Isabel sorri diante a reação da outra mulher, contudo tinha medo de assustar a moça com seu rompante de paixão, então a mesma preferiu manter os beijos leves e calmos conhecendo e gravando a boca uma da outra. Ana queria tudo, mas prometeu a si mesma deixar ser conduzida por Isabel.

-Sua boca é tão macia – fala Ana em meio aos beijos que davam.

Isabel para os beijos fazendo carinho no rosto de Ana - Não quero para de te beijar, mas preciso me trocar minha querida – nisso Ana cora ao perceber que a outra estava apenas de toalha – irei colocar minhas roupas de baixo sozinha, mas precisarei de sua ajuda para colocar o vestido – Ana se vira saindo do local do banho, quando Isabel a segura pelo braço – Quero mais um beijo antes de sair deste lugar – Ana junta seus lábios sorrindo nos de Isabel, acabando o beijo sai deixando a outra a vontade para se trocar.

Por um momento ambas tiveram medo quando ficaram sozinhas, mas não medo de estar fazendo algo errado, mas medo pela outra, pelo perigo que estariam correndo, Isabel então chama Ana para ajudar a se vestir, assim que terminam Isabel segura a mão de Ana vendo o quão suada estava.

- Esta nervosa menina? Pergunta Isabel, sentando-se na cama e puxando Ana para se sentar também.

- Não, enquanto estava sozinha estava pensando em ti - respondeu Ana com sinceridade.

- Em mim, pois eu também pensava em ti, o que pensava?  

- Tenho medo de que algo possa acontecer contigo pelo que fizemos.

- Pelo que fizemos ou pelo que estamos fazendo? – pergunta Isabel receosa, recebendo como resposta um leve beijo.

- Pelo que estamos fazendo.

- Também tenho este medo por ti, mas não quero parar de te beijar, ou de te tocar, sei que tem riscos, mas quero você e enfrento quantos dragões for preciso.

O coração de Ana se encheu de alegria, ninguém nunca tinha lhe dito palavras tão bonitas e sentiu uma necessidade de abraçar a outra mulher e foi o que fez. O abraço veio do nada, mas naquele momento muito mais que os braços e corpos estavam entrelaçados, mas o coração e alma se uniam também. Deitaram desta maneira na cama, abraçadas, Isabel aconchegada a Ana acariciando as costelas, Ana sentindo o cheiro dos cabelos de Isabel.

Era um clima gostoso e ambas acabaram adormecendo desta maneira, quando acordou Isabel olhava Ana, ali deitada, dormindo parecendo um anjo era estranho perceber os caminhos que a vida levava: ela, viúva derrepente se depara com o amor no sorriso de uma jovem que tinha a abraçado e protegido no sono da tarde. Imaginando que a sua menina acordaria com fome Isabel desce do quarto chega aos servos da cozinha e pede um chá da tarde reforçado, quando uma das senhoras pega a bandeja ela se opõe dizendo que ela mesma levaria.

Chegando em seu quarto Isabel sorri com a cena que vê, Ana havia acabado de acordar e se espreguiçava.

- Imagino que esteja com fome, caminhamos boa parte da manhã e nem almoçamos - inicialmente Ana se assusta, mas sorri ao ver a mulher que a pouco dormia aconchegada em si, parada na porta com uma bandeja, os cabelos ainda estavam desalinhados devido ao sono.

- Oh sim estou mesmo – a mulher mais velha coloca a bandeja sob a cama e enquanto comem fazem carinho uma na outra.

- Sabe foi tão bom dormir assim contigo que acho que fugirei para o seu quarto todas as noites - Isabel disse com um sorriso brincalhão no rosto.

- Pois a porta do meu quarto estará sempre aberta para você -  dizendo isso Ana segura a mão de Isabel acariciando -  Você é linda de mais, parece até uma rainha.

- Pois se sou rainha você é um anjo querida.

- Sim parece uma rainha, a minha rainha – Ana ao perceber o que disse se arrepende interiormente não queria ser rápida de mais com Isabel, ainda mais com a cara de surpresa que a mesma fez, mas quando Ana faz menção a pedir desculpa Isabel intervém.

Fim do capítulo