Um final de semana perfeito. Era o que eu havia tido ao lado de Patricia. Um final de semana lindo e perfeito, como eram todos os dias que eu passava ao lado dela. Eu não podia estar me sentindo mais feliz do que naquele momento da minha vida. Eu tinha Patricia, tinha Valentina, minha relação com Júlia estava cada vez melhor, minha melhor amiga seria nossa madrinha de casamento, tudo estava correndo bem na minha vida. O que mais eu poderia desejar? Era nisso que pensava enquanto me sentava ao lado de minha mãe na segunda feira de manhã.

                - Um filho! – falei rindo sozinha.

                - O que você disse filha? – minha mãe perguntou. Eu estava na casa dos meus pais.

                - Mãe, o que a senhora diria se eu dissesse que quero ter um filho com a Paty? – disse olhando-a – Outro filho né... por que eu já tenho a Vavá – disse sorrindo ao lembrar da pequena ruivinha e minha mãe sorriu comigo.

                - Eu diria que nunca imaginei ouvir você dizendo isso – respondeu.

                - Sabe que as vezes eu também me surpreendo mãe! – disse a ela.

                - Quando vocês pretendem fazer o jantar de noivado? – ela perguntou.

                - Eu pensei nesse final de semana. Eu queria saber se a senhora se importaria que fosse aqui em casa? – perguntei meio receosa.

                - Claro que eu não me importaria filha. Quantas pessoas vocês pretendem chamar?

                - Não serão muitas não mãe. Nossa família, a de Paty. Isso se a mãe dela aparecer né? – disse imaginando a cara dela ao receber o convite. – Umas amigas também. Algo bem intimo mesmo.

                - Quer que eu peça pra Lúcia preparar um cardápio para o dia? – Minha mãe perguntou.

                - Eu adoraria mãe. E por falar nela eu faço questão que ela esteja presente também. Ela e a família dela.

                - Você e sua irmã sempre foram muito apegadas a ela. No fundo eu sempre tive um pouco de inveja dela sabia? – minha mãe disse me deixando surpresa. – Eu me sentia mal ao ver que a empregada da casa tinha mais atenção das minhas filhas do que eu. – disse baixando os olhos, envergonhada. – Mas eu sei que tudo era culpa minha.

                - Isso já passou mãe – eu disse deitando minha cabeça em seu ombro. – Agora só devemos pensar nas coisas boas que estão acontecendo.

                - Como o seu casamento – ela completou.

                - Exatamente!

                - Você tá feliz? – minha mãe perguntou-me.

                - Muito mãe! – respondi enquanto ela fazia um carinho suave em minha mão, que repousava sobre suas pernas – Nunca me senti tão feliz na vida.

                - E como estão as coisas entre você e Júlia? – perguntou.

                - Estão indo bem... Júlia parece estar mesmo seguindo em frente sabe. Esse namoro dela com a Flávia tem feito muito bem a ela. – eu disse.

                - Como assim namoro? – disse me fazendo olha-la – Sua irmã e a Flavia estão namorando? Por que eu sou sempre a última a saber das coisas aqui em casa? – disse fingindo aborrecimento.

                - Desculpa mãe! – respondi – Achei que Júlia já tivesse lhe contado.

                - Estou brincando filha – Disse sorrindo – Sua irmã não tem aparecido aqui há alguns dias já. Ela e seu pai estão tendo alguns problemas na empresa ultimamente.

                - Algo sério mãe? – perguntei preocupada.

                - Não sei filha – Disse me olhando – Seu pai não comenta essas coisas comigo. Eu só sei porque ouvi ele comentando com Júlia ao telefone que talvez teriam que viajar para fora no mês que vem.

                - Júlia não me disse nada – falei tentando imaginar o que estava acontecendo na empresa.

                - Sua irmã é igual seu pai quando se refere a empresa. São dois túmulos bem lacrados. – disse me fazendo rir levemente.

                - E você mãe. Está se cuidado direito? – perguntei.

                -  E tem como não se cuidar? – disse franzindo a testa – Quando não é o seu pai de olho em mim é a Lúcia que fica de olho por ele. – Às vezes me sinto como a Valentina vigiada por esses dois – disse rindo e me fazendo rir também. – Sabe que eu sempre me senti meio avó dessa menininha? – disse me olhando para em seguida se dar conta do que havia acabo de falar – Oh Deus! Avó! Eu não sou tão velha assim sou? – perguntou preocupada.

                - Você não ta nem um pouco velha mãe – eu disse rindo de seu jeito. – E quanto a ser avó, bom já se prepare pois eu pretendo te dar outro netinho em breve. – eu disse deixando-a novamente surpresa.

                - Pois eu vou adorar ter outro bebê engatinhando pelos corredores da casa – ela disse de um jeito doce e seus olhos brilharam sinceros,  com uma verdadeira admiração. – Quando Valentina era bebê e sua irmã trazia ela pra cá ela fazia uma festa por aqui sabia – disse recordando o passado – Ela queria pegar todos os objetos que tinha na sala. Tínhamos ficar de olho nela o tempo inteiro.

                - Eu imagino. Se hoje em dia ela já tem uma energia que parece não acabar, fico pensando em quando ela era mais nova.

                - Ela lembrava muito de você quando era bebê – disse sorrindo – Segurava as mãozinhas nos moveis e ia caminhando pelos cantos até cair sentada – lembrou com uma risada saudosa, me fazendo abrir um sorriso junto a ela.

                - Como é essa sensação... de ser mãe? – Perguntei olhando-a e ela sorriu brandamente. – Será que eu serei uma boa mãe? – franzi a testa.

                - Você já uma boa mãe filha. Eu posso ver pela forma quer trata a Valentina. Você com certeza será uma mãe muito melhor do que eu fui um dia! – Acariciou meus cabelos dando um beijo em meu rosto. – Tanto você quanto sua irmã serão ótimas mães – completou.

                - Obrigada pelo apoio mãe! – eu disse.

                - Sempre estarei aqui para apoiar vocês! – minha mãe respondeu abraçando-me, me deixando ali por um longo tempo enquanto conversávamos sobre o jantar de noivado que eu faria com Patrícia. Fiquei a manhã toda na casa de minha mãe e de lá segui para meu apartamento. Estávamos na semana do dia dos namorados, que cairia na sexta-feira, e eu estava programando uma noite especial para Paty e eu, infelizmente Valentina passaria o final de semana com o pai dela e não estaria presente no jantar, mas eu teria muito tempo para ficar ao lado da minha menininha. Passei a semana toda preparando as coisas e quando finalmente chegou a sexta eu estava numa ansiedade incontrolável.

                Dia dos namorados. Eu sempre fiz o tipo romântica. E depois que Júlia passou a fazer parte da minha vida, e digo como minha namorada, eu me tornava cada vez mais uma romântica declarada. De manhã passei numa floricultura e escolhi o buque de rosas vermelhas mais lindo que encontrei. Junto com ele mandei um caixa de bombons e um cartão apaixonado para minha namorada. Pedi ao rapaz que os entregassem em seu escritório, passei o endereço e paguei mais caro para que a entrega fosse feita ainda na parte da manhã, já que eu tinha outra surpresa para ela mais tarde, já que a noite teríamos o jantar de noivado de Ana e Patrícia. Passei horas ansiosa, esperando pela ligação dela. E assim que vi seu nome no visor meu coração disparou.

                - Oi – respondi com a voz manhosa.

                - Você é linda sabia? – ela disse dando um suspiro que denunciava que estava sorrindo. – Eu amei as rosas, o chocolate e o cartão.

                - Você é mais amor! – respondi sorrindo do outro lado da linha. – Almoça comigo hoje?

                - Claro que sim gatinha! – disse – Quer que eu te busque?

                - Não! Eu busco você ai.  Pode se ao meio dia? – perguntei.

                - Pode sim linda!

                - Combinado então! Beijo amor!

                - Beijo linda! 

                Inventei uma desculpa no trabalho e passei a manhã em casa e perto das 10:30hs da manhã resolvi tomar meu banho. Ao invés do hidratante, optei por um óleo corporal dessa vez, escolhi uma lingerie vermelha e sensual, uma calça jeans e camisete ¾ preta. Salto alto preto pra completar. Uma maquiagem leve já que ainda estava muito claro, brincos e gloss labial.

- Bonita e casual! – disse sozinha ao mirar minha imagem no espelho do quarto. peguei minha bolsa e segui até meu carro. Liguei o som do carro antes de sair e dessa vez mudei um pouco o estilo musical do dia. Eu acompanhei Alanis cantando Head over feet com o som num volume bem alto, como eu gostava de ouvir. Dirigi devagar curtindo as músicas que tocavam, feliz por saber que em breve estaria ao lado da morena mais linda do mundo todo. E que ela era toda minha! Não tive dificuldade pra estacionar, apesar daquela ser uma região bastante disputada. Assim que cheguei no andar da sala de Júlia, Cintia me recebeu com um sorriso aberto no rosto, simpática.

- Boa tarde! – cumprimentei-a sorrindo.

- Boa tarde Flávia – ela disse. - Tudo bem com você? – perguntou-me.

- Estou bem. E você? – devolvi a pergunta.

- Estou bem também. Veio sozinha? – perguntou com um ar de interesse.

- Sim – respondi percebendo seu interesse pela possível companhia que poderia estar comigo -  Ana está muito ocupada hoje! Preparando o jantar de noivado dela – disse de forma educada, porém, direta. Ela deu um sorriso que beirava ao cínico, ainda assim, não se conteve.

- Uma pena que ela vá se casar! – disse me olhando. – Ainda mais com ela – referiu-se a Paty.

- Acho que elas formam um casal perfeito. – respondi mais cínica ainda – Você precisa ver como elas chamam atenção na rua quando estão juntas! É de parar o transito!  - disse e ela revirou os olhos - Se Paty não fosse minha amiga eu morreria de inveja dela! Quem não gostaria de ter Ana ao seu lado né? – perguntei sorrindo para ela.

- Veio ver a Júlia? – perguntou um pouco sem graça, mudando o foco do assunto.

- Sim. – respondi – Ela ta sozinha? – apontei a sala.

- Está sim. Vou avisá-la que está aqui. – disse pegando o telefone e antes que ela discasse o ramal da sala eu a interrompi.

- Não precisa! – disse e ela me olhou curiosa – Minha namorada já está me esperando e eu quero fazer uma surpresa pra ela – completei. Ela colocou o fone no gancho e apenas sorriu concordando. Segui até porta e dei duas batidas de leve, ouvindo sua voz em seguida.

- Pode entrar! – Júlia disse. Abri a porta devagar colocando apenas minha cabeça para dentro.

- Ocupada? – perguntei e ela levantou os olhos da mesa, olhando para mim e sorrindo lindamente. Ela estava de óculos de grau, desses usados para leitura, uma armação quadrada e preta, muito sexy. Ao lado dela estavam as rosas que eu tinha mandado, assim como o pacote de chocolates que estava aberto.

- Pra minha namorada nunca! – disse levantando-se. Entrei na sala e fechei a porta atrás de mim, trancando-a com a chave.

- Você fica tão sexy nessa sala! Tão poderosa – disse quando Júlia se aproximou de mim abraçando meu corpo. Ela sorriu mais aberto.

- Fico sexy? – perguntou me dando um selinho enquanto me olhava – Humm bom saber disso! – buscou minha boca para um beijo quente, apressado. Seu corpo colou-se mais no meu imprensando-me contra a porta. Minhas mãos buscaram seu rosto segurando-o carinhosamente enquanto matávamos a nossa saudade.

- Assim não vamos almoçar Júlia – eu disse respirando forte, quase sem fôlego!

- Sinceramente... Estou com fome de você agora! – disse descendo suas mãos pelo meu corpo e apertando-o em cada parte pelo qual deslizava, começando a me deixar excitada. Quando suas mãos subiram até meus seios apertando-os, gemi em sua boca, mordendo seu lábio de um jeito delicado, contudo, provocante.

- Acho que podemos atrasar nosso almoço por mais uns minutinhos – disse soltando minha bolsa no chão e levando meus braços ao corpo de Júlia. Empurrei-a devagar em direção a sua mesa, encostando seu corpo nela. Minhas mãos deslizaram rápidas para dentro de sua blusa, tocando a pele lisa e macia de suas costas. Sentindo o calor de seu corpo. Minha boca procurou seu pescoço, explorando-o com beijos lentos e carinhosos. Júlia desceu as mãos em direção a mesa, empurrando um punhado de papéis que estavam sobre ela ao chão, onde eles se misturaram. Em seguida suas mãos foram em direção aos botões de minha blusa, e um por um, ela começou a abri-los de forma lenta e sensual. Cada botão que ela abria, exibindo meu corpo, sua boca explorava uma parte, até que restou apenas o sutiã.

- Amo lingerie vermelha! – disse olhando meus seios com desejo nos olhos.

- Quer ver o resto? – perguntei com malicia mordendo os lábios devagar. Júlia nem respondeu. Apenas desabotoou minha calça e puxou-a para baixo enquanto seus olhos admiravam minhas pernas.

- Quero ver muito mais que a lingerie – respondeu soltando o fecho das minhas sandálias, e retirando-as. Em seguida terminou de retirar minha calça deixando-me apenas de calcinha e sutiã. Subiu seu corpo parando de frente para mim e beijou-me com vontade envolvendo seus braços em meu corpo, e virando-me em direção a mesa. Com tranquilidade, levantou meu corpo sentando-me sobre sua mesa, permanecendo entre elas. Com a boca na minha, Júlia mesma tirou sua blusa, e a saia social que usava, deixando-as cair ali mesmo onde ela estava. Cada uma de suas mãos seguraram na dobra posterior dos meus joelhos e com apenas um puxão ela fez meu sex* colar-se ao dela. Envolvi sua cintura com minhas pernas pressionando meu corpo no dela, gem*ndo baixo e suspirando ao o calor de seu corpo colado ao meu.

- Você é tão gostosa Júlia! – disse baixinho enquanto sentia sua língua deslizar pelo meu pescoço devagar. Senti sua mão deslizar pelo meu seio e descer até tocar meu sex* sobre a calcinha, me fazendo gem*r mais alto. – Desse jeito a Cintia vai acabar nos ouvindo amor! – disse a ela tentando controlar meu tom de voz.

- Cintia é inteligente o suficiente pra saber que não deve me interromper sem ser chamada – respondeu continuando a deslizar sua mão sobre meu sex*. Eu já podia sentir a calcinha que usava molhada pelo tesão. Aquela coisa toda era muito excitante. Confesso que nunca imaginei que trans*r na sala dela pudesse me deixar tão excitada como eu estava. Talvez fosse o fato de ser algo novo, ou a possibilidade de que alguém nos ouvisse ou simplesmente aparecesse por ali. Seja lá o que fosse, era muito gostoso. 

- Ohhh Júlia – gemi quando seus dedos adentraram pela lateral da minha calcinha, tocando meu sex*, deslizando por minha intimidade molhada e pulsante de prazer.

- Você tá tão gostosa assim... molhadinha pra mim! – ela disse penetrando dois dedos dentro de meu sex*, lentamente, e os retirando em seguida. Soltei minhas mãos que estavam em seu pescoço e apoiei-as na mesa atrás do meu corpo, jogando meu pescoço para trás quando novamente seus dedos me invadiram, desta vez mais profundamente. Júlia continuou a me penetrar varias e várias vezes, mantendo um ritmo torturante e prazeroso e quando eu estava a ponto de goz*r ela retirou seus dedos abruptamente.

- Nãooo! – resmunguei a ela que me deu um sorriso maldoso. – Por que faz isso comigo amor? – perguntei.

- Por que quero te ver goz*r de outra maneira – disse colocando as mãos em minha calcinha e retirando-a. Ela ajoelhou-se entre minhas pernas e com os olhos nos meus levou sua boca até meu sex* ch*pando-me com voracidade. Sua língua me penetrava profundamente, e ela alternava entre ch*padas fortes e fracas, e lambidas que exploravam desde o clit*ris até os grandes lábios da minha intimidade, me fazendo gem*r mais e mais. Apoiei minhas pernas sobre suas costas dando-lhe mais liberdade sobre mim, Júlia não desviava seus olhos dos meus, mantendo aquele clima de sedução e malicia no olhar enquanto sua boca me devorava por completo. E não foi preciso muito tempo para que meu corpo se rendesse a ela, se entregasse ao prazer quer somente ela era capaz de me fazer sentir. Quando minhas mãos apertaram sua cabeça contra mim, forçando-a ainda mais em meu sex*, deixei meu corpo deitar-se sobre sua mesa enquanto as ondas do orgasmo que acabara de ter me dominavam. Júlia passou a me ch*par com ainda mais vontade, mais força, e eu gemia ainda mais alto ao senti-la em mim. Lentamente, ela diminuiu o ritmo até parar totalmente. Levantou seu corpo do chão e deitou-se sobre mim buscando meus olhos.

- Você ainda acaba comigo assim – eu disse olhando-a. A respiração acelerada e o corpo mole pelo prazer que acabara de ter.

- Você tem um gosto delicioso! – Respondeu sorrindo. Nossos lábios se encontraram provando-se lentamente. O beijo quente e provocante de antes dava espaço para o um mais calmo e apaixonado. Eu sentia em sua boca o meu gosto durante o beijo e aquilo começava a me excitar outra vez. Eu queria mesmo era sentir o gosto dela. E foi com esse pensamento que eu empurrei meu corpo descendo da mesa e puxei Júlia até a poltrona que ela usava, retirei a lingerie preta que ela usava deixando-a totalmente nua e fazendo-a sentar-se. Apoiei minhas duas mãos nos braços da cadeira e levei minha boca até seus seios, contornando os bicos com a língua enquanto a olhava, para depois sugar seu seio com gula. Fiquei um tempo alternando entre um e outro, sempre mantendo meus olhos fixos em seu rosto. Júlia mantinha os olhos fechados e mordia os lábios, gem*ndo baixo e apertando as mãos na beirada da poltrona.

- Deixa eu ch*par você amor – pedi descendo minha boca até o sex* dela. Júlia levantou uma das pernas apoiando-a sobre a própria mesa e passou a outra sobre minhas costas. Ajoelhei-me entre suas pernas e avancei em seu sex* sem pudor algum, explorando-o intensamente com meus lábios e minha língua. Júlia gem*u alto e levou uma das mãos até minha nuca segurando-a. Seu cheiro entorpecia meus sentidos, seu gosto viciava minha boca. Eu poderia passar horas me deliciando em Júlia e nunca me daria por satisfeita. Eu sempre iria querer mais e mais dela. Concentrei minha língua apenas em seu clit*ris, alternando entre movimentos circulares lentos e outros para cima e para baixo, mais rápidos, até que Júlia não foi capaz de resistir mais,  dando a mim um orgasmo esplêndido, o qual eu observava com um sorriso satisfeito. Levantei-me devagar levando minha boca até a dela, dando um selinho suave. Júlia tinha um sorriso largo e sua respiração estava alterada. Com as mãos ela puxou meu corpo para cima do dela, me fazendo sentar em seu colo, minhas mãos abraçaram seu pescoço e ela envolveu as suas em minha cintura.

- Feliz dia dos namorados amor – eu disse quando ela abriu aqueles lindos olhos castanhos, que brilhavam intensamente, e me olhou com carinho.

- Está sendo melhor dia dos namorados que eu já tive até hoje – respondeu me fazendo sorrir feliz por ouvir suas palavras.

- Vamos almoçar? – perguntei.

- Espera só um pouquinho – ela respondeu – Deixa eu ficar assim abraçada com você mais um pouco... – apertou-me em seus braços – Eu gosto tanto de sentir o seu abraço. – Ficamos alguns minutos assim, em silencio, apenas abraçadas, até que Júlia se fez ouvir.

- Você é incrível sabia! – disse beijando de leve meu pescoço. – Cada dia mais eu percebo... – ficou em silencio por uns segundos e por um momento eu cheguei a pensar que Júlia diria que estava me amando. Como que gostaria de ouvir isso dela. Era só o que faltava pra me deixar completamente feliz. Saber que ela me amava como eu amava ela  - o quanto eu tenho sorte por ter você ao meu lado. - Apertei meus braços em volta dela, sentindo o seu perfume e afastei-me ligeiramente focando seus olhos.

- Eu te amo Júlia! – disse pela primeira vez aquelas palavras a ela. Júlia me olhou e seus olhos marejaram levemente, sem nada a dizer ela apenas me abraçou outra vez, dessa vez com mais força. Um tempo depois, nos vestimos e finalmente saímos para almoçar. Nossa pequena aventura na sala dela nos rendeu uma hora de atraso e quando estávamos saindo da sala Cintia estava retornando de seu horário de almoço. Ela deu um sorriso para minha namorada e baixou a cabeça corando levemente. Eu tive certeza de que ela tinha nos ouvido, não o tempo todo mais alguma parte do que havia acontecido dentro da sala. Entramos no elevador e quando começamos a descer olhei para Júlia chamando sua atenção.

- Júlia... por um acaso você já... – calei-me tentando achar melhor as palavras – Isso já aconteceu antes? Com outra pessoa? – perguntei e ela soube na mesma hora a quem eu me referia.

- Não Flávia – respondeu – Você foi a primeira!

- Humm – resmunguei voltando a olhar para frente – Espero que eu seja a última também! – Completei.

- Você será a única! – puxou-me para um abraço me fazendo olhá-la e me deu um beijo longo e terno. Quando a porta do elevador se abriu Júlia e eu ainda nos beijávamos, até alguém chamar nossa atenção.

- Boa tarde meninas! – ouvi a voz grossa do pai de Júlia. Afastamo-nos e olhamos para ele que sorria.  Saímos do elevador e fomo até onde ele estava parado. Júlia cumprimentou com um beijo no rosto e eu me mantinha atrás dela, envergonhada por ter sido pega em flagrante beijando sua filha.

- Pai eu sei que você já conhece a Flavinha muito bem mas, eu quero apresenta-la como minha namorada – disse puxando-me para junto dela. – Ela não é linda? – perguntou para ele olhando-me.

- Ola seu Roberto! – cumprimentei-o.

- Ela é linda sim filha – ele respondeu olhando-me, me fazendo corar – E saiba que faço muito gosto no namoro de vocês! Flávia é uma mulher encantadora e desde que ela te faça feliz será um prazer tê-la em nossa família! Estão indo almoçar? – perguntou.

- Sim pai – Júlia respondeu. – Daqui uma hora estou de volta!

- Pode tirar o dia de folga pra vocês filha! – ele disse liberando-a do trabalho. – Aproveita o dia de hoje com sua namorada. – olhou para mim sorrindo.

- Obrigada pai – Júlia disse abraçando-o – Vamos? – voltou-se para mim pegando minha mão.

- Vamos – respondi. Nos despedimos dele e seguimos rumo ao restaurante. Júlia e eu almoçamos no Paris 6, um restaurante muito charmoso e com um conceito gastronômico baseado nos bistrôs de Paris que fica na região dos jardins. Depois de comer pedimos a famosa sobremesa deles, Grand gateau, algo inexplicável de tão gostoso que era. Assim que saímos de lá seguimos para a casa dela onde passamos uma tarde incrível juntas, desfrutando de cada segundo ao lado da outra, nos amando, nos embriagando de prazer e volupia. Por volta das 18:00 da tarde deixei a casa de Júlia seguindo rumo a minha. O jantar de noivado de Ana seria as 20:30hs e eu ainda teria que me arrumar e buscar Júlia, já que o carro dela havia ficado na garagem da empresa.

Me arrumei lindamente pensando em agradar Júlia. Eu já estava atrasada. Tinha combinado de busca-la as 20:00hs e já passava das 20:20hs quando consegui sair de casa. Faltava apenas algumas quadras para eu chegar na casa dela quando um maluco cruzou o sinal vermelho. Tudo que eu vi foram as luzes do farol do carro dele me cegando os olhos e a única coisa que eu pensei na hora era na minha Júlia. Abri meus olhos sentindo uma dor enorme na minha cabeça. Eu podia ouvir muitas vozes ao meu redor, muitas luzes piscando. Ouvi o toque do meu celular e olhei em direção ao suporte onde eu o mantinha preso. Ele estava caído no chão do carro e no visor aparecia a foto de Júlia. Eu queria pegar o aparelho mais eu não o alcançava. Um rosto de homem apareceu na minha frente falando comigo algo que eu não entendia direito. Estava tudo confuso. E de repente tudo ficou escuro outra vez. 

Fim do capítulo