Em um dia frio e chuvoso eu acordei com a minha mãe me chamando e puxando a minha coberta.

— acorda Bruna você vai se atrasar.— disse a minha mãe me balançando.

— ah não mãe, por favor me deixa dormir em paz, eu vou faltar de escola hoje— eu disse me cobrindo novamente.

— por que você vai faltar na escola? Você esta doente?— disse a minha mãe colocando a mão na minha testa para ver se eu estava com febre.

— não mãe, eu não estou doente, esta fazendo muito frio e esta chovendo, não tem nada de importante na escola hoje.— eu disse me virando para o lado.

— Bruna Rodrigues Drummond levanta já dessa cama, você vai para escola sim, você não tem nenhum motivo para faltar de escola hoje.

 Sabe aquele frase que quando a sua mãe te chama pelo o seu nome completo e sinal que algo de ruim ira  acontecer.— tudo bem mãe eu já estou levantando.

 — e não demora em.— a minha mãe disse caminhando até a porta.

— eu não vou demorar mãe.

Aposto que vocês estão pensando que eu estudo de manhã por eu ainda estar dormindo, mais eu estudo a tarde, eu costumo  acordar tarde quando eu não tenho nada para fazer.

A minha mãe Laura aparenta ser chata e uma mãe severa mais ela não é tão chata a assim, mais ela não chega aos pés do meu pai Carlos, ele é um ótimo pai, sempre é atencioso e me trata super bem, a minha irmã Amanda sempre diz que o meu pai puxa o meu saco e que ele gosta mais de mim do que dela.

Mais enfim, até agora eu não me apresentei né, eu me chamo Bruna Rodrigues Drummond e tenho 17 anos de idade, moro em belo horizonte Minas gerais,  tenho 1 metro e 68 de altura e os meus cabelos são castanhos e  tenho olhos azuis, eu não gosto de me gabar mais eu já consegui muita mulher por causa dos meus olhos, a minha amiga Luiza sempre diz que os meus olhos são os meus pontos de referência das mulheres.

Então ja que vocês conhecem mais um pouco de mim vamos dar continuidade a história.

Me levantei da cama e fiz a minha higiene pessoal e fui para a cozinha e me sentei na mesa para almoçar.

— oi Bruna bom dia.— o meu pai disse se sentando na mesa.

— bom dia pai.

— a sua mãe falou que você não queria ir na escola o que aconteceu?

— não aconteceu nada pai, eu so não queria ir na escola hoje esta fazendo muito frio e não para de chover, a minha mãe sempre foi liberal sempre que eu quero faltar de escola eu falto ela nunca se importou, será o que aconteceu com ela.

—  não liga não Bruna hoje ela acordou com o pé esquerdo.

— quem acordou com o pé esquerdo Carlos.— a minha mãe disse nos fuzilado com o olhar.

— ninguém querida.— o meu pai falou e eu ri.

— você pensa que eu não escutei não é Carlos.

— calma Laura também não precisa ficar desse jeito eu só estava brincando.

— eu não quero saber de brincadeirinhas Carlos, já que você e homem suficiente fala na minha cara, não fica falando nas minhas costas ok.

— não precisa disso tudo Laura você esta fazendo tempestade em copo d'água.

— não estou não.— ela disse e virou as costas e saiu bufando.

— acho que o clima esquentou em pai, eu acho melhor você ir atrás da sua adorável esposa.— eu disse rindo.

— essa mulher é fogo.— o meu pai falou e foi atrás da minha mãe.

— o que aconteceu aqui? Eu estava ouvindo  gritos lá do quarto.— a minha irmã Amanda indagou preocupada.

— a mãe e o pai tiveram uma pequena discussão.

— se algum dia não tiver briga nessa casa vai chover canivete.

— pois é eles sempre brigam por qualquer motivo, as vezes eu tenho medo que eles posam se separar.

— eu também penso a mesma coisa Bruna.

— eu vou me arrumar já está na minha hora.— me levantei da mesa e fui tomar um banho.

Tomei um banho de 10 minutos e  vesti o meu uniforme escolar, vesti uma calça jeans preta e a minha blusa de uniforme azul e vesti um agasalho azul marinho, calcei um par de tênis pretos e penteei o cabelo e passei um perfume  coisa que eu faço todos os dias.

Coloquei a minha mochila nas costas e fui para a escola.

Eu moro bem pertinho da escola e sempre eu vou caminhando até lá.

Cheguei na escola e a minha amiga Luiza me viu e me chamou para sentar com ela em um banco que ela  estava sentada, a Luiza e minha amiga a muitos anos, fui até lá e me sentei ao seu lado.

— oi.— ela disse sorrindo.

— oi, tudo bem.— respondi tirando a minha mochila das costas e a colocando no chão.

— tudo bem, sabe a diretora Márcia ela saiu da escola.

— saiu? Ela está grávida né.

— é, parece que ela não pegou licença ela saiu da escola de vez.

— nossa que pena ela era gente boa.

— que pena que nada, entrou um mulherão para ficar no lugar dela.

— duvido, todas as professoras e diretoras que entraram nessa escola já passaram dos 50 anos.

— mais ela não, ela aparenta ter uns 30 anos e é linda.

— cuidado para você não se apaixonar em.— eu disse dando uma risadinha.

— eu não vou me apaixonar por ela Bruna.

— eu duvido que ela é tudo isso que você esta falando.

— quer apostar Bruna.

— ok quero, vamos apostar 20 reais pode ser.

— pode ser,  você tem que arrumar um jeito para ver ela de perto para você tirar as suas próprias conclusões.

— ok, eu vou fazer alguma coisa de errado para ir falar com ela, mais eu não sei o que, você sabe que eu não sou de aprontar.

— tive uma ideia, e so você fingir que esta falando no celular na aula de algum professor e se ele te pedir para desligar o celular você não desliga, com certeza ele vai te mandar para a direção.

— boa ideia Luiza, eu vou fazer isso e vai ser nesse horário eu estou curiosa para saber se ela é realmente tudo isso que você esta falando.

— ainda bem que eu sou da mesma sala que a sua, vou ver pela primeira vez a Bruna Rodrigues Drummond aprontar pela primeira vez na  vida.

— para de ser boba Luiza, vem vamos subir.— nós nos levantamos do banco e fomos para a nossa sala.

Nos entramos na sala e eu me sentei na minha carteira, esperei o professor do primeiro horário chegar a para minha sorte o professor Diego e muito mal humorado e com certeza ela iria me mandar para a direção.

O professor Diego entrou na sala com o seu mal humor de todos os dias, eu acho que eu nunca vi esse homem dar ao menos um pequeno sorriso.

Ele começou a aula e eu coloquei o meu plano em ação.

Tirei o meu celular do meu bolso e fingi que estava falando com alguém, eu não tenho vergonha na cara eu falei muito alto quase gritando para que o professor pudesse escutar.

— oi Rafaela, tudo bem.— a Luiza se matava de rir na minha frente.

— o nosso shopping está marcado para o domingo né.

— Bruna, desliga já esse celular.— o professor disse me fuzilando com o olhar.

— espera ai professor eu já vou desligar.

— e então Rafaela você passa na minha casa ou eu passo na sua.

— eu acho melhor eu passar ai na sua casa ai agente vai juntas o que você acha.

— Bruna, vai para a diretoria a agora.— o professor disse aos berros.

— tudo bem.— eu me levantei da cadeira e coloquei o celular no meu bolso, a Luiza ria tanto que até saia lágrimas dos seus olhos.

O professor me levou até a direção e voltou para sala.

Logo a diretora me chamou para a sua sala.

Eu entrei e me sentei e ela se sentou de frente para mim.

A Luiza tinha razão ela era linda, os seus cabelos são loiros cacheados, ela tem a pele branca e os olhos pretos, eu fiquei a observando de cima abaixo até que eu me despertei dos meu devaneios com ela me chamando.

— e então o que você aprontou.— ela falou dando um pequeno sorriso.

— o professor Diego não te falou?

— não.

— eu atendi o celular dentro da sala.— eu tive vontade de dizer que eu aprontei só para conhece-la.

— mais você sabe que e proibido usar celular na sala de aula né.

— é eu sei, mais foi uma emergência.— eu preferi mentir por que eu não queria parecer uma irresponsável que fica atendendo ligações em sala de aula.

—  aconteceu alguma coisa?— ela disse simpática.

— não, esta tudo bem.

— eu sei como é não da para seguir regras o tempo todo, eu vou ter que fazer uma ocorrência tá.— ela pegou um caderno preto que estava dentro de uma gaveta na sua mesa.

— ok.— eu respondi.

— qual é o seu nome?— ela disse escrevendo no caderno.

— Bruna Rodrigues Drummond, e você como se chama?

— eu me chamo Paula Camargo muito prazer.— ela estendeu a mão para mim cumprimenta -la.

— o prazer é meu.— eu respondi dando um pequeno sorriso no canto da boca.

— e so você assinar aqui Bruna.— ela virou o caderno para mim assinar.

Eu assinei e a  entreguei  o caderno.

— muito bem Bruna, você já pode voltar para a sua sala.

— ok, tchau.

— tchau.— ela respondeu sorrindo.

Eu sai  da sala da direção e voltei para a minha sala e me sentei na minha mesa.

Para a minha sorte o primeiro horário  se passou, eu não suporto esse professor Diego, ainda bem que ele leciona ensino religioso e eu so o vejo uma vez por semana.

— e eai o que você achou dela?— a Luiza disse parando do meu lado.

— realmente ela é linda.

— olha ai, você admitiu que ela é bonita.

— pois é.

— pode ir passando 20 reais.— ela disse sorrindo.

— ta bom.— eu peguei a minha carteira e peguei 20 reais e a entreguei.

— você não aparenta estar triste por ter perdido a aposta.

— é eu não estou.

— como assim você não está, o que esta acontecendo por que você esta com essa cara de paisagem.

— não é nada eu so gostei de ter conhecido a Paula.

— então a diretora se chama Paula.

— é ela se chama Paula Camargo.

— você não esta se apaixonando por ela não né.

—  não  Luiza de onde você tirou isso.

— você ta ai olhando pro nada com um sorriso no canto da boca, e você falou que gostou de conhecer a diretora, você não estava assim antes, você ficou assim quando você voltou.

— Olha Luiza, eu não estou me apaixonando por ela isso é coisa da sua cabeça.

— tudo bem não está mais aqui quem falou.— ela disse e se sentou na sua mesa

Eu não queria admitir a mim mesma mais eu não estava conseguindo tirar a diretora da minha cabeça.

Fim do capítulo