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  • Duas vidas, um amor inesquecível
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Duas vidas, um amor inesquecível por Enny Angelis

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Palavras: 7570
Acessos: 14709   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 6

 

 

Cida chegou no mesmo horário de sempre, as seis e meia, foi direto preparar o café da manhã. Estava distraída na cozinha terminando de organizar a mesa, quando é interrompida por uma garotinha ainda de pijama e pantufas. 

 

-- Bom dia menina Agatha. -- Disse sorrindo. 

 

-- Bom dia Cida. -- Disse sentando em uma cadeira.

 

-- Porque não está arrumada ainda? Não tem aula hoje? -- Perguntou Cida estranhando, pois já eram mais de sete horas, ela e a mãe, estavam atrasadas.

 

-- Tenho, mas mamãe não foi me acordar. -- Disse ainda com carinha de sono pegando um pedaço de bolo de chocolate. Cida pegou sua vitamina e a entregou. 

 

-- Porque? Ela não está em casa? -- Perguntou querendo entender.

 

-- Está sim, mas não foi me acordar... Cida a Amanda não está no quarto dela. -- Disse olhando Cida divertida. Esta, rapidamente entendeu tudo. 

 

-- Ahhh... -- Foi o que Cida murmurou. -- E agora? -- Concluiu.

 

-- Não sei... Cida não dá mais tempo de eu ir para a escola, mas a mamãe tem que ir para o hospital, ela comentou algo ontem sobre uma cirurgia hoje de manhã. 

 

-- Eita... E agora, o que fazemos? -- Perguntou realmente preocupada.

 

-- Não sei, acha que devemos acordá-la? 

 

-- Ah menina, realmente não sei... -- Pensou melhor e disse. -- Já sei, vai lá chamar, da porta mesmo. 

 

-- Será? -- Questionou Agatha, ainda indecisa.

 

-- A menina, vai logo. 

 

-- Tem razão. -- Disse já se levantando e indo para o quarto da mãe, sendo acompanhada por Cida. 

 

-- Maanhêeeee. -- Chamou batendo na porta, mas nada. Pois tanto Samantha, quanto Amanda, estavam em um sono profundo. -- Mãe? -- Chamou novamente, sem sucesso, olhou para Cida que estava a seu lado. -- Chama você Cida. 

 

-- Eu? -- Disse assustada. -- Eu não, me desculpe, nunca fiz isso menina, embora nunca tenha precisado, mas não me sinto ainda nesse direito, só você pode. 

 

-- Ah Cida. -- Falou girando a maçaneta da porta e percebendo que estava aberta. -- Cida tá aberta, eu entro? 

 

-- Entra, seja o que Deus quiser... Eu vou descer. -- Disse já se retirando.

 

Agatha abriu a porta lentamente e entrou andando devagar em direção a cama da mãe, observando as duas na cama. Amanda estava do outro lado da cama, o lado esquerdo, estava deitada de bruços com o cobertor a cobrindo somente até a cintura. Samantha estava deitada de lado, estava de frente para Amanda ficando de costa para Agatha que ainda as olhava sorrindo feliz, o cobertor a cobria até o pescoço, mas deixava suas pernas descobertas. Agatha se aproximou e sentou na cama do lado da mãe.

 

-- Mãe? -- Chamou baixo, quase sussurrando a tocando e sacudindo levemente. -- Mãe... -- Disse aumentando um pouco mais a voz. Samantha, mexeu-se na cama acordando e levantando o corpo um pouco aturdida olhando a filha, que saiu da cama.

 

-- Filha, mas o que... -- disse e depois olhou para o seu corpo e para Amanda, situando-se rapidamente, sentou na cama cobrindo-se novamente e cobrindo Amanda que, dormia profundamente. Pegou o celular e olhou a hora, marcavam sete e cinquenta, respirou aliviada, tinha apagado. 

 

-- Desculpa entrar... -- Agatha começou a falar, mas foi interrompida pela mãe.

 

-- Não precisa se desculpar, vem senta aqui. -- Disse baixo. Agatha sentou e Samantha a abraçou lhe beijando a bochecha. -- Quem deve desculpas sou eu, dormi demais e você acabou perdendo a aula. -- Disse olhando a filha e fazendo uma carinho nela. Amanda remexeu-se ao lado delas, mas não acordou. 

 

-- Pega ali o roupão pra mim? -- Pediu baixinho e logo Agatha lhe entregou, ela vestiu e foram sentar no sofá ali mesmo no quarto, próximo da cama, onde poderiam conversar melhor. 

 

-- Você não foi me acordar, ai quando eu acordei, vi que a Amanda não estava no quarto dela, pois a porta estava aberta, então desci pra cozinha e só achei a Cida, ela perguntou porque eu não estava arrumada, eu disse que você não tinha me chamado... Eu bati na porta, mas você não acordou, então eu entrei, porque ontem a senhora disse que tinha que ir pro hospital agora de manhã. -- Disse encarando a mãe. 

 

-- Você é incrível sabia? -- Disse Samantha, a abraçando e beijando feliz. Agatha riu agradecida pela mãe não estar chateada por ela ter entrado no quarto, nunca tinha feito isso, não quando ela estava acompanhada. -- Você só me dá orgulho filha, não estou chateada por ter me chamado e sim agradecida, tenho uma cirurgia as dez horas... Obrigada por me acordar, pois realmente não sei que horas acordaria, não escutei o despertador.  

 

-- Imaginei... Mãe você e a Amanda estão namorando?

 

-- Eu acho que sim, mas espera eu perguntar para ela primeiro ai eu digo para você, ok?

 

-- Mas vocês dormiram juntas, e quando as pessoas dormem juntas é porque elas namoram, não é? -- Perguntou curiosa, Samantha riu.

 

-- Nem sempre filha, mas isso você entenderá mais na frente, e em relação a eu e a Amanda, nós nos amamos, então resolvemos dormir juntas, bem juntinhas, sem roupas para atrapalhar esse contato, entende? -- Agatha balançou a cabeça num sim. -- Pois é, e esse momento juntas, tem alguns nomes em especifico, chamamos de “Fazer amor” ou “sex*”, entre outros e, quando você estiver mais velha, na idade certa, entenderá mais sobre o que estou falando, entenderá o significado e principalmente terá sua própria opinião de ambos os nomes. E nunca se esqueça que qualquer pergunta que tenha, qualquer dúvida, sempre me pergunte, sempre, está bem?  -- Disse olhando nos olhos da filha que estava sentada em seu colo. 

 

-- Tá bom mamãe.  

 

-- É isso ai, meu amor. -- Disse a beijando novamente. -- Agora tenho que tomar um banho para ir para o hospital e você já tomar banho também mocinha. 

 

-- Ah mãe. -- Disse fazendo uma careta em reprovação. -- Eu não vou mais pra escola. 

 

-- Mas tem que tomar banho sim, para ficar cheirosa e limpinha mocinha, não tomamos banho só quando vamos para algum lugar, já te falei isso. -- Disse apertando a bochecha da filha rapidamente. -- Agora vai logo, para podermos tomar café juntas. -- Disse a descendo de seu colo. 

 

-- Eu já tomei. 

 

-- Então vai lá tomar banho e me espera pra me fazer companhia, ok?

 

-- Tá. -- Disse e foi fazer o que a mãe havia sugerido. 

 

Samantha foi até a cama e sentou ao lado de Amanda, sorriu feliz lembrando da noite que tiveram. Amanda ainda estava dormindo quase na mesma posição, Samantha puxou o cobertor descobrindo o corpo dela até a região da cintura e ficou a admirá-la, tirou uma mecha de cabelo do rosto dela para poder vê-lo melhor, estava sereno, feliz, desviou o olhar para a costa e fez menção de tocar, mas não o fez, com medo de acordá-la, a cobriu novamente e foi tomar banho. 

 

Amanda dormia profundamente, seu sono o resto da noite tinha sido um sono tranquilo, sem nenhum sonho, dormia sossegada, sem que nada atrapalhasse o seu descanso merecido. 

 

Samantha tomou um banho rápido e retornou ao quarto indo direto ao closet, arrumou-se também rapidamente, pegou um bloco de anotações e escreveu algo nele o deixando na mesinha ao lado da cama, pegou suas chaves, sua bolsa, admirou mais uma vez a mulher deitada em sua cama e saiu.  

 

-- Bom dia Cida. -- Disse sentando-se e já servindo-se de café. 

 

-- Bom dia, dona Samantha. -- Disse e recebeu um olhar reprovador de Samantha. --Ah, vai ser difícil, Samantha. -- Concluiu rindo e fazendo Samantha rir também.

 

-- Você foi rápida mãe. -- Disse Agatha chegando na cozinha e sentando ao lado dela. 

 

-- Sim filha, já estou muito atrasada. 

 

-- Cida quero mais vitamina. 

 

-- Vou ter que preparar menina. -- Disse a olhando.

 

-- Cida, sirva a de abacate mesmo. 

 

-- Mãe... 

 

-- Filha, eu sei que você adora a de banana, mas tem que experimentar as outras também, você já tomou a de banana ainda a pouco, não custa nada beber agora a de abacate.

 

-- Tá bom... -- Disse vencida, Samantha riu e relevou. -- Cida faz a de banana pra ela, por favor. 

 

-- Ebaaa, valeu mãe. 

 

-- Mas, você terá que revezar de hoje em diante filha, as outras também fazem bem pra saúde. 

 

-- Tá. -- Disse mais animada. 

 

-- Cadê a Janaina Cida? -- Perguntou Samantha, a olhando. 

 

-- Na área de serviço. 

 

-- Hum... Já vou indo filha. -- Disse a beijando. 

 

-- Tchau mãe. 

 

-- Cida, diz pra Janaina não entrar no meu quarto, a Amanda ainda está dormindo. 

 

-- Tudo bem, eu mesmo vou arrumá-lo depois que ela acordar.

 

-- Obrigada, tchau. -- Disse já saindo da cozinha, na sala pegou suas coisas e foi para o hospital. Na cozinha Cida e Agatha ficaram conversando. 

 

-- Cida, elas fizeram amor. -- Agatha falou olhando Cida com um sorriso, Cida que estava solvendo um gole do café, ao ouvir isso jogou tudo para fora ao se engasgar com o líquido. 

 

-- Menina, quem te disse isso? -- Perguntou depois de se recuperar. 

 

-- A mamãe.

 

-- Ahh... e ela te explicou o que é isso? 

 

-- Sim, ela me explicou. 

 

-- Que bom. -- Disse aliviada, na idade de Agatha as suas filhas nem imaginavam o que era isso, ela não falava sobre isso com elas, mas sua educação ainda era antiga, herdada de seus pais, avós, hoje a educação estava mais moderna, e Cida sabia e concordava também, os tempos mudam, as pessoas se adequam ao mesmo.   

 

-- Cida, dona Samantha já saiu? -- Perguntou Janaina entrando na cozinha.   

 

-- Já sim.

 

-- Vou arrumar o quarto. -- Disse já se dirigindo para o mesmo, mas foi interrompida por, Cida.

 

-- Espera... Não é pra entrar nele agora, Amanda ainda está dormindo, quando ela acordar eu mesma vou arrumá-lo. 

 

Janaina sorriu em compreensão e logo foi fazer as outras coisas. Agatha foi para a sala assistir e Cida cuidar nos seus afazeres também.

 

 

* * * * 

 

-- Ah Samantha, que bom que chegou. -- Disse Sheila a vendo entrar no consultório.

 

-- Bom dia, pra você também, Sheila. -- Disse Samantha rindo e sentando em sua cadeira atrás da mesa, estava radiante aquela manhã, um pouco com sono, mas feliz. 

 

-- Ah desculpa, bom dia. -- Disse lhe dando um beijo no rosto. -- Samantha, estamos com um pequeno problema. 

 

-- Qual? -- Perguntou séria a olhando e tirando os óculos escuro, que ainda estava usando. 

 

-- Ai Sam, que cara de ontem é essa? -- Perguntou Sheila, vendo a cara se sono da amiga. Samantha estava sem maquiagem, apenas usava um batom.  

 

-- Tá muito ruim assim? -- Perguntou franzindo a testa, olhando a amiga. 

 

-- Mais ou menos, está com olheiras, não muito, mas tá. -- Disse sorrindo, já imaginado o motivo da amiga está assim. -- Conhece uma coisa chamada maquiagem? Resolve sabe? -- Perguntou debochando da amiga. 

 

Samantha lhe mostrou a língua e bocejou, estava com sono. 

 

-- Pelo visto a noite foi boa. -- Disse Sheila com um sorrisinho debochado e Samantha riu cumplice.

 

-- Foi sim. -- Disse pensando em Amanda, mas logo lembrou do problema. -- Me diz, qual o problema?

 

-- O Paulo, foi colocar picuinha na cabeça dos pais do Rafael e agora eles querem cancelar a cirurgia do menino. 

 

-- Como é que é? -- Perguntou Samantha, já possessa de raiva. Paulo, era um dos médicos do hospital, clínico geral e, só estava trabalhando naquele hospital, por intermédio do pai dele, que era muito amigo do pai de Samantha. Paulo vivia se metendo em assuntos que não lhe diziam respeito, queria mandar onde não tinha nenhuma autoridade, querendo ser o dono do pedaço, sendo que não passava de um mero empregado, vivia fazendo intrigas. Paulo, como pessoa, para Samantha não era confiável, como profissional, ainda prestava para alguma coisa, e só por isso, e pelo pai dele, que era um excelente médico, é que Samantha ainda não tinha o demitido. Mas dessa vez ele fora longe demais. -- O que esse desgraçado fez dessa vez, Sheila? -- Perguntou andando de um lado para o outro, tentando se controlar. Rafael, era o garoto que Samantha iria operar aquela manhã.

 

-- Ele disse que o menino podia ficar com sequelas, como perder o movimento da mão, isso, se resistisse a cirurgia caso a pressão subisse demais. Agora os pais querem cancelar a cirurgia com medo do filho morrer. 

 

-- Por Deus! -- Disse Samantha passando as mãos no rosto. -- Eu havia explicado que ele não corria esses riscos, aliás, nenhum risco, a cirurgia era justamente para ele ter completo movimento da mão e dedos, como assim iria ficar sem movimento, se ele já estava sem ele? -- A vontade que Samantha tinha era de esganar, Paulo. 

 

-- Foi o que eu disse para os pais, mas estão irredutíveis até o momento na decisão. Você tem que conversar com eles, Sam. 

 

-- Claro... O Paulo me paga, ele esgotou o resto da paciência que eu tinha... Sheila, não dá mais para fazermos a cirurgia hoje, vou conversar primeiro com os pais do menino. 

 

-- Está bem, vou organizar tudo. 

 

-- Tudo bem. -- Disse tirando o telefone do gancho e fazendo uma ligação. --Andreza, bom dia, fale para o doutor Paulo vir agora mesmo a minha sala, sem demoras.

 

-- Sam... -- Sheila tentou impedir ela, de fazer alguma coisa que se arrependesse depois. 

 

-- Não Sheila, ele vai ter o que merece, vai me ouvir, já chega!

 

Sheila suspirou vencida, sabia que sua amiga estava certa. -- Tudo bem, mas vou ficar aqui na porta, qualquer coisa eu vou entrar... Por favor, acalme-se antes de falar com ele -- Disse e saiu, encontrando Paulo, que chegava com a cara cínica dele.

 

-- Bom dia, Sheilinha, a chefinha que me ver?

 

-- Me poupe viu, entra logo, e reza caso tenha fé. -- Disse Sheila o deixando sozinho com cara de poucos amigos. 

 

-- Bom dia Sam, queria falar comigo? -- Perguntou entrando

 

-- Pra você, Doutora Samantha. E meu dia estava ótimo até você aparecer com essa cara cínica. -- Disse Samantha levantando de sua cadeira e indo até ele que continuava em pé perto da porta. -- Que história é essa de você ficar se metendo onde não é chamado? Já soube que você falou um monte de besteira para os pais de Rafael, porque? Nem é a sua área, sua especialização, é a MINHA! Ele é o meu paciente, minha responsabilidade, você não tem o direito de interferir em nada, nem para com meus paciente, nem para com esse hospital! -- Samantha, falava cada vez mais perto dele, enquanto seu dedo indicador o tocava no peito com força, ele cada vez encolhia-se na parede atrás de si, mas num rompante ele se encheu de fúria e resolveu falar alguma coisa.

 

-- Eu tenho sim! Meu pai é um dos donos desse hospital. -- Falou com raiva. Samantha soltou uma gargalhada com o que ouviu o deixando com mais exaltado.

 

-- Seu pai o que? -- Perguntou ainda rindo e tentando controlar a vontade que tinha de esganá-lo.

 

-- Ele também tem ações desse hospital, portando tenho direitos também.

 

-- Por favor, não me faça rir, ele tem o que... Vejamos... cinco porcentos num total de cem? -- Disse fingindo pensar no caso.

 

-- Oito, ele tem oito porcentos. -- Disse se vangloriando. -- Você só está aqui também porque é filha do dono.

 

Samantha o pegou pelo colarinho e o encostou na parede, sua paciência tinha se desvairado. Ele a olhou assustado. 

 

-- Escuta aqui seu imbecil, eu admiro seu pai, mas ele não manda em nada aqui, muito menos você, minha família tem 65% das ações desse hospital, e eu sozinha tenho posse de 35%, portanto, não venha se vangloriar onde não pode, muito menos me dizer que estou nesse hospital por ser filha de quem sou, Eu sou a dona desse hospital, a diretora, a chefe dos cirurgiões, sua chefe e a melhor em minha especialização, então não venha me dizer que estou aqui por intermédio de terceiros, esse é o SEU caso. Você está demitido, passe no RH para assinar sua demissão. -- Disse o soltando.

 

-- O que? Você não pode me demitir, vou falar com meu pai, ele não vai deixar. 

 

-- Eu já não falei que seu pai não manda aqui? Vou ter que desenhar? Agora sai! --Disse apontando a porta. Paulo a olhou com fúria.

 

-- Você me paga, sua sapatão de merd*. -- Disse baixinho saindo, mas Samantha escutou. 

 

-- Paulo? -- Samantha o chamou, ele virou e a única coisa que percebeu foi a dor no maxilar depois de Samantha ter lhe dado um soco. -- Podia ter ficado calado. -- Disse Samantha o observado, ele estava com a mão na região da boca massageando, e logo viu que estava sangrando. 

 

-- Vadia, vai me pagar caro por isso. -- Disse saindo e batendo a porta violentamente.    

 

-- Ai... -- Disse Samantha se encostando na mesa e massageando a mão direita. -- Droga, desgraçado! 

 

Samantha olhou para a porta vendo Sheila entrar.

 

-- O que foi Sam? Ele saiu furioso.

 

-- Foi demitido e ainda levou um soco, aquele idiota. -- Disse olhando a mão.

 

-- Samantha, deixa eu ver isso? -- Disse pegando a mão dela. 

 

-- Espera. -- Disse pagando o telefone... -- Val, o Dr Paulo Santana passara ai para assinar a demissão dele, ajeite tudo, ok? -- Samantha ouviu a resposta e desligou. -- Ai Sheila, não aperta. -- Disse puxando a mão que Sheila segurava.

 

-- Vem. -- Disse a levando para a sala logo atrás delas. -- Senta ai. -- disse e foi pegar gelo, arrumou os cubos em uma toalhinha e pois em cima dos dedos vermelhos. 

 

-- Aiii. -- Disse puxando a mão. -- Sheila, devagar!

 

-- Oh mulher mole entre quatro paredes. -- Disse segurando a mão dela sorrindo e fazendo Samantha rir. 

 

-- O que é isso ai? Ele te machucou no pescoço também? -- Sheila perguntou ao ver uma pequena marca roxa no pescoço de Samantha. 

 

-- Não, ele não tocou em mim. -- Disse Samantha estranhando.

 

-- Mas tá roxo aqui. -- Disse apontando o lugar, mas logo em seguida se tocou de algo, antes mesmo de Samantha. -- Samantha tu deixou a Amanda te deixar marcas? -- Perguntou a olhando divertida. Samantha entendeu tudo e riu.

 

-- Ah Sheila, e eu lá ia ficar prestando atenção se ela iria deixar marcas ou não? Eu estava curtindo o momento ora, pensei em tudo, menos em regulá-la de algo.  

 

-- Mas você nunca gostou disso. Nunca deixou que suas ex fizerem isso.  

 

-- Aconteceu Sheila, não tem importância eu nem percebi, nem na hora nem hoje de manhã, estava com pressa, tanto, que nem me maquiei. Fomos dormir quase cinco da manhã, e foi a Agatha que foi me acordar, eu apaguei. 

 

-- Não brinca...

 

-- Sério, foi maravilhoso Sheila. 

 

-- Posso imaginar, ficaram a noite toda com direito a maquinhas e tudo. -- Disse Sheila avistando outra marca no pescoço dela.

 

-- Marquinhas? -- Perguntou Samantha a olhando.

 

-- Por Deus Sam, tu não te olhou no espelho não? 

 

-- Pra dizer a verdade não, não reparei direito, sei lá. 

 

-- Vem cá ver. -- Disse a levando para frente do espelho no banheiro. Samantha abriu dois botões da camisa e pôde ver duas marcar roxas de um lado do pescoço, agora bem mais visíveis e uma do outro lado quase perto do ombro. -- Viu.

 

-- Gente agora que tá mais visível, eu não vi elas não.    

 

-- Samantha, ela é do tipo selvagem na cama? -- Perguntou Sheila a olhando através do espelho. Samantha gargalhou.

 

-- Um pouco, ela é perfeita Sheila... -- Humm.

 

-- Que foi? Dói? 

 

-- As marcas não... É que desde quando tomei banho minha costa está ardendo, está ardendo mais agora. -- Disse Samantha virando de frente para Sheila realmente incomodada. 

 

-- Sam, tira a camisa. 

 

-- Pra que? -- Perguntou realmente inocente, nunca tinha passado por isso.

 

-- Anda logo. -- Disse já desabotoando alguns botões.

 

-- Tá bom, espera. -- Disse e retirou a camisa que usava. Sheila a fez virar de costa.

 

-- Minha nossa... Sam... mas o que... 

 

-- Que foi Sheila? -- Perguntou preocupada.  

 

-- Samantha, sua costa está toda arranhada, alguns arranhões mais fortes e vermelhos e outros mais fracos, estão mais fortes aqui perto dos ombros. 

 

-- O que? -- Samantha virou e olhou rapidamente no espelho vendo o estado de sua costa, ficando surpresa também. -- Minha nossa senhora!

 

-- Não, não, minha nossa Amanda! -- Disse Sheila rindo. -- E você ainda diz que ela é só um pouco selvagem, ela é a selvageria em pessoa!

 

-- Ah Sheila também não é assim, eu bem que estava amando o jeito dela. 

 

-- Sim, com certeza, tanto que nem sentiu. 

 

-- As vezes sim, mas só atiçava o meu desejo por ela. -- Disse pensando na noite delas. 

 

-- Pela sua cara, posso imaginar, mas Sam, você sabe que qualquer coisinha na sua pela já irrita.   

 

-- Eu sei, mas realmente não me atentei a isso... Foi perfeita Sheila, estou tão feliz, eu a amo. 

 

-- Sam, vai com calma... -- Disse a olhando. 

 

-- Tudo bem, mas eu já a amo demais, não posso voltar atrás com isso. -- Disse vestindo-se.

 

-- Não se veste ainda, você tem que passar algo nisso, espera ai. -- Disse saindo e logo voltou com uma pomada em mãos. -- Vira... Sam, já sabe minha opinião, não vou falar mais nada a respeito, sabe que te quero ver feliz, e você está, não posso negar isso. -- Disse passado a pomada nos arranhões. -- Segura aqui. -- Disse entregando a pomada a ela e desabotoando o sutiã, para poder passar melhor. --Prontinho, agora vai lá pra ela arranhar de novo. -- Disse rindo.

 

-- Sua péssima. -- Disse Samantha virando-se e deixando o sutiã meio torto ao dar um tapinha em Sheila. 

 

-- Samantha, por Deus essa mulher não tem controle não, estava a quanto tempo sem sex*? -- Disse observando outro roxo no seio dela. Mas esse estava mais fraco que os outros. Samantha olhou na mesma direção que ela vendo a marca.

 

-- Ah pelo menos está menos roxa, e é só essa. -- Disse tirando o sutiã por completo e olhando. 

 

-- Se você diz. -- Disse rindo. -- E veste logo sua roupa. 

 

-- Que foi, está tentada? -- Perguntou rindo.

 

-- Ah me poupe Sam! -- Disse a olhando sorrindo também. -- E vê se passa alguma coisa nessa cara, pra ver se esconde que transou a noite inteira. 

 

 

* * * *

 

 

Amanda estava deitada na cama com o lençol a cobrindo somente até a cintura, estava com os seios a amostra, pois estava deitada de barriga para cima. Ela acordou e pousou a mão do seu lado ainda de olhos fechados a procura de seu amor, mas não a encontrou, sentou na cama rapidamente abrindo os olhos e após piscar várias vezes para se acostumar, olhou pelo quarto e não viu Samantha.

 

-- Sam? -- Disse e olhou para o criado mudo ao lado da cama onde estava o relógio que marcava 11h e 10 mim, e viu um bilhete com uma caligrafia perfeita o pegou e leu...

 

“Bom dia amor... Foi muito difícil levantar da cama hoje, tanto que fui acordada por Agatha, a noite foi maravilhosa, queria ficar com você, mas tenho que ir para o hospital. Pretendo voltar o mais rápido possível, a casa é sua... Beijos”

“Te amo...”

 

Amanda riu, espreguiçou- se lentamente sobre a cama lembrando da noite que teve com Samantha, sorriu mais uma vez deixando a preguiça de lado e levantando indo direto para o banheiro, tomou um banho demorado, vestiu um roupão e enrolou o cabelo com uma toalha e descalço mesmo foi em direção a seu quarto para vestir-se. Do alto da escada viu Agatha assistindo, sorriu e entrou no seu quarto. Foi até o banheiro fazer sua higiene bucal, logo depois voltou ao quarto, retirou o roupão, pegou uma calcinha, sutiã, que estavam na gaveta do guarda roupa, uma calça e uma blusa, jogou tudo em cima da cama e foi se olhar no espelho, e logo viu uma marca roxa em seu pescoço, a tocou sorrindo, olhou atentamente em todo o resto do corpo, mas não tinha mais nada, só aquela mesmo, tinha visto rapidamente quando pegou a escova para escovar os dentes. 

 

-- Como eu vou cobrir isso? -- Perguntou-se, ainda olhando-a no espelho, sorriu divertida lembrando que Samantha poderia estar bem pior, pois lembrou que deu várias ch*padas em seus pescoço sem poder conter a força e desejo no momento. Lembrando também, que tinha a apertado várias vezes com as unhas, olhou para elas. -- Estão grandes, droga! -- Disse ainda encarando-as, não estavam muito grandes, mas o suficiente para arranhar facilmente. -- Será que ela ficou muito aranhada? -- Perguntava-se, matutando sozinha e nua na frente do espelho. Amanda suspirou vencida, não podia fazer mais nada, além de cortar as unhas, e depois ver como tinha ficado quando Samantha chegasse. Resolveu arrumar-se e ir comer alguma coisa, estava faminta e já ia saindo quando lembrou de algo.

 

-- Não posso sair assim. -- Disse voltando para a frente do espelho, pois a regata que usava não cobria a marca roxa. -- Vai, pensa... Logo hoje que o sol está quente lá fora, não posso nem enrolar o pescoço... Isso, maquiagem! Ela não está tão forte assim, posso cobrir com corretivo. -- Disse se dirigindo para o quarto de Samantha. Pegou o corretivo passou, e finalizou com o pó compacto, deixando num mesmo tom de sua pele, quase imperceptível, olhou no espelho gostando do trabalho. Arrumou tudo e desceu encontrando Agatha ainda na sala. 

 

-- Bom dia gatinha. -- Disse lhe dando um beijo. 

 

-- Bom dia, Amanda... Tá feliz. -- Disse Agatha, observando o sorriso no rosto dela.

 

-- Hum, é, estou feliz. 

 

-- Que bom... mamãe foi para o hospital, mas já está quase para chegar. 

 

-- Eu sei, ela me deixou um bilhete, cadê a Cida?

 

-- Na cozinha com a Janaina.

 

-- Vou lá, estou com fome. 

 

-- Vou com você... Eu que acordei a mamãe, ela dormiu demais, por isso estou em casa e não fui pra escola, mas ficar em casa de manhã é estranho, já fiz um monte de coisa e o tempo não passa, na escola é mais legal, eu estudo, brinco com meus colegas, a professora leva a gente pra quadra, quando é educação física e faz exercícios com a gente, faz algumas brincadeiras, ai nem vemos o tempo passar... -- Agatha “falava pelos cotovelos”. 

 

-- Eita que hoje ela amanheceu. -- Disse Janaina sorrindo, pois Agatha tinha passado a manhã inteira falando, tanto com ela quanto com Cida. E agora a bola da vez era Amanda.  

 

-- Pois é. -- Concordou Cida também rindo. -- Amanda que comer alguma coisa? -- Perguntou a olhando. Amanda ficou um pouco intimidada, mas logo deixou a timidez de lado, Cida era uma pessoa ótima, e não julgava ninguém. 

 

-- Por favor, Cida, qualquer coisa. -- Disse e Cida riu, pôs na mesa tudo que tinha no café da manhã mais cedo. 

 

-- Hum, vamos lá. -- Disse Amanda esfregando as mãos. Ela serviu-se com uma vitamina de abacate, pegou bolo, pão de queijo, entre outras coisas. 

 

-- Amanda não come muito, já está quase na hora de almoçar. -- Disse Agatha a olhando.  

 

-- Não se preocupe, vou deixar um espacinho. -- Disse sorrindo. 

 

-- Gente, já vou indo, está na minha hora. -- Disse Janaina. 

 

-- Já? -- Perguntou Amanda. 

 

-- Sim, meio dia, tenho que estar mais cedo na universidade, tenho que fazer um trabalho. 

 

-- Tudo bem. 

 

-- Tchau meninas. -- Disse e saiu depois de todas responderem.

 

-- Cida que cheiro bom, adoro peixe assado no forno, ainda mais ele inteiro e todo temperado, sabe, aqueles que com o tempero dentro da barriga, uma delícia. -- Disse Amanda ao sentir o cheiro gostoso. 

 

Cida a olhou admirada, não lembrava de ter comentado sobre o peixe com ela, não, ela não tinha falado nada, nem tinha como. 

 

-- Como você sabe que é esse tipo de peixe que estou assando? Como sabe o jeito de se fazer? E como sabe que gosta? Lembrou foi?

 

Amanda a fitou confusa, apenas disse o que lhe veio à mente, sem perceber o que falara a instantes atrás, só percebendo depois de Cida lhe fazer as observações. 

 

-- Não lembrei de nada Cida. -- Disse a olhando. – Não sei... apenas senti o cheiro e... e sabia, sei lá. -- Completou confusa.  

 

-- Hum... mas você gosta? 

 

-- Sim... sei que gosto, mas não sei como eu sei, só sei. -- Disse e depois riu de ter falado tanto “Sei”. 

 

-- Entendo. -- Disse Cida rindo também. 

 

-- Vou subir. -- Disse Amanda levantando. -- Quando a Samantha chegar, fala que estou no quarto. 

 

-- Tudo bem. -- Disse Cida a olhando, dava para perceber que ainda estava com sono, sorriu. 

 

-- Agatha, quer subir comigo?

 

-- Agora não, vou voltar a assistir desenho.

 

-- Tudo bem, qualquer coisa, estou no quarto. 

 

Amanda subiu para o quarto e deitou na cama e como ainda estava com sono, dormiu rapidamente. Meia hora depois Samantha chegou.

 

-- Mamãe...

 

-- Oi filha. -- Disse a beijando. -- Cadê a Amanda? -- Perguntou olhando a sala.

 

-- Tá no quarto dela.

 

-- Hum... já almoçaram? -- Perguntou, pois já eram quase uma da tarde.

 

-- Eu e a Cida já, a Amanda tomou café quase ainda agora e dormiu de novo lá no quarto dela.  

 

-- Tudo bem, vou tomar um banho e depois acordo ela para almoçarmos. 

 

-- Tá bom. 

 

Samantha foi para seu quarto o vendo que ainda estava com a cama desfeita, e as roupas espalhadas ao redor da cama e no chão, sorriu lembrando da noite, jogou suas coisas no sofá e saiu se despindo para o banheiro. Tomou um banho rápido, no espelho do closet deu mais uma olhada nas marcas roxas e nos arranhões, esses estavam menos vermelhos, sorriu e vestiu-se, logo em seguida foi para o quarto de Amanda. Ao entrar a viu deitada de barriga para cima e os pés cruzados, a mão direita embaixo da cabeça e a esquerda sobre a barriga, dormia lindamente, aproximou-se indo pelo outro lado da cama, deitou ao seu lado e lhe deu um leve beijo no rosto, Amanda se remexeu um pouco, mas não acordou, Samantha deu mais um beijo em seu rosto e ela sorriu acordando, mas não abriu os olhos, Samantha sorriu e a beijou de novo, dessa vez em seus lábios, Amanda retribuiu o beijo. 

 

-- Acorda dorminhoca. -- Disse Samantha distribuindo vários beijos pelo rosto de Amanda. Esta, abriu os olhos fitando o rosto de Samantha perto do seu, fez um leve carinho nele e sorriu. 

 

-- Oi.

 

-- Oi linda, dormiu bem? -- Disse fazendo um carinho nela também. 

 

-- Sim, acordei tarde e ainda dormir de novo depois do café. -- Disse rindo.

 

-- Eu apaguei, não escutei o despertador do celular, a Agatha que veio me acordar. 

 

-- Ela me disse. -- Amanda disse a puxando para um beijo, estava com saudade dela, do cheiro dela, da pele, do contato. Samantha desgrudou do beijo e desceu os lábios beijando o pescoço de Amanda, mas parou. 

 

-- Que isso? -- Perguntou sentindo a maquiagem. 

 

Amanda riu. -- Maquiagem. -- Disse a olhando, Samantha estranhou e ela explicou. -- Fiz para cobrir uma marquinha roxa. 

 

-- Ahhh. -- Disse entendendo. -- Desculpa. -- Pediu sorrindo. -- Está doendo?

 

-- Não, não se preocupe, foi só essa. E não precisa pedir desculpa. -- Disse a olhando e agora reparando melhor na camisa que ela usava, estava fechada até o último botão, lembrou que ela também poderia estar com marcas. 

 

-- Sam, deixa eu ver. -- Disse já desabotoando a camisa, Samantha riu sentando na cama, Amanda também a acompanhou e desabotoou o restante dos botões abrindo a camisa. Amanda viu as marcar, abriu e fechou a boca várias vezes sem falar nada.

 

-- Sam... Desculpa, não fiz de propósito... -- Disse a olhando nos olhos. -- Dói? --Perguntou tocando em uma. 

 

-- Ei... -- Disse a fazendo olha-la novamente. -- Não precisa se desculpar, e nem eu quero que faça isso, está bem? Não precisa se preocupar com isso, não mesmo. -- Disse e a beijou calmamente. 

 

-- Sam, deixa eu ver sua costa. -- Disse a olhando.

 

-- Como sabe que tem algo na minha costa? -- Perguntou rindo, fazendo carinho no rosto de Amanda. 

 

-- Eu lembro que arranhei, e minhas unhas estão grandes. -- Disse mostrando-as. -- Ficou muito ruim? -- Perguntou preocupada. 

 

-- Não, já não arde mais, Sheila passou remédio. 

 

-- A meu Deus, Sam, remédio? Vira deixa eu ver. -- Disse tirando a camisa e a fazendo virar. -- Minha nossa. -- Disse passando os dedos delicadamente. -- Amor, me perdoa, foi sem querer, prometo que...

 

-- Shiii. -- A interrompeu virando-se de frente para ela. -- Se soubesse que iria ficar assim, não tinha mostrado. Não quero, em hipótese alguma que se desculpe, foi em um momento de prazer, especial para nós duas, eu também te deixei uma marcar, eu não quero que se prive de nada quando estivermos fazendo amor, entendeu? Muito menos pedir perdão depois. -- Disse a fitando nos olhos, sorriu para acalmá-la. -- Agora tire essa preocupação da cabeça, e me dê aquele sorriso que amo. 

 

Amanda sorriu e Samantha a beijou, esse mais demorado e ardente, precisando se separarem para adquirirem ar. 

 

-- Me chama de amor de novo. -- Pediu Samantha a olhando. Amanda nem percebeu que tinha a chamando assim. 

 

-- Meu amor, só meu. Amor, amor, amor... -- Disse sorrindo, Samantha a beijou de novo. -- Tem mais alguma coisa que fiz ontem?

 

-- Não. -- Mentiu querendo não preocupa-la mais.  

 

Amanda a olhou desconfiada e insistiu a verdade com o olhar, Samantha suspirou vencida. 

 

-- Tudo bem. -- Disse tirando o sutiã. -- Mas só foi essa, não tem mais nenhuma marca nem arranhões. -- Amanda viu e tocou a marca roxa no seio direito dela, isso fez com que Samantha se arrepiasse. -- E você tem mais alguma marca em seu corpo? Eu nem vi essa ai direito. -- Concluiu.  

 

-- Não, só foi essa, cobri pra Agatha não ver, ela viu as suas?

 

-- Pra ser sincera não sei, nem eu tinha as visto, quem viu foi a Sheila. Mas pode ter certeza de que se a Agatha tivesse visto, com certeza teria perguntado e, ela não perguntou nada.

 

-- Hum... Pega se veste. -- Disse entregando o sutiã e a camisa para ela, aquela visão estava mexendo com seus ânimos. Samantha riu em entendimento e vestiu-se. 

 

-- Vem, vamos almoçar. -- Disse Samantha levantando. Elas desceram, e almoçaram tranquilamente, um almoço regado de caricias e alguns beijos, pois estavam só as duas na cozinha. Amanda comeu duas vezes o peixe que gostava, e comentou com Samantha o que tinha acontecido mais cedo, sobre o mesmo.

 

Cida tinha ido arrumar o quarto de Samantha e Agatha foi para o quarto tomar banho a mando da mãe, elas iriam sair depois que almoçassem. 

 

-- Pra onde vamos? -- Perguntou Amanda. 

 

-- Ao shopping. 

 

-- Fazer o que? 

 

-- Compras. -- Disse Samantha divertida, elas estavam agora sentadas no sofá da sala. Amanda estava recostada no peito de Samantha e sendo abraçada por ela.  

 

-- Samantha não precisa, você já gastou muito comigo, já me ajudou e ainda está ajudando bastante, me hospedou em sua casa sem nem me conhecer. Não quero incomodar mais ainda. 

 

Samantha a fez virar e olhou nos olhos.

 

-- Não é incomodo nenhum, foi à melhor coisa que fiz, eu posso fazer isso, não porque tenho dinheiro, mas porque quero, me deixa fazer isso, por mim, por você, posso?

 

-- Está bem Sam. -- Disse rindo, Samantha a beijou. 

 

Agatha chegou nesse exato momento abrindo um sorriso de felicidade com a cena.

 

-- Ohh que bonitinho... Vocês estão namorando? ... Diz que sim, diz que sim, sim!?

 

Elas riram de como Agatha falou e pela cara que fez. 

 

-- Sim filha. Estamos namorando. -- Confirmou olhando para Amanda. 

 

-- Nossa! Ouvi bem? -- Disse Susan entrando, elas estavam distraídas e nem perceberam a porta abrindo, não estava fechada a chave e Susan foi entrando. 

 

-- Tia Susan. É sim, mamãe está namorando a Amanda.

 

Susan olhou admirada e as cumprimentou com um sorriso de cordialidade.  

 

-- Agatha na empresa estava um tédio só, então aluguei uns filmes para a gente assistir topa?

 

-- Legal... Ah mas a mamãe disse que vamos sair. -- Disse lembrando.

 

Enquanto isso, Susan olhava para Samantha, achou a decisão dela um pouco precipitada, não porque não gostasse de Amanda, mas pela sua atual situação... A amiga poderia se ferir. E pelo que acabou de presenciar, Samantha estava mesmo apaixonada por Amanda, viu isso em seus olhos. Mas conversaria com ela depois.

 

-- Filha se quiser ficar, pode, não se preocupe. Você quer?

 

-- Eu quero. -- Disse animada. 

 

Todas riram do jeito dela. 

 

-- Tá, mas quero encontrar meu apartamento em ordem. -- Disse Samantha séria.

 

-- Ah sim claro, não vamos bagunçar muito, né mocinha?

 

Elas se despediram e saíram. Samantha percebeu o olhar da amiga para ela, não era um olhar de reprovação, mas sim de preocupação, sabia muito bem do que se tratava. Teria uma conversa com Susan com certeza, e o assunto “perda de memória de Amanda”.

 

-- Ei, Sam tudo bem?

 

-- Hum. Desculpa o que falou?

 

-- Você está bem? Pareceu longe, o sinal abriu. 

 

-- Ah sim. Não foi nada.

 

-- Fala o que foi? Você está calada.

 

-- Susan... Ela está preocupada comigo, com a gente... vi nos olhos dela. 

 

-- Ela não gosta de mim, é isso?

 

-- Não, não é isso, ela gosta de você, é sua situação que ela não está gostando. Acho que ela está pensando sobre tudo, você sabe, sobre o que a gente já conversou... Também estou com medo Amanda.

 

-- Não fica assim, não vamos pensar nisso agora, e vou fazer de tudo para ficarmos juntas e você também vai me ajudar está bem?    

 

-- Sim.

 

-- Que bom, agora ponha um sorriso nesse rostinho lindo.

 

Samantha obedeceu sem protestos... -- E vamos às compras...

 

Samantha e Amanda passaram à tarde no shopping, andando e comprando várias roupas e calçados, sempre com protestos de Amanda quanto à quantidade de coisas que Samantha comprava. Elas foram para casa cansadas já no começo da noite.

 

-- Mãe, Amanda quantas sacolas.

 

-- Verdade, parece que compraram o shopping inteiro.

 

-- Foi o que eu disse para Samantha, Susan! 

 

-- Que nada meninas, foram só o básico e trouxe para todo mundo.

 

-- E cadê o meu mãe?

 

-- Aqui essa é sua e essa é para você Susan e esse para a Julia.

 

-- Hum adoro presentes.

 

-- Gente eu estou faminta.

 

-- Eu também tia Susan, que tal pizza?

 

-- Filha você já comeu ontem, não pode comer somente pizza.

 

-- Tá bom... -- Disse meio triste, Amanda vendo a carinha dela, quase pediu para Samantha deixar, mas não podia intervir na decisão e educação em relação à Agatha, Samantha era a mãe e sabia o que era certo e errado para a filha. 

 

-- Filha vem cá... -- Agatha sentou no colo da mãe. -- Olha a gente já conversou sobre isso, não podemos comer só besteiras, porque faz mal para nossa saúde, e não quero que você adoeça, e para isso nós...

 

-- Temos que nos alimentarmos corretamente de maneira saudável. -- Completou Agatha.

 

-- Viu, você sabe. Então que tal me mostrar aquele sorrisinho hein?

 

Agatha riu e deu um beijo na mãe, enquanto Susan e Amanda as observavam.

 

-- Agora que tal pedir para tia Susan aqui o que você quer comer que eu faço?

 

-- Legal, vamos para a cozinha eu ajudo. -- Falou Agatha puxando Susan em direção a cozinha.

 

-- Ei e cadê a Cida? Ela não fez o jantar não? -- Perguntou Samantha.

 

-- Ah eu disse que ela podia ir que eu faria o jantar. -- Disse Susan olhando Samantha.

 

-- Ah, sem problemas, queria ter perguntado uma coisa, mas depois faço isso. 

 

-- Ok, vamos mocinha. -- Disse chamando a afilhada. 

 

-- Eu vi como você olhou para ela quando eu disso que ela não poderia comer pizza, pensei que iria falar algo. -- Disse Samantha voltando a olhar Amanda.

 

-- Sam eu me segurei, pois não posso intervir na sua maneira de educá-la, e que até onde conheço, tem feito um ótimo trabalho. Agatha é uma filha maravilhosa e foi você quem a ensinou ser assim.

 

-- Você só me surpreende sabia?

 

-- Que bom, mas e se eu tivesse falado para você deixar, o que teria feito?

 

-- Sinceramente? ... Se fosse outra pessoa teria mantido minha palavra e teria brigado para não interferir na maneira de educá-la, mas como seria você, teria ido contra meus princípios e deixado. -- Falou rindo.

 

-- Bom saber que não brigaria comigo, mas não interferi e nem vou, como já disse você sabe educar sua filha muito bem.

 

-- Obrigado... Você não foi a única a ficar comovida com isso, Susan também às vezes a mima, na maioria quando não estou por perto. Ela é madrinha da Agatha.

 

-- Mesmo? Ela a chama de tia.

 

-- Elas gostam assim. Agora que tal um bom banho? -- Sugeriu.

 

-- Isso mesmo, preciso muito de um. Vou subir e fazer isso. -- Disse pegando as sacolas com as compras e indo em direção as escadas.

 

-- Ei? -- Samantha foi até ela... -- Eu quis dizer que tal a gente banhar juntas? -- Corrigiu com um sorriso malicioso.

 

Amanda riu. -- Adoraria, mas melhor não, Agatha e Susan estão aqui e acordadas, esqueceu?

 

-- Elas não vão ver nada, não dá para elas nem desconfiarem, estão na cozinha.

 

 Amanda riu novamente. -- Sam agora não. -- Amanda olhou para onde ficava a cozinha voltou-se para Samantha e a beijou, quando desgrudaram do beijo as duas estavam ofegantes.

 

-- Mais tarde, agora não! -- Disse e começou a subir os degraus.  

 

-- Ah não! Você me beija desse jeito e agora vai me deixar assim!? -- Protestou Samantha.

 

-- Sem protestos, eu realmente preciso de um banho, e se você vier, nós vamos fazer tudo, menos banhar.

 

Samantha ia atrás dela e protestar mais uma vez, estava molhada de desejo, mas a campainha tocou. 

 

-- Salva pela campainha. -- Gritou. Amanda ouviu e somente sorriu entrando no quarto. Samantha foi atender a porta. Abriu e uma mulher baixa de olhos verdes, cabelos ondulados e ruivos, cara de adolescente, mas era uma mulher, e linda.

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 6 - Capítulo 6:
Lea
Lea

Em: 07/10/2021

A pessoa perde a memória,mas não esquece como transa!!? Hahaha 

Nesse prédio o porteiro deixa todo mundo subir sem anunciar????

 

 

 

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Andreia
Andreia

Em: 15/11/2020

Quem diria um acidete de carro de baixo de chuva bem na hora certa médica passando para e ajuda a moça, sem nunca imaginar que ela iria gostar e se apaixonar e ser correspondida.

Muito linda noite de amor delas , tomara que Samantha não sofra muito com está falta de memória da Amanda.

Muito lindo esta filha da médica fofa, mais acho que tem muita coisa por traz da Amanda e p acontecer.bjs

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rhina
rhina

Em: 06/07/2020

 

Vamos que vamos.

Rhina

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lalabarros12
lalabarros12

Em: 14/10/2018

No Review

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Cleide
Cleide

Em: 22/08/2018

Ai eu fiquei com uma dó  da Amanda  qndo a Susan  falou  q amava a Sam .

Autora n nus priva  da sua inteligência  e faça  mas uma história  por favor.

Talves alguém  leia esse comentário e pense,oxe mas a história  apenas começou kkkkkkkkkkkklk sabe de nada inocente kkkkkkkk.

Ai depois olhem  a data do comentário. 

Pois é li mesmo 4 vezes kkkkkkkkkk pq qndo autor de uma história  sabe o q faz, dá  nisso,Deixa A Gente Viciado .Kkkkkk

Autora  Qroooo Mas Histórias  Com Seu Nome.

Te Amooooooo Com Todo RespeitO Kkkkkkkkkk 

 

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cidinhamanu
cidinhamanu

Em: 15/07/2017

No Review

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