Bom aqui está mais uma parte..espero que curtam e não esqueçam de comentar..sempre leio o comentário de vcs e estou simplesmente adorando meninas..
bjsss
Um recomeço para essa loucura
Cheguei em Londres 9 da manhã , fazia sol...sol que saudade dele. O porteiro subiu com minhas malas, deixei um monte de coisas para trás. A Mariáh vem no próximo voo trazendo o resto. Passei a manhã inteira conversando com os diretores da faculdade sobre meu retorno nas aulas presenciais no curso de doutorado.
Ahhh, meu apartamento, decorado do jeito que eu sempre quis, foi anos juntando dinheiro para compra- lo , antes morava em um apê de aluguel que meu pai pagava o dividia com Eduardo, quando o noivado acabou e eu tomei um choque de realidade, fui trabalhar como assistente de um professor de artes modernas. Juntei cada centavo, economizei no transporte ( andava só de ônibus ) e depois de 7 anos comprei meu apartamento. Me lembro que na época meu pai ficou indignado pois segundo ele : ''Eu não precisava passar por aquilo''. Mas eu queria provar que eu poderia conquistar algo meu , e olha que legal : Consegui!. Na festa que eu fiz para comemorar a casa nova, veio todas as minhas colegas de faculdade, contratei dois go go boys, foi daí que começou meu vício por sex* com garotos de programa.
Atravessei toda a sala deixando as malas pelo caminho e fui até uma porta de vidro que dava para sacada, abri a bolsa e tirei o cigarro, adorava fumar na sacada, eu tinha uma vista de todo meu bairro : Candem Tonw. Saudades daquele vento úmido da manhã bantendo em meu rosto. Finalmente eu estava EM CASA!
***
Quando eu acordei ela não estava lá, no fundo eu sabia que ela faria isso , eu não estou surpresa. Caminhei por uma hora, parei em uma rua qualquer extremamente suada, coloquei as duas mãos sobre os joelhos. Tirei a Squeeze do cinturão de hidratação, joguei água no rosto e bebi uns goles. Peguei o celular no cinturão, vou mandar uma mensagem para ela, acho que eu mereço no minímo um '' Foi ótimo, mas não rola mais'', ou qualquer outra desculpa, eu não sou os garotos de programa que é acostumada a sair.
– Um até logo sempre é bem vindo – Enviei como mensagens, fiquei olhando para o visor do celular que nem um doente mental aguardando a resposta, que veio em breve.
– Até logo!
Assim seco , sem nem um comentário sem nada à respeito da nossa noite juntas.
– Então é assim, vai mesmo me tratar como os caras que você está acostumado a trans*r? Nesse momento não aguentei, e meus olhos ficaram vermelhos de segurar de segurar o choro – Cliquei no botão enviar, a resposta não veio!
Fui direto para o trabalho, me arrumei lá, peguei a viatura e comecei minha ronda, a cidade como sempre muito tranquila. Resolvi passar em frente a casa dela, vi uma mulher entrando no táxi com um monte de malas , um Maserati em um guincho de transportadora. Resolvi '' abordar'' , para saber o que estava acontecendo. Desci do guincho e fui perguntar.
– Ei cara, tem autorização para transportar esse carro?
– Tenho sim policial – Tirou os documentos de uma pasta, olhei fingindo estar fazendo o meu trabalho.
– Para aonde está levando?
– Londres, a dona está com pressa, está sem carro lá. Pediu urgência.
– Está tudo certo, pode prosseguir.
Entrei para viatura, e comecei a chorei com a cabeça no volante. Nunca tinha chorado daquele jeito, nem quando peguei meu marido em cima da minha melhor amiga. Começo a pensar que ela tem toda razão, nós nunca iriamos dar certo, eu não sou de fugir. Quando surge na minha vida situações complicadas eu tento enfrentar, se preciso for eu entro na frente de uma bala para ajudar um civil. E ela não, ela foge por medo, eu jamais seria capaz de machuca -la, o que que quero é colar seu coração pedaço por pedaço. Ela só precisava ter me dado uma chance.
Mas se tem uma coisa que eu não perco em minha vida são as oportunidade, se ela fugiu : Ok, bola pra frente, posso tentar tirar algo bom disso, ou ficar aqui nessa viatura me acaband de chorar.
– Comandante Rølfegan, tem algum tempo pára falar comigo ainda hoje – Pelo celular.
– Claro capitã BJØ RG, te espero em meu escritório hoje às 17 horas, tudo bem ?
– Entendido senhor, no horário marcado estarei ai.
Resolvi passar o resto dia patrulhando o centro da cidade, mas a cada 30 segundos ela vinha em minha mente, olho para minhas pernas e me recordo que apenas algumas horas atrás, ela estava sentada nelas . Na volta resolvi passar mais uma vez em frente a casa dela, era uma casa de dois andares, um portão de grade desenhando enorme, mas que dava para ver todo o jardim.
Olhei para o relógio do painel da viatura e estava quase dando a hora de e eu ver meu chefe. Encostei o carro em frente ao batalhão, vesti um casaco bem grosso também da policia, coloquei o gorro e fui rumo a sala do chefe, no caminho cumprimentei alguns colegas.
Cheguei na sala ele estava mexendo no computador, bati continência.
– Descansar capitã – Ele respondeu.
– Obrigada senhor – Voltei a posição normal .
– Qual o motivo de estar aqui Capitã.
– Comandante, eu vi um anuncio que está tenho treinamento para Sniper em Oslo, eu gostaria de tentar participar.
– Você acha que é capaz Capitã? Poucos de seus colegas conseguiram, vem agente do FBI dar o treinamento.
– Eu sei que eu sou capaz senhor – Respondi convicta.
– E sabe também que vai ter que passar um bastante tempo longe dos seus filhos?
– Sei sim senhor, mas eu estou confiante que vou conseguir concluir esse curso.
– Gostei da coragem, até agora temos apenas duas mulheres só em treinamento – Ele ficou pensativo – Ok capitã, pode arrumar suas coisas, na próxima semana você para Oslo fazer o treinamento, não me decepcione, suas despesas todas serão pagas pelo batalhão e se tem uma coisa que eu odeio desperdiçar é dinheiro, agora se me der licença tenho muito coisa para fazer.
– Sim senhor.
Já tinha conversado com a minha mãe sobre eu ir para Oslo, se eu concluir o curso meu salário vai aumentar, eleva minha carreira a outro nível, e ficar fora da cidade por algum tempo vai me ajudar a dístrair. Minha mãe me apoiava e já tinha se prontificado a ficar com as crianças.
***
Primeira semana que eu estava de volta em Londres, agora não morava mais sozinha, pelo menos por algum tempo, Mariáh veio me ajudar. Era bom não se sentir sozinha, e a ajuda dela era de tremenda importância já que meu apartamento estava cheio de calcinhas e sutiãs que eu não fazia a menor ideia a quem pertencia, mas que tenho absoluta certeza que Eduardo sabe de quem são.
Hoje é meu primeiro dia de aula, vou dar aulas todas as quartas e quintas a noite de literatura para a turma de neurolinguística da Universidade de Londres, adultos em sua maioria na meia idade, outro Nível. Alunos de várias nacionalidades, aprendo com eles quanto eles aprendem comigo.
Cheguei na sala de aula e o auditório estava lotado, turma nova sempre bate um nervoso. Caprichei na escolha da roupa, uma camisete com babado nas mangas, uma saia lápis azul escuro, scarpin Ferragamo preto salto médio. Fiz questão de usar os óculos de grau para dar um ar mais séria, cabelos escovados para trás. Deixei minha bolsa em cima da mesa, coloquei o celular no silencioso, escrevi meu primeiro nome no quadro e comecei a falar.
– Senhoras e senhores, me chamo Agnês e vou dar aula de Literatura inglesa para vocês – Passei a mãos nos cabelos colocando eles para trás ( sempre faço isso quando estou nervosa) – Gostaria muito de pedir que todos coloquem o celular no silencioso em minhas aulas, eu tenho deficit de atenção, perco o foco muito rápido , mas não tomo Ritalina – Todos riram com minha piadinha infame – Voltando, então o toque do celular me desconcentra, caso seja mesmo indispensável atender, ergam a mão e vão para fora – Nessa hora todos atenderam o meu pedido colocando o celular no silencioso – Senhores, falaremos hoje sobre Edgar Allan Poe, vamos tenta aqui por algumas horas, entrar dentro da mente desse homem perturbado, suas motivações, quais os objetivos que ele queria alcançar escrevendo o que ele escreveu (...)
Dar aulas era a minha grande paixão, e recapitulando minha performace na faculdade já em casa, tive plena convicção disso. Talvez minha ida para Trondhein não tenha sido tão ruim afinal pois me ajudou a ver realmente as coisas que eram importantes para mim. Desci do elevador do meu prédio e peguei meu celular da bolsa, na esperança de ter alguma mensagem da Crhistien, e mais um dia nada. Já fazia uma semana que não nos falávamos, e era melhor assim, eu acho!
Entrei em meu apartamento e fui direto para o meu quarto, acendi um incenso ( isso sempre me acalma), tirei os sapatos e deitei na cama. Peguei o notbook e abri o Word, precisava preparar a próxima aula.
***
As malas estava prontas pra eu ir rumo à Oslo, me despedi chorando dos meninos, da minha mãe, precisava me afastar um pouco da loucura que tem sido minha vida nos últimos meses, levei minhas malas para o táxi que me esperava. Levo apenas duas malas pequenas, não sou uma mulher de muita vaidade, aprendi a viver com pouco e dar valor à tudo que eu tenho. Era a primeira vez que eu me afastava dos meninos e da minha mãe por tanto tempo, minha mãe como todas as mães me dando mil e uma recomendações, e eu dando recomendações a ela sobre os meninos. É uma viagem de avião curta, de apenas 30 minutos. E no mais, vou poder vir em casa nas férias.
Lá do alto no avião vejo Trondhein ficando cada vez menor, um grão de areia no oceano. Uma sensação de liberdade me invade. Não deu tempo nem de cansar, logo cheguei na capital, que é mais agitada é claro, coloquei o Ray Ban Clubmaster assim que sai do avião. Não queria que ninguém percebesse que eu estava chorando. Tênis All Star surrado entregava que eu não andava no auge da minha vaidade, a calça jeans rasgada no joelho. Refletia bem como eu estava por dentro, com o coração magoado por uma resposta que nunca chega.
***
Acordei e parece que o mundo tinha desmoronado, um cara nu em minha cama, que eu clao não fazia ideia de quem era e fui logo tratando de mandar embora. Enquanto o cara se vestia, fui para sacada e acendi um cigarro, e me veio na mente a Christien . Lembrei do seu sorriso, 6 da manhã e eu ainda estou bêbada, estou tomando um caminho auto destrutivo e era justamente isso que eu queria evitar com todas minhas forças não me envolvendo em relacionamento sério.
Não vou deixar aquela mulher fazer isso comigo, joguei meu celular pela sacada, fui até adega e esvazei todas as garrafas de vinho, já estava beirando o alcoolismo, bebi quase todas as noites depois que cheguei em Londres , e já faz duas semanas. Não posso perder o controle, não vou fazer isso com a minha vida, foi só sex* não pode ter sido tão importante assim, tomei uma ducha e fui para acadêmia do prédio, fiz meia hora de esteira e meia hora de bicicleta, peguei o elevador e vi uma mulher loira se aproximando, olhei e vi o rosto da Crhistien, parei e fiquei encarando, fechei os olhos fortes e abri i novamente, não era ela. Eu só poderia estar ficando louca, vendo o rosto dela em outras pessoas.
Abri a porta do apartamento e fui direto para a cozinha preparar um suco detox, mudanças teriam que ser feitas em minha vida e tinha que começar urgente, pois eu não vislumbrava um futuro muito bom se eu continuasse daquele jeito.
***
Minha segunda semana em Oslo, treinando todos os dias, estava cansada mas precisava sair um da rotina de treinamento . Procurei na internet e encontrei um bar LgBT, minha cabeça ia e voltava nesse lugar e finalmente depois de muito relutar tomei coragem para ir.
Coloquei uma calça jeans, camisete preta, minha bota coturno laranjada. Não tenho intenção de ficar com ninguém, só quero saber como é, descobri minha atração por meninas mas não sei nada à respeito desse mundo.
Fui até a estação de metrô, lotado ( horário de pico). Aproveitei para conhecer um pouco mais a cidade, já que eu vim aqui apenas quando era criança.
Desci do metrô e fui em direção a rua, olhei no celular e estava no lugar certo. Ela um muro alto e do lado tinha uma porta que dava acesso à uma escadaria, uma pequena placa no canto que dizia : Elas que se amem ( em inglês).
Entrei, e vi algumas pessoas jogando sinuca, uma pequena pista de dança no meio e algumas pessoas sentadas no balcão. Um casal de lésbicas se beijando bem no canto. Tocava Walking Backwards do League, me sentei na cadeira do balcão e pedi uma cerveja. A bargirl usava um moicano rosa nada discreto, já estava na segunda cerveja, quando uma mulher ruiva se aproximou de mim.
– Me paga uma bebida? – Ela perguntou puxando uma cadeira ao meu lado.
– Desculpa, eu já estava de saída – Respondi sem jeito.
– AH, mas você acabou de chegar..aqui eles fazem uns drinks ótimos, não sabe o que está perdendo.
– Eu posso até ficar mas só bebo cerveja mesmo, destilados me dão muita dor de cabeça no outro dia.
– Sim senhora, só na cerveja.
– Mas uma cerveja por favor– Pedi para a Bargirl
– Seu eu fosse você não pagava, ela é a dona.
Fim do capítulo
Enjoy the moment
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Ada M Melo
Em: 11/06/2016
gostei demais da atitude da Chris, Agnes que corra atras....
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line7
Em: 11/06/2016
Que capítulo é esse😉 dona ! Cris já chegou arrasando e conquistando corações d84;d84;...heeeee...e que atitude ótima de Cris. A agnês está sofrendo com sua própria escolhas...amooo..essas tretas mirabolantes..kkk..até logo linda e bom final de semana😙
Line
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Silvia Moura
Em: 11/06/2016
" ... elas que se explodam... elas que resvalem todo o amor que têm dentro delas... elas que se percam pelos caminhos a percorrer ... elas que se encontrem depois de tanto desencontro... elas que se amem:enfim!!!" É autora há um longo caminho a percorrer e você nos mostrará em detalhes, ADORANDO essa estória... não demora não... beijos...
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