Era a última prova e para quem obtivesse sucesso seria a última do ano, na semana seguinte apenas a entrega de notas, Melanie e Mauricio tinham passado a noite estudando juntos, mais fofocando do que estudando na verdade mas estavam confiantes.

            - E o que achou? Estamos de férias? – questionou Melanie que entregou a prova junto com Mauricio.

            - Definitivamente! – comemorou o menino. - Vamos passar no Gustavo ou ele vai direto pra sua casa?

            - Vamos passar lá! – respondeu a menina. Saíram da escola e pegaram as bicicletas e foram rumo a casa do Gustavo, que já esperava por ambos. Já estava de férias, pois suas provas foram antecipadas.

Haviam combinado que iriam almoçar na Melanie e passariam a tarde lá, para celebrar o fim das provas, e foi o que fizeram. Pois, Ju havia liberado a menina naquela tarde, afinal ela não teria férias como os outros.

A tarde toda na piscina, aproveitando o começo das férias, conversando bobeira e planejando o que fariam na praia.

 

****

            Já eram por volta das 19 horas quando Melanie estava se arrumando, tinha combinado com Mauricio e Renato de irem jantar na casa da Ju.

            - Hum, posso saber aonde a senhorita vai tão bonita desse jeito? – disse o irmão mais velho, entrando no quarto e admirando a menina que vestia um short jeans preto, uma blusa branca comprida que deixava um dos ombros a mostra e alpargatas.

            - Para de ser besta, Marcelo. – disse a menina corando.

            - Nunca vi você ficar vermelha por um elogio antes... quando vai me contar quem é esse cara que está mexendo tanto com minha irmãzinha? – perguntou o menino curioso.

            - Você ainda não me contou quem é a mulher quem você está saindo. – disse a menina mudando de assunto.

            - Ê Dona Melanie, saindo pela tangente né?!

            - Vai estudar, Marcelo!

            - Vou mesmo, tchau, senhorita apaixonada... aaaa... seu mordomo tá te esperando lá embaixo. – dito isso saiu do quarto desviando da almofada que Melanie havia jogado.

            Buscou o celular e viu que tinha uma mensagem de Renato.

            “Estou aqui embaixo.”

            A menina estava saindo apressada de casa quando esbarrou com Beatriz.

            - E onde você está indo com tanta pressa? – perguntou a mãe.

            - Ué, mãe. Te falei, vou jantar na casa do Renato. Eu e o Mauricio, te falei que talvez ia dormir no Mauricio também. – disse a menina mentindo com naturalidade.

            - Sim, você disse mesmo. Só estou confirmando. Me avisa se for dormir no Mauricio mesmo, sabe que eu fico preocupada né, filha?

            - Sim, eu sei. Tchau. – disse beijando a mãe e ia sair quando a mesma voltou a chamar.

            - Mel? – a menina se virou. – Só um pressentimento de mãe, você não está se envolvendo com o Renato né?!

            - Não, mãe. Tá doida?

            - Ele é um cara legal, mas muito mais velho que você.

            - Mãe, para tá? Tchau. – disse a menina já aborrecida com essa breve conversa, saindo.

            Viu o carro estacionado na frente de casa e entrou na carona da frente.

            - Boa noite. – cumprimentou Renato com um beijo no rosto.

            - Oi, você acredita que minha mãe acha que estou de rolo com você? – disse a menina pasma.

            - Ai, meu Deus. E o que ela disse? Você disse que não, né? – perguntou o rapaz preocupado. Já saindo com o carro.

            - Disse que você é muito velho pra mim, claro que eu neguei. Ta doido?

            - Não conta isso pra Ju, se não ela vai surtar. – disse o rapaz já imaginando a reação da professora se ouvisse algo do gênero.

            - Claro que não, ela ia pirar. Mas hein, acho que é mais um motivo pelo qual temos que convencer a Ju a te levar como namorado pra praia. Imagina só, ia ser tão divertido. – disse a menina animada.

            - Eu sei, mas ela está irredutível. – disse Renato desanimado, parando em frente à casa de Mauricio.

            - Vamos dar um jeito de convence-la. – disse a menina.

            - Oi Mel, Oi lindo. – disse Mauricio entrando no carro e cumprimentando ambos.

            - Qual é o assunto do momento? – disse Mauricio animado.

            - Convencer a Ju a me levar como namorado pra praia. – disse Renato.

            - Agora, mais do que nunca, porque minha mãe acha que eu estou pegando o Renato. –disse a menina preocupada.

            - Relaxa Mel, ela só está agoniada de não sabe com quem você está ficando, porque esse seu olhar apaixonado é impossível de disfarçar. – disse o menino zombando da amiga.

            - Calado. – disse dando um tapa no rapaz.

            - Crianças, sem brigas! Chegamos – interferiu Renato.

            Desceram do carro, Melanie e Mauricio ainda estavam discutindo.

            - Boa noite. – Ju cumprimentou ao abrir a porta. – Ué, cadê o Gustavo?

            - Disse que não queria passar a noite sendo vela. – respondeu Mauricio.

            - Como se a gente ficasse se agarrando o tempo inteiro. – disse Renato, fazendo Melanie gargalhar, porque inúmeras vezes sim, eles ficavam se agarrando.

            Ju havia preparado macarrão com molho de 4 queijos acompanhado de vinho, algo simples, mas queriam comemorar que os “namorados” estavam de férias e passar uma noite agradável entre amigos.

            E foi o que fizeram, ficaram jogando baralho e conversando na sala depois do jantar, até o momento de começarem a abordar a “missão casal” como Melanie havia denominado.

            - Amor, o Renato queria ir tanto pra praia, ver o mar, diz que é o sonho da vida dele.

            - Mel, não começa! E o Renato já conhece o mar. – disse Ju seca.

            - Conhece, mas o sonho dele é ver de novo. Ah, qual é? Por favor. É só uma brincadeirinha.

            - O qual vai trazer sérias consequências e não vamos desmentir, não é uma brincadeirinha.          - disse já começando a ficar nervosa de novo com esse assunto.

            - Ah, amiga. Seria tão ruim assim bancar de ser minha namorada? Ia ser as melhores férias, a noite poderíamos sair escondido nós quatro, pegar uma balada, luau, ficar na praia conversando, ver o sol nascer. Seria como agora, só que invertido. – Tentou Renato.

            - Já falei pra você que NÃO. Quando vocês vão entender, que eu não quero viver uma mentira. – disse séria.

            - Como se você já não vivesse. – sussurrou Mauricio, tirando a professora de vez do sério.

            - Quer saber, essa noite era para nos divertirmos e não ficarmos voltando nesse assunto, falta um mês pra irmos, se vocês vão ficar o mês todo me enchendo o saco eu não quero mais vê-los. E por hoje, pra mim já deu. Fiquem a vontade, eu vou dormir. – saiu realmente brava.

            - Poxa, Mauricio, pra que apelar? – perguntou Mel, chateada.

            - Mas, gata, é a verdade, nós quatro temos vivido de mentiras nas últimas semanas, e não custava nada uma a mais. – falou o rapaz triste.

            - Eu sei, mas você sabe como ela é.

            - Acho melhor você ir lá falar com ela, nós vamos pra casa. – disse Renato.

            - Beleza, ah, Mauricio eu falei pra minha mãe que ia dormir na sua casa, lembra?

            - Faz assim, agora é meia noite, daqui duas horas eu passo aqui pra gente ir pra minha casa, pode ser? – perguntou Mauricio.

            - Tá.

            A garota foi em direção ao quarto, bateu na porta mas como a professora não respondeu, entrou. Ela estava deitada na cama, fingindo ler um livro certamente.

            - Ainda está brava? – perguntou a menina calmamente tentando evitar uma nova briga.

            - O que você acha? – disse irônica.

            - O Mauricio não fez por mal, ele só queria que você levasse o Renato pra praia.

            - Eu sei disso. – respondeu a mulher triste, baixando a guarda.

            - E por que você não leva o Renato? – perguntou a menina como se fosse óbvio.

            - Melanie, você não entende né? Você é a filha da minha melhor amiga, sim, eu estou apaixonada pela filha MENOR DE IDADE da minha melhor amiga, você tem ideia do que isso faz na minha cabeça? Meu coração dispara toda vez que eu olho pra você, meu corpo treme todo só de pensar em te beijar. Mas, toda vez que eu encontro com sua mãe, minha razão diz que eu tenho que dar um fim nisso, que está errado. E eu tenho tentado ignorar, tenho contado mentiras e mentiras para estarmos juntas, como por exemplo hoje. Nós não podemos nem jantar juntas sem dizer mentiras, e eu tenho que ouvir sua mãe falando sobre você, reclamando ou especulando sobre com quem você está saindo e tudo que eu quero é gritar que sou eu. – confessou para a garota entre lágrimas.

            - E por que você não diz? Se é o que você quer, nós podemos nos assumir para os meus pais, eu não tenho problema com isso, você sabe disso! Por mim eu gritaria aos sete ventos que eu gosto de você e que estou apaixonada. – disse a menina sincera.

            - VOCÊ NÃO ENTENDE! – gritou a mulher. – Eu seria presa Melanie.

            - Capaz! Para de ser louca, nosso relacionamento é consensual, você jamais seria presa. – disse tentando acalmar a mulher mais velha.

            - Seus pais surtariam, sem dizer que você tem o que? 15 anos, tem uma vida pela frente, tem dinheiro, pode conhecer o mundo todo, viajar, ficar com várias meninas, fazer cursos, aproveitar a vida.

            - Hey, não coloque o que eu quero na mesa, eu tenho SÓ 15 anos, mas eu sei que quero ficar com você! Nada disso teria sentido se você não fosse comigo, eu sei que isso tudo é complicado, mas nós vamos passar por isso juntas, está bem? – disse a menina abraçando a mulher que cortou o abraço.

            - Não, eu não quero mais saber! Vai embora.

            - Para, Ju! Isso tudo é por que você não quer levar o Renato como seu namorado? Tudo bem, não vamos levar ele, aqueles dois podem aguentar ficar 10 dias sem se ver, mas se acalma.

            - Não é SÓ pela questão de levar o Renato ou não, são as mentiras! Eu não aguento mais, é inadmissível. É totalmente contra meus princípios essas mentiras sem fim que temos que contar todos os dias. Vai embora! – disse a mulher histérica.

            -Ju, para. Olha pra mim.

            - Vai embora! AGORA! – gritou.

            - Ta. – apenas respondeu e saiu da casa da mulher mais velha, ligou para o Renato, a garota não queria interromper os rapazes, provavelmente já estavam trans*ndo e é isso que ela desejava estar fazendo naquele momento.

            “Mas que droga, nem pra eu ter me apaixonado por um mulher menos certinha, que merd*!” – pensava a menina enquanto esperava Renato chegar.

            Os meninos chegaram com cara de poucos amigos, Melanie explicou o que havia acontecido.

            - Eu falei que você exagerou, Mau. Pra Ju ter expulsado a Mel desse jeito, deve ter ficado muito brava mesmo. – disse Renato chateado.

            - Eu sei, desculpa gente! Mas, é a verdade. Pode doer, mas é. E eu quero tanto que você vá conosco.

            - É, mas pelo visto não vai rolar. Sobrou até pra mim, que saco! – disse Melanie chateada com as palavras da mulher.

            Chegaram na casa de Mauricio. Mel avisou sua mãe e os dois foram para o quarto dele já era 1 da manhã, estavam deitados na cama de casal do menino, enquanto ele narrava sobre o namoro dele e como estava apaixonado.

            - Mel, você está me ouvindo? Mel? Mel?

            - Oi? O que você disse?

            - To te contando mó história aqui e você nem tchum, qual é? Ta pensando na briga? Nem foi a primeira.

            - Mas, ela falou umas coisas meio pesada sabe, tipo, tudo que ela pensa da gente, de como é um erro. O que eu faço?

            - Bom, pede desculpas.

            - Pelo o que? Não fiz nada, só se for por você!

            - Então, vou te ensinar uma coisa sobre mulheres que meu pai me ensinou. Acho que vai te ajudar, apesar de você ser uma também.       “Você sempre estará errado meu filho, depois de uma briga, se afaste, dê espaço, depois dê flores/chocolates e peça desculpas, SEMPRE peça desculpas, mesmo que não tenha feito nada. E se você realmente não tiver feito nada ela vai refletir e pedir também, mas sempre peça desculpas.” – disse o garoto imitando a voz grossa do pai.

            - Entendi. Vamos ver se o seu pai está certo então, amanhã vou mandar flores pra ela. O que você acha? – perguntou a menina se animando.

            - Acho ótimo. Qual flor você vai dar? – perguntou o menino. E logo ambos engataram uma conversa noite adentro.

 

*****

             Ju acordou naquele sábado morrendo de dor de cabeça, tinha chorado durante horas antes de dormir e estava muito chateada com o rumo que a conversa com Melanie havia tomado, sabia que precisava de um tempo.

            Então, decidiu ir passar o dia, quem sabe o fim de semana todo no sítio da mãe. Apesar de brava, resolveu avisar Renato, caso ficasse preocupado sem notícias sua.

            “Tô indo pro sítio. Ainda brava com vocês.”

            Quando o Renato acordou e viu a mensagem de Ju, pensou “e depois a adolescente é a Melanie”.

 

****

            - Alô – respondeu Mauricio com a voz quase inaudível de sono.

            - Bom dia meu lindo. Como você está? – perguntou Renato animado.

            - Dormindo.

            - Fala baixo, que saco. – resmungou Melanie do lado da cama.

            - Vocês ainda estão dormindo? Já são 10 horas.

            - Ainda? Por que tão cedo, Renato? – perguntou o menino quase dormindo novamente.

            - Vocês adolescentes só pensam em dormir mesmo, bom to ligando pra avisar que a Ju me mandou mensagem dizendo que ia pro sitio da mãe, então caso a Mel não consiga falar com ela já sabe.

            - Tá, eu aviso ela.

            - Eu? O que? – perguntou a menina levantando da cama.

            - Alô, o que tem a Ju? – perguntou a menina aflita.

            - Bom dia pra você também, a Ju me mandou uma mensagem dizendo que foi para o sítio da mãe, achei bom te avisar pra não ficar preocupada se não conseguir falar com ela. –disse o rapaz paciente.

            - E por que ela não me mandou mensagem? Será que ela mandou? Droga, cadê meu celular – resmungava enquanto procurava. – achei, bem ela não me mandou nada – disse a menina desapontada.

            - Bom, ela ainda deve estar brava, a mensagem que ela me mandou foi bem seca. Bom, agora você já sabe. Podem voltar a dormirem. Beijos.

            - Obrigada Renato! – desligou o telefone e olhou para Mauricio que ainda dormia.

            - ACORDA!!! – gritou a menina.

            - Mas, que coisa! O que foi agora? – perguntou coçando os olhos sem nem abri-los.

            - Vamos! Você precisa me ajudar a fazer uma surpresa pra ela, daqui duas horas a floricultura fecha, vou comprar flores e deixarei no apartamento dela com uma cartinha. O que você acha?

            - Uma ótima ideia, posso dormir agora? – perguntou o menino mal humorado.

            - Não, vamos! – disse a menina animada arrastando o amigo e empurrando ele pro banheiro, que ficava no quarto mesmo. – toma banho logo que depois eu vou. – disse a garota autoritária.

 

*****

            - Fiquei tão feliz quando você disse que estava vindo passar o dia conosco filha! – disse Dona Albertina feliz da vida.

            - Claro, mamãe. Também estou feliz de vê-la, faz tempo que não venho.

            - E que carinha é essa? Não me parece nada feliz, me diga logo quem é ela. – concluiu desconfiada a mãe de Ju.

            - Mãe, é complicado.

            - Você disse isso da última vez, não vou aceitar essa resposta novamente, filha. Você está precisando conversar, posso ver nos seus olhos. – disse a mulher mais experiente.

            - Cadê meu irmão? – perguntou a mulher, querendo saber na verdade se seria apropriado conversarem naquele momento.

            - Tá resolvendo umas coisas, mas filha, mesmo que ele tivesse aqui, pode falar, nós somos sua família e te amamos muito. Vai, me conta, o que ta acontecendo?

            Então, Ju desabafou com a mãe, o irmão chegou no meio da conversa e ouviu também o final, concluindo o começo. Apesar das lágrimas que foram inevitáveis, a professora sentiu alivio dentro do peito e um abraço carinhoso da mãe e do irmão.

            - Mas, mana, se a menina gosta de você não tá errado. Para de pensar tanto nos outros. - disse o rapaz simples mas de coração bondoso.

            - Seu irmão está certo, minha filha. Viva esse momento com ela, se for pra dar certo só o tempo irá dizer.

            - Mas, vocês não entendem. Tem a Beatriz. – tentava colocar de maneira incisiva.

            - Filha, não importa a Beatriz. Ela é sua amiga e mãe da menina, por mais complexo que seja no fundo uma mãe só quer ver o filho feliz. Entenda isso.

            - Mana, faz assim. Deixa acontecer, vê até aonde vai dar, mas vive. Você nunca se apaixona, não desperdiça essa chance de ser feliz.

            - Obrigada, vocês são a melhor família que eu poderia ter. – disse Ju emocionada com as palavras dos familiares, imaginava que a julgariam por tudo que estava acontecendo mas em vez disso deram total apoio.

            - Só tenho uma observação pra fazer. – disse a matriarca.

            - Sim? – perguntou Ju desconfiada.

            - Próxima vez, você só cruza aquela porteira se tiver com a menina. – falou a mulher mais velha fingindo de séria e deu um largo sorriso pra filha que retribuiu.

            Ju passou um sábado agradável ao lado da família, conversando, fofocando, brincando com sua sobrinha que por algum tempo conseguiu encontrar paz pro coração, tanto que achou melhor passar a noite e voltar apenas no dia seguinte.

 

*******

            -Alô.

            - Mauricio? É eu – disse Melanie ansiosa. – alguma notícia dela?

            - Então, o Renato falou que as vezes ela dorme no sítio, deve ter sido o caso. – disse o garoto desanimado.

            - Deve ser. – falou a menina decepcionada. – Você acha que ela vai gostar da surpresa? – perguntou tentando se animar.

            - Claro que vai, Mel. Vocês duas logo vão se entender, fica fria.

            - Tomara. Ela ficou um pouco perturbada. – disse a menina triste.

            - Desculpa Mel, por ter causado essa confusão. – falou o menino arrependido.

            - Que isso, ela teria surtado de qualquer jeito, foi só o estopim. – disse a menina sincera.

            - Hey, sabe o que eu tava pensando?

            - Não.

            - Besta! Vamos na cachoeira amanhã? Assim você esquece um pouco a Ju e podemos ir só nós dois e o Gustavo, assim ele não fica chateado de excluirmos as vezes ele dos programas casais. – sugeriu Mauricio se animando.

            - Acho uma excelente ideia. Vou ligar pra ele. Beijos.

 

******

            Já era Domingo final da tarde quando Ju estava chegando em casa. Sentia-se leve pelo tempo com a família, conseguiu aliviar as tensões dos dias anteriores.

            Surpreendeu-se ao abrir a porta e dar de cara com uma orquídea branca e uma cartinha em embaixo.

            “Me desculpa. Eu sei que está sendo difícil para você passar por tudo isso para ficarmos juntas, mas te peço: Não desista da gente. Você me faz ser alguém melhor, eu gosto de estar com você e é só com você que eu quero estar, só para deixar isso claro.

PS.: Orquídeas porque gente mais velha adora orquídeas e branca pra simbolizar PAZ entre nós.

 

Sua menina mimada.”

Fim do capítulo