Capítulo 5
Na sala, Amanda, depois de dispersar seus pensamentos sobre a ida de Samantha para a cozinha, olhou para Agatha.
-- O que você tanto ver de interessante nessa revista meu anjo? -- Perguntou sentando ao lado dela.
-- Ah é uma revista em quadrinhos, a gente ler a história e depois tem perguntas, brincadeiras, joguinhos, é bem legal, já estou no caça palavras, quer caçar comigo?
-- Quero, parece ótimo. -- Aceitou deitando ao lado da menina e começando a brincar com ela. Ficaram certo tempo, já estavam no quarto jogo.
-- Linda, vou na cozinha beber água já volto. -- Disse levantando.
-- Tá, vou terminar esse.
Amanda se dirigiu para lá e logo escutou a voz de Cida.
-- Ah ela estava sim... Ela também gosta de você, tenho certeza.
Amanda, ao ouvir isso, estancou o passo na hora, estava perto da porta da cozinha, encostou-se de costa na parede. Seus pensamentos voaram, perguntando-se se entrava, se voltava para sala, ou se ficava onde estava, pois era feio ouvir a conversa dos outros.
-- Cida eu beijei ela.
Mas ao ouvir o que Samantha falou, resolveu ficar ouvindo.
-- E ela? -- Cida perguntou.
-- Bem, ela retribuiu, mas nós não falamos concretamente sobre isso, mas eu sei que ela também gostou, eu sei que ela quer mais, assim como eu quero. Cida, com ela foi completamente diferente de Marcela, ou de outra mulher que já estive...
Amanda a cada palavra de Samantha se emocionava mais, todo o medo o receio que sentia sobre Samantha não gostar dela sumiu, sorriu feliz, pois também gostava de Samantha, sentia um sentimento grande por ela, sentimento que tinha vontade de demonstrar, mas tinha medo antes, agora não mais, iria se deixar levar, sem medo. Suspirou resignada ao ouvi-la falar de seus medos, por ela não lembrar nada de sua vida, mas sorriu feliz quando Cida expôs sua opinião e incentivando a relação delas duas. Agradeceu Cida mentalmente, continuou a ouvir...Ouviu Samantha se recriminar por não ter tanta intimidade com Cida, esta fez mais um discurso sobre cada coisas a seu tempo, e Amanda riu, ouviu Samantha agradecer Cida pelo concelhos e perguntar sobre o problema que ela teve com a filha. Quase gargalhou denunciando que estava ali, quando Cida falou que a filha tinha uma namorada e brigado na escola e Samantha gritou perplexa.
-- Ela o que?
Amanda, viu que elas tinham mudado de assunto, mas resolveu não interrompe-las e voltou para a sala.
-- Amanda, olha terminei, você demorou. -- Disse Agatha mostrando a revista para ela.
-- Sem problemas linda... Legal você preencheu todos. -- Disse olhando os jogos.
-- Aram... Vou tomar banho antes que a mamãe me mande. -- Disse olhando Amanda com uma careta. Amanda riu e questionou.
-- Porque essa cara?
-- É que ela não gosta de mandar eu fazer as coisas, sempre diz que eu tenho que fazer minhas obrigações sem ela estar mandando.
-- Ah, mas ela está certa meu anjo, se você sabe que já é hora de banhar ou qualquer outra coisa, não precisa tá esperando ela mandar você fazer. -- Disse Amanda, a olhando e sorrindo.
-- Pronto, agora tenho duas mães que pensa do mesmo jeito, eu mereço. -- Disse fingindo indignação e subindo as escadas. Amanda ficou a olhando embaraçada com o que ela tinha falado, não sabia se ria ou ficava séria, era uma situação um tanto desesperadora, pois ao mesmo tempo que adoraria ser como uma mãe da menina, aquilo lhe assustava, não sabia o que pensar. Agatha ao perceber o silencio dela a olhou sorrindo.
-- Amanda, não se preocupe, não estou com raiva de verdade, estava brincando.
Amanda riu. -- Eu sei. -- Disse insegura.
-- Ok. -- disse voltando a subir o restantes dos degraus.
-- Mãe... isso seria legal. -- Disse para si mesmo em voz alta, se jogou novamente no sofá, deitando. Depois de alguns minutinhos ouviu Cida e Samantha chegando a sala, levantou as olhando. -- Já vai Cida? -- Perguntou vendo ela com sua bolsa e suas coisas nas mãos.
-- Já, dona... -- Suspirou de novo fazendo Samantha rir. -- Samantha me liberou mais cedo.
-- Regras da casa Amanda, Cida vai ter que me chama só pelo nome. -- Disse Samantha rindo.
-- Ahh, legal, o Dona era muito formal.
-- Pois é. -- Concordou.
-- Bem, já vou indo, tchau pra vocês... -- Disse sorrindo para elas. -- E Samantha, pense no que eu disse. -- Disse piscando para ela. Amanda sabia perfeitamente do que ela falava, sorriu. Depois que Cida saiu, Samantha olhou para Amanda e sorriu meio encabulada, foi retribuída da mesma forma, mas logo Samantha tomou iniciativa e sentou ao lado de Amanda no sofá.
-- Cadê minha filha? -- Perguntou sorrindo já pegando as mãos de Amanda e segurando-as.
-- Subiu pro quarto dela, disse que ia tomar banho antes de você mandar. -- Respondeu sorrindo, Samantha riu mais abertamente com a resposta, tanto por estar a sós com Amanda, quanto por saber que a filha já tinha ido banhar sem esperá-la mandar.
-- Que bom, está aprendendo. -- Disse já aproximando seu corpo do de Amanda e a olhando nos olhos, aproximou seu rosto do dela e desviou o olhar para sua boca, desejava muito beijá-la, e sabia que Amanda também queria, pois fechou os olhos assim que ela olhou para sua boca, sorriu olhando novamente para os olhos que permaneciam fechados, esperando o beijo, resolveu provocar e ficou a admira-la de perto. Amanda sorriu, percebendo que Samantha a olhava, mas não a beijava.
-- Samantha se você não me beijar agora, não vai beijar mais... hoje! -- Disse séria abrindo os olhos cheios de desejo e carinho. Samantha riu, mas não pensou duas vezes em percorrer o espaço mínimo entre elas e colar seus lábios nos de Amanda, num beijo calmo e quente, suas línguas exploravam e sentiam uma a outra, Samantha soltou as mãos de Amanda e levou uma para sua nuca e a outra para a cintura a puxando para cima de si, aprofundando o beijo e o contato dos corpos. Amada estava apoiada sobre os joelhos, um de cada lado do corpo de Samantha e sentada sobre as pernas dela, segurava a nuca de Samantha com ambas as mãos e puxava seus cabelos. Samantha segurava firme com ambas as mãos a cintura de Amanda. Um gemido soou, nem Samantha, nem Amanda souberam dizer de quem tinha sido. Os corações batiam descompassados e elas precisavam de ar, foram desacelerando o ritmo até se separarem, permanecendo de olhos fechados ainda na mesma posição, com as testas recostadas esperando a respiração voltar ao normal.
-- Eu posso me acostumar com isso! -- Disse Samantha, abrindo os olhos e rindo. Amanda riu também e afastou o rosto para olha-la melhor.
-- Isso o que? -- Perguntou.
-- Seu beijo, seu cheiro, seu sorriso, seu corpo, essa posição. -- Disse e só então Amanda se deu conta de onde estava e como estava, sorriu meio envergonhada e fez ação de sair, mas Samantha não deixou. -- Não! Fica assim... e continuando, eu posso me acostumar com Você! -- Disse a olhando com evidente amor no olhar, que era retribuído do mesmo jeito por Amanda, que sorriu.
-- Eu também posso me acostumar. -- Disse fazendo carinho no rosto da mulher maior. Samantha fechou os olhos sentindo a sensação boa que era os dedos de Amanda percorrerem cada centímetro do seu rosto. Amanda percorreu cada sobrancelha, cursou cada espaço da testa, bochechas e nariz de Samantha, e por último, desenhou com os dedos indicador e médio os lábios dela, quando terminou selou seus lábios nos de Samantha, num beijo apaixonado, lento, delicado, passando todo carinho e amor que podia, foi retribuída com a mesma intensidade, depois de um tempo, separaram-se.
-- Amanda, eu quero ficar com você, eu quero cuidar de você, quero aproveitar cada instante a seu lado, você me atrai de um jeito que não consigo explicar, muito menos resistir, eu quero beijá-la, tocá-la, quero fazer amor com você, quero te fazer feliz. Não dá mais pra negar, eu estou completamente apaixonada por você. -- Disse a olhando e fazendo carinho em seu rosto, que sorriu e tinha os olhos marejados pelo que havia escutado.
-- Eu também estou completamente apaixonada por você. -- Disse e uma lágrima de felicidade escorregou pelo seu rosto. Samantha prontamente a limpou e sorriu feliz a puxando para mais um beijo.
Agatha saiu do quarto já banhada e vestida, estava distraída e quando foi descendo a escada viu a mãe e Amanda num beijo, sorriu feliz e voltou para o quarto, não queria interrompe-las de jeito nenhum, e a mãe sempre lhe dizia para evitar presenciar seus beijos quando vice.
-- Não demora a Agatha aparece e nos ver assim. -- Disse Amanda depois do beijo apaixonado delas.
-- Tem razão. Mesmo minha filha estando acostumada ao me ver beijando as minhas antigas namoradas, embora isso tendo acontecido por acidentes. -- Disse rindo e continuou. -- Ela é muito nova para presenciar esse tipo de coisa. --Concordou. -- Procuro evitar, ela vai saber na hora certa, sempre falo para ela também procurar evitar quando ver, tento educa-la desse modo, digo que ela vai entender e aprender no momento certo, e eu vou ser a primeira a ensinar, explicar, tirar suas dúvidas, entende?
-- Sam, você é incrível sabia? -- Disse admirada da mulher a sua frente. – Agatha, é uma menina incrível também, ela vai ser igual a você, vocês se parecem muito fisicamente e no jeito, e com sua educação ela se tornará uma mulher linda de todas as formas, como você.
-- Eu sei, eu sou demais. -- Disse rindo com um olhar extrovertido.
-- Boba. -- Disse lhe dando um tapa leve e saindo de cima dela e sentando ao seu lado.
-- Estamos sem jantar, e eu sou péssima na cozinha. -- Disse fazendo uma careta.
-- Pensando bem, você não é tão incrível assim. -- Disse Amanda provocando-a.
-- Ei? Olha lá hein, em compensação meus outros dotes são mais que perfeitos. -- Disse aproximando-se dela e dando beijos em seu pescoço e logo em seguida passou a dar leves ch*padas, fazendo com que Amanda, já respirasse pesadamente, mordendo os lábios inferiores e num reflexo de sanidade a afastou.
-- Sam, para. -- Disse a afastando.
-- Ok, desculpe.
-- Não falo por mim, acredite, mas por Agatha. -- Explicou, pensando que tinha chateado Samantha. Esta, riu.
-- Eu sei meu anjo.
-- Tudo bem?
-- Claro que sim. -- Disse pegando sua mão e beijando. -- Não fiquei aborrecida, jamais.
-- Que bom.
-- Vamos tomar um banho e nos arrumar, o jantar vai ser fora, é o jeito.
-- É, pois eu só acho que não sou boa na culinária também.
As duas gargalharam juntas.
-- Vamos. -- Disse Samantha levantando e a puxando para levantar também. -- Vou primeiro ver o que minha baixinha apronta e depois vou banhar. -- Concluiu.
-- Vai lá, depois nos vemos.
Samantha foi ao quarto da filha, e a viu mexendo no computador, já estava vestida corretamente para saírem, foi para seu quarto tomar banho e arrumar-se. Amanda assim que chegou a seu quarto foi direto para o banheiro, no banho percebeu que precisava se depilar, pois já tinha alguns pelinhos indesejáveis, em algumas regiões, procurou algo para resolver esse problema e achou no armário perto da pia, uma caixa de folhas depilatórias, sorriu contente e começou o trabalho.
Samantha saiu do banheiro e seu celular estava tocando, atendeu quando viu quem era.
-- Oi Sheila?
-- Samantha, já te liguei horrores e você nada, mandei mensagens e nada, sua irmã passou a tarde ocupada e não pôde me dar atenção, só falou que você não veio porque não tinha com quem deixar a Agatha. -- Sheila falava rápido, suspirou e reduziu a falação. -- O que realmente houve?
Samantha riu pelo desespero de sua amiga. -- Calma Sheilinha, não aconteceu nada de grave, só não estava muito afim de trabalhar, então não fui.
-- Sam... -- Suspirou. -- Você não veio trabalhar e isso não é comum, desde quando você não tem com quem deixar sua filha? Isso está estranho, e tenho certeza que é por causa da mulher que você levou pra sua casa e que, até agora, não me explicou nada a respeito.
-- Sheila, você tem razão, eu menti pra minha irmã, não fui pro hospital por que quis ficar com a Amanda, a mulher que eu trouxe para minha casa. -- Samantha suspirou vencida sentando na cama, conhecia a amiga que tinha, e ela não ia descansar até saber todos os detalhes. Então, contou tudo que achou conveniente sobre o que tinha acontecido até o momento, relacionado a Amanda. Sheila ouviu calada, mas ficando perplexa a cada palavra de Samantha. -- E foi isso, Sheila. Não posso mais negar, eu me apaixonei perdidamente por uma mulher que não lembra de nada sobre sua vida. -- Concluiu Samantha.
-- Samantha... Não sei o que dizer... Ou melhor sei, mas não vai te ajudar em nada agora.
Samantha riu. -- Sheila, bota pra fora o que pensa.
-- Ok, Samantha você sabe que a situação de vocês é pra lá de complicada minha amiga, você e nem ela sabe nada, sobre ela, seu passado, sua vida, e se ela for casada, tiver filhos, uma família? Amar mesmo sem saber o marido, namorado, sei lá... -- Respirou profundamente do outro lado da linha. -- E esse momento com você for passageiro, carência, uma experiência? Enfim... se ela não te amar como percebo que você já a ama? Samantha, por favor, vai com calma, você está trilhando por um caminho escuro, está totalmente sem visão e pior, sem conhecer o terreno que está andando. Sabe que sempre quero sua felicidade, sempre te dou apoio mesmo não concordando com certas coisas e, é por esse motivo que você sabe que estarei aqui para o que precisar, só te falo uma coisa e você já sabe disso, não vou medir esforços para defender seu bem estar e felicidade de quem quer que seja. E se essa Amanda te fazer sofrer ela vai me ouvir. -- Disse séria, mas Samantha riu, essa era sua amiga, Sheila.
-- Obrigada minha amiga, não se preocupe.
-- Ok, mas já sabe. Tenho que desligar, o Edu chegou.
-- Vai lá curtir seu marido. -- Disse e desligou. -- Ai, Sheila... -- Disse olhando as milhares de mensagens no WhatsApp. Passou os olhos em alguns grupos, leu as mais importantes, respondeu as importantíssimas e foi se arrumar, passou muito tempo conversando com Sheila.
Quando desceu para sala, a filha e Amanda já estavam prontas, Amanda linda como sempre, constatou Samantha e elas logo saíram.
A pedido de Agatha e concordância de Amanda, foram em uma pizzaria, a “janta”, foi regada de risos das três, olhares cumplices de Samantha e Amanda, e de vez em quando Samantha provocava Amanda, encostando e acariciando com os pés a perna de Amanda por debaixo da mesa, Amanda a olhava e sorria de seu atrevimento.
-- Filha já quer ir? -- Perguntou Samantha olhando a filha que já estava desanimada a seu lado com cara de sono. Pois já eram quase dez e meia e Agatha dormia cedo.
-- Quero. -- Disse bocejando. Samantha abraçou a filha e a beijou.
-- Filha, não precisa me esconder que não está com sono, devia ter falado, que já estávamos em casa. -- Samantha sabia que a filha não havia falado nada com medo de atrapalhar ela e Amanda. Era do mesmo jeito com Marcela, só que Agatha falava com mais frequência e isso aborrecia Marcela e de quebra Samantha, não pela filha, mas por Marcela ficar ofendendo Agatha, mas não saía barato, pois Samantha logo cortava as asinhas da ex. -- Vamos! -- Disse levantando e pegando na mão da filha e com a outra na mão de Amanda. Elas foram para casa e Agatha dormiu no banco detrás do carro antes mesmo de chegar. Ao chegarem Samantha tirou com cuidado o cinto de segurança e pegou a filha no colo, Amanda fechou a porta do carro, o travou e subiram.
-- Ela apagou. -- Disse Samantha baixinho para Amanda, colocando a filha na cama e começando a tirar suas roupas e o sapato, logo em seguida a vestiu com seu pijama e a cobriu.
-- Aram... Ela é linda, sua filha é incrível Sam. -- Disse observando Samantha, deitando do lado da filha e lhe fazendo um carinho no rosto.
-- Ela é meu bem mais precioso, daria minha vida por ela. -- Disse sem tirar os olhos do rostinho sereno de Agatha, ainda a fazendo carinho. Isso emocionou Amanda, que a cada minuto parecia amar mais ainda a mulher a sua frente. Samantha, deu um beijo na testa da filha desejando boa noite e levantou. -- Ela só vai acordar amanhã, quando eu vir chamá-la. -- Disse estendendo a mão para Amanda, que a pegou e elas saíram do quarto. -- Já está com sono?
Amanda virou para olhar Samantha. -- Não, você já está?
-- Também não. -- Respondeu a fitando de perto. -- Vamos descer lá para a sala?
-- Vamos.
Elas desceram, Amanda sentou no sofá e Samantha foi ligar o som, ligou sem reparar qual o CD que estava nele. O som de Tracy Chapman soou baixinho no ambiente. Samantha sentou ao lado de Amanda no sofá, a virou de costas para si e a recostou em seu corpo a abraçando e fazendo um carinho em seus braços.
-- Sam?
-- Hum...
-- Eu ouvi o que você falou pra Cida hoje de tarde. -- Disse calmamente, curtindo o carinho que recebia.
-- Ouvindo escondida atrás da porta hein? -- Disse a virando um pouco para olhar seu rosto. Amanda riu.
-- Desculpa... Fui beber água ai escutei a Cida falando, ai logo você disse que tinha me beijado, resolvi ficar escutando. -- Disse ainda a olhando e depois voltando a posição inicial.
-- Ouviu até que parte?
-- Até você ficar surpresa por Cida ter uma filha homossexual.
-- Ah... eu não sabia, nossa a Cida trabalha aqui a quase sete anos e eu não sei nada sobre ela, estou tentando mudar isso, mas voltando sobre o que você ouviu. -- Disse a fazendo olhá-la. -- É tudo verdade, tudo que falei pra ela, é o que eu realmente sinto, e já te falei isso aqui naquela hora.
-- Eu sei, e eu gostei de ouvir. -- Disse saindo de seus braços e virando o corpo ficando de frente para Samantha. -- Sam, estou apaixonada por você, e isso, é a única certeza que tenho, mas... mas tenho medo, não de você, e sim de mim... Não sei nada a meu respeito, não consigo lembrar, e tenho medo que de alguma forma eu venha a te machucar, e eu não quero isso, ainda mais pra uma pessoa que está sendo maravilhosa comigo.
-- Você não vai me machucar linda, vamos viver uma coisa de cada vez, Cida me disse isso, vamos aproveitar o momento, está bem? Não se preocupe com isso, logo tudo se resolve, vai ver.
Samantha disse acariciando seu rosto e sorrindo para acalma-la, também tinha medo, mas não iria pensar nisso agora. Amanda concordou e se aconchegou novamente nos braços de Samantha, curtindo o carinho, contato dos corpos, a música, fechou os olhos. Elas ficaram desfrutando desse contato até certo ponto.
-- Essa música parece linda. -- Disse Amanda prestando atenção na música.
Samantha prestou mais atenção e percebeu a música que tocava, era The Promise. Sorriu, adorava aquela música.
-- Ela é linda mesmo... Vem? -- Disse levantando com cuidado e convidando Amanda para levantar também. -- Dança comigo? -- Perguntou já a rodeando com os braços pela sua cintura a trazendo para colar em seu corpo. Amanda, levou as mãos até o pescoço dela e a fitou sorrindo, sendo conduzida por Samantha, no ritmo da música. Samantha começou a falar baixinho a tradução da música para Amanda, que deitou a cabeça no peito da mulher maior e fechou os olhos, era tão bom estar ali, sentido o cheiro gostoso dela, sentia uma felicidade enorme. Samantha, também fechou os olhos, sentindo o cheiro dos cabelos de Amanda, o contato com seu corpo, sua pele, estar com ela ali em seus braços era uma sensação de plenitude. Samantha conduzia Amanda lentamente, elas balançavam quase sem sair do lugar. No fim daquela música, elas se olharam cumplices, ambas queriam intensificar aquele momento, aquela sensação. E ao mesmo tempo elas se aproximaram para um beijo brando, aproveitando cada pedacinho dos lábios, línguas, bebendo cada anseio, abusando de cada sentimento que passavam uma para a outra naquele roçar de lábios. Samantha subia e descia suas mãos na costa de Amanda, num carinho calmo, enquanto Amanda puxava também calmamente, os cabelos na região da nuca. Depois de um tempo nesse bailado, elas se separaram um pouco ofegantes, descansando e observando uma a outra.
-- Você é tão linda. -- Disse Amanda a admirando.
Samantha sorriu. -- Você é mais... Eu adoro fica olhando pra você, seu rosto, seus olhos, me encantam. Você me encanta, me encantou desde que pude te olhar com calma, sem que, você estivesse correndo risco de morrer. Não quero nem imaginar se...
-- Shiii. -- Amanda a interrompeu. -- Estou aqui graças a você, não vamos pensar nisso, está bem?
-- Tem razão. -- Concordou e lhe deu um selinho demorado.
-- Já está tarde, você tem que acordar cedo amanhã. -- Disse Amanda depois que se separaram.
-- Dorme comigo? -- Pediu Samantha, fazendo um carinho em seu rosto. Amanda hesitou um instante e Samantha continuou. -- Não precisamos fazer nada, só quero ficar perto de você, ter você juntinho de mim, não vou fazer nada que você não queira.
-- Tudo bem. -- Aceitou sorrindo. Samantha a beijou mais uma vez, deligou o som, apagou as luzes e subiram para o quarto dela, trocaram de roupa, colocando roupas mais confortáveis e deitaram.
Amanda, estava com a cabeça no braço direito de Samantha, que a abraçou com o mesmo, e com a outra mão fazia carinho na mão de Amanda que repousava sobre sua barriga. O quarto estava sendo clareado apenas pela luz fraca da luminária ao lado da cama.
-- Seu cheiro é tão gostoso. -- Disse Amanda, enterrando o rosto no pescoço de Samantha e sentindo o aroma daquela região, logo em seguida, começou a distribuir beijos. Samantha fechou os olhos arrepiando-se com a sensação que os lábios quentes de Amanda em contato com a sua pele lhe causava, mordeu os lábios inferiores, quando Amanda, num ato mais ousado deu uma ch*pada de leve.
-- Amanda... -- Disse com dificuldade.
-- Hum? -- Balbuciou ainda entre um beijo e ch*pões leves.
-- Assim... Fica difícil... Humm. -- Gem*u quando ela lhe deu uma mordidinha. Samantha perdeu o controle, o senso, tudo. Amanda estava a deixando louca com aquilo, já estava molhada apenas com o que Amanda fazia em seu pescoço. Samantha a puxou para um beijo ardente, quente, urgente, era apressado, prazeroso. Amanda correspondia da mesma forma, com a mesma urgência. Samantha colou mais seus corpos puxando Amanda para cima de si, sem desgrudarem do beijo, Amada gem*u baixinho, deixando Samantha ainda mais desejosa dela, colocou ambas as mãos para dentro da blusa que Amanda usava, tocando agora a pele quente e macia dela, tanto ela, quanto Amanda gem*ram. Depois de certo tempo elas necessitaram de ar e separaram-se rapidamente, estavam respirando pesadamente. Samantha a olhou com extremo desejo e amor em seus olhos.
-- Eu quero você. -- Disse rápido. -- Desejo você, desejo muito, não aguento mais... Faz amor comigo? -- Concluiu a olhando e fazendo um carinho em seu rosto.
-- Eu também desejo você, te quero agora, quero fazer amor com você, amar, ser amada, me faz sua Sam... só sua. -- Disse e a beijou, esse foi calmo no começo e logo foi se intensificando. Samantha sentou na cama com Amanda em seu colo abraçou-a pela cintura trazendo-a para colar mais em seu corpo, como que quisesse fundi-las em um só, sentiu Amanda estremecer em seus braços em uma entrega total. Samantha desgrudou do beijo e desceu para o pescoço de Amanda, beijou ch*pou, mordiscou, sempre com suas mãos passeando pelo corpo de Amanda, quente de desejo. Amanda estava sentada nas pernas de Samantha e com as suas pernas rodeando a cintura dela, não aguentava mais, gemia cada vez mais alto, queria sentir aqueles lábios macios beijando os seus outra vez.
-- Me beije Sam, eu preciso!
Elas se olharam, Samantha sorriu e a beijou, Amanda correspondeu aquele beijo sensual e apaixonado, excitante, que fez ela soltar mais um gemido baixinho. Samantha a deitou lentamente na cama ficando por cima dela, ela se deixou levar pelo desejo e paixão que Samantha a proporcionava.
Lentamente, Samantha tirou a blusa de Amanda, admirando os seios médios a sua frente, beijou cada um deles, ch*pou-os lentamente dando a atenção merecida, Amanda gemia sem pudores e isso só excitava, mais ainda, Samantha, que desceu distribuído beijos molhados até chegar ao ventre dela, com as duas mãos, uma de cada lado, Samantha deslizou o short junto com a calcinha de renda preta que Amanda usava, ao descobrir totalmente o sex* de Amanda, pode ver que ela tinha se depilado, não totalmente, sorriu, e aproximou seu nariz sentindo o cheiro maravilho que exalava suas entranhas, mais que depressa completou o percurso que fazia com as roupas restantes se livrando delas rapidamente, e ficou admirando o corpo nu da mulher a sua frente por uns instantes. Amanda ao perder o contado com o corpo de Samantha, abriu os olhos a vendo sentada a olhando com um sorriso no rosto, sentiu seu rosto ruborizar, retribuiu o sorriso timidamente.
-- Você é linda. -- Disse Samantha, aproximando-se dela, e a beijando, deixando seu corpo ainda vestido ao lado do de Amanda, que prontamente começou a conduzir a parte de cima da roupa que Samantha usava, retirando-o, fitou os seios de Samantha e sem demoras começou a ch*par um deles enquanto que com uma das mãos apertava e acariciava o outro, fazendo Samantha gem*r ainda timidamente, Amanda inverteu, agora ch*pava o que antes acariciava com a mão, e passou a acariciar o que antes estava ch*pando, Samantha gemia cada vez mais, puxou Amanda para um beijo, foi ardente, quente. Amanda sentou sobre a barriga de Samantha, e esta, pôde sentir o quanto Amanda estava molhada, gem*u alto dessa vez com esse contato, desgrudou rapidamente do beijo deitando Amanda para o lado, a deixando meio confusa com o ato, mas logo sanado, pois Samantha mais que depressa se livrou do restante da roupa que estava e deitou sobre o corpo de Amanda a beijando com urgência, encaixou seu sex* no dela, começando um rebol*do logo seguido por Amanda também, rebol*vam sincronizadas, cada vez mais rápido e com mais força. Amanda enterrou o rosto no pescoço de Samantha, gem*ndo em seu ouvido, sua mão direita puxava os cabelos dela na região de sua nuca e a direita apertava e arranhava a costa dela. Samantha apoiava-se sobre os cotovelos e também gemia. Amanda, pousou ambas as mãos sobre o bumbum de Samantha, os apertando em busca de mais contado, suas pernas estavam abertas facilitando a fricção molhada de seus sex*s, que deslizava facilmente e gostoso, estava quase chegando em seu ápice, e pelos gemidos de Samantha e espasmos de seu corpo, também logo goz*ria. Amanda retirou as mãos da bunda dela as levando para sua costa a abraçando forte, enlaçou-a com as pernas. Samantha a olhou rápido e a beijou rebol*ndo mais rápido sobre ela, ambas gem*ram alto, goz*ndo quase simultaneamente. Samantha desabou sobre Amanda, com espasmos por todo o corpo e a respiração ofegante, Amanda a recebeu com agrado, fazendo carinho em sua costa, ficaram nessa posição até suas respirações voltarem ao normal.
-- Foi... Incrível! -- Disse Amanda fitando Samantha com um sorrisinho bobo.
Samantha saiu de cima dela, deitando a seu lado e a abraçando, a trazendo para colar em seu corpo.
-- Foi, foi maravilhoso... ainda te quero hoje, vou querer sempre. -- Disse a olhando com carinho e a puxando para um beijo, subindo e sentando sobre ela.
-- Hum... que bom. -- Disse Amanda descendo mais um pouco e distribuindo beijos sobre o colo de Samantha, logo alcançando os seios, começou a ch*par o direito, fazendo ela gem*r baixinho observando-a, Amanda a olhou e sorriu.
-- Eles são deliciosos.
Samantha riu. -- Que bom que gostou deles, mas agora vem cá que eu quero te amar de novo. -- Disse puxando-a para um beijo e invertendo a posição novamente, ficando por cima dela. Amanda gemia aos toques de Samantha e aos beijos suáveis e delicados que exploravam cada centímetro de seu corpo, Samantha foi descendo devagar, ao chegar no sex* dela, Samantha a fitou com um sorriso malicioso, começou dando leves beijos ao redor de seu sex*, depois passou a dar leves ch*pões e mordidas, mas sem tocar em seu centro, que ficava cada vez mais molhado, Amanda que já não aguentava aquela tortura, pousou uma das mãos sobre a cabeça de Samantha empurrando-a de encontro a seu sex*, Samantha riu do desespero dela e atendendo a seu mandado, começou a ch*par fortemente o sex* de Amanda, sentindo o gosto a textura, a umidade daquela fortaleza. Amanda rebol*va e gemia enlouquecida aos toques de Samantha em seu sex*, quente e extremamente molhado, Samantha friccionava com o polegar o clit*ris e com a língua a penetrava o máximo que podia e ficava brincando, ch*pando, sentindo o gosto daquela mulher linda, curtindo o prazer em proporcionar prazer a sua amada. Sentiu os músculos de Amanda se contraírem e logo ela goz*r demoradamente em sua boca, gem*ndo alto o seu nome, derramando seu liquido, que foi prontamente bebido por Samantha. Amanda estava ofegante, suada, o corpo estava sem forças, até falar estava difícil, olhou Samantha que ainda estava entre suas pernas lhe provocando reações para lá de gostosa, pois tinha iniciado um novo ciclo de beijos, mordidinhas, lambidas...
-- Sam... Deixa eu descansar. -- Disse ainda com o coração descompassado. Samantha riu, estava excitadíssima, e muito, muito molhada, e atendendo ao pedido de Amanda subiu distribuindo beijos rápidos pelo seu corpo até chegar para um demorando em sua boca a fazendo sentir o próprio gosto. Samantha encaixou seu sex* sobre a perna de Amanda e começou a cavalgar lentamente, soltando um gemido com a sensação e fazendo com que Amanda a acompanhasse, ela aumentou o ritmo, causando devaneios em ambas, pois sua perna estava em atrito com o sex* de Amanda.
-- Não! -- Disse Amanda num reflexo. Não queria que Samantha goz*sse daquele jeito. Samantha a olhou confusa, mas Amanda não deu explicações, apenas inverteu a posição ficando por cima dela e sem nenhuma cerimônia abocanhou o sex* de Samantha o ch*pando quase com fúria, Samantha soltou um gemido alto agarrando os lençóis da cama com ambas as mãos, abriu mais as pernas, para facilitar o contato com a boca de Amanda, que a sugava e penetrava com a língua, fazendo maestria com a mesma, Samantha rebol*va descontrolada, soltou a mão direita do lençol e a levou para os cabelos de Amanda os acariciando e ao mesmo tempo empurrando sua cabeça de encontro a seu sex*. Amanda parou e a olhou, para desespero de Samantha que já estava quase lá, em seu ápice.
-- Por... Deus, Não para! -- Disse ofegante, empurrando mais que depressa a cabeça dela de volta para o lugar de antes. Amanda não se fez de rogada e sem aviso a penetrou com dois dedos a fazendo gritar, não de dor, mas sim de prazer, Amanda ch*pava o clit*ris ao mesmo tempo que entrava e saía com os dedos de dentro dela, apressou as estocadas e logo Samantha gozou demoradamente, dizendo palavras desconexas e contraindo seus músculos internos, prendendo os dedos de Amanda dentro se si. Depois de um tempinho, Amanda retirou seus dedos provocando um gemido de Samantha, os levou até a boca os ch*pando, depois levou seus lábios até o sex* de Samantha, bebendo o seu gozo. Samantha descansava, estava suada, um pouco ofegante ainda e quando sentiu a boca de Amanda em seu sex* não pôde conter um outro gemido fraco.
-- Sobe aqui. -- Chamou a olhando com um sorriso fácil. Amanda, posicionou-se em cima dela encostando seus sex*s e começando um balançado lendo, estava excitada, ansiava em aplacar aquele desejo, Samantha riu. -- Não cansa não? -- Perguntou e sem esperar a resposta a beijou suavemente e ao mesmo tempo com paixão curtindo o contato também, logo o beijo se tornou ardente, forte, ambas gemiam em deleite. Samantha, rolou sobre a cama ficando por cima de Amanda desgrudando e a olhando nos olhos, sorriu, fitou a boca da mulher em baixo de si, e começou a provocar, roçava seus lábios no dela, mas quando Amanda ia capturar os seus para um beijo, Samantha afastava. Amanda segurou na nuca de Samantha, e a puxou para um beijo impaciente, ch*pando com volúpia os lábios e língua dela, ato retribuído por Samantha, que posicionou seu sex* encharcado sobre a coxa de Amanda começando um rebol*do ao mesmo tempo em que levava sua mão direita até o sex* dela penetrando-a com dois de seus dedos e com o polegar friccionava com maestria o clit*ris.
-- Hum... ahhh... Sam, ma... mais. -- Amanda gemia cravando suas unhas na costa de Samantha. Esta, acelerou suas estocadas na cavidade úmida e quente de Amanda e também sua cavalgada sobre a coxa dela, Samantha beijou Amanda novamente, o beijo era acompanhado de gemidos que o mesmo abafava. Elas explodiram juntas em um gozo profundo, Samantha soltou seu peso sobre Amanda ainda com os dedos dentro dela.
-- Hum. -- Amanda gem*u ao sentir Samantha retirar os dedos de seu sex*. Samantha, os levou até sua boca e os ch*pou. Amanda, achou sexy a cena e a puxou para um beijo apaixonado. -- Não, fica assim. -- Disse Amanda, impedindo Samantha de sair de cima dela.
-- Linda, já estou a um tempinho assim, eu estou pesando. -- Disse a contrariando e deitando a seu lado a puxando para mais um beijo calmo, saciadas e vencidas pelo cansaço, as duas abraçadas, adormecem. No celular e relógio de pulso, marcavam quase cinco horas da madrugada.
Fim do capítulo
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jake
Em: 25/11/2015
Menina não eh que essa Amanda entendi do babado
Eh Sam acho que vi foi surpreendida. ..
Ansiedade. ....mata curiosidade
Quem de fato eh essa Amanda. ..
Bom que ela tem grana isso eh fato
Pelas roupas e pelo carro
Segundo o que foi descrito
Nos primeiros capítulos. ...
Vamos ver o que segue rsrs
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Maria Flor
Em: 08/09/2015
Olá, autora!!
"Amanda" ouvindo escondida foi ótimo!! Adoro quando as pessoas escutam o que realmente devem escutar.
Ah, a Tracy! Aproveitei e li o restante do capítulo ao som das músicas dela.
A cena da primeira vez das duas foi muito bem escrita. Fiquei feliz por não ter saído um "Marina" quando a "Amanda" gozou, haha, *momento maléfica*
Beijo grande!
Resposta do autor:
Olá Maria flor! *-*
Que bom que gostastes da escondidinha da Amanda, kkk
Amor as músicas da Tracy!
Ah claro que não, "Marina" na hora H nunca!kkk
Beijão amore.
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