Vivendo o Amor por dyh_c
Capítulo 9: Realizando Sonhos
Entramos no quarto e ela sentou-se na cama. Vi algumas roupas empilhadas na mala ainda aberta.
-- Como você ver em três dias irei embora -- sua voz era um pouco triste -- Não queria ter essa conversa, mas é necessária -- deu uma pausa -- Queria chegar lá e vir logo, mas preciso de um tempo para organizar tudo, você entende não é?
-- Eu sei Sabrina, também preciso organizar umas coisas aqui para esperar você.
-- Tenho uma coisa para te falar, tem muitas coisas que não sei sobre você, e tem muitas coisas que você não sabe sobre mim, mas tem uma que preciso te contar, porque acho que essa depende muito nosso relacionamento, na verdade é um sonho e quero realizá-lo logo, pois acho que já perdi muito tempo.
-- Sabrina, me conte! -- segurei sua mão -- É uma viagem? -- perguntei no escuro.
-- De certa forma sim -- riu -- Quero ter um filho, sempre sonhei, e como vamos morar juntas, já quero que seja um tema abordado desde do início.
Nossa! Como pensávamos parecidas. Por mais que eu desejasse também, não tinha como adivinhar que Sabrina queria o mesmo que eu.
-- Você quer adotar ou gerar? -- quis saber antes de qualquer coisa.
-- Quero engravidar, ficar com a barriga grande, passar por todas as fases, até os enjoos -- disse com brilho no olhar.
-- Você acha que sou a pessoa certa para constituir uma família? -- estava a entrevistando, mas estava muito feliz com as resposta.
-- Sim! -- sorriu -- Sei que passou por um longo relacionamento, você é madura, e o mais importante, eu te amo, mas quero saber se você quer? É uma grande aventura!
-- Eu quero! -- beijei-a rapidamente -- Quero muito ter uma família com você Sabrina, e tudo mais que você quiser.
-- Então vamos ter sim! -- pulou sobre.
-- Sabe... Então acho que teremos duas crianças! -- falei a olhando de lado, tentado dar uma enrolada.
-- Como assim? -- parou sobre mim -- Você também quer engravidar?
-- Não exatamente -- quis deixá-la curiosa.
-- Como?
-- Há algum tempo, eu entrei na fila de adoção e agora obtive uma resposta -- ainda não quis ser clara.
-- Quando teve essa resposta.
-- Antes de ontem, entraram em contato com Natália e ela me contou no casamento -- segurei seu rosto -- Ela não quer, e eu pretendo continuar com o processo, então acho que termos duas crianças -- falei de vez.
-- Vou adorar adotar uma criança -- pulou sobre mim -- Será que posso conhecer a criança antes de ir? -- perguntou curiosa.
-- Ei calminha, ainda não sabemos como será, mas tentarei entrar em contato com a assistente social.
-- Nossa vou ser mãe! -- falou eufórica.
Ela ficou no alvoroço por um tempo.
Talvez eu tenha contado cedo, mas não tinha como adivinhar sua reação ou opinião, de qualquer forma, adorei a sua reação. Era um tema delicado, que poucas pessoas aceitariam assim rapidamente.
-- Continua me beijando assim que você vai ver -- falei, sua crise de gritinho e palminha tinha passado, agora ela me agradecia de outra forma.
-- Vou?!
-- Vai!
-- Mostra então?
Sabe quando uma loira está sobre você provocando? Ela começa a morder seus lábios... E você deixa o desejo fluir por todo seu corpo.
Virei meu contra o dela, fui tirando sua roupa, jogando no chão, lambendo, mordendo, sugando a pele que encontrava pelo caminho.
Não tinha como resistir, beijei suas coxas, cheguei a virilha, fui tirando a calcinha e aproximando mais do ponto que tanto ela queria ser tocada.
Estimulei seu clit*ris e comecei a ch*par seu sex* devagar, a penetrei com meus dedos, sem demora, entrava e sai de seu sex* em um ritmo acelerado. Ela chegou ao auge acompanhada por mim, estava ficando corriqueiro, Sabrina estava me dando um prazer que ela não fazia ideia e eu desconhecia que conseguiria sentir, ainda de roupa tive um orgasmo fabuloso.
-- Não vou mais conseguir viver sem ter você! -- ela disse tão linda -- Não sei como será meus dias lá quando estarei longe de você.
-- Serão apenas saudosos, e logo você volta.
-- Tomara que passe rápido, vou fazer tudo para retornar o mais breve.
-- Passará sim.
-- Meninas a pizza chegou! Parem de safadeza e venham comer logo!
-- Sabrina, preciso arrumar um namorado para sua irmã.
-- Nem tente, ela é chata demais. O marquinho tenta todo dia e nada, isso desde que ela está solteira.
-- Vou pensar nisso, mas agora vamos tomar banho?
Nos molhamos rapidamente, vestimos roupões e descemos para comer.
Comemos a pizza sendo observadas por Sandra.
-- Desembuchem logo!
-- Não sei do que você esta falando! -- Sabrina disse.
-- Digam logo! -- ela insistia.
Enquanto ouvia a insistência dela, comi minha fatia de pizza, mas ela não parava até que Sabrina resolveu falar.
-- Iremos adotar uma criança, você será titia!
-- O quê? Eu, tia?!
-- Sim, não é o máximo? -- Sabrina continuou.
-- Claro! -- levantou-se -- Sério mesmo?! Não estão brincando comigo?!
-- Sério, sim! Sabrina te conta, vou indo escovar os dentes -- falei saindo.
-- Vai lá amor -- me deu um selinho -- Vou te conta Sandra.
Fui ao meu quarto e deixei Sabrina com a irmã.
Escovei meus dentes. E quando iria ligar para Flá ela me ligou antes.
-- Iria te ligar.
-- Hum... Sentiu saudades foi?
-- Mais ou menos.
-- Besta, te liguei para falar de negócios -- ela disse empolgada.
-- Hum... Diga aí.
-- O seu escritório já está liberado, quando quiser pode começar a funcionar.
-- Que ótimo!
-- Ótimo é ter funcionários bons, aliás sua engenheira me ligou viu?! Disse que odeia trabalhar com pessoas irresponsáveis -- riu.
-- Mas ela não estava viajando?
-- Sim, mas já chegou! Acho que as férias não fizeram bem a ela, Fabiana é tão estressada!
-- Tomara que ela não seja uma pessoa chata, porque odeio pessoas mal humoradas ao meu lado.
-- Pois se ligue amiga, do que ela tem de bonita tem de arrogante e metida! Você não deveria ter contratado, mas foi na de Lu.
-- Mas precisava né?!
-- Então tenha paciência.
-- Sou extremamente paciente.
-- Eu sei, por isso acredito que esse negócio vai dar certo.
-- Dará, estou investindo tudo nisso.
-- Pensei que fosse na loira.
-- Nela também! O queria te falar tem haver com ela.
-- Pode dizer, falando de mulher... A minha tá nua aqui na minha frente se vestindo, mas estou concentrada na sua conversa, pode continuar!
-- Poderia ter evitado esse comentário né?
-- Eu? Não mesmo! Minha mulher é gostosa demais!
-- Idiota! Continua fazendo propagando da tua mulher! -- ri das loucuras de Flávia -- Mas agora o assunto é sério, vou adotar a criança!
-- Vai? A loira apoiou?
-- Sim, ela quer tanto quanto eu!
-- Que bom! Serão ótimas mães e eu a madrinha né?!
-- Eu sei que seremos tá?! A criança terá muitas tias sem noção, não sei se a madrinha também será assim.
-- Pode parar!
-- Ok, mas me diga o que faço agora? -- perguntei.
-- Ligue para a assistente social e tente visitar a criança, acho melhor você explicar toda a situação, sabe ao que me refiro né?
-- Sei sim, você acha que tenho chances?
-- Claro, é a sua vez!
-- Obrigado pela força.
-- Estarei sempre aqui.
-- Eu te amo mesmo sendo idiota.
-- Eu também sua besta -- ela rebateu.
-- Que declaração hein! -- Sabrina entrou.
-- É a Flá.
-- Manda beijo para ela e Flú.
-- A loira está mandando beijos para vocês.
-- O dela dou pessoalmente.
-- Vai achando, vou desligar amanhã nos falamos.
-- Vou esperar sua ligação.
-- Beijos!
-- beijos, doida!
Sabrina deitou-se na cama de frente a mim.
-- Estou ansiosa para ver a criança.
-- Sabrina, você sabe que pode não dar certo.
-- Eu sei, mas não tenho como controlar.
-- Tudo bem, te entendo -- puxei para deitar mais junto a mim.
-- Obrigada por entender! Mamãe ligou para Sandra, estão se divertindo muito, ligaram só para avisar que estão bem.
-- Imagino! -- ri.
-- Também imagino, vou escovar meus dentinhos, já volto.
Não sei se Sabrina demorou, apenas dormi.
Acordei cedo, tinha apagado mesmo. Olhei Sabrina dormindo serena, o roupão quase aberto, e ela virada para minha direção.
É, estava me apaixonado, e minha vida já estava toda certinha com ela.
Havia vivido tanto tempo com Natália e ela não tinha me acrescentando nada, com Sabrina em tão pouco tempo já estávamos colocando as coisas em prática, com nossos desejos de anos.
Não queria acordá-la, mas tinha que fazê-lo, beijei seus lábios delicadamente.
Ela fez manha e não abriu os olhos.
-- Com esse comportamento rebelde, vou ser obrigada a ser malvada -- beijei seu pescoço e logo dei uma mordidinha leve.
-- Ai! -- gem*u dengosa.
-- Vamos tomar banho? Vou te levar a vários lugares hoje.
-- Hum... Estou com tanta preguiça de me levantar...
-- Quer uma motivação?
-- Depende! -- abriu os olhos claros e me olhou.
Tirei minha camiseta, meu shortinho, calcinha, levantei e entrei no banheiro.
-- Se demorar vou fechar a porta -- falei e ouvi os passos dela caminhando.
Não demoramos tanto no banho como gostaríamos, porque o dia seria longo mais uma vez, e dessa vez prometia mais emoções.
Saí do banheiro e deixei Sabrina terminar o dela, ainda passaria creme no corpo e fui me vestir.
Encontrei Raquel na cozinha, as vezes ela ajudava a minha mãe com pratos deliciosos. Ela era baixinha, morena de cabelos longos, aproximadamente uns quarenta anos.
-- Oi, Quel! Não sabia que você viria hoje!
-- Sua mãe me pediu para socorrer você.
-- Ah que bom! Estamos com visitas mesmo.
-- Estou sabendo.
-- E a fazenda?
-- Seu pai tá lá todo se achando porque fez um bom negócio.
-- Nem me fale, faz dois meses que não o vejo, quando chegar lá ele vai me bater.
-- E eu apoio, como você não vai visitá-lo?
-- A culpa não é só minha, porque ele não vem aqui também? As meninas mal saem daquele mato.
-- Isso eu concordo.
-- Oi, bom dia! -- era Sandra.
-- Quel essa é Sanda, filha de Cíntia.
-- Bonita igual a mãe!
-- Obrigada Quel! Você é casada, vi sua aliança! -- Sandra super discreta.
-- Sou, e muito bem casada!
-- Sandra a única encalhada aqui é você! -- falei para ela.
-- Meu Deus, me mande um par!
-- Se quiser apresento uns amigos.
-- O melhor amigo de Sabrina sempre marca encontro e nunca dar certo, sou traumatizada com isso.
-- Já tentou simpatias? -- Quel falou.
-- Não! Você sabe fazer?
-- Se quiser faço uma para você!
-- Dar certo?
-- No meu caso deu!
-- Vou querer Quel -- bateu palmas.
-- E não vai querer sair comigo e Sabrina?
-- Não.
-- Nem para conhecer sua sobrinha?
-- Vocês vão visita-la?
-- Rentaremos pelo menos.
-- Eu vou, Quel fica para mais tarde tá?
-- Certo, menina!
-- Bom dia gente! -- era Sabrina, sorrindo linda.
-- Quel essa é Sabrina, minha namorada e filha de Cíntia!
-- Sério! -- abraçou Sabrina.
-- Porque não ganhei uma abraço? -- o jeito Sandra de ser.
-- Porque ela é namorada de Aux.
-- Mas eu sou cunhada e quero uma abraço.
-- Quel der um abraço nessa criatura -- ela tá carente.
Depois do drama de Sandra comemos bolo quentinho de banana com canela.
-- Meu bolo preferido -- falei.
-- Nunca tinha comido, mas adorei -- Sabrina falou -- Vou pegar a receita.
-- Você iria adorar a fazenda -- falei lembrando de como era linda.
-- Pena que não dará tempo eu ir conhecer.
-- Quando vocês vão meninas?
-- Depois de amanhã.
-- Mas já?
-- Sim, mas Sabrina voltará logo para morar com Aux.
-- Vai se casar de novo? E a Natália?
-- Nos separamos, mas não conta para meu pai, porque vou contar pessoalmente.
-- Ah Aux, eu quero conhecer a fazenda! -- Sandra disse.
-- Sandra, se você quiser podemos ir, mas amanhã e voltamos no outro dia cedo porque o voo de vocês será ao meio-dia.
-- Também quero ir Aux! -- Sabrina se manifestou.
-- Vocês que mandam, mas um dia não dar para conhecer muito coisa, mas vamos claro!
-- Cunhada, quem manda somos nos mesmo. Então nos leve e pronto, ou está com medo de apresentar Sabrina ao papai?
-- Vocês que mandam eu já sabia, e fique sabendo que não tenho problema nenhum em apresentar meu pai a vocês, especificamente a minha namorada.
-- Então fechado, vamos amanhã para a fazenda.
Tomamos café tranquilamente, eu estava apreensiva, não por ir a fazenda e sim pela visita logo mais, não era um simples encontro, iria visitar a assistente social e quem saber ver a criança.
-- Vamos meninas? -- chamei apressada, rodava as chaves na mão de ansiosa.
Saímos com o carro, o silêncio predominava, segui o endereço que estava no cartão.
Quando chegamos lá percebi que se tratava do abrigo, procurei por Sônia, a assistente que havia entrado em contato com Natália.
Logo na entrava já havia algumas criança e pude perceber que o espaço era enorme, haviam salas e um pátio onde as crianças corriam.
-- Ela se encontra na primeira sala a direita -- a moça loira na recepcionista avisou.
-- Bom dia, posso entrar? -- bati e abri a porta.
-- Claro! -- uma senhora permitiu minha entrada.
-- Sou Auxiliadora Maia! Estas são Sabrina e Sandra, estão me acompanhado.
-- Pois não, em que posso ajudá-la?
-- A história é longa.
-- Estou aqui para ouvi-las, sentem-se!
-- Você procurou minha ex-cassa e encontrou minha ex-mulher para tratar sobre o assunto da adoção, o nome dela é Natália.
-- Ah, sim! Estou com toda documentação sua, ela me disse que não estavam mais juntas e falou que entraria em contato com você.
-- Verdade, não estamos mais juntas mesmo, mas quero muito continuar e adotar a criança.
-- Iremos rever suas condições, você já poderia ver a criança, mas com essas novas informações iremos reanalisar.
-- Olhe, quero muito adotar, estou em novo relacionamento e a trouxe para compartilhar esse momento que tanto ela deseja também.
-- Isso mesmo Sônia! Eu não moro aqui na cidade mais logo virei, iremos morar juntas, não vejo que mudará muita coisa no caso.
-- Já estão com local fixo?
-- Ainda não, mas providenciaremos ainda esta semana! -- falei.
-- As coisas darão tudo certo no tempo que a senhora previa para a conclusão, iremos nos adaptar o mais rápido possível, além do mais sabemos que a parte de adaptação com a criança é o mais importante.
-- Isso é verdade, vocês poderão visitá-la aos poucos, e depois ela começará a visitar vocês, Auxiliadora, como você é a responsável, eu aconselho que fixe logo uma moradia, isso facilitaria muito o andamento da adoção.
-- Farei o possível para dar certo -- falei -- Agradecemos muito sua gentileza em nos recebermos, mas seria podemos vê-la? -- pedi.
-- Como vejo que as mudanças mesmo existindo são poucas, vou deixá-las vê-la! Mas farei algumas sugestões depois.
Quase gritei, mas Sabrina e Sandra gritaram de verdade. Sabe quando você fica emocionada por algo que não viveu? Era uma alegria que não tinha explicação de onde vinha, apenas sorria e apertava muito a mão de Sabrina.
-- Vou ser titia! -- realmente Sandra tinha que estar nesse momento.
Caminhamos pelo pátio, haviam muitas crianças.
-- Aquela menina ali, pode ser a sua futura filha! -- apontou -- Ela se chama Antônia, tem três anos! -- a senhora falou calma.
Ela não poderia ser, ela já era. Quando vi aquela criança brincando, não tinha dúvidas, iria cuidar dela, proteger e amar, porque naquele momento já tinha uma filha, e era muito lindinha.
-- Que linda! -- Sandra disse cortando meu pensamento.
Antônia era morena, com cabelos cacheados, brincava com outra menina maior, tinham bonecas e umas roupinhas espalhadas no banquinho.
-- Posso conversar com ela? -- perguntei.
-- Pode sim, vão lá! -- a senhora falou.
-- Quem é a menina que está com ela? -- Sabrina quis saber
curiosa -- Também será dotada?
-- Não, ela é Ana Carla, tem nove anos. É irmã da Antônia, a devolveram da adoção por duas vezes, ela não quer se separar da irmã.
Sabrina me olhou e eu olhei para ela, nossos olhares já diziam tudo.
-- Tenho chance em adota-la também? -- perguntei.
-- Ter todos têm, mas talvez demore um pouco mais no caso das duas.
-- Mesmo dando tudo certo com Antônia ainda pode demorar muito?
-- Talvez, cada caso é um caso.
-- Não percam tempo, vocês têm cinco minutos para conversar com elas -- Sônia saiu.
Fiquei observando a senhora sair e fui me aproximando com Sabrina e Sandra atrás.
-- Oi, meninas! -- falei chegando mais próximo.
-- Oi! -- a menor falou.
-- Posso brincar com vocês? -- disse sorrindo.
-- Você não é muito grande para brincar? -- a maior falou, era muito parecida com Antônia.
-- Ela é grande sim, mas deixem ela brincar, na verdade, acho melhor vocês a ensinarem como é que se brinca! -- Sabrina falou.
-- Eu também quero brincar, posso? -- Sandra falou, e Antônia entregou para ela a boneca.
-- Que linda! -- Sandra pegou a boneca e abraçou Antônia.
-- Você também quer uma abraço? -- perguntei a Ana Carla.
Ela apenas balançou a cabeça positivamente, fui abraça-la.
Quando olhei para Sabrina ela estava com lágrimas nos olhos.
Ela percebia o mesmo que eu naquelas meninas, elas precisavam de cuidados, mimos e muito carinho. Ana Carla, ficou abraçada a mim e não me largou mais, ela era magrinha e seu cachos negros eram idênticos ao da irmã, seu rostinho era um pouco triste, já havia sofrido muito em tão pouca existência.
-- Você vai nos adotar? -- falou com uma vozinha fraca.
A pergunta me deu vontade de chorar, mas já bastava Sabrina está emocionalmente abalada naquele momento.
-- Farei o possível dentro da lei para dar um lar a vocês.
-- Você quer nos duas? -- apontou para a irmã.
Balancei a cabeça positivamente e sorrindo, ela me apertou o pescoço mais ainda.
Sandra passou a pequena para Sabrina que a beijou e fez umas perguntas, já parecia sua mãe.
-- O que você comeu hoje?
-- Leite e torrada -- a menina menor respondeu.
-- Tomou banho?
-- Tomamos! -- dessa Ana Carla respondeu.
-- Tem certeza? -- perguntei e a menina maior reconfirmou -- Vou ter que ter certeza -- fiz que cheirava seu corpo apenas para brincar com ela -- Acho que não tomou!
-- Tomei claro! -- ela persistia.
-- Estou brincando, você estão muito cheirosas!
-- Meninas o tempo acabou -- era a assistente social surgindo para nos expulsar.
-- Precisamos ir, mas voltaremos! -- Sabrina falou.
-- Voltam mesmo? -- Ana Carla quis saber.
-- Voltaremos sim -- falei.
Ainda conversamos com a assistente social, ainda voltaríamos a vara da infância e juventude, mas tudo estava encaminhado. Logo voltaria a visita-las.
-- E os pais delas? -- perguntei antes de sair.
-- Eles as abandonaram Antônia tinha um mês de vida na casa de uma tia, já Ana Carla deixaram aqui no abrigo, como essa tia tinha outros filhos acabou deixando aqui Antônia também para adoção.
-- Você acha que demora muito?
-- Talvez um mês -- disse receosa com tempo.
-- Acha que pode atrapalhar eu estando morando atualmente na cada de uma amiga?
-- Acredito que não, mas é bom que mude mesmo essa semana. Acredito que na próxima semana você já possa levá-la para passar o domingo.
-- Então tenho muitas chances em consegui a adoção das duas? -- perguntei.
-- Acredito que sim, como já falei.
-- Ouviu Sabrina, cuide logo de vir morar aqui, que teremos duas crianças para cuidar -- falei muito alegre.
-- Ai, gente! Também quero vir cuidar delas.
-- Parece que essas crianças terão muitas mães -- a senhora riu.
-- E elas terão mesmo! -- confirmei.
Saímos do abrigo muito contentes, liguei para Flá imediatamente para conversar, depois de brigar porque não a levei, me deu alguns conselhos, e disse que possivelmente eu já poderia ficar de vez com Antônia no outro fim de semana, pois já tinha o certificado positivo. Fomos almoçar muito alegres, Flá chegou com Lu para nos acompanhar.
-- Preciso ver o apê meninas, vamos dar uma volta aqui no bairro depois? -- pedi.
-- Vamos sim, ajudo vocês! -- Lu se solicitou.
-- Sabrina temos uma comitiva! -- falei rindo.
-- Vamos lá! -- ela pegou minha mão sobre a mesa fazendo um carinho -- Opinião é o que não faltará.
Fim do capítulo
Boa noite, meninas!
Desculpem a demora, essa semana foi intensa!
Bjss e bom fim de semana!
Comentar este capítulo:
Mille
Em: 11/06/2016
Que capítulo grande amooooooooooo e foi lindo, emocionante que bom que a Sabrina tem sonhos semelhantes com da Aux elas se completam. Espero que consigam adotar a Ana Clara junto com a Antônia. Quem vai pirar serão as avós.
Bjus e até o próximo
Resposta do autor:
Oi, Mille!
Fico felzi que esteja gostando, eu gosto também quando os capítulos ficam grande *-*. A família delas estão se formando, vai ser uma loucura com as avós, aposto que elas vão ser corujas rsrs!
Bjss
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lis
Em: 10/06/2016
Boa noite Dyh, tudo bem? Que capitulo lindo parabéns, ambas querendo a mesma coisa e quando viu as irmãs optaram por adotar as duas, maravilhosa.
Resposta do autor:
Olá, Lis!
Tudo certinho, e contigo?
Obrigado, as coisas entres elas estão indo, vamos ver como elas irião lidar na prática com essas mudanças.
Bjss
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