O local parecia mais um castelo do que uma casa, as paredes grosas decorado com moveis de madeira e metal, com alguns quadros da propriedade e um grande quadro de Isabel.

-Sente-se - disse Isabel com a voz até um pouco tremula

-Obrigada pela oportunidade senhora.

-Não foi nada, bem eu já estava a procura de alguém para substituir minha antiga ajudante, mas seu papel será bem maior que apenas me ajudar a colocar o espartilho, você ira m acompanhar em nos eventos e nas minhas visitas as terras, sabe ler e escrever?

 -Sim, minha leitura não é extremamente boa, mas consigo.

-Então como ira me acompanhar nestes eventos terá roupas apropriadas, para não voltar a sua casa de noite terá um quarto na casa, mas no domingo poderá visitar seus pais e seu salário será o dobro do que eu disse ao seu pai, sei que terá que dar todo o dinheiro para ajudar seu pai portanto outro valor a ele para que você possa ter suas coisas além das que eu lhe darei, contudo se quiser dar ao seu pai você é livre para isso o dinheiro será seu.

- Não tenho palavras para te agradecer, minhas coisas já estão comigo posso começar hoje mesmo senhora.

- ótimo, irei te mostrar seu quarto, ficara de frente para o meu, só mais uma coisa, você será minha dama de companhia, portanto pode me chamar apenas de Isa quando estivermos a sós - Assim que disse isso Isabel sorriu da melhor maneira que podia para Ana, que se derreteu por aquele sorriso.

O dia passou rápido, Ana arrumou suas coisas em seu quarto e tirou as medidas para novos vestidos, Isabel tentava fazer a moça se sentir a vontade. Após o jantar Isabel e Ana sobem para o quarto onde a moça iria fazer seu primeiro trabalho como dama de companhia, ajudar a mulher a tirar a roupa.

- Esta pronta para seu primeiro trabalho?

-oh sim, para que precisa de mim senhora?

-Preciso desamarrar essa roupa, não entendo o porquê utilizar tanta roupa.

Ambas sentiam um frio na barriga, Isabel por sentir as mãos de Ana lhe tocar e a moça por sentir tão perto aquela mulher, a ajudou a se despir e se arrepiou a ver a mais velha nua em sua frente, ambas se matem controladas, mas a real vontade era sentir tudo na outra.

Seis meses depois

Ana continua ajudando Isabel em tudo, as duas se tornaram grandes amigas escondendo dentro de si mesmas o desejo que uma sentia pela outra, mas sempre que possível tocando a outra, esta era a forma de saciar mesmo que pouco toda a sede dentro delas.

No vigésimo dia daquele mês as moças resolveram andar de cavalo pela propriedade quando param para observar o riacho, por acidente Isabel escorrega e machuca o braço em um galho de uma arvore, Ana ajuda Isabel a sair do riacho e a leva em borá.

Assim que chegaram a casa Ana ajuda Isabel a tirar toda a roupa e a entrar na tina com água.

-Ana - Isabel a chama envergonhada – nunca lhe pedi isso, mas poderia me ajudar com o banho com este braço assim não consigo fazer muita coisa dói.

 A moça sente um frio na barriga, mas começa a ajudar a mulher a tomar seu banho, o contato já estava ficando insuportável para as duas, Isabel tinha vontade de puxar Ana para dentro da banheira e Ana de tirar Isabel de lá e a tocar inteira.

-você já beijou alguém Ana? -  a moça se assusta com tal pergunta – desculpa não precisa responder.

- sem problema Isa, não nunca beijei, e nem tivo vontade para ser sincera, os homens do vilarejo são sempre tão brutos que me dão medo.

Isabel aproxima seu rosto próximo ao de Ana, mas esta não se afasta como das ultimas vezes.

-sabia que na sua idade eu já fazia 4 anos de casada, me casei aos 15

-nossa não imaginava, foi difícil para você né? - Ana falou isto tirando uma mecha de cabelo molhado do rosto da outra mulher.

-nem tanto – pega a toalha para mim Isabel falou se afastando, Ana pega a toalha e espera Isabel sair da banheira para ajuda-la, enquanto a seca ambas se olham.

-desculpa – pede Ana – não queria tocar em assuntos dolorosos.

-não foi nada menina – em um rompante de coragem que Isabel jurava ser loucura, fica bem próximo de Ana – se eu te beijar o que acontece?

Ana sem o mínimo de fôlego – não sei – Isabel coloca a mão na nuca de Ana e começa a fazer carinho, Ana se arrepia e fecha o olho, Isabel junta os lábios de maneira leve só sentindo textura do outro e se afasta um pouco, quando Ana abre os olhos e seus olhos castanhos mostravam um fogo que Isabel nunca pensou em ver, Ana então passa uma mão na nuca de Isabel e junta novamente as boca em um beijo meio desengonçado pela falta de pratica de Ana, mas de uma vontade além do mar.

Quando já sem fôlego grudam as testas e começam a se olhar, de repente o olha de amor de Ana se transforma em um de pavor.

- me desculpa eu não devia ter feito isso, se  a senhora quiser me mandar em borá eu entendo.

Isabel segurou Ana pelo braço, e começou novamente a acariciar aquele rosto – nos fizemos isso, eu queria tanto quanto você e no momento eu só quero repetir isso, muitas e muitas vezes.

A face de Ana se acalmou e ele se aproxima novamente de Isabel – mas o que irão pensar de nos? – Ana se preocupa

-não irão pensar nada se não saberem, desculpa, não consigo te tirar da cabeça dês de o dia da feira, estava com muita vontade, se não quiser eu entendo – Isabel disse abaixando a cabeça.

Ana levanta a cabeça da outra mulher a beija – eu quero.

Fim do capítulo