Capítulo 4
- Sim, sou sua rainha, não precisa ter medo de me dizer o que pensa minha querida. – Isabel retira a bandeja e senta bem próximo a Ana – posso te dar um beijo?
Ana estranha à pergunta, mas balança a cabeça como permissão. Isabel então se próxima colocando uma das mãos na nuca e outra na cintura de Ana, passa os lábios de leve sobre a boca de Ana e aprofunda o beijo, as mãos de Ana estavam na nuca de Isabel trazendo-a mais para si, Ana sentiu uma estranha sensação no meio das pernas e em seu ventre, quando percebeu estar molhada, Isabel também se sentia assim, era estranho sabia bem o que era pelas conversas que tivera com outras mulheres, mas ela mesma nunca tinha sentido. O beijo foi se aprofundando e as mãos de Isabel corriam pelo corpo de Ana que se arrepiava a cada toque, foram deitando na cama quando derrepente Isabel para deixando Ana sem entender, o olhar de Isabel se tornou distante e cheio de medo.
- aconteceu algo Isa? – diz Ana preocupada, segurando na mão da outra.
- desculpa, desculpa, desculpa – repetia Isabel desnorteada.
- ei esta tudo bem, olha para mim - Ana segura no rosto de Isabel a fazendo olhar nos seus olhos – sou eu minha rainha, se acalma – dizendo isso Ana a abraçou enquanto acariciava seus cabelos.
- você é tão linda merece alguém que possa ser totalmente seu, eu não sei se consigo muitas coisas já aconteceram – disse Isabel como se colocasse uma armadura naquele momento.
- Por quê? Podemos nos pertencer sem se quer nos tocar, pelo menos foi o que senti quando te vi pela primeira vez como se meu coração já fosse seu só estava procurando te encontrar. – disse Ana olhando nos olhos da outra mulher vendo as barreiras a pouco colocadas caírem.
- desculpa, eu quero muito você, mas não sei o que fazer e derrepente me vem essas coisas na cabeça, tem paciência comigo meu anjo.
- Sim terei toda paciência do mundo, quer conversar? Se não quiser tudo bem, mas saiba que estarei aqui para o que precisar.
- eu quero falar, mas tenho tanto medo do que você vai pensar de mim, mas eu juro eu não queria. – Isabel começou a derramar lagrimas e Ana novamente a abraçou.
- como eu te disse estarei aqui para o que precisar não vou te deixar tão fácil – dizendo isso Ana enxuga as lagrimas do rosto de Isabel e lhe dá um leve beijo.
- foi na semana que me casei, era para eu estar com meu marido, mas eu estava com medo e queria fugir, ele era um homem bom, mas eu não o amava, sai pela cozinha, estava a noite eu não via muita coisa cheguei até o estábulo para pegar um cavalo, mas havia um homem lá, ele cheirava a cerveja e veio para cima de mim eu travei na hora, queria sair correndo, mas estava com tanto medo, ele... Desculpa – Isabel se entregou ao choro novamente, mas Ana entendeu o que havia acontecido isto já havia acontecido no antigo local que morava - Eu não queria eu juro, mas ele foi mais forte que eu, quando ele começou a me enforcar para me matar eu peguei uma pedra e bati na cabeça dele, sai correndo, quando eu encontrei meu marido ele já não me queria mais, me achava culpada, mas não me entregou para meus pais, só não me quis, com o tempo viramos bons amigos, mas nunca... nos nunca,,, por que eu tinha medo, por que eu sabia que no fundo ele achava que a culpa era minha... me desculpa, não se afasta de mim por favor, eu não contei para ninguem por que todos iriam me culpar, não me culpe também.
- xiii, eu sei meu amor, sei que você não quis, já passou estou aqui para cuidar de você e não irei embora – vem se aconchega em mim - disse Ana deitando fazendo sinal para que Isabel e encoste-se a ela.
- não queria estragar as coisas – disse Isabel já recuperada.
- Você não estragou nada, vamos estar juntas, só estar – dizendo isso Ana entrelaça seus dedos dos de Isabel segurando a mão dela.
- Você é mesmo real Ana?
- Sou meu amor, eu sou real.
- O que você disse?
- Que eu sou real?
- Não antes!
- Meu amor?
- Sou seu amor Ana?
- Sim é não entendo bem como isso pode acontecer, nunca ouvi falar de pessoas que se gostassem assim, sendo mulher e gostando de outra mulher, parece tão estranho, mas meu coração bate tão forte quando estou contigo, e tenho vontade de te abraçar e te beijar para sempre é estranho e bom.
- Então você também é meu amor – Isabel beija Ana com calma e desenho ao mesmo tempo, quando o ar falta vão terminando o beijo com selinhos - um dia eu quero ir além com você, só te contar tudo já fiquei mais leve, acho que você é um anjo, o anjo da alegria, beleza, e que tem ótimos beijos – Isabel sorri se aconchegando mais a Ana.
- Um dia iremos além, mas não se sacrifique se tiver que ser tem que ser bom para nos duas, e outra não tenho problemas quanto a espera contanto que minha rainha esteja ao meu lado para comandar nossos sentimentos.
Fim do capítulo
segundo capitulo no meio da semana agora só no fim de semanas.
Bem além de tratar de uma historia de romane tento retratar tbm o contexto machista da epoca (e de hoje também, tristemente), ana e isabel irão superar isso juntas.
beijos de luz
*sejamos mais Ana e menos sociedade, ajudemos em vez de culpar. (meio clichê dar "moral da historia" no fim do capitulo, mas foi necessario)
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