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Meu Amor Por Voce! por Chris Vallen

Ver comentários: 5

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Palavras: 1021
Acessos: 4013   |  Postado em: 00/00/0000

Notas iniciais:

"Ah, coração, seu idiota adorável...!" (Besqui)

Capítulo 5

Marina estava quinze minutos atrasada. Olhei para o relógio e me levantei. Isso também era uma situação nova para mim. Até então, não me lembrava de ter tido que esperar alguém em minha vida...

Suspirei me lembrando que passei o resto da tarde tentando encontrar um motivo para desistir daquele encontro. Sabia que, ou melhor, meu sexto sentido estava me dizendo que eu perderia o controle de minha vida para aquela mulher. E eu ainda não estava preparada para isso.

Naquele momento, vi Marina atravessando a praça em minha direção.

Ela, vestida num conjunto leve, à medida que caminhava, a leve brisa da noite enfatizava cada curva de seu corpo. Ela sorria dando-me a impressão de estar relaxada, mas ao se aproximar percebi a tensão em seu rosto.

Sorri de volta, sem me mexer! Era indescritível a sensação de observar o movimento elegante e sensual de seus quadris.

- Olá! - ela me cumprimentou.

- Olá! - respondi sem fôlego.

- Perdoe-me pelo atraso. Uma ligação fora de hora e... - ela se justificou.

Balancei os ombros, sem desgrudar meus olhos dos dela.

- Sei... Trabalho?

- Trabalho! - ela me respondeu beijando-me a face.

Seu perfume encheu meus pulmões e eu me senti ainda mais fascinada, se é que isso era possível.

- Sem problemas... - disse sem perceber.

- Obrigada pela compreensão e, também, por ter me esperado! - ela sorriu e, então, eu lhe perdoaria por qualquer coisa neste mundo.

- Onde quer comer? - ela perguntou.

- Você parece conhecer a cidade melhor do que eu... - disse-lhe simplesmente  - Portanto, você decide!

- Certo, Valentina! - e pegou em minhas mãos.

O restaurante escolhido por ela ficava muito perto de onde nos encontramos. Muito conhecido pela discrição e privacidade, segundo Marina, tinha uma seleção de pratos deliciosos.

Depois que o garçom se afastou soltei um longo suspiro e consegui me sentir um pouco mais relaxada na companhia daquela bela mulher.

Os cabelos dela estavam presos em um rabo frouxo, com muitos fios soltos, fazendo-me sentir vontade de me aproximar e soltá-los num gesto sensual e demorado.

- Você está linda! - falei lentamente.

Não sei se pelo modo direto ou pelo tom sedoso que usei, o fato é que percebi que ela apreciou meu elogio.

- Obrigada! - ela falou num tom baixo e profundo. - Achei que você não fosse aparecer...

- E quase não apareci mesmo! - falei sincera.

- O que a fez mudar de ideia? - ela pareceu surpresa pela minha sinceridade.

- Senti fome.

Marina riu, gostosa e sensualmente. Neste momento, o garçom se aproximou trazendo os cardápios.

Segurei um deles para disfarçar a chama da excitação sexual que aquela risada provocou em mim.

- Quer que eu peça por você? - ela perguntou delicada.

- Por favor.

Ela pareceu estranhar e gostar de minha resposta ao mesmo tempo. Com um sorriso enigmático, passou a ler o cardápio. Decidiu-se por brodetto di pesce e moleche.

O garçom se afastou, mas retornando em seguida, com uma garrafa de vinho. Serviu-nos.

- Não sei se quero tomar vinho. - falei sentindo-me já embriagada pela visão da mulher à minha frente.

- Eu também não! - ela disse estranhamente irônica e, erguendo sua taça, olhou-me profundamente.

Segurei minha taça, repeti seu gesto e tomei um pequeno gole, desviando meu olhar. Não queria olhar para Marina naquele momento.  Tive medo do que ela poderia ler em meus olhos.

- Sabe... - comecei tímida  - Nós passamos quase o dia todo juntas e eu ainda não sei... Não sei se...

- O quê, exatamente, quer saber, Valentina?

Olhei-a incrédula. As pessoas geralmente gostam de falar de suas vidas, mas não parecia ser o caso da misteriosa Marina.

- Olha, isso não é um interrogatório! - disse-lhe, gentilmente. - Mas gostaria de saber se você é comprometida e...

- Isso é importante? - Marina estava neutra.

- Não! Quero dizer, sim... - suspirei indecisa. Senti que minha pergunta criou uma ligeira tensão no ar, mas, ainda assim, Marina sorriu.

- Não! Não sou comprometida!

Sorri aliviada e Marina, observadora que era, pareceu achar graça daquele meu alívio. De repente sua fisionomia tornou-se séria e seu olhar pousou nos meus lábios.

- E você? - ela perguntou.

- Não! Também não sou comprometida! - respondi tão depressa que ela abriu um pequeno sorriso e desviou seu olhar de minha boca.

Tomou mais um gole de vinho e, maliciosamente, comentou:

- Perfeito!

O garçom se aproximou e nos serviu a entrada. Mas, mal tocamos na comida. O clima tenso e erótico entre nós crescia a cada gole daquele vinho afrodisíaco.

Nos olhávamos como se tivéssemos sido transportadas para um lugar mágico, onde estávamos sozinhas.

- Valentina! - ouvi sua voz chamando minha atenção.

- O que foi?

- O garçom está esperando para lhe servir o prato principal.

Saindo do transe, me surpreendi com o homem parado ao meu lado com o prato de lagostins nas mãos, mal conseguindo conter um sorriso.

- Grazie. - disse-lhe.

- Prego.

Senti minha face quente e não falei mais nada até ele se afastar o suficiente.

- Você viu a expressão dele? - murmurei para Marina ainda constrangida.

- Estamos na Itália, senhorita... - ela me lembrou. - Estão todos acostumados a ver casais gays e heteros sendo afetuosos!

Estranho. Mesmo nunca tendo escondido minha orientação sexual, senti-me tímida com as palavras nada discretas de Marina.

A comida requintada era própria para ser degustada, mas comemos rápido e em silêncio, mal sentindo o sabor dos ingredientes, tamanho era o clima quente entre nós.

Terminei de comer e coloquei os talheres ao lado do prato, movimento que foi imitado por Marina logo em seguida.

- Posso pedir a conta? - ela perguntou visivelmente ansiosa.

Eu também estava e me esforcei para responder normalmente.

- Não vai querer sobremesa? Nem mesmo um café?

Ela pareceu pensar um momento e, então, sugeriu:

- Acho que podíamos tomar este café num ambiente mais... íntimo!

Senti um arrepio e o tesão voltar forte.

- Sim! - concordei sem desviar meu olhar  - Então podemos ir!

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 5 - Capítulo 5:
rhina
rhina

Em: 24/01/2018

 

Tudo é tão claro com elas....mesmo sem usar as palavras ambas querem o mesmo.

Rhina

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Ana_Clara
Ana_Clara

Em: 30/06/2016

Não somente elas que estão sentindo este clima quente. haha O próximo capítulo promete, hein. haha

Responder

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Ana_Clara
Ana_Clara

Em: 30/06/2016

Não somente elas que estão sentindo este clima quente. haha O próximo capítulo promete, hein. haha

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Mille
Mille

Em: 28/06/2016

Oxi próximo capítulo será delicioso entre essas duas.

Bjus e até o próximo 

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Manuela
Manuela

Em: 28/06/2016

Eita eita muito bom :)

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