Os Anjos Vestem Branco - Capítulo 11

 

Victória desligou o celular e sentou no sofá de frente para Thiago.  

-- Mona do céu - colocou as duas mãos na cabeça e espalhou os cabelos - Eu estou pasmo. Quase nem acredito no que ouvi. É real mesmo?

-- Pois pode acreditar que é real. Cansei Thiaguinho, não quero mais - deitou no sofá confortavelmente - Pedi para ele vir aqui amanhã para termos uma conversa definitiva. Agora quem não quer mais sou eu - bateu no peito várias vezes.

-- E tomou essa decisão quando?

-- Já faz alguns dias, mas ontem foi o dia D. Tenho que perder o medo de lutar, de buscar algo melhor para mim e principalmente perder o medo de ficar sozinha. Ironia não é mesmo? Hoje percebo que estando com ele sou a pessoa mais solitária do mundo. Cheguei à conclusão que o que me prendia ao Mô mais do que amor era a segurança que ele me proporcionava.

Thiago ouvia tudo em silêncio. Como a amiga demorou para perceber isso.

-- O bom é saber que mesmo estando somente eu aqui nesse apartamento enorme, não estou sozinha porque aí fora em algum lugar da cidade estão a Bruna, a Sabrina, o Ric, a Adriana, a Pri e principalmente... Você meu grande amigo - levantou, foi até Thiago e o beijou na face. Pessoas que não deixariam nunca de me dar a mão.

-- Será que uma certa doutora loirinha não teve influência decisiva para o surgimento dessa nova Victória?

-- É possível. Deveria até me envergonhar com isso, mas, ela com 22 anos me dá um banho em determinação, caráter e coragem. É tudo isso o que preciso nesse momento então, vou tentar aprender com ela.

-- Por onde vai começar?

-- Vou começar procurando um emprego. Imagino que não seja difícil já que tenho muitos anos de experiência como enfermeira.

-- Você poderia conversar com a Bruna, pode ser que ela saiba de algo.

-- Não Thiago. Na verdade não quero que você comente nada com ela. Sequer quero que saiba que sou enfermeira. Depois que eu estiver trabalhando e ter terminado com o Mô, conto tudo para ela.

-- Você está certa. A Bruna as vezes surpreende a gente. Não sei qual seria a reação dela ao saber que o seu namorado é casado e pai de família.

-- Então vamos à luta - levantou e pegou o note de cima da estante - Você me ajuda? Vou enviar curriculum vitae para hospital particular, clínicas médicas e casas de saúde. Trabalhar no Hospital Helena Sontag me deu uma bagagem muito grande.

-- Que pena né Vic, lá você já era enfermeira chefe do setor de pediatria.

-- É verdade Thiago, mas é passado, agora quero pensar no futuro - sentia-se entusiasmada, motivada e feliz, muito feliz.

 

 

-- Bruninha tenho um caso difícil e muito interessante para você - Sabrina entrou no conforto médico com cara de preocupada - Ele está aguardando lá no consultório 2.

-- Sabrina você fez a mesma cara que Noé fez quando viu um casal de cupim entrar na arca.

-- Para você ver a urgência do caso - sentou de frente para a loira.

-- Eu vou Sabrina, mas se for pegadinha quero voltar aqui e te dar uma Joelhada Muay Thai que você vai ficar um mês sem dançar mambo na horizontal.

-- Vai lá ver então...

Bruna levantou e foi para o consultório.

-- Bom dia - saudou o homem assim que entrou na sala.

-- Bom dia doutora.

-- Bem vejamos... - olhou o nome do homem na ficha - Vinicius, qual é o problema?

-- Olha doutora a mais ou menos uns quinze dias apareceu uns pontinhos pretos aqui no meu pé hó - mostrou o pé todo sujo para Bruna - No começo tava até bom, dava umas coceirinhas gostosa sabe, mas agora tá difícil doutora, não consigo nem encostar o pé no chão.

Bruna colocou as luvas e foi examinar o pé de Vinicius.

-- Pois é Vinicius, o que você tem aqui é Tunga penetrans.

-- Isso é grave doutora? - perguntou com os olhos esbugalhados.

-- Normalmente, não é grave - sorriu do jeito assustado de Vinicius - Você já ouviu falar de bicho de pé?

-- Já, então o tal do "penetra" é o bicho de pé? - estava decepcionado.

-- Vinicius, não é grave, e o tratamento é fácil. No entanto, se não for tratada da maneira correta, pode levar a complicações mais sérias, como infecção generalizada, ou o tétano. O mais importante para tratar a lesão causada pelo bicho do pé é higienizar o local com água e sabonete e retirar o inseto do corpo.

-- Como eu peguei isso doutora?

-- Andar descalços na areia da pracinha e da praia aumenta as chances do inseto se instalar. No verão, a pulga se desenvolve mais fácil, pois gosta de locais quentes, secos e sombreados. Apesar do "pé" no nome, a lesão pode se instalar em qualquer área do corpo, mas com menos frequência, pois o pé é a área do corpo mais facilmente em contato com a terra.

-- Eu ando descalço - falou triste.

-- Pois deveria evitar. Além de bicho de pé você pode se machucar.

-- Não tenho chinelo doutora.

Bruna ficou muito abatida, muito séria e de semblante triste.

-- Aonde você mora Vinicius?

-- Em um barracão aqui em baixo do viaduto da Barra na altura da Alvorada.

-- Você mora sozinho?

-- Mora eu, a mulher e dois filhos - contou sorrindo - E tem um neném que nasceu mês passado doutora.

A pobreza não é uma condição exclusiva de uma região ou outra, como se costuma pensar. Praticamente todas as cidades do país (principalmente as periferias dos grandes centros metropolitanos) contam com pessoas abaixo da linha da pobreza.

-- Você vai fazer o seguinte Vinicius, depois de amanhã traz as crianças aqui pra mim conhecer. Vai trazer?

-- Claro doutora - falou todo feliz.

-- Qual é o seu número? Vou trazer um calçado para você. Não quero mais tirar bicho de pé de ninguém.

-- 42 - sorriu tímido.

-- Agora vamos lá, vou retirar esse inseto com uma agulha esterilizada.

 

 

Mais tarde...

-- Como castigo pela brincadeira, no nosso próximo plantão você vai me ajudar a examinar os filhos do Vinicius - Bruna sentou na maca do consultório em que Sabrina atendia e sacudia as pernas como uma criança.

-- Beleza. As piazadas devem estar enfestadas de bicho de pé - brincou.

-- Fora outras coisas. Vou pedir umas medicações amostra grátis lá do Sontag caso seja preciso.

-- Legal, então tá resolvido - Sabrina levantou.

-- Ainda não dona Sabrina. Falta o tênis que você vai comprar.

-- Eu?

-- Tamanho 42, não precisa ser de marca, mas tem que ser confortável. Eu compro o chinelo.

-- Como você pode ser tão mão fechada Bruna?

-- Mão fechada não, só valorizo cada centavo que tenho. Se você não aprender a valorizar seus centavos, não irá valorizar seus milhões.

-- Tá. Quantos mil você gastou naquela moto enorme?

-- Isso se chama investimento Sabrina. Você vai ver o AP que vou comprar com minhas economias.

-- Tem certeza que não quer que eu compre o chinelo também? Fiquei com peninha de você agora.

Bruna só deu de ombro, tipo: Se quiser.

 

 

No Leblon...

-- Priscila quero falar com você - Nestor estava sentado no sofá da sala esperando a filha chegar do trabalho.

-- Claro. Pode falar papai - sentou à sua frente.

-- Vou te pedir uma coisa - esfregou as mãos nervoso - Gostaria que você não ficasse fazendo a cabeça da Bruna contra mim...

Priscila impediu que ele continuasse.

-- Como que é? Fazendo a cabeça dela? Você não tem vergonha de me pedir isso?

-- Priscila, o que estou pedindo é que deixe eu contar para ela, só isso.

-- Ela já sabe pai, só não está sabendo lidar com isso, afinal, para ela, você é o doutor perfeição, não é mesmo? - passou as mãos pelos cabelos e levantou - Você está a anos falando a mesma coisa, mas te dou um mês, somente um mês de prazo para você contar tudo para ela.

-- Um mês é mais que suficiente Priscila. Obrigado - levantou e saiu de cabeça baixa.

Priscila tinha os olhos marejados. Sabia que o pai sairia de casa, mas era melhor assim. Para todos.

 

 

A noite.

-- PRISCILA... - Bruna entrou berrando, mas calou-se assim que viu uma certa mulata sentada no sofá.

-- Oi Bruninha, visita para você -- Priscila tinha um sorrisinho sacana nos lábios.

-- Oi Jú. Quanto tempo - aproximou-se e beijou a mulata no rosto.

-- Oi Bruna. Estava com saudade, aí resolvi te procurar - falou toda manhosa próxima ao ouvido da loira - Você parece um anjo de branco, sabia?

Bruna previa alta tensão sexual entre elas nos próximos minutos. Desde que terminaram era sempre assim, se encontravam e matavam a saudade com muito sex*.

-- Vamos subir. Preciso tomar um banho - Bruna seguiu na frente.

Juliana olhou para Priscila levantando uma das sobrancelhas e falou:

-- É hoje.

-- Vai lá e arrasa - Priscila gostava de Juliana, a mulata realmente amava a irmã, vivia correndo atrás dela.

Juliana conhecia muito bem o quarto de Bruna, no tempo em que namoravam frequentava quase que diariamente aquele ambiente.

-- Senta aí. Eu vou tomar banho e já volto - correu para o banheiro.

Depois de alguns minutos Bruna abriu o box e deu de cara com Juliana ali na porta do banheiro, levou um susto.

-- Credo Jú - falou sorrindo - Parece um fantasma.

-- A fantasminha camarada espero - deu uma olhada naquele corpo lindo que tanto desejava. Chegou perto dela e sussurrou em seu ouvido: -- Estou louca de saudade desse corpo -- desceu os seus lábios pelo colo dela, chegou aos seios.

Bruna gem*u baixinho a empurrando em direção à cama.

-- Você é linda, linda...Juliana - puxou a mulata para si e pressionou os lábios contra o pescoço dela.

Juliana jogou a cabeça para trás. Bruna sentia a respiração quente dela.

-- Fala que você me quer, meu amor... - pediu com voz baixa diretamente no ouvido da loira.

-- Te quero todinha minha gostosa -- deitou-se na cama e a puxou pelo braço para que deitasse sobre ela.

Juliana levantou um pouco, rapidamente tirou toda roupa e voltou para a posição que estava. Aquele cheiro de banho tomado, aquela boca sempre fresca com gosto de menta a deixava maluca.

Bruna virou e ficou em cima dela. Começou a beijar sua boca. Juliana tinha um beijo gostoso. Aqueles beijos de língua que pareciam uma brincadeira de pega - pega. Muito bom. Foi descendo até chegar nos belos seios e começou a lamber, deixando a mulata louquinha e arrepiadinha.

-- Eu conheço cada centímetro do seu corpo, e eu amo cada pedacinho dele.

As palavras ditas por Bruna deixavam Juliana ainda mais excitada.

Bruna Beijou e mordeu a coxa dela indo em direção a virilha. Podia sentir o calor que emanava daquele corpo. Passou a língua levemente no clit*ris e subiu até a barriga dela. Juliana a empurrou de volta.

-- Me ch*pa, me ch*pa... - pedia, implorava.

Mas Bruna continuou com sua língua passeando pelo corpo escultural da mulata. Quanto mais ela implorava mais excitada a loira ficava. Não aguentando mais e sentindo que Juliana também não, penetrou a língua em sua vagin*, fazendo círculos. Juliana soltava gemidos de prazer. Com a ponta da língua acariciava o clit*ris. Não demoraram muito a goz*r.

Suas mãos e bocas continuaram a explorar o corpo uma da outra ainda por muito tempo. Quando o cansaço finalmente dominou o corpo, ficaram lá, ofegantes por mais algum momento, até que dormiram.

 

 

Na Barra...

Victória andava de um lado para outro com o celular na mão. Lutava com a dúvida do "ligo ou não ligo". Perguntava-se mentalmente: E se ela estiver dormindo? Se estiver em alguma balada? Mas que droga, só saberia se ligasse, e ligou.

Chamou...Chamou...Chamou... Até que...

-- Alô...

-- Alô, Bruna? - perguntou na dúvida.

-- Não, não é a Bruna - disse ainda presa entre o sono e o despertar - A Bruna está dormindo.

-- Você é quem? - Não aguentou a curiosidade.

-- A Juliana - falou vitoriosa.

-- Há tá. Desculpa o incomodo - desligou sem esperar pela resposta.

-- Idiota, idiota - bateu na própria cabeça - Como ela pôde fazer isso - deu uma volta ao redor do sofá e sentou - São todos uns safados, homens, lésbicas... - parou e pensou por alguns instantes na besteira que estava falando.

Afinal, Bruna não tinha que dar explicação nenhuma para ela. A garota é solteira e desimpedida, fica com quem bem entender.

Mas estava chateada, não sabia porque, mas queria exclusividade por parte dela. Deitou no sofá e com o celular na mão adormeceu alí mesmo.

 

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No dia seguinte.

Bruna e Sabrina estavam em uma rodinha de alunas na academia. A professora ensinava mais um golpe de MMA.

-- Chute do Anderson Silva - Karatê, capoeira e Steven Seagal. A história do golpe que nocauteou Vitor Belfort começou há 30 anos, no Japão, quando Steven Seagal dava aulas de artes marciais por lá. O astro de filmes de porr*da, que também é mestre de aikidô, criou o golpe...

-- Adoro o Steven Seagal. Ele faz assim nos bandidos - Bruna bateu com as duas mãos na orelha de Sabrina.

-- Sua louca - Sabrina passou as mãos no lugar que doia.

-- Que fofa! - a professora colocou as duas mãos na cintura - Já que está tão cheia de energia, venha até aqui para gastar um pouco - fez sinalzinho com o dedo.

-- Sempre eu profe - contestou - A Sabrina até reclamou da senhora pra mim.

-- Mentira - Sabrina entrou em pânico.

-- Então as duas aqui - apontou para o local a sua frente.

Bruna deu uma risadinha debochada.

-- Como estava falando, Steven Seagal criou o golpe e ensinou para o Spider. Isso é o que Steven Seagal e Anderson disseram. Papinho. O brasileiro assumiu depois que treina o chute desde sempre. Ele existe em todas as artes marciais.

-- Profe - levantou o dedo - Posso demonstrar o golpe na Sabrina?

Sabrina não se acreditava. Que garota insuportável.

-- Claro Bruna. Vem Sabrina.

Sabrina foi bufando.

-- O golpe é uma pancada com o peito do pé - mostrou -- Não um pisão.

-- Legal - Bruna esfregou as mãos.

-- A técnica ali é jogar uma nádega para a frente enquanto levanta a coxa - a professora pegou na bunda da loira -- Isso amplia o alcance do chute. E a chance de pegar o adversário desprevenido. Agora a demonstração. Vai que é sua Bruna...

Bruna se preparou para dar o golpe com uma estranha movimentação, que ela dizia ser, jogo de pernas, esquivou de vários golpes imagináveis, já que Sabrina estava estática olhando abobada para a amiga que mais parecia uma ave acasalando.

Bruna aproveitou o momento de total distração de Sabrina e deu um golpe certeiro na bunda dela, fazendo-a cair de barriga no chão.

Sabrina levantou rápido e correu atrás da loira.

-- Socorro profe... - escondeu-se atrás da professora.

-- Sabrina, não sabe perder? Que feio - a professora saiu e as outras alunas foram atrás.

-- Você gosta de aparecer né Bruna. Tenho vontade de meter a mão na sua cara.

-- Deus tá vendo tudo isso Sabrina - sentou em um banco - Estou aqui por sua causa.

-- Precisa ser CDF até aqui? Vai trazer maçã também?

-- Não tenho culpa se essa mulher me trata como bonequinho de Vodu.

-- Tem sim, fica fazendo perguntinhas bobas - Sabrina bufou e sentou ao lado dela no banco - Ela fica te passando a mão e você nem percebe, sua tonta.

Bruna apenas sorriu e sacudiu a cabeça.

-- Vou até o apartamento da Victória. Estou com saudade dela - levantou e parou em frente da amiga.

-- Não é melhor avisar Bruna? Vai que o masculino esteja lá.

-- A essa hora? Duvido. O cara deve ser um vampiro, só aparece a noite.

-- Se você está dizendo. Então vamos, saio contigo.

Depois de tomar banho, Bruna pegou a moto e seguiu para a Barra da Tijuca.

 

 

-- Então hoje à noite teremos o ultimo capitulo dessa novela mexicana chata que convenhamos né morena, não teve audiência alguma.

-- Vai ser muito triste Thiago. Não vou ser hipócrita. Foi bom enquanto durou. O Mô é um homem incrível, de caráter admirável, mas não posso viver pelo resto da minha vida ao lado de uma pessoa somente por gratidão. Eu quero é viver um grande amor, quero amar e ser amada com intensidade. Ter uma pessoa presente que me encha de carinhos, que cuide de mim e que eu cuide dela - falava com olhos sonhadores - Que me...

A campainha tocou.

-- Está esperando alguém Vic?

-- Não Thiago. Que estranho, o porteiro deixou subir sem avisar - olhou no olho mágico. Fez cara de brava, mas por dentro vibrava de alegria.

-- Olá - assim que a morena abriu a porta Bruna pulou para dentro com os braços abertos.

Victória virou e saiu em direção a cozinha sem falar nada.

-- Ué o que deu nela? - perguntou para Thiago.

-- Sei lá, estava tudo bem até agora - ficou surpreso com a atitude da amiga.

-- Vou lá falar com ela.

Quando chegou na cozinha Victória estava encostada na pia com um pote de sorvete na mão.

-- Poxa, isso tudo é medo de que eu coma o seu sorvete? - Bruna se aproximou e a abraçou pela cintura.

-- A Juliana sabe que você está aqui? Cuidado hem, ela é bem bravinha - pegou uma colher e começou a comer o sorvete.

-- Porque ela deveria saber? Não tenho que dar satisfação da minha vida para ela - pegou uma colher e começou a comer também.

-- É assim que você trata as mulheres com quem passa a noite? -- falou enfiando uma colher cheia de sorvete na boca.

Bruna ergueu as sobrancelhas, admirada. Como ela sabia?

-- Não precisa ficar com essa cara baby - Victória encheu a colher de sorvete e deu na boca de Bruna sorrindo.

-- Estou sendo monitorada? Colocaram câmeras escondidas em meu quarto?

Victória deu uma gargalhada.

-- Sua boba. Eu liguei ontem e ela atendeu -- encheu a colher de sorvete novamente e colocou próximo aos lábios da loira - Abre a boca.

Bruna abriu e ela colocou a colher com sorvete em sua boca.

-- Há tá. Que susto - encheu a colher com sorvete e colocou na boca de Victória.

Bruna passou os dedos pela boca de Victória na intenção de limpar o sorvete do canto da boca dela.

A morena fez o mesmo passando o dedo polegar delicadamente pelos lábios da garota.

Ficaram se olhando fixamente por algum tempo. Os corpos eram atraídos por uma força potente e desconhecida, até que foram se aproximando, se aproximando...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo