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No meio de tudo, Você. por JuliaR

Ver comentários: 4

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Palavras: 2876
Acessos: 5957   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 2

Depois de sonhos um tanto confusos, onde me entregava aos beijos com alguém, que não se parecia em nada com Bernardo, alguém que tinha o olhar forte e intenso demais, no sonho havia uma atmosfera de sedução que não sobe explicar, quanto mais entender, vários flashes em que se quer sabia distinguir a boca que tocava a minha.



Acordei, com uma ressaca DA-QUE-LAS, se é que podem me entender...



 



E como não basta estar de ressaca, tinha que ser acordada por uma mãe aos berros, puxando o cobertor.



 



--MEU DEUS, NÃO ME TIRE ELA AGORA NÃO POR FAVOR, NÃO NÃO! –Ouvia uma voz aguda, estridente, alta, perto da minha cama.



-Mã, ma..MÃE o que a senhora ta fazendo? Me acordando assim na melhor parte – respondi irritada, enquanto via aquele ser com olhos esbugalhados lhe olhando.



 



-Graças a Deus, ta viva, meu bebe! – sorriu me apertando em seus braços, com tanta força que me deixava sufocada



 



--O que a senhora pensa que está fazendo? – Falou a ver a porta do seu quarto -o qual tinha  trancado na noite anterior--completamente escancarada.



 



--Meu bebe, você está dormindo a 15 horas seguidas!, Achei que você tinha morrido minha filha! ou sofrido algum acidente, caído no banheiro talvez....A  porta estava trancada! Como saberia se você estava bem? Se estava viva? Tive que arrombar a porta, e ainda vejo você deitada sem nem ao menos se mexer, então resolvi tapar seu nariz pra ver se você conseguia respirar, já que a sua pulsação estava tão fraca. fiz técnicas que aprendi no meu curso de...



 



--Ta mamãe, não precisa contar o resto, ok! Eu não sei porque ainda me surpreendo com a senhora, por que sinceramente...Vem me acordar bem na hora, na hora que eu...- falei tão emburrada quanto perplexa com a atitude e a tagarelice de minha mãe.



--Que você o que? – Perguntou-me sem entender



-Nada mamãe, esquece. Já me acordou mesmo – Respondi com aflição, vendo que já ia falando demais



-Perdoa, bebe? Mamae tava preocupada com você...-  Liza fez uma cara tão penosa  que não resisti



--Que mania de me chamar de bebe, mas perdôo, né, fazer o que, se te amo...- levantei ainda tonta pelo efeito da ressaca e abracei minha mãe.



Sorri imaginando como uma mãe poderia ser tão protetora como a minha mesmo vivendo ocupada com o ateliê, nunca se fez distante de mim e do meu irmão. Mimava sempre que possível, fazia minhas vontades, talvez por isso eu tenha tanta dificuldade em aceitar que nem tudo é como eu quero.



Voltando minha memória a noite anterior, não posso negar que fiquei surpresa com a chegada de Tio Antoni, não por ele, que não mudou em nada. Mas pela namorada.



Era bonita, bem, na verdade era linda, tinha um porte altivo, elegante. Não era tão jovem quanto eu, mas também não era tão velha como Antoni, devia ter uns 30, não muito mais que isso.



O cabelo loiro, a cor da pele apesar de clara, aparentava um leve brônzeo nas marcas de biquíni que ficam acima dos seios.



Bem, eu reparando nos seios dela, era no mínimo inusitado.



Mas apesar de dispersa, não deixei de notar que ela me olhava com a mesma amplitude que eu a ela. E foi perceptível a surpresa quando Antoni me apresentou como sua sobrinha.



‘’Sobrinha’’, não sei precisamente o porquê, mas não fiquei a vontade com aquela nomeação.



Alice, sua louca deixe de pensar besteiras, para quem até ontem não a conhecia, já está pensando demais nessa senhora.

 

Deixei de lado pensamentos confusos, olhei o relógio que já marcava 4 horas da tarde,  fui em direção ao banheiro tirando a roupa disposta a tomar um banho relaxante, revigorante. Enchi a banheira e liguei o aparelho de som: Head Over Hells – Tears of Fears. Cantei empolgada, no ritmo, enquanto estalava os dedos imitando as batidas da musica. Terminei o banho, e vi uma bandeja de ‘’café da manhã’’ na cama, sorri.



--Mamãe não tem jeito.



Desci as escadas lentamente, olhando para os lados, procurando alguém, como quem não quer nada. Ninguém na sala, ninguém no jardim, na varanda..Fui a cozinha.



--Boa tarde, Babá!—Falei com Nona, a secretária que desde criança cuidava de mim.



Sim, quando era criança a primeira palavra que disse foi ‘’Babá’’, apelido que ela leva até hoje. O nome dela de verdade era Maria, mas nunca me acostumei a chamar assim. O amor que ela tinha por mim era maternal, me conhecia como ninguém e eu a amava como se fosse minha segunda mãe.



--Boa tarde, Alicinha. Seus tios foram conhecer a cidade —respondeu animada enquanto beijava o alto da minha cabeça —Você viu a namorada do Antoni? Como é linda e simpática!



Quando finalmente esqueço ela por um segundo, vem a babá e me lembra da criatura.



--Jovem também, deve ter idade pra ser filha dele... – falei enquanto comia uma fatia de bolo, tentando não mostrar muito interesse



--Não é pra tanto, menina! E se for também, não é problema. O amor não tem idade, não é mesmo? --Babá gargalhou



--Sei não, Nona. Vou para casa do Bernardo, não sei que horas volto.—Falei me levantando a caminho da porta de saída.



--Não vai ficar para o jantar? –Perguntou risonha



--Provável que não, beijo.—Disse enquanto saia



 



Fui para casa de Bernardo, de lá fomos para um clube com amigos, ele com os dele, eu com o meus, ficamos conversando amenidades, enquanto bebiam, menos eu, é claro. Ainda sentia o efeito da ressaca do vinho, isso que dá não ter o costume de beber. Enquanto Bernardo ficava na piscina com os amigos dele, eu tentava manter um diálogo com Ana e Patrícia, minha amigas, enquanto meu pensamento ainda estava longe



--Ta dispersa hoje, hein Alice. –Ana falou interrompendo meus pensamentos



--Como?  --Perguntei enquanto elas sorriram



--Você ta bem? –Patrícia perguntou olhando para mim



--Claro que sim, por que?



--Estamos conversando a meia hora e você até agora não falou nada, parece que ta no mundo da lua. É algo com o Bernardo?—Ana perguntou visivelmente preocupada



--Até parece que Alice se incomoda com Bernardo --Patrícia falou sorrindo



--Ai, também não fala assim, Patrícia... –Ana falou censurando



--Sério, e existe namoro mais sem sal que o de vocês? Sem querer ofender!



--Acho que no fundo Patrícia tem razão, Ana.  Nosso namoro está pautado na comodidade... —falei com pesar, apesar de tudo me sentia mal por não corresponder a altura o que ele sente.



--Namoro unilateral, ninguém merece. Bernardo é legal, mas ele é certinho demais, que nem você amiga. O almofadinha e a princesinha, isso só dá certo em contos de fadas... –Patrícia falou enquanto bebia um gole de uísque



--Isso é jeito de falar! –Ana falava indignada enquanto dava um tapinha no braço de Priscila. --Eu acho Bernardo um cara legal, estudioso, trabalha bastante, responsável. E sim vocês formam um casal lindo. –Ana falou fuzilando Patrícia com o olhar



Me diverti com a cena, era sempre divertido sair com elas, enquanto Ana era como uma mãe para mim, sempre me dando conselhos, cuidando, me ajudando. Patrícia mais parecia uma criança, agia sem pensar nas conseqüências, falava o que vinha a mente,  para ela tudo era fácil demais, prático, tinha a imaturidade daqueles que só fazem o que tem vontade.



--E eu não disse a verdade? Acordem, a vida é curta demais pra ficar perdendo tempo com quem a gente não ama. Tanta gente no mundo, tantos lugares, pessoa, bocas, sorrisos e vocês se anulando pra vida! Isso é um desperdício de vida! –Falava com tão convicta que era impossível não rir.



Apesar de ter levado na esportiva o que Patrícia falava, não deixei de refletir sobre o que ela dizia, não fazia sentido estar num relacionamento que não trazia felicidade, aliás, nem sabia se cabia felicidade no mundo tão perfeitamente ordenado como o meu.  Sentia inveja --uma inveja branca, claro—de Patrícia, da liberdade com a qual ela vivia, desprovida de medo do que os outros achariam.



--Você tem razão, Patrícia. –Ana me olhou assustada, como se não esperasse aquela frase vinda da minha boca.



--Até Alice me deu razão, ta vendo Ana!



--Você fala como se tudo fosse muito fácil— Ana devolveu em tom crítico.



--Vocês complicam demais as coisas, como disse Florbela ‘’Só se pode ser feliz simplificando’’



Sorri, Patrícia era uma graça, seja qual for o assunto nunca deixava de lado o tom poético, como se isso dessa mais veracidade ao que dizia, melhorasse seus argumentos.



 



Até para escolher o local que íamos ficar foi uma discussão, Patrícia queria ir para a boate, eu e Ana queríamos mesmo ficar no Pub. Por decisão democrática esticando mais à tarde no Clube, e fomos para um Pub novo que tinha sido inaugurado na cidade, dessa vez fomos apenas nós três, Bernardo retornou para casa, tinha que trabalhar cedo no outro dia.



 



O ambiente era agradável, bem medieval como garçonetes que mais pareciam preparadas para uma batalha envolvidas por algumas armaduras, os móveis rústicos davam um charme especial ao lugar.



 



--Lindo né? –Ana falou. E eu balancei a cabeça em concordância.



 



--É, até que é legalzinho—Falou Patrícia não querendo dá o braço a torcer e reconhecer que aquele era o lugar mais apropriado aquela noite



Rimos.



***



Cheguei em casa já se passava de 1 da manhã  entrei pela porta dos fundos e subi as escadas em direção ao quarto, não sabia dizer porque, mas tive a sensação de que estava sendo observada,  a penumbra da sala não favorecia a minha visão, que já não era tão boa nem com a claridade.

 



Tomei um banho quente, devo ter passado uma meia hora naquele banho, terminei vesti um baby doll rosa,  pus meus óculos de grau, e desci as escadas, já sentia minha barriga reclamar das horas que passei sem me alimentar.



Fui em direção a cozinha, ansiando comer algo, abri a geladeira, procurei, procurei até achar um achocolatado de caixinha, coloquei o canudinho e suguei com tanta satisfação, quando fechei a geladeira  o susto foi tamanho que quase caia pra trás.



Ela.



Os azuis me fitavam se divertindo.



Enigmáticos. Ela vestia um robe preto semi aberto com detalhes azuis bordados no decote, e um baby doll por baixo. Aquele nó, mesmo frouxo dava uma noção do quanto seu corpo era bem feito, a sua cintura era fina, e os seios firmes.



Derrubei a caixinha levando minha mão ao peito, tamanho era o susto.



 



--Perdão, não queria te assustar – Ela falou sorrindo, enquanto se abaixava para pegar a caixinha e estende-la para mim - Pegue, não derramou.



--Ah...—Fiquei atônica, nem sabia o que dizer naquele momento.



--Muita fome? –Perguntou e aquela voz calma, quase rouca, me fez despertar.



--O que? Ah  é...am...sim, um pouco – Sim, eu estava uma completa idiota, nem sequer consegui formar uma frase decente. Também, aqueles olhos eram tão inquisitórios que mal conseguia me concentrar no que aquela boca rosada dizia.



Ela sorriu.



--Quer que eu faça alguma coisa pra você comer? –Nunca pensei que eu pudesse ter um pensamento tão torpe, mas a simples menção de ‘’comer’’ me fez arrepiar.



--Não precisa se incomodar... —falei tentando ser educada.



--É um prazer te servir, sobrinha–Ela falou com um sorriso que se não fosse de alguém que eu mal conhecesse, poderia dizer que era...sensual.



Não, só podia estar ficando louca! Ela era namorada, daqui a algum tempo seria esposa do meu tio.



Meus pensamentos estavam libidinosos demais, para alguém que até ontem era hetero e ‘’bem resolvida’’



--Ok –disse suspirando.



Sentei na cadeira, enquanto ela abria a geladeira e tirava alguns ingredientes que eu nem sequer me atentei, tamanha era minha atenção nos seus movimentos, a forma com que ela manuseava, que caminhava, as vezes virava em minha direção e me sorria.



Não, ela está sendo apenas simpática, Alice.



Prestando atenção nos detalhes do seu corpo, já que agora as lentes do óculos me davam uma visão mais apurada, dava pra perceber que ela tinha minha altura. 1.68, não muito mais que isso. Os cabelos eram loiros, claros, e agora sem o penteado dava pra se ver o tamanho real, um pouco mais curtos que os meus, que ficavam no meio das costas.



 



‘’Ela é minha tia’’ repetia esse mantra inúmeras vezes, que nem percebi quando ela pôs um sanduíche natural sobre a mesa. 

De fato parecia gostoso, ela realmente sabia como se virar na cozinha, coisa que eu admiro em qualquer pessoa. Ainda desconsertada, dei uma mordida, enquanto ela me olhava.



Aliás, Que olhar era aquele?



Ela matinha o queixo apoiado na mão, e pelo crepúsculo da noite, me permitia ver com atenção o perfil de seu rosto, enquanto ela me olhava com atenção parecendo estar atenta a qualquer reação minha.



 



--Muito bom—disse depois de engolir com contentamento.



--Gostou?  -- ela me olhou com satisfação



--Sim, obrigada, Letícia. –Falei com sinceridade, agradecida pela generosidade dela.



Ela deu uma risada gostosa. Não entendi bem  o porque.



--O que foi?—Encarei a mulher a minha frente com curiosidade.



--A forma como você pronuncia meu nome. Achei...bonitinho. –Ela disse divertida



--E não é assim? – Indaguei



--É sim, é que tanto tempo morando fora, Itália e Espanha, quase ninguém acertava a pronúncia, quando você falou meu nome tive até a impressão que se tratava de outra pessoa. --falou divertida



O sorriso dela era lindo, a forma que ela sorria, deixando à mostra as covinhas em suas bochechas, tão espontânea e mística ao mesmo tempo, que  me atrevia a acompanhá-la com um sorriso, apesar de tímido.

 



Com a proximidade em que estávamos, frente a frente, sentadas a mesa, pude me ater melhor as detalhes de seu rosto, o nariz afilado assentavam-se perfeitamente com os olhos analíticos, azuis ou seria violeta. Lembravam-me os de Elizabeth Taylor.



--Hoje conheci um pouco de sua cidade – falou ela



-- Soube mesmo que vocês tinham passado a tarde passeando—



--Foi um passeio turístico, nada agitado, mas ainda pretendo conhecer a noite, deve ser mais animado.



--É, na verdade sim, apesar de não ser tão chegada a baladas – falei e ela me olhou com estranheza



--Da sua idade eu gostava bastante, aliás até hoje. Podíamos combinar pra sairmos juntas, se você não se incomodar.



Fiquei por alguns segundos estática, não esperava aquele convite, não tão rápido. Porém não tentei não transparecer a surpresa.



--Podemos combinar de sair...com algumas amigas minhas.



 



Não sei se foi coisa da minha cabeça, ou eu realmente vi um pouco de frustração no olhar dela. Antes de pensar melhor a respeito, ela interrompeu meus pensamentos.



--Claro, tenho certeza que será divertido...

 



Meu espírito covarde não quis me deixar ficar mais um pouco conversando, no fundo eu tinha medo de deixar transparecer algo estranho em relação a ela, poderia ter ficado a noite conversando, escutando aquela voz rouca, o jeito leve dela falar, mas terminei inventando uma desculpa e me despedindo dela.



—Bom, já é tarde, vou deitar um pouco, amanhã tenho que ir no salão cedo...



--Não me diga que vai mudar o cabelo... –falou num tom quase de reprovação, não entendi bem...



--Na verdade sim, um pouco, por quê?—Respondi com estranheza.



E por quase um segundo me arrependi... Ou não.



Ela fez um gesto que quase paralisei tamanho minha surpresa, se fosse qualquer pessoa no mundo eu acharia normal, mas vindo dela era quase épico.



Ela lentamente tirou a mão que até aquele momento estava dando sustento a seu queixo e foi em direção ao meu cabelo e com a ponta dos dedos colocou um mecha atrás da minha orelha e ficou tocando minha bochecha com o dorso da mão.  



--Muda não, acho lindo ele assim...ruivo. –Falou ela enquanto me fitava intensamente.



Senti minhas mãos gelarem, arrepiei inteira. Tive medo de ter um sincope quando senti seu toque queimando meu rosto.



A voz dela estava próxima demais.



 A respiração, a forma como aqueles olhos --que nem distinguia mais a cor-- me olharam.



Mordi os lábios involuntariamente, isso sempre acontecia quando ficava nervosa.  E me arrependi por um instante quando seus olhos desceram automaticamente e fitaram minha boca.



Suspirei.



Desviei o olhar.



E o ‘’carinho’’que ela até então fazia no meu cabelo se dissipou quando tive o ímpeto de me levantar.



--Então, tenho que ir. Boa noite, tia! –Fiquei tão nervosa que acabei a chamando de Tia, como eu era idiota.



Ela pareceu achar divertido,  pela forma que me olhou e deu uma risada que eu já não sabia que gostava ou não.



--Boa noite, sobrinha. Bons sonhos. –Falou com o olhar agora divertido parecendo se deliciar com minha inquietude.



 



(...) Mal sabia ela que meus sonhos se tornariam melhores depois de sua chegada.



***



Amar é dar a vida a um outro. A sua. A única. Arriscar tudo. Tudo. A magnífica beleza do amor reside na total ausência de planos de contingência. Quando se ama, entrega-se a vida toda, ali, desprotegido, correndo o tremendo risco de ficar completamente só, assumindo-o com coragem e dando um passo adiante. Por isso a morte pode tão pouco diante do amor. Quase nada. Ama-se por cima da morte, porquanto o fim não é o momento em que as coisas se separam, mas o ponto em que acabam.



 

José Luís Nunes Martins

Fim do capítulo


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Comentários para 2 - Capítulo 2:
rhina
rhina

Em: 22/12/2016

 

O cupido já fez o trabalho dele.

sobrinha. ...tia

tudo em família. ...eita confusão 

rhina

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Ana_Clara
Ana_Clara

Em: 02/11/2015

Adorei novamente!!! rsrs E aliás, seria exageradamente legal formar casais nessa história... Patrícia e Ana! Letícia e Alice! Seria interessante, muito interessante! E o que foi esse encontro na cozinha, hein?! Essa tia é muito gostosa e quente, isso sim. kkkkkkkkk

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NayGomez
NayGomez

Em: 29/09/2015

Essa tia ta muito assanhada pro meu gosto kkkk. Eu acho que a Leticia vai da mais trabalho que a Alice rsrs, nao sei se é por causa do seu jeito espontâneo de ser e a Alice mais séria  mais que quem vai ter a atitude de querer algo a mais vai ser a Leticia.

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Maria Flor
Maria Flor

Em: 29/09/2015

Oi, Julia!

Esses encontros na cozinha são sempre interessantes!

Interessante.

O bom é que do jeito que vc conta, a Leticia fica muito misteriosa e adoro isso!

Beijoo

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