Capítulo 7 - O Jantar
As 19:00 horas pontualmente ela chegou. As crianças não entenderam muito o convite, mas eu disse que era uma colega da escola que viria me ajudar com umas aulas que eu estava preparando. Ela estava linda. É engraçado como de repente comecei a acha-la mais interessante ainda, fisicamente inclusive. Ela despertava em mim uma vontade adormecida de beijar, de abraçar, de, inclusive, fazer amor. E fazia muito tempo que não sentia isso. Já tinha me pego pensando várias vezes fazendo amor com ela. Tinha sonhado com isso inclusive nessa longa noite. Ela fazia com que eu sentisse um calor gostoso dentro de mim.
- Boa noite! Dessa vez você foi pontual! - não resisti e brinquei com ela.
Ela sorriu e me beijou no rosto. Trouxe um vinho e me entregou. Como ela era gentil, impressionante. Em dois minutos já tinha conquistado Julia com suas conversas sobre as viagens que ela fez, sobre o intercambio no Canadá, coisas que deixavam Julia fascinada. Fiquei feliz com isso. De certa maneira me dava um alivio saber que meus filhos gostavam dela. Aliás, era impossível não gostar dela.
E assim passou nosso jantar, divertidíssimo. Até o Juninho entrou na conversa. Fazia tempo que não tinha esse clima agradável assim em casa, com visitas. De repente parecia que nossa sala de jantar estava até mais iluminada. Era a luz que Helena trazia. Tudo em volta dela reluzia. Aquela alegria, aquela paz que ela irradiava. Todos nós estávamos sob o efeito Helena.
Depois do jantar Juninho foi pro quarto jogar videogame e Julia estudar, pra variar. Helena me ajudou a recolher os pratos e levar pra cozinha. Quando dei por mim ela estava me abraçando por trás. Não consigo descrever o que senti quando o corpo dela tocou em mim tão inesperadamente. O toque dos seios dela em minhas costas me deixou extasiada. Saber que só existia o tecido de nossas roupas entre nossas peles me enlouquecia. Minhas pernas amoleceram e meu coração mais uma vez disparou. Ela beijou meu pescoço, segurou com firmeza em minha cintura e meu corpo arrepiou inteiro. Com uma agilidade, me virou pra ela e me beijou de novo, dessa vez mais forte, mais intenso, sugando minha língua, mordendo meus lábios, fazendo com que eu quase desfalecesse em seus braços. Aproveitando esse meu estado de semi-êxtase, ela me encostou na pia, e colocou a perna dela firmemente entre as minhas enquanto me beijava e, não sei como, mas eu tive um orgasmo. Isso mesmo, g*zei simplesmente com o corpo dela colado ao meu, com a perna dela pressionando o meio das minhas coxas. Nem vou entrar no mérito aqui a minha dificuldade em falar sobre orgasmos, ou mesmo em senti-los, mas sei que g*zei. Assim, simplesmente com ela me encostando na pia. Não sei se ela percebeu, mas quase perdi o fôlego, e só depois me dei conta que estávamos na cozinha da minha casa, com meus filhos no quarto. A afastei de mim, e ela com cara de quem não estava entendendo nada, me disse:
- Por que? Você não gostou? Desculpa...
Eu tentando recuperar meu fôlego, disse pra ela:
- Helena, por favor, não me peça mais desculpas por tocar em mim. Se isso está acontecendo é porque estou querendo tanto quanto você...
- Mas...
- Mas estamos na minha casa, com meus filhos aqui. Não quero que eles vejam isso. Não quero correr esse risco. - tive um lampejo de lucidez no meio dessa loucura-. Mas nunca mais me peça desculpas - peguei nas mãos dela e continuei - se eu não quisesse te ver não tinha te convidado pra jantar aqui em casa - disse sussurrando com medo que alguém ouvisse.
Ela ficou um pouco sem graça e disse:
- Você está certa... Eu também faria a mesma coisa. É que não resisti a vontade de te beijar. Você está me deixando louca!
Meu coração dava pulos ao ouvir isso. E meu estômago acompanhava o colega. Minha vontade era agarra-la de novo, ali mesmo, na cozinha, mas eu sabia que não podia - continuávamos falando baixinho, compartilhando nosso pequeno segredo.
- Isso tudo também está me deixando louca. Penso o tempo todo em você.
Ela sorriu pra mim e disse:
- Eu também. Você não sai da minha cabeça. Eu não sei o que você está acontecendo comigo...
Eu não disse nada, apenas apertei mais as mãos dela, para que ela sentisse que tudo o que ela dizia era recíproco. Depois de um tempo assim, caladas, ela retomou:
-Acho que vou embora então... você deve estar querendo dormir, né?
- De jeito nenhum. A gente não pode se beijar, mas podemos conversar, o que você acha? Vamos tomar o vinho que você trouxe. Mas você só pode tomar 2 taças e meia!
- Duas taças e meia? Você se lembra o que aconteceu da última vez que tomei só 2 taças e meia. Não me responsabilizo pelo que acontecer depois dessa quantia. - disse isso e riu. Eu também sorri e coloquei o dedo na boca dela como que pedindo silêncio. Ela sorriu ainda mais, me beijou o rosto e disse:
- Você já me convenceu. Pegue a garrafa e vamos conversar.
Fim do capítulo
Dia chuvoso gostoso, bom pra ficar em casa né? Mas não é o meu caso, estou trabalhando! Mais um capítulo, espero que gostem!
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