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No meio de tudo, Você. por JuliaR

Ver comentários: 4

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Palavras: 2152
Acessos: 5321   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 3

Acordei com os raios solares invadindo o quarto pelas frestas da cortina, olhei para o relógio do celular e constatei que já estava na hora de levantar. Eram 7:20 e levando em conta o tempo em que ia levar para me arrumar, tomar café, além de enfrentar o trânsito não poderia me dar ao luxo de dormir mais.

Senti-me estranha, não só pela noite anterior que apesar de ter sido maravilhoso estar ao lado dela, não deixei de sentir uma ponta de culpa. Embora não tenha feito nada errado, meus desejos, sonhos, sensações me condenavam mais do que qualquer outra coisa.

Fui tomar um banho quente enquanto pensava melhor sobre o ocorrido. Parece que debaixo daquela água quente era o melhor lugar para refletir. 

Sempre fui careta demais, em relação a tudo, estudos, namoro, família. Para mim era inconcebível trair, atraiçoar alguém. E agora me via diante de alguém que simplesmente com um sorriso me faria cometer a maior das loucuras.

Inacreditável, não? Mas era assim que me sentia em relação a ela.

Ela era comprometida, eu era comprometida também, e como tal, não poderia me dar ao luxo de ficar desejando outra pessoa a não ser Bernardo. Coitado. Espero que nem em sonho ele desconfie quem povoa minha mente em devaneios tórridos. Prometi a mim mesma que evitaria qualquer forma ter contato com ela, por mais que meu corpo e minha mente desejassem o contrário do meu bom senso.

Ah que saudade do meu bom senso! Parecia que tinha se dilacerado após a chegada dela.

Na verdade nem sei que tanta indagação interna é essa, Alice?

Nem sequer sabe se ela realmente estava interessada. Talvez só quisesse ser educada, prestativa pela boa receptividade que demos a ela.  Mas e todos aqueles olhares, e a carícia em meu cabelo? Será se ela só achou bonito, ou tinha mais coisa ali.

Não sei, não era a primeira pessoa que dizia isso, e eu também adoro o fato de ser ruiva, modéstia parte achava meu cabelo lindo, mas nos últimos tempos considerei a possibilidade de mudar um pouco a tonalidade, o corte, não sei.

Encerrei o banho e fui me arrumar, coloquei um vestido florido e uns brincos verdes musgo que combinavam com a cor dos meus olhos. Desci as escadas disposta a tomar um café reforçado. Fui direto para a cozinha e por sorte, ela não estava. Mas como alegria pouca era bobagem, dei de cara com Antoni acompanhado de mamãe.

--Bom dia.—falei sem animo.

--Bom dia, bebê

--Bom dia, Alice. Que milagre acordou cedo, ou caiu da cama? –Disse com aqueles ‘dentes de abrir garrafa’

Desagradável como sempre. Não podia ser diferente. Neguei-me a responder.

--Ela está de férias, Antoni.  Tem o direito de ficar dormindo até tarde, meu bebê. –Mamãe falou enquanto dava um beijo na minha bochecha.

--Liza, Liza, não vá acostumar mal essa mocinha

--Então, você vai sair, filha?

--Vou ao salão do Márcio.

--Achei que ia sair pra passear num dia tão lindo como esse. Aliás, Letícia adorou a cidade, não descarto a possibilidade de ficarmos aqui. Para morar.

Ai meu Deus! Quase me engasguei com o suco.

--Mas que ótima noticia, Antoni! Tenho certeza que será uma ótima escolha.

 

Não podia acreditar naquilo! Meu tormento ---ou meu deleite-- não seria tão temporário assim. Mesmo não querendo, não pude deixar de imaginar como seria se eles ficassem aqui.

Que droga, Alice!

--Tenho que ir, estou atrasada. –Disse saindo pela porta da cozinha.

Peguei meu carro e fui até o Salão, chegando lá encontrei Márcio cortando o cabelo de uma cliente a navalha. Fiquei observando a cena, sem me decidir ainda o que queria fazer no meu cabelo. Poderia optar por ser atendida por outra profissional do salão, já que tinham várias, mas já estava acostumada com ele, e confiava.

--Olá gatinha!! –disse efusivo após terminar enquanto me abraçava e pegava no meu cabelo.

--Oi Márcio, como vai?

--Bem, agora senta deixa eu ver esse cabelo ma-ra-vi-lh-so! O que ta pensando em fazer?

--Ai Márcio, nem eu sei. Acredita?

--Indecisa? Da ultima vez disse que ia tonalizar, mudou de idéia?

--Na verdade sim, não quero mexer na cor dele, sabe? Mas também não quero que fique do mesmo jeito de agora.

--Já sei! Vamos deixar ele mais leve, de forma que não fique tão pesado como está!  Sei um corte que cairá muito bem nesse cabelo lindo!

--Te dou carta branca, faça o que achar melhor

--Adoro.

Falei e poucos minutos depois ele já exibia uma tesoura e com cuidado foi cortando minhas mechas de maneira uniforme enquanto via meu cabelo caindo, algum tempo atrás eu estaria chorando mais que Carolina Dieckman em Laços de Família quando raspou a cabeça. Brincadeirinha.

Mas odiava mesmo cortar meu cabelo, e não sabia o porquê mais agora me olhando de frente pro enorme espelho do salão eu senti vontade de mudar, de ficar mais bonita mais atraente. Mais mulher, menos menina.

--Prontinho! –Falou terminando de secar

Levantei passei a mão no meu cabelo e confesso que adorei o resultado. Ele não tinha tirado no comprimento, apenas deixou o cabelo com mais camadas. Simplesmente lindo.

--Nem preciso dizer que você é o máximo, ou preciso?

--Na verdade eu sabia, mas diga. –Falou ele todo serelepe

--Convencido

Disse me despedindo enquanto ia para a recepção pagar pelo trabalho. Cheguei em casa e todos estavam a mesa. Sim, ela também estava. Qual não foi minha surpresa ela está do lado de Antoni, quando adentrei na sala ainda pude perceber que ela sorria de alguma coisa que ele dizia. Um casal de amigos de mamãe também estava lá. Cumprimentei todos.

--Olá

--Alice, chegou a tempo estávamos falando justamente de você! –Mamãe disse apontando a cadeira para que eu sentasse a mesa

Ótimo, mal cheguei e já sou o centro das atenções

Letícia me olhava surpresa, focando seu olhar em meus cabelos e parecia estar satisfeita com o resultado.

--Liza estava lembrando de quando você era criança—Disse Flávia, amiga de minha mãe

--Eu lembro dessa época, ela era apenas uma bolinha gorda e careca. Ainda bem que cresceu e puxou a mãe, nem quero imaginar como seria se parecesse com seu pai —Antoni, como sempre.

Revirei os olhos e nem contive a resposta.

--Meu pai, ainda está melhor forma que o senhor, tio. –Sorri falsamente, enquanto era acompanhada pelos demais a mesa. Inclusive ela.

--Devia ser um bebê muito fofo, quero ver fotos depois Liza.

--Pode deixar que eu mostro, tenho vários álbuns.

A voz rouca soou quase em provocação, olhando para mim com um sorriso de canto de boca.

Eu bem que tentei ficar imune, mas não segurei acabei retribuindo o sorriso.

O almoço continuou com um papo leve, descontraído, até que terminamos e após me despedir dos amigos da minha mãe fui para meu quarto, assisti um filme bobinho que passava na TV fechada e depois liguei o computador e entrei em contato com meu irmão João via skype, ele me dava noticias, falava sobre o trabalho, perguntava como estava mamãe e disse que papai disse que estava com muita saudade de mim.

 Enchi meus olhos de água, eu também sentia saudade do meu pai, há meses não nos víamos, morávamos longe demais e ele era muito ocupado. Por fim, João disse para mim avisa mamãe pra ela entrar em contato com ele, já que não tinha conseguido ligar para ela ontem.

Desci as escadas disposta a dar a o recado de João, não encontrei-a na sala então fui em direção a varanda de onde ouvia sua risada alta inconfundível, pela vidraça da porta vi que tinha alguém que pela opacidade do vidro não consegui distinguir, mas julguei que fosse ela.

--Mamã...

Chamei antes de empurrar a porta e dar de cara com Letícia.

--Saiu, foi atender um telefonema— disse calmamente enquanto me analisava da cabeça aos pés.

--O que você ta fazendo?

--Estava olhando você... sem roupa. –Falou com um sorriso jocoso nos lábios

Arregalei os olhos.

Prendi a respiração. Senti meu rosto queimar devo ter ficado da cor de um pimentão.

Fui ao inferno, e voltei.

--Como? –falei sem acreditar

Então ela puxou uma foto de um dos álbuns que estavam espalhados na mesa em frente as cadeira.

Uma foto minha com uns 2 anos de idade.

Nua. Mostrando minha bundinha branca e sorrindo com dois dentes na boca. E o pior, uma tiara com duas orelhas de coelho parecendo uma coelhinha da playboy. Lembrei-me  do meu  pai comentando que tinha sido idéia dele tirar essa foto.

Respirei aliviada.

Ela parecia segurar uma gargalhada, enquanto via meu alívio.

Deu um risinho cínico. Encostei-me na pilastra da varanda com as mãos entrelaçadas, nervosa.

--Achei um gracinha. Aliás, você emagreceu bastante.

--Eu era uma criança obesa, eu sei. –Falei envergonhada

--Eu acho que você é a coelhinha mais fofa da história da playboy. E sexy também. Mas essa anda é a minha favorita.

Estendeu-me uma foto minha vestida de bichinho da Parmalat.  Sorri e ela acompanhou.

--Se eu roubar essa foto promete que não conta para sua mãe?

Sorri.

--Senta aqui.

Meio sem jeito sentei do lado dela, estávamos próximas e o vento que vinha em minha direção trazia o cheiro dela.

Um cheiro doce.

Inebriante.

Aproveitei que ela olhava distraídas as fotos e fechei os olhos e inspirei no ar seu perfume, lentamente.

Quando voltei a abrir os olhos ela me encarava séria, o que me desconcertou muito. Após segundos naquela troca de olhares, ela sorriu e desviou os olhos para meus cabelos.

--Mudou.

--Mas não a cor. –Disse lembrando o pedido que ela fez na noite anterior.

Ela esboçou um sorriso.

--É obediente. Gosto assim.

Ficamos mais um tempo olhando fotos e comentando, ela parecia estar bem interessada, sempre perguntando sobre mim, enquanto eu não sabia quase nada da vida dela. Fui tirar uma foto do álbum quando sua mão vagarosamente capturou a minha que estava repousada sob minha perna, e com a ponta dos dedos foi fazendo um carinho sobre minha mão, ora entrelaçando seus dedos nos meus ora passando a unha de leve.

Meu coração disparou, minha mão gelou tamanho susto daquele gesto inesperado.

E meu desespero ainda foi maior quando minha mãe voltou e eu tentei tirar rapidamente  minha mão da dela, mas ela segurou firme. Minha mãe continuava a falar no telefone gesticulando, e em nenhum minuto voltou a atenção a nós duas, mesmo assim estava nervosa com a proximidade. Mesmo sabendo que seria impossível ela ver algo já que nossas mãos se encontravam debaixo da mesa.

Enquanto eu tentava controlar meu desespero, Letícia se mantinha impassível, continuava a acariciar minha mão enquanto fazia cara de paisagem, vez ou outra sua mão ultrapassava os limites da minha e encostava-se à pele da minha coxa.

Minha mãe se despediu rapidamente alegando que estava com problemas com ateliê, acabei nem dando o recado de João a ela, tamanho era minha preocupação em me livrar das mãos quentes de Letícia.

Quando minha mãe saiu. Suspirei alto. Letícia tirou nossas mãos de debaixo da mesa e passou seus dedos no anel envolto no meu dedo anelar.

--Comprometida?

--Sim

--Hum, qual sua idade?

--Dezenove.

--Nova para compromissos sérios.

Disse soltando minha mão delicadamente.

--E a senho...Você?

--Adivinhe... —Me disse sorrindo

--Trinta?

Ela me olhou surpresa.

--Acertou, mas achei que ia dar menos que isso.

--A quanto tempo está com meu tio? – perguntei de supetão e ela pareceu surpresa, acho que não esperava essa pergunta vindo de mim.

--Três anos...

--Muito tempo.

--Depende.

--O quê?

--De o que você considera o tempo, de como mede o tempo...

--Calendários, relógios, noites, dias? –Falei não entendendo bem o que ela queria dizer

--O tempo se mede em batidas, podem ser as batidas de um relógio, ou podem ser as batidas de um coração. Eu prefiro medir com as batidas do coração.

Olhou-me sorrindo. E eu sorri também.

Uma garoa começou a cair na varanda ampla, entramos em casa. Ela se despediu com um aceno e foi para o quarto dela e eu para o meu.

Entrei em meu quarto flutuando. Me pus diante da imensa janela vendo surpresa que o dia já estava anoitecendo. Rápido.

Só então entendi o que Letícia quis dizer com aquelas palavras.

Coloquei a mão no lado esquerdo do peito, e percebi que o tempo em que estive com Letícia não foi medido com as batidas do relógio, mas sim do coração.

E há tempos que meu coração não batia assim.

Sorri.

 

 ***

 

 

 

O tempo, embora faça desabrochar e definhar animais e plantas com assombrosa pontualidade, não tem sobre a alma do homem efeitos tão simples. A alma do homem, aliás, age de forma igualmente estranha sobre o corpo do tempo. Uma hora, alojada no bizarro elemento do espírito humano, pode valer cinqüenta ou cem vezes mais que a sua duração medida pelo relógio; em contrapartida, uma hora pode ser fielmente representada no mostrador do espírito por um segundo. 

Virginia Woolf - "Orlando"

Fim do capítulo


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Comentários para 3 - Capítulo 3:
rhina
rhina

Em: 22/12/2016

 

Que tia atirada.....E misteriosa

gostando muito

rhina

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Ana_Clara
Ana_Clara

Em: 02/11/2015

Essa titia é muito atirada, eu adorooooooo!! kkkkkkk E aliás, a Letícia esconde alguns segredos, pois ela é muito misteriosa. Adoro tbem!!! rsrsrs

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NayGomez
NayGomez

Em: 29/09/2015

Lindo *-* o conto as personagens tudo é lindo parabens autora... Bjs

Responder

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Maria Flor
Maria Flor

Em: 29/09/2015

Julia, amei esse capítulo!

E a frase da Letícia sobre o tempo foi linda!

Parabéns!

Ps: adoro os dizeres dos fins de capítulos!

Beijoo

Responder

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