Larissa

 

                Acordei ainda mais cansada do que quando fui dormi ontem, seria um martírio ficar aqui esses dias, não teria descanso. Levantei e fui tomar um banho para melhorar, a agua morna caia em meu corpo, fechei os olhos e lembrei do sonho, meu coração bateu acelerado. Pensei que estava melhor dessa agonia, depois de tanto tempo, mas está ali me fazia voltar no tempo. Senti as lágrimas se misturarem com a água.

               Encostei minhas mãos na parede e me permiti chorar. Segundos depois já estava mais calma, me sequei e fui me vestir para ir até a empresa. Tomei café rápido, peguei o celular para mandar mensagem para Bella, estava descarregado. Por fim segui caminho para a empresa.

              Estacionei na vaga que antes era do meu pai, como era possível mesmo depois de mais de um ano ainda me sentir injustiçada, por tê-los perdido assim. Sai do carro tentando mostrar uma tranquilidade que eu estava longe de sentir. Adentrei a empresa sendo cumprimentada por todos, cheguei a sala de Ruan, a secretária me mandou entrar.

 - Bom dia. Que carinha é essa?

- Bom dia tio, só dormi mal essa noite. Daqui a pouco estou bem.

- Tudo bem querida, espero que consiga descansar hoje. O Dr. Fontes deve chegar daqui a pouco, vamos logo deixar claro que não deixaremos brechas para erro dessa vez.

            Concordei com ele, continuamos falando sobre o que dizer na reunião. Minutos depois fui até minha sala deixei minhas coisas, coloquei o celular para carregar, o telefone toca.

- Alô.

- Dona Larissa, Dr. Fontes já está na sala de reunião com Ruan.

- Obrigada, irei até lá.

           Visualizei uma mensagem de Bella, sorri e antes que eu pudesse responder me lembrei da reunião, depois eu responderia. Me dirigi até a grande sala de reunião.

- Bom dia Dr. Fontes.

- Bom dia Larissa.

- Bem podemos começar agora.

          Ficamos maior parte da manhã tentando convencer André do que seria melhor para a construção, no fim ele acabou cedendo as nossas exigências, no fundo ele sabia de nossa competência. Assim que terminamos ele foi embora, alegando ter um grande julgamento correndo sobre seu escritório. Entrei em minha sala para pegar minhas coisas, já era quase hora de almoçar.  Logo depois fui para o escritório de Ruan.

- Larissa acabei de falar com um dos fornecedores, a reunião vai ser amanhã, e o jantar com o John será na quinta.

- Tudo bem.

        Ele saiu da sala por um tempo aproveitei para falar com Bella, ouvir sua voz já me deixava mais tranquila, ela percebeu que tinha algo errado, perguntou quando eu voltaria, isso só iria acontecer lá para o fim de semana, suspirei já pensando em todas essas noites sem dormi. Expliquei que ia almoçar com os meninos hoje, ela disse que eu me divertisse com eles. Do lado de fora Ruan já me chamava para ir.

        Ele foi direto para casa, eu fui pegar os meninos na escola. Assim que eles me viram, correram em minha direção.

- Está vendo Enzo eu disse que ela viria.

- Você não disse não.

        Ficaram nessa discursão por algum tempo, eu só ria do que os dois diziam, acabei por dá fim aquela algazarra.

- Ei, se não pararem deixo os dois no meio do caminho.

        Os dois pararam de discutir e foram me perturbar por eu não jogar direito.

- Lari, você vai ficar para jogar com a gente?

- Fico sim, ao menos algumas partidas.

- Oba, vou acabar com você no game.

- Não quem vai sou eu.

         E assim se iniciou mais uma sessão de discursão entre os dois, chegamos na casa deles, mal estacionei eles já saíram correndo, me deixando para trás carregando as mochilas dos dois. Marta nos recepcionou, beijou cada um dos meninos e perguntou-me depois de me cumprimentar:

- Espero que esses dois não tenham te dado trabalho, Larissa. Tem dia que até eu desejo devolvê-los e pedir reembolso.

- Que nada, eles são uns amores.

- Vamos querida, o almoço já está sendo servido. Fique à vontade vou apressar aqueles meninos senão não almoçaremos tão cedo.

          A mulher subiu as escadas e sumiu, olhei as varias fotos espelhadas pela casa, dentre elas estava uma de meus pais, Ruan e Marta. Foi um cruzeiro que fizeram juntos, pouco antes dos meninos nascerem, segurei o porta-retratos, ouvi a voz de Ruan atrás de mim.

- Foi nossa última viagem juntos. Sua mãe não parava de se preocupar por ter deixado vocês sozinhos.

- Lembro que ela ligava sempre para saber como estávamos.

- Se dependesse dela vocês teriam ido junto.

- Eu sei, queria que as lembranças fossem menos dolorosas. Pensei que se me afastasse daqui quando retornasse conseguiria ser diferente. Mas sou traída sempre que algo me faz pensar neles.

           O homem segurou minha mão e disse ternamente.

- Não adianta você tentar fugir, com o tempo você vai aprender a não sentir raiva, ou lembra-los com tristeza.

- Sonhei com eles ontem, por isso não dormi direito.

- Vamos almoçar?

              Era Marta que retornava com os meninos, Ruan me olhou, esbocei um sorriso e fomos almoçar. Durante todo o almoço me senti um pouco melhor, pensei em Bella e me perguntei o que ela estaria fazendo. Joguei com os meninos por um pouco de tempo, a confusão foi grande por que pela primeira vez eu consegui ganhar dos dois.

- Lari, você trapaceou.

- Enzo como posso trapacear no fifa?

- Já sei Enzo ela comprou o juiz e os bandeirinhas, por isso teve pênaltis e nossos gols anulados.

- Ai Deus, aceitem a derrota com dignidade seus pivetes.

             As reclamações dos dois seguiram por muito tempo. Eles precisavam estudar, assim como eu, mesmo tendo que faltar essa semana, estudaria sempre que desse, para não ficar tão atrasada. Me despedi dos meninos, e fui falar com Marta.

- Marta estou indo.

- Mais já? Venha jantar conosco de novo hoje, os meninos vão adorar.

- Não tenho tanta certeza, ganhei dos dois pela primeira vez, eles estão chateados. Disseram até que subornei o juiz.

- Ai meu pai, esses dois estão cada dia mais impossíveis. Mesmo assim, venha mais tarde querida, você fica muito sozinha naquela casa.

- Tudo bem, eu venho sim. Cadê Ruan?

- Voltou para a empresa, disse que tinha uns contratos para assinar.

- Certo, bom, vou indo, mais atarde apareço.

              Beijei a mulher no rosto e sai, cheguei no carro e resolvi ligar para Bella, achei estranho só dava caixa postal. Liguei para Milena.

- Diz amiga linda.

- Oi Mile, queria saber se você sabe de Isabella?

             Ela ficou em silencio por um tempo e logo depois disse:

- Não sei não, almoçamos juntos hoje eu, ela e Benjamim. Depois que saímos de lá ela foi para casa.

- Hum, tudo bem. Depois eu ligo então. Como estão as coisas com o meu cunhado?

- Bem, meio que somos exclusivos agora.

- Isso é a palavra que você usa só para não dizer namorando?

          Ela riu muito do que falei, parecia que fugia de títulos de relacionamentos, mas no fim iria acabar ficando mesmo com Isac, tinha certeza disso.

- É mais ou menos isso.

- Mile, tenho que ir me manda mais tarde o que foi passado em sala ok.

- Tudo bem, se bem que acho que você vai fazer tudo menos estudar hoje.

        Não entendi o porque do comentário já que não faria nada hoje à noite.

- Como assim?

- Nada, nada, nada. Preciso ir agora, Benjamim acabou de chegar aqui.

       Logo em seguida desligou, sabia que ela estava me escondendo algo. Preferi não dá muita importância, liguei o carro e fui para casa. O trânsito estava tranquilo, assim que avistei a entrada da casa não acreditei no que via, Isabella estava parada em frente à casa com o celular na mão, encostada no carro. Não pude acreditar que ela estava ali. Meu celular tocou, atendi ainda dirigindo, ela não percebeu que eu me aproximava.

- Oi meu amor.

- Oi anjo, então onde você está?

- Estou chegando em casa.

        Nesse instante parei o carro ao seu lado, baixei o vidro e disse:

- Está perdida moça?

- Depende você ajudaria a me encontrar?

       Chegou perto do carro e colocou a mão no teto, ficando bem próxima de mim, vi o decote que ela usava, minha boca salivou de desejo. Admirei sem vergonha nenhuma, ela corou levemente.

- Com esse decote acho que eu me perderia com você.

- Ai é?

       Se aproximou um pouco mais e puxou minha nuca, colando nossos lábios ali mesmo, agradeci por não ter vizinhos próximo, isso poderia ser um problema. Assim que terminou de me beijar ela sorri.

- Estava com saudade.

       Diz passando a mão em meu rosto. Me olhando com amor, podia ter certeza que aquilo que fazia os olhos dela brilharem tanto quanto os meus, só podia ser amor.

- Eu também meu amor. Eu também.

     Permaneci olhando admirada, nunca pensei que ela fosse aparecer por aqui, fiz o convite, mais nunca pensei que ela me faria uma surpresa dessas.

- Então você vai me deixar entrar ou vou ter que voltar para BH?

- Sim, sim, claro.

     Liberei a nossa entrada na guarita, segui para a casa e Bella logo atrás de mim em seu carro. Estacionamos na garagem.

- Nossa, e eu que já achava aquela casa de BH grande, isso aqui é quase um haras de tão grande.

    Ri do comentário que ela fez, me aproximei dela, enlacei sua cintura, e não resistindo mais a tentação que era aquela boca maravilhosa, a beijei. Com calma, o que deixou o beijo um pouco erótico. Demorei menos do que realmente queria. Abracei-a forte e disse em seu ouvido:

- Obrigada.

- Pelo que?

- Por estar aqui, e por existir em minha vida.

- Não precisa agradecer nada, sou eu que tenho que fazer isso.

- Vem, vamos entrar você deve estar cansada da viagem.

- Preciso levar minhas coisas.

- Deixa comigo.

     Peguei a mala que ela trouxe, parecia que iria passar alguns dias comigo, sorri com a possibilidade. Enlacei sua mão na minha, e caminhamos para a casa. Era impressionante que até mesmo o silêncio entre nós não era desconfortável. Seguimos o percurso inteiro apenas nos olhando e sorrindo uma para a outra. Ao entrarmos em casa eu brinquei.

- Bueno vida, mi casa es su casa. - Gracias.           Ela pareceu analisar bem a sala, sorriu e me olhou em seguida, se aproximou e disse:   - É linda. - Eu sei, pensei em me desfazer dela, depois do acidente, tio Ruan me convenceu do contrário. - Você se arrependeria depois. - Talvez, mas a presença deles aqui em cada lugar chega a quase me enlouquecer.          Ela me abraçou, parecia querer tomar para si metade da minha dor, e por mais estupido que pareça eu conseguia me sentir melhor ali, em seus braços. Fechei os olhos e senti seu cheiro. Fomos interrompidas do Gerard, o mordomo que estava cuidado da casa pelos próximos meses.   - Desculpe Senhora.          Bella me soltou, estava vermelha. Me perguntava como ela consegui ter vergonha de tudo. Sorri para o homem e disse.   - Sem o Senhora Gerard. Deixe-me lhe apresentar. Essa é Isabella, minha namorada. Bella esse é o Gerard.   - Muito prazer senhorita. - O prazer é meu Gerard.         O homem sorriu e nos deixou sozinhas, virei para Bella que ainda permanecia vermelha. Segurei sua mão entre as minhas, ela me olha intensamente, aquele olhar parecia me desvendar a alma por completo. Meu coração saltava em meu peito, lembrei do que ela havia feito no ontem. Levei a mão dela até meu peito. Ela acompanhou com o olhar até que tocou minha pele por cima da blusa.   - Não é só o seu que fica descontrolado, você tem o dom de fazer eu me sentir viva de novo.          Ela sorriu, fomos interrompidas de novo pelo toque do celular, ela me dá um selinho e atende.   - Oi mãe, sim cheguei agora a pouco. Mando sim pode deixar. Beijos. - Sua mãe? - Sim te mandou um beijo. - Posso escolher onde quero que você dê esse beijo, ou não é opcional? - Larissa, claro que não, foi um beijo que ela mandou. - Tudo bem não custava perguntar. Vem vou te mostrar o nosso quarto.       Falei sem perceber, achei que agora ela fugiria de mim, tudo que ela fez foi sorrir. Pegamos as coisas e subimos para o quarto. Abri a porta e ela entrou, parecia admirada, caminhou até uma varanda, dava para ver algumas luzes ao longe, a visão da piscina e de parte da entrada da casa.   - É lindo.        Se encostou na barra da varanda. Eu me aproximei dela, abracei-a por trás, ela encosta a cabeça em meu ombro, já podia-se ver algumas estrelas, uma brisa leve tocava nossas peles. Respirei fundo, fechei os olhos e lembrei que ontem mesmo estava olhando aquele gramado e fui invadida de grande tristeza e hoje estando ao lado da mulher que amo me fez ver tudo aquilo com outros olhos. Sabia que Isabella era a pessoa certa para mim, mesmo com todas as inseguranças e incertezas. Até mesmo com toda a complicação que ela demonstrava ser.   - Sabe, ontem olhei pela janela e tudo o que senti foi tristeza, lembrei deles, fiquei com raiva. Ainda sinto raiva as vezes. E hoje está aqui com você me dá um novo sentimento, você me faz enxergar o melhor em tudo. - Você também me faz ver tudo um pouquinho mais colorido. - Só um pouquinho? - Sim só um...            Antes que ela terminasse eu a agarrei, foi um beijo cheio de carinho, parecia que todo o amor que sentíamos uma pela outra estava sendo exposto naquele contato.   - Amo você. - Te amo. - Tenho uma coisa para te contar. Na verdade é uma proposta. - Então conte, então proponha.          Sorri do jeito descontraído dela, era difícil acreditar que aquela marrentinha do estacionamento tivesse algum senso de humor, cai na gargalhada ela não entendeu nada.   - O que foi? - É que ver você assim e lembrar de você quase soltando folgo pelas narinas parece até que são duas pessoas diferentes.          Levei leve tapinhas nos ombros, a segurei e beijei. No começo ela relutou mais depois cedeu.   - Então, Ruan e Marta me convidaram para jantar lá, estava pensando se você quer ir. Entendo se não quiser, afinal deve estar cansada da viagem, e veio para ficar comigo aqui. Deixa, vou ligar explicando.   - Nossa você convida e já desconvida? - Desculpa. - É claro que eu aceito, será ótimo conhecer um pouco mais de você. - Tudo bem então. Vou ligar avisando que vou acompanhada. - E eu preciso de um banho. - Claro, tudo o que você precisar tem lá no banheiro. - Jura que eu viajei até aqui e você vai me deixar tomar banho sozinha? - Prometo te compensar mais tarde, se nós duas entrarmos nesse banheiro, só sairemos daí para ir terminar o que começamos, lá na cama. - Tudo bem, não pense que não irei cobrar isso depois. - Pago até com juros.            Ela me beija e vai em direção ao banheiro, antes pegou algo na mochila. Assim que ela sumiu, peguei o celular e liguei para Ruan. Depois de chamar algumas vezes ele atendeu.   - Oi Lari, está tudo bem? - Sim, só liguei para avisar que vou levar alguém comigo quando para o jantar. - Ora não me diga que a namorada está na cidade? - Está sim, quando cheguei ela estava me esperando aqui. - Ah! O que o amor não é capaz de fazer. Ficarei feliz em conhecê-la. - Tudo bem então, daqui a pouco estaremos ai. - Até já então.           Encerrei a ligação e me perdi em pensamentos olhando as estrelas, senti mão frias me agarrarem a cintura, coloquei minha mão na dela.   - Você está fria. - Culpa sua que não quis me aquecer no banho.          Sorriu com malicia, me virei para olha-la, qual não foi minha surpresa ao ver que ela estava apenas enrolada em uma toalha, que deixava suas pernas a mostra. Ela ri, parece que conseguiu atingir o objetivo, me deixar louca de desejo.   - Não fui, pois não pararia até não ter mais forças nenhuma. Ai você me aparece assim.          Apontei para seu corpo, ela sorri abertamente. Me abraça e diz:   - Não foi para te provocar, só vi você ai perdida em pensamentos, e quis te trazer de volta a realidade. - Estava apenas olhando as estrelas. Mas agora preciso de um banho também, mas antes, me beija? - Sempre.         Nos beijamos e logo depois fui para o banho, tentei não demorar muito o que foi impossível, assim que terminei ao sair do banheiro estanquei com a visão que tive, Bella estava apenas de lingerie, de costas para mim, pareceu sentir minha presença. Se virou e sorri. Com cara de inocente diz:   - Não foi de propósito, não sei o que usar. Você não disse como vai ser o jantar. - Ai você fica assim, esperando que eu saia do banho? Desse jeito está aumentando minha fome, mas é de outro tipo de comida. - Então vai me dizer o que vestir? - Olha será apenas nós lá, eu irei de short e camiseta.         Ela arregalou os olhos.   - O quê? Acha que só tenho roupas sociais? Se você soubesse o quanto gosto de tênis. - É que vai ser a primeira vez que vou te ver assim, despojada. - Pois é. Vou me trocar.        Começo a deixar a toalha cair, vi os olhos de Bella brilharem, puxei a toalha de volta e disse:   - Mais vai ser lá no banheiro.         Ela arremessou um travesseiro em mim, dei risada do jeito bravo que ela tinha, peguei algo para vestir e fui me trocar no banheiro. Como a presença dela me deixava feliz. Ainda não conseguia acreditar que ela estava ali. Depois que me vesti, fui para o quarto, que para meu espanto estava vazio, peguei o celular e minhas chaves, desci as escadas e encontrei Bella sentada na cozinha no maior papo com Gerard.   - Olá.        Me sentei ao lado dela, que me lançou um sorriso.   - Oi meu amor, você demorou. Gerard me mostrou o resto da casa. - Nem demorei tanto assim. Obrigada por cuidar dela Gerard. - Imagina, não foi nada demais. - Então, meu amor, vamos? - Sim, vamos. Até amanhã Gerard. - Aproveita e vai descansar. - Até amanhã, irei sim Larissa.        Seguimos para a garagem, olhei curiosa para Bella e perguntei:   - Alguma vez na sua vida, você já andou em uma Ferrari com uma mulher linda do lado? - Não, por quê? - Bom, Hoje nós duas faremos isso.           Levei ela até a coleção do meu pai.   - Nossa isso aqui é um arraso. - Nem tanto, ainda faltavam alguns que ele queria. Hoje iremos usar essa belezinha aqui.        Descobri a Ferrari que tinha usado ontem. - Quer fazer as honras?        Falei estendo a chave em sua direção, ela pareceu receosa por alguns segundos, logo depois pegou a chave da minha mão e entrou no carro. Ela parecia criança quando ganha brinquedo novo, fui o percurso inteiro dizendo que caminho ela teria que seguir. Estava adorando ver a cara de felicidade dela, percebi que poderia passar o resto da minha vida fazendo-a feliz.  

 

 

 

       

Fim do capítulo