciando um cafuné

            - Assim como meu bate por vocês! Aliás ele parece até bateria de escola de samba quando te vê – disse me fazendo rir. Paty bocejou deixando claro que começava a sentir sono.

            - Deita aqui do meu lado ruivinha – pedi. Ela desceu seu corpo de cima do meu e deitou-se ao meu lado mantendo sua cabeça sobre um dos meus braços. Abracei-a continuando a acariciar seus cabelos. – Dorme um pouquinho! Vou ficar cuidando do seu sono.

            - Não quero dormir... – resmungou com a voz já mole – quero ficar acordada nos seus braços até amanhecer! – olhei no relógio que tinha no criado mudo, que marcava 4:30 da manhã.

            - Então tá! Vamos ficar acordadas – concordei, embora eu tivesse certeza que em poucos minutos ela acabaria dormindo. – Lembra quando viramos a noite acordadas naquele camping em Ubatuba?

            - Uhumm – resmungou aconchegando seu corpo mais perto do meu. Desci minha mão até as costas dela e fiquei deslizando meus dedos por sua pele. Ela se arrepiava algumas vezes.

            - A noite estava incrível aquele dia! O céu tão estrelado que parecia que tinha sido pintado à mão. E ver o sol nascer com você ao meu lado foi uma das melhores sensações da minha vida! Nunca esqueci a imagem do seu rosto naquela manhã, com os raios de sol deixando você ainda mais perfeita do que já é. – senti sua respiração relaxar e seu corpo soltar-se mais sobre a cama. Olhei para seu rosto e Paty tinha os olhos fechados. Uma expressão serena no rosto. Um sono tranquilo. Engraçado que olhá-la daquela forma me fazia ver o quanto ela se parecia com a Valentia quando dormia. Valentina tinha essa mesma expressão no rosto, uma expressão de paz, algo angelical. – Eu te amo! – sussurrei baixinho. – Vou te amar para sempre!

            Permaneci mais algum tempo fazendo carinho nela. Não sei quanto tempo se passou até que eu adormecesse junto a ela. Acordei com o barulho do meu interfone tocando. Levantei devagar para não acordar Paty e sai da cama seguindo até o interfone.

            - Alô – respondi com voz de sono, bocejando.

            - Boa tarde Senhorita Ana. Desculpe acordá-la, mas tem um rapaz aqui em baixo que disse que gostaria de ver a senhorita. Ele disse que se chama João. – disse o porteiro me pegando de surpresa.

            - Como? João? – repeti.

            - Isso senhorita. É um rapaz de porte alto e está com a filha da senhorita Patrícia no colo.  

            - Deixe ele entrar por favor. – disse liberando sua entrada.

            - Claro! – voltei até o quarto para vestir uma roupa e assim que entrei Paty remexeu-se na cama abrindo os olhos.

            - Volta pra cama amor – pediu manhosa ao me ver vestir um short e uma camiseta. Fui até a cama e beijei seus lábios.

            - O porteiro me ligou amor. O João está subindo com a Vavá.

            - O que? – disse assustada sentando-se na cama – Aconteceu alguma coisa com ela?

            - Eu não sei amor. Não deve ter sido nada. – ouvi a campainha tocar e me levantei – Coloca uma roupa e vem pra sala que eu vou ver o que ele quer comigo – disse dando um selinho nela.

            Segui em direção a sala e abri porta dando de cara com ele. Vavá estava em seu colo e assim que me viu esticou seus braços em minha direção.

            - Mamãe Ana! – falou fazendo meu coração amolecer ainda mais de amor por ela. Era a primeira vez que ela me chamava de mamãe. Senti meus olhos arderem e lacrimejarem de emoção.

            - Que foi meu amor? – disse estendendo os braços e pegando-a. Ela se aconchegou em meu colo deitando a cabecinha em meu ombro e me apertou com seus bracinhos. – olhei para João que assistia a cena em silencio.

            - Oi Ana Cecília – ele disse olhando-me.

            - Oi João – respondi – Entra! – disse dando passagem apara ele. Vavá continuava abraçada a mim sem querer me soltar. - Aconteceu alguma coisa? – perguntei me referindo a Vavá. Paty entrou na sala no mesmo instante seguindo até nós duas.

            - Oi meu amor – disse passando a mão no rostinho da Vavá.

            - Não foi nada demais. Ela teve um pesadelo essa noite e não quis mais ficar lá em casa. Eu até tentei acalma-la mas ela só queria vocês! Achei que seria melhor traze-la até aqui já que Pat não estava na casa dela.

            - Oi João! – Paty foi até ele cumprimentando-o com um beijo no rosto, o que me deixou com um pouquinho de ciúmes, confesso. – Obrigada por trazê-la!

            - Tudo bem! Será que a gente poderia conversar em particular? – disse olhando-me. Paty olhou para ele com curiosidade. Assim como eu, ela devia querer saber o que ele tinha pra me dizer.

            - Claro! - respondi – Pega ela pra mim amor! – disse passando Valentina para o colo de Paty. Ela não queria me soltar. – Princesinha eu não sair daqui tá bom? – disse afastando seu rostinho. – Quando eu voltar vamos preparar o café da manhã juntas tá bom? Eu e você.

            - Não demola! – disse pulando pros braços de Paty.

            - Eu não vou – beijei seu rostinho – prometo! – João se aproximou delas e depositou um beijo carinho em Valentina.

            - Tchau meu amor! – disse passando a mão em sua cabeça – O papai te ama!

            - Tchau papai – ela disse – Eu também te amo! Sai com João em direção ao hall de entrada do meu apartamento. Fechei a porta para que tivéssemos privacidade.

            - Você está linda! – ele disse ao passar por mim – Patrícia é uma mulher de sorte! –n sorriu e senti uma certa ironia em seu sorriso.

            - Não foi pra me elogiar que você veio até aqui foi? – respondi curta e grossa.

            - A mãe da Paty me procurou me procurou a uns dias atrás. Ela me disse sobre o casamento de vocês e o quanto está insatisfeita com a decisão da Paty.

            - Isso eu já sei.

            - O que você não sabe é que ela está disposta a tudo pra separar vocês duas. Ela chegou a me propor dinheiro em troca de ajuda para isso!

            - E você como o bom homem que se tornou se indignou com isso ne? – disse com sarcasmo.

            - Escuta uma coisa Ana Cecília, você pode debochar de mim que eu não importo nem um pouco com o que você pensa de mim, nem se acredita que mudei ou não. Eu errei em te atacar naquela noite sim, mas eu tive meu troco também. Se estou aqui hoje para te alertar sobre a Regina é por que me preocupo com a minha filha. E ela está preocupada com você! – disse apontando o dedo pra mim e falando mais alto.

            - Desculpa! – falei baixando minhas armas.

            - Valentina teve pesadelos a noite toda com você! Ela está assustada, me disse também que a vovó dela brigou com você. Eu não tenho nada contra o casamento de vocês Ana Cecília. Quando eu vi vocês juntas pela primeira vez eu tive certeza que vocês duas acabariam juntas mesmo. Eu só peço que tenha cuidado para que essa confusão toda que envolve a mãe da Paty não magoa a Vavá. Ela é muito pequena pra ter que passar por isso. E pelo que eu pude ver ela ama muito você!

            - Eu também a amo muito. – Respondi – E quero que saiba que fico muito grata por você ter vindo até aqui hoje.

            - Bom já que você será a outra mãe da minha filha acho que o mínimo que podemos fazer é nos dar entender. Pelo bem da Vavá!

            - Pelo bem dela. – Respondi sorrindo. Ele estendeu sua mão em minha direção e eu apertei-a, como um acordo de paz.

            - Posso te perguntar uma coisa? – Disse e ele balançou a cabeça confirmando – Como descobriu meu endereço?

            - Liguei para a Júlia! – Respondeu e eu sorri. É claro que minha irmã passaria meu endereço. – Bom eu preciso ir. Até mais.

            - Até. - Voltei para dentro do apartamento e Vavá correu até mim.

            - Demolou mamãe Ana.

            - Demorei foi? – Sorri enchendo-a de beijos. Ela gargalhava, mais feliz agora. – Vamos cozinhar? – Ela balançou a cabecinha confirmando e seguimos até a cozinha. Paty nos acompanhou.

            - O que ele queria amor?

            - Depois falamos sobre isso amor. O que quer comer? – Perguntei a Vavá.

            - Pão fuladinho. – Disse me fazendo rir. Era assim que ela se referia aos waffles.

            - Ok mocinha! Vamos fazer Waffles!

            Depois de muita bagunça Paty, Vavá e eu finalmente nos sentamos à mesa para comer. Uma refeição saudável feita por uma família unida. E se na noite anterior eu sentia que faltava um pedacinho de mim, agora eu me sentia completa outra vez. 

Fim do capítulo