• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • No meio de tudo, Você.
  • Capítulo 16

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • A Prova de Fogo
    A Prova de Fogo
    Por Bia Ramos
  • Fotografias em Preto e Branco
    Fotografias em Preto e Branco
    Por GLeonard

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

No meio de tudo, Você. por JuliaR

Ver comentários: 2

Ver lista de capítulos

Palavras: 1861
Acessos: 5081   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 16

Ter visto o olhar faiscante de Letícia me fez perceber a urgencia que tinha em resolver logo aquela situação no mínimo embaraçosa, não poderia continuar a me encontrar com ela enquanto ainda estava comprometida com Bernardo, vivia uma fase delicada da minha vida, que jamais imaginaria viver, teria que optar.

Letícia ou Bernardo?

Coração ou Razão?

De um lado a segurança, a certeza, o conforto de estar com alguem que me ama e que muito provavelmente estaria sempre do meu lado, compartilhando uma vida sem grandes emoções, com uma tranquilidade que sempre almeijei, até conhecer Letícia.

Do outro,  a emoção a flor da pele, a insensatez, a paixão flamejante a aventura constante, que fez despertar em mim sensações que até então não conhecia, e por mais deliciada que estivesse com esse turbilhão de sentimentos, sabia que não fazia parte do meu feitio viver a vida correndo riscos. E essa sensação fazia brotar em mim um sentimento antagonico de que aquela relação não daria certo.

Bernardo me pressionava de um lado, cobrava de mim a namorada carinhosa, cuidadosa, que sempre havia sido e que apruptamente deixou de existir. Ele tinha total razão. 

De Letícia havia uma cobrança, as vezes velada, as vezes dita em alto e bom tom.

--Porque não termina com ele, Alice?

As palavras saíram de sua boca de maneira tão formal que davam um tom quase lógico a sua pergunta, como se aquela decisão fosse algo tão fácil, tão despendiosa.

Eu que nunca fui de decisões e palavras impulsivas senti vontade de devolver a mesma pergunta com o mesmo tom lógico em que ouvira: Por que você não termina com meu tio, Letícia!? Mas calei. Aquele talvez não fosse o momento de falar sobre o relacionamento dela e Antoni, mas meu coração dizia que não demoraria o dia em que cobraria explicações.

--Não é uma decisão fácil. Mas conversarei com ele, sim.

--Você ficou tão séria, aconteceu algo?

--Nada, bobagem.

Voltei ao quarto e me recostei sobre a grande janela, ainda perdida em meus pensamentos, fazendo um breve retrospecto do que havia vivido naqueles meses, se minha vida virasse um filme, com certeza seria algum de Woody Allen, carregados de dramas e sentimentos controversos.

Ouvi um barulho caracteristico e olhei Letícia deitada com uma camera fotográfica antiga sorrindo.

--O que está fazendo?

--Fotografando minha modelo favorita.

Falou logo após um novo clic.

--Para.

--Por que? Você fica linda assim, concentrada, distante.

A medida em que tirava fotos, elas saiam automaticamente de sua maquina.

--Já chega, Letícia.

--Só paro se você vier aqui. 

Falou com a voz doce, irresistível. Fui até ela, sentei ao seu lado enquanto ela olhava fixamente para meu rosto.

--O que se passa nessa cabecinha?

--Nem queira saber...

Letícia sorriu.

--Somos confidentes agora, pode desabafar comigo.

--Confidentes, é?

--Claro que somos, temos segredos que só nós duas sabemos, não é verdade?

--Sim.

--Vem cá. 

Leticia me puxou delicadamente para seus braços, me fazendo afundar o rosto no seu pescoço, sentindo o perfume incomparável invadir meus sentidos

--As vezes, Alice, é preciso deixar preocupações de lado e viver um dia de cada vez, sabe? Não nos angustiarmos tanto com o futuro, viver o momento sem grandes pretenções, nos permitir vivenciar experiencias, sem fazer juízo de valor se é errado ou não. É muito doloroso pensar no amanhã, talvez ele não chegue e você perda a oportunidade de vivenciar aquilo que seu coração quer. Adiar é perder.

--Só não queria que minha felicidade fosse as custas da dor dos outros.

--Impossível viver sem magoar ninguem, seria ótimo se fosse assim, mas nunca é. Sempre haverá alguem que espera mais da gente, alguem que não aceita nossa escolhas, nossas vontades. É preciso estar de braços abertos para aceitar o novo e mais abertos ainda para deixar ir...

--Vou pensar mais sobre isso.

Peguei no sono após refletir sobre as palavras tão docemente proferidas ao meu ouvido.

 

**

O resto do dia passou devagar, o contato com a natureza me deu a leveza necessária para esquecer um pouco a decisão que teria de tomar, aquele dia ao lado de Letícia me fez refletir que por mais infeliz que fosse minha situação, não viveria sem ela. Me tomava no peito a triste constatação de que eu estava completamente, ridiculamente, perdidamente apaixonada, por ela. 

Você percebe que esta realmente apaixonada por um ser quando tudo que ela faz é lindo aos seus olhos. E tudo nela era lindo. Tudo. Por mais estranho que pareça até a forma como ela espirrava era encantadora, o barulho caracteristico soava como melodia aos meus ouvidos.

As covinhas delicadas toda vez que ela sorria arrancavam de mim suspiros mais sinceros, a voz gostosa, a pronúncia do meu nome, seu sotaque a forma convicta em que expressava suas opiniões, a personalidade forte, o magnetismo que só ela possuia.

Não sou de ter ataques de baixa estima, mas era recorrente a pergunta: O que será que ela viu em mim? De forma alguma me sentia feia ou algo do tipo, mas o que uma mulher como Letícia, tão madura, vivida veria em uma menina simples como eu? 

Meu questionamento só abrandava quando me lembrava que Letícia estava com Antoni, o que me fez ver que ela teria um gosto bem peculiar.

No nosso ultimo dia na fazenda cavalgamos, banhamos de cachoeira e tiramos dezenas de foto das paisagens, não houveram grandes momentos de intimidade, não que Letícia não tentasse, mas não me sentia completamente a vontade depois da ligação de Bernardo, expliquei minha situação a ela, que pareceu compreender com a promessa de que depois que resolvesse minha situação voltaria aos seus braços.

Dormi sentindo a mão de Letícia sobre meus cabelos, num carinho que me enchia ainda mais de amor por ela e certeza de que tomaria uma decisão, se não a mais correta, com certeza a que meu coração pedia.

O dia amanheceu e com ele veio a triste constatação de que deixaria o paraíso para enfrentar a vida real, aqueles dias ao lado de Letícia foram os melhores, a muito tempo não me sentia tão feliz com alguem, ao passo que teria que voltar para casa, teria que enfrentar Bernardo. Teria que tomar uma decisão.

Entramos no carro, e a sensação de saudade daquele lugar parecia ser mútua entre nós, como se parte daquilo que vivemos ficasse para tras, olhando pelo retrovisor a paisagem era ofuscada pela poeira da estrada.

Me acomodava melhor no banco, suspirando cansada, me pus a observa-la. Dirigindo ao meu lado. Seu olhar penetrante completamente concentrado na estrada, seus braços cobertos por uma blusa manga longa de linho preto, contrastava com o cabelo loiro brilhante. O perfil dela parecia ter sido esculpido a pincel tamanha perfeição. O nariz afilado, o queixo protuberante dava ares de superioridade. 

Leticia era dúbia, as vezes impenetrável, tantas vezes transparente, todo dia parecia estar diferente, todo dia descobrira uma caracteristica nova e igualmente apaixonante. Agora por exemplo, parecia fria, o olhar distante que de tão misterioso nem distinguia o tom azul dos seus olhos, hoje estavam especialmente gélidos, tristes talvez.

Me via observar cada gesto que ela fazia, a forma de mecher o cabelo e coloca-lo de lado, ou de ajeitar os óculos de grau, afundando-os no rosto, as mãos que se punham de forma firme no volante. Quando nos aproximamos da cidade, o transito intenso e estressante a fez proferir dois ou três xingamentos em um tom de voz excessivamente baixo, me surpreendendo. Ainda me espantava com o fato de terem saido daqueles lábios rosados de onde costumeiramente soavam palavras doces

--Me olhando?

Fiquei meio sem graça com o flagra, somente balancei a cabeça concordando.

--Você está diferente hoje.

--Estou? 

--Anham

--Por que?

--Sempre tão alegre e hoje te achei meio comedida.

--Todos nós temos um lado sombrio, querida.

De fato, minha tia tinha razão, só não sabia se estava preparada para descobrir o lado sobrio dela, estava deveras mal acostumada com seu lado encantador que não imaginaria minha reação ao ser surpreendida com seu lado oposto.

Chegamos na estrada da casa, o portão abria lentamente e com ele minha apreensão de voltar a rotina, a dura realidade que nos aguardava. A sensação de desconforto latente em meio ao vazio que se encontrava no meu peito.

Letícia estacionou o carro na garagem deserta e com um suspiro denso tirou a chave da inguição.

--Chegamos.

--Sim. Acho que vou indo então - meu tom de voz deveria ter sido tão triste que fez com que ela me olhasse com atenção

Tirei o cinto apressadamente, enquanto me inclinava sobre o banco tentando buscar minha bolsa de mão que ficara no banco de tras.

Abri a porta do carro e quando tentei sair, mas fui puxada pelas mãos delicadas e firmes de Letícia.

--Apressada? --me questionou com as sobrancelhas mais arqueadas que o normal.

--Tenho algo a resolver. 

--O que?

--Bernardo...

Falei simplesmente, não querendo alongar naquele assunto que ja era por si só agonizante. Letícia me fitou intensamente, enquanto sentia sua mão quente apertar levemente a minha como se quisesse me passar segurança.

--Já está decidida no que vai fazer?

Percebi uma curiosidade genuína mesclada com uma apreensão em sua voz.

--Para ser bem sincera, não. 

--Posso fazer algo para te ajudar a tomar uma decisão?

Falou com um tom de voz que não poderia descrever de outra forma, senão sedutor, enquanto seu rosto delicado se aproximava perigosamente do meu, da distancia em que podia sentir seu hálito doce sobre meus lábios entreabertos. 

Lutei com todas as minhas forças, para não desviar meus olhos dos seus, mas meu desejo me traiu e fitei seus lábios com expectativa.  Enquanto fitava sua boca a vi prender seu lábio inferior entre os dentes denotando uma apreensão que eu também compartilhava.

O contanto entre os nossos lábios foi inevitável, um beijo doce porém exigente surgiu quando senti sua lingua pedir espaço entre meus lábios, e suas mãos se apossarem da minha nuca aprofundando ainda mais o beijo intenso que trocávamos. Letícia explorava cada canto da minha boca, sua lingua contornava meus lábios, e vez ou outra predia o inferior entre seus dentes, ocasionando arrepios por todo meu corpo. O gosto do seu beijo a sensação inigualável de sentir minha lingua sendo sugada pelos seus lábios e principalmente a palpitação constante no meu peito me deram a certeza que eu precisava.

Letícia finalizou o beijo perfeito dando estalinhos na minha boca.

--E agora? Já tomou uma decisão?

Sorrimos juntas.

 Sai do carro me virei por um instante e pelo vidro do carro aberto pude vê-la me olhando com um sorriso compenetrado no rosto, sorri de volta  e mandei um beijinho no ar para ela.

 

***

Anseios

Meu doido coração aonde vais, 

No teu imenso anseio de liberdade? 

Toma cautela com a realidade; 

Meu pobre coração olha cais! 

 

Deixa-te estar quietinho! Não amais 

A doce quietação da soledade? 

Tuas lindas quimeras irreais 

Não valem o prazer duma saudade! 

 

Tu chamas ao meu seio, negra prisão!... 

Ai, vê lá bem, ó doido coração, 

Não te deslumbre o brilho do luar! 

 

Não estendas tuas asas para o longe... 

Deixa-te estar quietinho, triste monge, 

Na paz da tua cela, a soluçar!... 

 

Florbela Espanca

 

 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 16 - Capítulo 16:
rhina
rhina

Em: 29/01/2017

 

Oi.

São dois lados de uma mesma balança. Onde se deve ou pode ter os dois.....nem a garantia da escolha de um a outro que seja a certa.....a perfeita. .....a adequada. ....ambos tem seus prós e contra.....coração é razão. ....

é um tiro no escuro......mas o que nesta vida vem com selo de garantia permanente? 

Nada. ...tudo é um construir dia a dia.....vencendo o que surgir.....aprendendo....errando....

rhina

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Ana_Clara
Ana_Clara

Em: 02/11/2015

Pelo visto não será tão fácil de tomar uma decisão e terminar com o Bernado. Será algo grave que impedirá esse ato? 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web