CapÃtulo 35
- Olhos bonitos... – ela continuava parada, sem se mexer. – Isabela, vem cá.
Ela pareceu criar coragem, tinha os olhos molhados e eu não gostei de vê-la daquela forma, Cássia virou estatua, certo que eu deveria estar um horror, mas não era pra tanto. Senti uma pontada na cabeça e fiz uma expressão de dor.
- Você está bem? – ela finalmente chegou perto da cama, Cássia também.
- Só uma pontada na cabeça... Ta tudo bem... – olhei novamente para a menina que carregava muita tristeza no olhar. – O que foi?
- Posso te abraçar? – apenas acenei, ela se aproximou de vagar, me abraçou com carinho, parecia até ter medo que eu quebrasse. Tinha algo estranho, olhei para Cássia e essa me olhava com os olhos marejados. “Deus! Essas meninas vão me fazer chorar”.
- Vem cá... – estendi a mão para ela que segurou com força.
Estávamos as três abraçadas, na verdade elas estavam abraças a mim, já que eu só tinha um braço disponível. Ficamos assim por um bom tempo, como eu previ, estávamos em lagrimas.
- Nunca mais faça isso, sua louca, quase matou todos de preocupação. – Cássia passava a mão pelo meu rosto.
- Me perdoem... Eu realmente sinto por quase morrer... Aiii – levei dois beliscões das duas. – Tiraram o dia pra me malinar. – fiz bico.
- Pela sua ironia, Cardoso. – Isabela falou séria.
- Credo... Falta de humor... – fiz cara de coitada.
- Quase te perdemos, Flávia... A pior sensação de todas... Você quase... Por... – Isabela não completava as frases.
- Ei? Estou bem... Estou viva... – olhei para as duas.
- Ela está se culpando, Flávia. – Cássia falou e Isabela a olhou e depois para mim.
- Explica isso... – fiquei séria. Isabela baixou a cabeça e Cássia segurou a mão dela.
- Ela acha que a culpa por você estar aqui é dela... – arqueei as duas sobrancelhas. – Diz pra ela o quanto isso é mentira...
- Isabela... Olha pra mim... – ela levantou o rosto com os olhos inundados.
- Se eu não entrasse na sua vida... Nada disso teria ocorrido, Flávia... – ela pausou e eu fiquei atônica. – Não teria trago para a sua vida o Paulo Henrique, não teria corrido risco de vida...
- Para... Nunca mais diga uma bobagem dessas... – tentei sentar, mas fui impedida por Cássia.
- Calminha ai... Lembra que a loira nos deixou de guarda...
- Eu não quero que fique se culpando, Isabela... Eu só tenho a agradecer por você ter entrado em minha vida... – ela me olhou. – Eu adoro você, Isabela e não importa o que aconteça, isso não vai mudar... E nem pense em tentar se afastar, pois como eu já te disse, vou atrás de você... Você é um dos presentes que a vida me deu... E se um dia eu tivesse que entrar em frente a uma bala de canhão por você, acredite, eu faria... Tira qualquer ideia boba dessa cabeça... ok? Se não eu vou te dar umas palmadas... – consegui tirar um sorriso dela e isso me deixou mais leve.
- Tudo bem... Falando com esse carinho todo... – Ela sorriu.
- Agora que as coisas estão melhores, me diz uma coisa... – Cássia falou e eu previa bobagem. – Como foi com a loira? Vocês se acertaram? – Cássia tinha um sorriso malicioso.
- Que menina curiosa. – Isabela falou. – Mas, assim... Como foi? – Isa me olhou curiosa.
- Meu Deus... Vocês estão me saindo umas belas de umas fofoqueiras... – acabei rindo, mas senti a cabeça latejar. – Ai, ai... Fofoqueiras...
- Tudo bem? – Isa perguntou preocupada.
- Sim... Só a cabeça...
- Tem certeza? – Cássia segurou a minha mão.
- Não se preocupem... – ouvimos batidas na porta.
- Deve ser a Emily com a Rebecca... – abri um grande sorriso.
A porta se abriu, elas entraram com os olhos preocupados, sorria ainda mais, Emily veio até o leito, me abraçando forte, mas com cuidado. Fechei os meus olhos, passei o braço bom por sua cintura.
- Fiquei com muito medo, minha linda... – ela chorava baixinho. – Senti medo de nunca mais ouvir sua voz, de nunca mais ver teu sorriso... Por favor, não faz mais isso, Flávinha... – não suportei e chorei junto.
Não sei quanto tempo passou, Emily se afastou com calma, passava os polegares sobre as minhas bochechas molhadas, Rebecca se aproximou, ficando do outro lado da cama, eu com toda certeza iria desidratar daquele jeito, ela me abraçou, da mesma forma que Emi.
- Que susto você nos deu... – ela dizia contra o meu pescoço. – Não quero voltar a sentir essa angustia nunca mais... – a voz embargada.
- Desculpem por isso... – falei com o peito apertado.
- Você voltou para nós... Então esta desculpada... – ela afastou para beijar a minha testa.
As quatro me encaravam, sequei as lagrimas, chega de tristeza, o que houve não poderá ser apagado, mas não viveria em função daquilo, agradeceria à Deus por mais algum tempo perto de todos que eu amava.
- Ainda não respondeu sobre a loira... – Cássia falou, Isabela riu e Emi e Becca me olharam com curiosidade. “Mas duas fofoqueiras, só faltou a Paloma e a Nicole”.
- Rolou algum amasso? – Emily perguntou com malicia.
- Amor, que é isso? – Becca respondeu, me defendendo. – É claro que rolou amasso, não viu a cara da Amanda de felicidade?
Olhei desacreditada para a Rebecca, elas começaram a rir e eu mantinha a boca aberta, olhando a cara de pau delas.
- Diria que se não fosse o braço imobilizado, olha... – Emi soltou mais essa.
- Já vi que só de olhar uma para outra já saem faíscas... – Isabela entrou no complô. Eu estava muito bem arranjada com essas quatro.
- Quero nem imaginar quando ela ficar boa... – Cássia começou. – Vão tirar o atraso... – começaram a gargalhar.
- Fico muito feliz que a minha vida sexu*l* interessa a vocês, mas eu já deixo vocês pararem de falar como se eu não estivesse aqui...
Passaram mais um tempo se divertindo as minhas custas, logo o médico chegou, recebi um abraço gostoso de cada uma, queria dizer mais algumas coisas, mas o doutor Saraiva, me fez lembrar que eu precisava dos meus remédios. Soube que a minha mãe ficaria comigo aquela noite, ainda não havia visto meus pais, pois quando eles estiveram aqui, eu ainda estava dormindo.
- O braço está doendo? – o médico aplicava o remédio no soro.
- Um pouco e algumas pontadas na cabeça.
- É normal por causa do local, mas se sentir algo mais, imediatamente me avise. – ele sorria.
- Pode deixar... – devolvi o sorriso. A porta foi aberta e por ela uma mulher muito chorona entrava. – Mãe...
- Minha menina...
Ela me abraçou com carinho, eu estava quase desidratada de tanto chorar, durante muito tempo o silêncio foi nosso companheiro, até que adormeci agarrada a minha mãe. Tive sonhos estranhos, pesadelos nos quais Paulo Henrique, me torturava, sonhei com o anjinho de cabelos loiros e sorriso doce.
Meus olhos estavam pesados, o quarto claro dificultava o processo de manter eles abertos, depois de algumas tentativas, consegui manter eles abertos. Olhei para o lado e vi a minha mãe deitada toda torta em uma poltrona preta.
- Mãe? – ela nem se mexeu. – Mãe?
Ela dormia profundamente, queria muito levantar, olhei para o relógio e ele marcava 07:32hrs, a porta se abriu e uma enfermeira passou por ela.
- Bom dia! – ela tinha um sorriso acolhedor.
- Bom dia... – sorri de volta. – Eu estou com uma baita fome... – ela riu do meu comentário.
- Vou te medicar e daqui a pouco uma outra enfermeira virá trazer o seu café da manhã. – ela trocava o soro.
- Quando vou sair desse quarto? – a fitei curiosa.
- Você está se recuperando de forma rápida, então acredito que no mais tarda, amanhã... – ela me lançou um sorriso incentivador.
- Nem acredito que isso aconteceu... Chega a ser assustador... – fixei no meu braço.
- Mas deu tudo certo, mocinha. – ela tocou o meu braço. – Você é forte...
- Obrigada...
- Vou pedir para trazer o seu café da manhã. – ela olhou para a minha mãe. – E o dela também... - Acenei com a cabeça e a enfermeira saiu.
- Amanda não iria gostar dessa conversinha com a enfermeira bonitona. – levei um pequeno susto, olhei para a minha mãe.
- Que susto, dona Carolina. – ela veio até mim. – Bom dia...
- Bom dia meu amor... Está se sentindo bem? – beijou a minha testa.
- Estou... – segurei sua mão. O meu estomago fez um barulho estranho. – Desculpe...
- Seus verminhos estão famintos. – ela gargalhou, mas logo parou ao ouvir um barulho vindo da própria barriga.
- Vejo que não são só os meus... – foi a minha vez de rir.
Algum tempo depois uma outra enfermeira entrou, serviu o nosso café e logo foi embora, nem um pouco simpática, diferente da outra. Acho que quando uma pessoa trabalha muito tempo em um lugar, aos poucos, o seu brilho vai apagando, a gentileza vai morrendo, o humanismo vai se esvaindo, não são todos, mas acho uma grande parte.
As horas passaram rápidas, minha mãe eu falávamos amenidades, esperava ansiosa para ver a minha loira de novo. Comemos o almoço, e me perdoem as cozinheiras desse hospital, mas que comida ruim. Depois o médico e ela foram falar sobre os meus exames, fiquei fitando o teto, contei de um a quinhentos...
Às vezes se eu me distraio
Se eu não me vigio um instante
Me transporto pra perto de você
Já vi que não posso ficar tão solta
que vem logo aquele cheiro
Que passa de você pra mim
Num fluxo perfeito
Enquanto você conversa e me beija
Ao mesmo tempo eu vejo
As suas cores no seu olho tão de perto
e me balanço devagar
Como quando você me embala
O ritmo rola fácil
Parece que foi ensaiado
E eu acho que eu gosto mesmo de você!!!
Bem do jeito que você é!!
Eu vou equalizar você
Numa frequência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim
Adoro essa sua cara de sono
E o timbre da sua voz
Que fica me dizendo coisas tão malucas
E que quase me mata de rir
Quando tenta me convencer
Que eu só fiquei aqui
Porque nós dois somos iguais
Até parece que você já tinha
O meu manual de instruções
Porque você decifra os meus sonhos
Porque você sabe o que eu gosto
E porque quando você me abraça
O mundo gira devagar
E o tempo é só meu
Ninguém registra a cena de repente
Vira um filme todo em câmera lenta
E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é
Eu vou equalizar você
Numa frequência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim
Eu vou equalizar você
Numa frequência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim
- Adoro sua voz... – olhei para a porta, e escorada nela, uma mulher desgraçadamente linda, com uma calça jeans apertada, um scarpan preto, uma blusa branca e um blazer vermelho. Seus cabelos estavam em rab* de cavalo e um oculos escuro. Meus batimentos foram a mil, o rosto quase rasgou tamanho era o meu sorriso e um frio gostoso visitava o meu estomago.
- E eu amo você... Vem cá, me beija...
Amanda tirou os oculos, me presenteando com a visão de seus olhos incrivelmente azuis, suas mãos tocaram o meu rosto, o polegar acariciou os meus lábios, ela mirava os meus olhos, aquele céu azul me tirava o folego, a razão. Fechei os meus olhos e esperei sentir a sua boca tomar a minha, isso não demorou a acontecer, gemi quando sua lingua macia pedia espaço. Meus dedos se perderam entre seus cabelos, senti partes do meu corpo entrarem em combustão, se não fosse o maldito braço, acho a essa altura já estariamos nuas. O ar pediu para entrar e aos poucos nossas bocas se separaram, mordi o meu lábio inferior, enquanto nossas testas estavam coladas, nossas respirações se misturaram e passamos a rir feito bobas...
- Eu te amo, minha menina...
Fim do capítulo
oooooolá minhas lindas...
sem muito o que dizer hoje..
adoro vocês...
beijooooos,,,
ps... quero chocolate queeeeeente... uma namorada e um Iphone rsrsrsrs
sorry... só queria desabafar....
Lê Corrêa..
aaah... como pediram... nossas meninas do Tudo de Nós... hahaha
espero que gostem.
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Dos três pedidos que vc fez, acho que o chocolate quente é o mais facil de arranjar kkkkk. Pra onde pode ser enviado.
Os outros dependem muito mais de vc kllk
Agora sobre o capítulo, estou achando a Ida muito só.
Bjs
Darque
Resposta do autor:
RS... Ate hoje so realizei um kkkkkkk
Os outros quem sabe um dia...
Continua lendo... Hahaha
Beijos...
Sonhadora2131
Em: 12/07/2016
I NEED de outro capitulo... ta muuito fodaaa.. posda logo pff.. obrigada..
Resposta do autor:
kkk
bem-vinda...
hoje eu posto... :) espere um bocadinho...
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Ca_Mille
Em: 12/07/2016
Essas amigas da Flá são as melhores , kkkkkkkkk. Adoro quando todas estão juntas assim. Nossa, Flávia e Amanda quando ficam perto uma da outra o clima já esquenta ne? Ai ai ai ui ui ui ui kkkkkkkkkkk
Resposta do autor:
bem-vinda anjo...
elas são loucas... :)
hoje tem mais delas...
aja fogo... rsrsrs querem recompensar o tempo perdido.
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Larissa 18
Em: 12/07/2016
Só da Amanda chegar perto a Flá já fica toda feliz, casal lindinho!
Resposta do autor:
bem-vinda meu amor...
elas são muito fofas :_)
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lia-andrade
Em: 11/07/2016
A capa está linda assim como o capítulo.. Essas duas juntas cada vez mais lindas e encantadoras...amei..
Beijos querida autora.. Pode ter certeza de que nos leitoras também te adoramos...pelo menos eu sim kkkkk
Resposta do autor:
obrigada meu anjo... :)
amou? haa fico feliz...
rsrs aaai... assim eu até acredito :) beijo meu anjo...
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line7
Em: 11/07/2016
Primeiramente, fiu fiuuuuu...pra capa nova...kkkkk..😉 ÓTIMO e maravilhoso capítulo, divagando aqui😍😏..RSS.. maldido braço né Flávia.. kkk. Meninas o capítulo está um espetáculo👏👏.
Chocolate quente, e um iPhone séria ótimo também, e costela assada já faz tempo que não comi😢..kkk
Resposta do autor:
kkkkkk gatas, né? gostou da Isa? :)
rsrsrsrs... meu desabafo... hahaha
obrigada meu anjo e desculpe a demora... hoje tem mais..
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Juracy costa
Em: 11/07/2016
Mais um capítulo fofo. As duas super apaixonadas flavia e amanda e pelo jeito a Isa já sabe que flavia é da amanda e está aceitando numa boa. A cada autoras a história fica mais linda. Parabéns.
Resposta do autor:
obrigada meu amor...
a Isa é uma princesa e tem um coraçao enorme..
:)
beijos...
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JuAlmeida
Em: 11/07/2016
a capa ficou muito dahora e bem sugestiva a qualquer pensamento errado kkkkkkkkkkkkkk
Flavia e Amanda cada dia mais fofas e espero que as duas consigam superar ainda o que tem por vir
beijos
Resposta do autor:
diga quais pensamentos? hahaha
pensamentos positvos para o nosso casal... :)
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