"Colha o dia... não confie no futuro!" (Horácio)
Capítulo 6
Tão logo pagamos a conta - fiz questão de dividi-la, mesmo sob o resoluto argumento de Marina de que o convite tinha sido feito por ela -, tomou-me pelas mãos e guiou-me para a rua onde seus olhos úmidos refletiam a beleza da noite estrelada.
- Você está tremendo! - observou ela - De novo!
- S-sim. - gaguejei.
Marina, galantemente, colocou sobre meus ombros desnudos o casaco leve e perfumado que completava seu traje.
- Assim você é quem acabará pegando um resfriado. - argumentei.
- Não, acho que não corro este risco. - ela falou colocando suas mãos em minha cintura e, inclinando-se, beijou levemente meus lábios, repentinamente.
Meu coração deu um pulo no peito recordando a maciez daquela boca. Instintivamente fechei meus olhos e não contive um suspiro.
- Marina... - ouvi minha voz gem*r seu nome.
O desejo pareceu atravessar-nos como uma flecha e então passamos a nos devorar num beijo sôfrego e num abraço cheio de toques. Foi preciso um esforço supremo para colocar um pouco de distância entre nós.
- Meu Deus! - Marina suspirou, passando as mãos pelos cabelos e sorrindo nervosamente - Há muito tempo não faço uma demonstração pública de paixão.
Sorri nervosa também e, sentindo meu corpo todo pegar fogo, soltei o ar preso nos pulmões.
- Quer que eu a leve para o seu hotel? Ou prefere... - ela deixou a frase no ar.
- Prefiro ir para o seu hotel, para tomarmos "aquele" café! - sugeri desavergonhadamente.
Ufa! Finalmente eu estava voltando ao normal! Digo, sem timidez, sem pudor. Aquela sim, era a Valentina "pegadora" que eu conhecia!
Marina concordou com um gesto de cabeça e com um sorriso malicioso nos lábios e nos olhos. Pegou em minhas mãos novamente e me guiou pelas ruas escuras. Em poucos minutos estávamos na elegante e confortável suíte do hotel, com o brilho das lâmpadas a iluminar o ambiente como se fosse a luz da lua.
Ela fechou a porta e sem me soltar, abraçou-me e beijou-me tão faminta quanto eu estava.
A sensação que me invadia era algo que me desorientava os sentidos. Sem interromper o beijo, alcancei a fivela que prendia seus cabelos e, libertei-os. Passei a acariciá-los, como havia desejado desde o início da noite e me deliciei com sua maciez.
- Minha princesa Valentina... - ela sussurrou de encontro aos meus lábios e, num movimento delicado, porém firme, virou-me de costas abraçando-me pela cintura, enquanto dava suaves beijos em meu pescoço, em meus ombros - Quero ver sua pele brilhar à luz da lua, quero tirar sua roupa...
Senti arrepios de prazer percorrer todo meu corpo.
Márcia e tantas outras mulheres que dividiram minha cama me ensinaram como agradá-las. Porém, nenhuma delas tinha me preparado para o momento que eu estava vivendo. Nenhuma delas tinha me seduzido com palavras e olhares e toques como Marina fazia.
Meu corpo todo tremia ao toque daqueles dedos mágicos acariciando minha barriga.
- Você está me enlouquecendo, menina... - sua voz, sussurrada ao meu ouvido, carregada de tesão, despertava-me para o desejo insano e molhado que brotava no meu sex*.
Lentamente despiu-me de seu casaco leve... Lentamente virou-me para ela. Seu olhar desceu e subiu tão vagarosamente pelo meu corpo que, quando encontrei seu olhar, seus olhos pareciam puras labaredas de fogo. O mesmo fogo que me consumia.
- Você é linda! - ela disse tentando disfarçar o descontrole que estava presente na sua respiração forte e falhada - Juro que tentei não me enfeitiçar...
Abri um sorriso safado e passei a despi-la. Queria ser tão delicada quanto Marina estava sendo. Mas, talvez pelo fato de ela ter me excitado além do que eu agüentava, meus gestos não eram sutis nem tão suaves quanto os dela.
E minha excitação só aumentou quando passei a acariciar suas curvas enquanto meus olhos devoravam aquele corpo maravilhoso, coberto apenas pela calcinha branca de renda e o fino sutiã, da mesma cor, a revelar a rigidez de seus mamilos.
- Você é que é linda. Muito linda!
Marina me puxou pelas mãos e, tão docemente quanto conseguiu, jogou-me na enorme cama king size.
Lentamente despiu-se da lingerie e, sem deixar de me encarar, despiu-me com agilidade e experiência, explorando minha geografia de uma forma única, como até então não me lembrava de ter sido explorada. Com a palma das mãos, passou a acariciar a região das minhas coxas, fazendo-me, instintivamente, separá-las.
Seu olhar desceu... Desceu... E, pareceu se acender um pouco mais quando encontrou o triângulo que se formava o encontro de minhas coxas e que escondiam meu sex* latejante e molhado.
Com uma delicadeza quase mórbida, Marina me tocou... Gemi. Seus olhos voltaram ao meu olhar suplicante.
Com agonia, senti seu dedo afundar em mim e sair... molhado. Com agonia, vi seu dedo viajar por sobre toda minha barriga numa carícia eletrizante e... Quando esse mesmo dedo sumiu dentro de sua boca, num gesto pra lá de sensual e provocante, perdi totalmente o controle, fechando meus olhos e suplicando:
- Por favor, Marina... Por favor... Não judie tanto de mim! Preciso ser sua! - minha voz saía estrangulada e meu corpo ardia de desejo.
- Calma, minha menina, ainda temos a noite toda pela frente. - sua voz era rouca e sensual. Enquanto falava, Marina acariciava lentamente meus mamilos enrijecidos, desejosos de serem sugados.
- Gosta disso, meu doce tormento?
- Sim... - sussurrei descontrolada.
- Eu também. Na verdade, acho que gosto de tudo em você. Seus cabelos, sua pele... Adoro beijá-la... Prová-la... - e lambeu, lascivamente, a base do meu pescoço.
- Marina... Por favor! - supliquei mais uma vez.
- Gosto também de sentir o seu cheiro... - e desceu, calmamente, até meu sex* - E sentir o seu gosto! - e lambeu, lascivamente, meu clit*ris teso.
Dei um suspiro alto e, sem mais me conter, prendi sua cabeça naquela região, exigindo que ela me devorasse...
Fim do capítulo
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