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No meio de tudo, Você. por JuliaR

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Palavras: 2316
Acessos: 4820   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 17

Sentir os lábios de Letícia sobre os meus me deu um sopro de coragem que a muito não sentia, o gesto carregava todas as respostas que eu precisava. Mas eu questiono, pergunto-me, será que são necessárias as palavras? Letícia entendia até mesmo oque não sei dizer! Entre nós haveria de ter barreiras e fronteiras nos separando. Mas naquele momento éramos uma única rocha, firme e inseparável, era como se um simples tocar de lábios fosse suficiente para dissipar todos os martírios que sofreríamos na incessante busca de nós mesmas. O mundo entrou nos eixos de novo. Seu olhar, naquele instante, se eternizou sobre mim, ainda sentindo o gosto doce em meus lábios me fez pensar quão corajosos podemos ser quando estamos apaixonados.

Li uma certa vez que  todos os dias Deus nos dá um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. O instante mágico é o momento em que um 'sim' ou um 'não' pode mudar toda a nossa existência.

Não lembro há quantos anos atras havia lido aquilo, mas certamente no momento que li aquela frase não fazia tanto sentido como no momento presente. Eu tinha em minhas mãos a oportunidade única de mudar meu destino, de dar uma reviravolta na minha vida, de fazer uma escolha que por mais dolorosa que fosse, haveria de ser feita.

Poderia ter esperado algum tempo, ter ficado em casa até ter tempo de acalmar o turbilhão de sentimentos que invadiam meu coração, ter agido covardemente como naqueles dois meses protelando minha decisão, mas por mais incrivel que se pareça decidi seguir em frente, os lábios quentes e macios de Letícia me davam a certeza que precisava, mesmo sendo inevitável sentir o nervosismo de ir em frente.

Meus dedos tamborilavam na direção enquanto as goticulas de chuva deslizavam suavemene sobre o vidro do carro em que dirigia, o céu possuia uma coloração cinza, ainda eram onze da manhã de acordo com o painel do carro, mas o sol parecia se esconder diantes de nuvens escuras e sombrias.

Talvez aquele dia denotasse bem meu estado de espirito, aquela inquietação e a tristeza que carregava comigo.

Vez ou outra meu celular apitava em um barulho sutil mas que me davam um arrepio a cada toque.

Uma, duas, três mensagens de Bernardo, todas elas me questionando se iria mesmo aparecer em sua casa conforme o combinado. Aquilo me soava tão estranho, era inédito vê-lo tão nervoso, parecia ter uma urgencia em falar comigo que nunca tinha visto antes.

Diferentemente das outras vezes em que ele sempre dizia que queria me ver, nas ultimas vezes que nos falamos ele sempre mencionava a necessidade de conversar. De me falar algo que eu sequer desconfiaria, mas no fundo do meu insconciente temia que ele houvesse descoberto algo.

Com a proximidade da casa que me era tão conhecida sentia minhas mãos suarem enquanto tentava enxuga-las no meu jeans. Sentia meu peito apertar. Parei o carro em frente respirando fundo enquanto percebia a fina garoa se desfazer. 

Naquele momento senti que iria fraquejar, por mais decidida que achei que estivesse há alguns minutos atras, quando se esta mais proximo a realidade, era inevitável ser arrebatada pelo medo.  Minha covardia as vezes me surpreendia.

Ouvi meu celular apitar mais uma vez e de forma impaciente deslizei meu dedo sobre a tela, mas quando vi a remetente da mensagem logo meu coração se abrandou.

''Opte pelo que faz seu coração vibrar'' Letícia.

Como se de alguma maneira ela soubesse minha indecisão, por mais irreal que pareça sentia como se eu e Letícia tivessemos uma ligação incomum, uma sintonia tão perfeita que chegava a ser assustador.

Desci do carro e adentrei no jardim, sentindo os respingos do orvalhos sobre a grama molhar meus sapatos e a brisa daquele dia frio me atingir em cheio causando arrepios. Abri a porta da frente que estava destrancada, e estranhei o silêncio incomum da casa, não havia visto ninguem na sala. Fechei a porta com cuidado enquanto ia em direção ao escritorio onde supus que Bernardo estava, aquele era o lugar preferido dele na casa, sempre cuidado dos seus inúmeros projetos. Sentia meu ar faltar a cada passo que dava e tentei acelerar a caminhada como se quisesse acabar com aquilo de uma vez.

Suspirei antes de bater levemente a porta com as costas da mão recebendo de volta a voz rouca:

--Entre

E a cena que vi foi de cortar o coração. Aquele nem de longe parecia ser meu namorado. Bernardo estava sentado no pequeno sofá de couro vermelho escuro, com os cotovelos apoiados nas pernas enquanto suas mãos agarravam de forma tensa os cabelos desgrenhados. Ele fitava o chão, evitando manter o contato visual comigo. Ao seu lado pude ver um copo com liquido amarelado pela metade que julguei ser da garrafa de uísque dispota em cima da mesa ao lado

Parecia tão abatido, tão fraco que não pude evitar me sentir a pior pessoa do mundo.

Eu ainda estava estatica parada sobre a porta o olhando enquanto segurava minha pequena bolsa com as mãos tremulas e sentido meu peito apertar.

--Bernardo, o que houve?

Perguntei visivelmente preocupada, mas com receio de me aproximar, afinal até aquele momento não sabia o que me esperava, por qual motivo ele estava me chamado, que tipo de conversa teríamos. Só então ele me olhou, como se tivesse saido do transe em que se encontrava, seus olhos úmidos e vermelhos, sua barba por fazer dando ao seu rosto um expressão deprimida, apesar de bela. 

--Sente-se.

Ele me disse enquanto colocava a mão sobre o sofá.

Sentei receosa, e extremamente angustiada com aquela situação, apertava nervosamente minha bolsa sobre meu colo como se pudesse buscar força que eu não tinha, conseguia ouvir seus suspiros pesados ao meu lado e como se fosse possivel aquilo aumentou ainda mais minha tensão.

--Eu nem sequer sei por onde começar...

Ele murmurou em voz baixa após um longo período de silêncio, dando um gole na sua bebida, enquanto eu fitava os móveis bem decorados daquele cômodo. Eu o encarei enquanto ele continuava olhando para o nada, com a expressão mais melancólica nos olhos. Queria saber em que estava pensando, o que se passava em sua cabeça. O que o fez ficar tão triste? Queria tanto abraçá-lo.

Então o olhei no exato momento em que ele pôs os olhos em mim, e seu olhar aflito me causou pena.

Peguei suas mãos frias delicadamente e apertei como se aquele gesto incentivasse a ele prosseguir a conversa. Ele me olhou surpreso, mas pude ver que além da surpresa havia ternura naquela iris que me analisava com tanta intensidade.

--Eu te amo tanto. Tanto.

Ele disse olhando-me enquanto via duas lagrimas  cairem de seus lindos olhos.

Apesar de ser palpável a tristeza em que ele me dizia isso, esbocei um sorriso contido por saber quão sincero ele estava sendo.

Ele enxugou as lagrimas, enquanto eu permanecia fazendo carinho em sua outra mão.

--Namorar com você foi a melhor coisa que aconteceu comigo, não me lembro de ter sido tão feliz antes disso. Você é perfeita pra mim, sempre foi, desde a primeira vez que pus meus olhos em você eu soube que era contigo que eu queria passar o resto da minha vida.

--Bernardo...

Falei sentindo minhas bochechas corarem e uma culpa imensa me invadindo.

--Antes de tudo, eu realmente preciso te dizer isso. Acho que as vezes você não tem dimensão do quão maravilhosa você é, e da sua capacidade de encantar as pessoas com os mais simples gestos, eu tenho uma verdadeira adoração por você, Alice. --ele me olhou embevecido me causando tremor sobre meu corpo.--Por cada milimetro de você, eu te tenho decorada na minha mente, cada feição sua, cada mínimo detalhe, até mesmo os defeitos que para mim são lindos. E te amo mesmo sabendo que  você não me ama da mesma intensidade, e por mais estranho que seja, isso me faz te amar ainda um pouco mais...--ele deu uma risada nasal--O pouco que me dá já me faz ser o homem mais feliz do mundo só por saber que entre tantas pessoas no mundo, eu tive a sorte de ter você. 

As palavras me atingiram em cheio e por mais doloroso que fosse ouvi-las era ainda pior sabe que eram verdades. Tentei fechar os olhos inutilmente mas dessa vez não pude me conter, e senti as lágrimas quentes descerem pelo meu proprio rosto. Não ousei interrompê-lo. 

--Mas apesar disso, ultimamente tudo tem estado tão estranho. É como se algo entre nós tivesse mudado, e se possível te senti ainda mais distante e isso me afetou tanto, você talvez não faça idéia. Eu posso estar forte para o mundo inteiro, mas você sempre será minha fraqueza, você me afeta tanto, cada pequeno gesto seu pode me levar do céu ao inferno. Eu estava tão carente então acabei --ele pausou a respiração enquanto desviava o olhar do meu envergonhado.

--Acabou o quê, Bernardo? --Falei ansiosamente tocando o seu rosto e o virando em minha direção de modo que nossos olhares se cruzaram. 

Senti seu olhar tristonho sobre mim e seus lábios comprimidos em evidente tensão, sentia sua barba arranhar levemente minhas mãos enquanto segurava seu rosto o olhando fixamente.

--Acabei cometendo o maior erro da minha vida.

--O que você fez?

Ele relutou em dizer, enquanto eu tentava desvendar o que ele me diria, senti suas lágrimas molharem minha mão e seu rosto franzir.

--Eu trai você.

Ele me olhava deprimido, como se esperasse alguma reação, enquanto eu me mantinha imóvel como uma estatua ainda tentando digerir aquelas palavras. Aquilo era sem dúvida a ultima coisa que esperava que ele me dissesse.

Pisquei meus olhos várias vezes como se tentasse entender tudo que ele acabou de me dizer, minhas mãos continuavam no seu rosto enquanto seu olhar delineava uma profunda expectativa e estranheza, como se esperasse uma reação enérgica vindo de mim.

E na verdade o que não pude foi  evitar sentir um alívio, por saber que meu temor de que ele tivesse descoberto algo não merecia crédito. 

Eu então olhei para aquele homem que mais parecia um menino e sorri tristemente. Ele me olhou mais assutado ainda ao tempo em que sentia apossar-se de mim um sentimento de profunda ternura e admiração.

Bernardo foi corajoso como eu nunca fui, enquanto eu escondia covardemente minhas atitudes, ele estava ali de peito aberto, confessando erros dos quais ele sabiam que colocariam tudo a perder.

Foi naquele momento que percebi que eu estava enganada quando achei que não o amava, talvez não o amasse do mesmo modo que ele a mim. Mas eu o amava, e me sentia orgulhosa de ter junto a mim alguem tão honesto, corajoso, íntegro que me deu o amor mais lindo, do qual eu não merecia.

Nossos rostos estavam tão próximos e como se não houvesse uma forma mais propícia naquele momento de demonstrar todo aquele carinho que eu sentia por ele, aproximei de seus labios, selando-os.

O contado não deve ter demorado mais que alguns segundos, quando me afastei de seus lábios vi seus olhos esbugalhados me fitando em choque.

Sorri e acariciei seu rosto e com a outra mão alinhei seus cabelos bagunçados. Enquanto ele ainda estava paralisado.

--Você é tão lindo, Bernardo. Incrivelmente lindo. Por dentro e por fora. 

Falei observando com atenção todos os traços dele, era uma beleza triste, mas ainda sim era tão lindo e todas as suas atitudes o deixavam ainda mais especial aos meus olhos.

Então como se ele saisse de um transe, me abraçou apertado aspirando com força meu pescoço enquanto suas mãos firmes se apossavam da minha cintura. Ele cerrou os olhos quando aninhei minha cabeça em seu ombro e, naquele instante, nada mais parecia ter importância. 

--Me perdoa, meu amor. Me perdoa.

Balancei minha cabeça enquanto sentia seu aroma que mesmo com o cheiro forte de alcool, ainda era possivel sentir o seu perfume.

--Claro que te perdoo.

Então pela primeira vez na conversa ele me sorriu, um sorriso triste e contido, mas sorriu.

--Eu não mereço você. --Ele disse enquanto beijava minhas mãos com adoração.

--Não, Bernardo. Eu que não te mereço. 

Disse de uma forma triste a mais pura verdade.

--Eu juro para você, por tudo que me é sagrado. Isso nunca mais vai acontecer, eu nunca, nunca mesmo vou te trair. 

--Nós não vamos continuar, Bernardo.

Sua expressão agora era completamente confusa.

--Mas você me perdoo, não?

--Sim, eu te perdoei mas...--falei ainda acariciando sua face rosada depois de tanto choro.

Naquele momento eu me senti na obrigação moral de ser honesta como ele, eu o devia aquilo. Não era justo deixa-lo com a culpa que não era dele. Eu precisava ser sincera.

--Eu não vou fazer de novo, eu prometo eu...

--Não é pelo que você fez, Bernardo. É por mim.

Ele me olhou sem entender.

--Eu me apaixonei por outra pessoa.

 

**

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. (...)Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! 

 

Martha Medeiros em Por que você ama quem você ama? 

Fim do capítulo


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Comentários para 17 - Capítulo 17:
rhina
rhina

Em: 29/01/2017

 

A citação do final é maravilhosa....gostei muito. 

 

O capítulo foi profundo e de um significado....

demais

rhina

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Ana_Clara
Ana_Clara

Em: 02/11/2015

Amei essa citação no final do capítulo, 'profundamente profundo'! rsrsrs E não sei o que pode acontecer no próximo capítulo, mas se a Alice terminar com o Bernardo como parece, ela terá que ser muito forte em seus argumentos, pois o cara vai se humilhar pra ela completamente. 

Responder

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