Capítulo 10
Construindo o Amor -- Capítulo 10
-- Oi monaaaaa!!! - Jorge entrou no apartamento de Rafaela como um furacão.
-- Oi Jorge. Animada hein - fechou a porta e foi atrás do rapaz que já estava sentado confortavelmente no sofá.
-- Estou mesmo, hoje quero mostrar meu novo passinho para o Eddie - levantou e deu uma amostrinha para Rafaela.
-- Que lindo Jorge - Rafaela foi gentil - Você vai abafar.
-- Obrigado moninha!!! - bateu palminhas.
-- Senta aqui - Rafaela bateu no sofá ao seu lado - Você tem que falar com a sua amiguinha meliante e convence-la a devolver os meus anjinhos.
-- Olha minha deusa catarinense você vai arrumar confusão com a sapinha loira por causa de anjinhos de 1,99? Isso é muito infantil você não acha?
-- Aqueles anjinhos tem um valor emocional enorme para mim. Foi presente da minha irmã mais nova quando saí de Joinville. Vocês ficam passando a mão na cabeça dela pra tudo que ela faz. Eu não vou deixar assim. Pode ter certeza.
-- Você vai pagar o resgate? - Jorge falou inocentemente e levou uma bronca.
-- Você deve estar brincando né Jorge? Outra coisa. Kenedy volta sábado, então meu programa miou - falou chateada.
-- Eu sabia Rafa. Algo me dizia que não seria dessa vez - queria tanto que Rafaela voltasse a se divertir com eles.
-- Não vai faltar oportunidade, Kenedy está sempre viajando - abraçou o amigo com carinho.
Eduarda jantava com Fabi em uma cantina Italiana próxima a boate..
-- A lasanha apareceu na Itália, pela primeira vez no século 13 trazida pelos Árabes. Spaguetti quer dizer barbante. De acordo com uma pesquisa Japonesa realizada no ano de 2000, o macarrão instantâneo foi considerado a invenção Japonesa mais importante no século 20.
Fabi não imaginava que por trás de uma lasanha houvesse uma história tão repleta de curiosidades, ela simplesmente comia e pronto.
-- Então vai comigo na festa sábado? - Fabi havia convidado Eduarda para a festa de aniversário do seu pai. Seria uma festa a fantasia em um clube elegante da cidade.
-- Vou de Bob esponja - falou toda feliz.
-- E eu de Patrick. Sonha Duda. Eu escolho as fantasias e ponto final - não deu a mínima chance pra garota opinar.
-- Se você escolher uma fantasia ridícula pra mim tipo sininho, fadinha... eu não vou. Tá avisada.
Mais tarde na boate:
-- KKKKK... muito engraçado... KKKKK... - Eduarda não conseguia parar.
-- Para de rir Duda - Claudia tentava fazer Eduarda parar de rir.
-- Não consigo... KKKKK.... parece uma minhoca louca... - Jorge estava na pista mostrando seu novo passinho para o Eddie.
-- Quando ele terminar a performance vai vir aqui te bater e eu não vou defender ninguém Duda.
-- Vamos lá dançar com eles, mas bem sem vergonha - puxou Claudia pela mão.
Na pista Eduarda e Claudia dançavam ao som de Coldplay - Viva La Vida, de maneira tão sensual que muitos pararam de dançar para ficar olhando. Fizeram uma rodinha para as duas, batiam palmas e gritavam HU, HU...
Claudia esfregava o corpo contra o de Eduarda. Os bicos dos seios da morena marcavam o tecido fino do vestido e mostrava que não usava soutien, uma calcinha fio dental que marcava e mostrava sua bunda maravilhosa, Eduarda cola junto a ela e dançando a abraçava por trás passando a mão pela bunda e coxas perfeitas da advogada, falava safadezas em seu ouvido a deixando louca de tesão.
-- Assim eu vou goz*r bebê - Claudia sussurrou no ouvido da loira - Na verdade eu e meia boate - olharam ao redor e até Jorge e Eddie estavam ali assistindo ao show das duas.
-- Vamos sair daqui te quero agora - saíram do meio da rodinha ouvindo um coral gritando - Gostosas, gostosas...
Entraram no escritório. Eduarda passou a mão pela mesa jogando tudo o que havia em cima dela no chão e colocou Claudia sentada, se afastou um pouco, a olhou de cima em baixo, abriu um sorriso e falou: -- Nossa como você é linda -- Claudia ficou sem jeito e riu sem graça.
Naquele momento a advogada olhou para a menina com aquele perfume delicioso, com aqueles cabelos loirinhos e com um sorriso lindo com dentes branquinhos, não resistiu... foi se aproximando e a beijou. Foi um beijo intenso, com vontade, cheio de desejo.
Eduarda levanta o vestido de Claudia tira a sua calcinha e a deita na mesa, senta na cadeira e começa a ch*pa-la, a morena gozou duas vezes em sua boca antes da garota puxa-la para o seu colo e enfiar os dedos nela. Claudia fazia o movimento de subir e descer gem*ndo de tesão. Eduarda mamava em seus seios e cada vez a morena rebol*va e gemia até que não aguentou mais e gozou.
Claudia saiu do colo de Eduarda e deitou de bruços na mesa abrindo as pernas em um convite silencioso e tentador. A menina então lambeu seu clit*ris, enfiou a língua na vagin* e a virando ergueu bem as suas pernas, lambia seu cuzinho, enquanto a penetrava com os dedos e beliscava seu clit*ris. Quando Eduarda sentiu que Claudia havia goz*do novamente, deitou sobre a morena e beijou seus seios com delicadeza, depois seu pescoço e por último a sua boca.
-- Você é deliciosa sábia? Eduarda sussurrou no ouvido de Claudia.
Claudia em um gesto carinhoso passou os dedos nos lábios de Eduarda e a olhou nos olhos de uma maneira que a loirinha jamais havia visto Claudia olhar. Um olhar diferente que assustou a garota e a fez cortar o clima rapidamente.
-- Jorge vai adorar saber que trans*mos na mesa dele - risos.
-- Ele adora essa mesa enorme, segundo ele demonstra poder.
-- Agora tá mais pra foder do que poder - muitos risos.
Jorge e Eddie bebiam e dançavam abraçados em um canto da boate, quando Eduarda e Claudia passaram.
-- Ei, ei - Jorge chamou - Quem diria hein Claudia. O que as más companhias fazem né? Que absurdo, uma diva como você se achando a versão erótica da Alex Owens do filme Flashdance - deu um risinho debochado.
-- Olha quem fala a pouco parecia à versão eletrocutada da cobra do filme Anaconda.
Eduarda foi à defesa de Claudia.
-- Eddie! - Jorge chorou para o namorado.
-- Duda, por favor - Eddie pediu.
-- Vem amor, vamos beber algo - Claudia chamou Eduarda.
-- Vai lá girino loiro - Jorge provocou.
Eduarda voltou de onde estava.
-- Nós trans*mos em sua... - Eduarda levou um puxão de Claudia.
-- O que você falou? - Jorge perguntou de longe.
-- Nada. Esquece Jorge - Claudia saiu arrastando Eduarda - Deixa de ser infantil Duda pra que falar?
-- Não sou infantil, ele que provocou.
Passaram uns vinte minutos e já estavam os quatro a dançarem como malucos.
Eduarda foi levar Claudia em casa.
-- Hoje fiquei orgulhosa de você. Agiu como adulta. Jorge não precisava saber o que fizemos na mesa dele -- Claudia fez um carinho no rosto da garota.
-- Você tem razão, isso vai morrer comigo. Não vou falar mais no assunto.
-- Não vai entrar? - Claudia esperava que a garota terminasse a noite em sua cama.
-- Hoje não vai dar Claudia, tenho um encontro logo cedo com outro arquiteto - na verdade Eduarda queria dar um tempo com Claudia, à morena parecia estar se apegando demais a ela e isso era perigoso. A ultima coisa que queria era magoar a advogada.
-- Entendo - se aproximou e deu um beijo na boca da loira - Boa noite.
-- Boa noite - Eduarda ficou olhando até a morena entrar no prédio - Claudia, Claudia... - ligou o carro e foi embora.
De manhã no escritório da boate:
-- O que você está fazendo Jorge? - Claudia estava parada na porta do escritório vendo Jorge esvaziar as gavetas da mesa dele e jogar na mesa dela.
-- Vai dizer que estava drogada e não lembra que deu aqui... - apontou para sua mesa e fez cara de nojo - Deu para aquela sapa albina.
-- Do que está falando Jorge?
-- Disso aqui - pegou o celular e mostrou uma mensagem enviada por Eduarda as três da madrugada que dizia:
-- Transei em sua mesa. Kkkkkk...
-- E ela ainda mandou vários emoticons, um mostrando a língua, outro sorrindo, outro chorando de rir, outro com cara de safado, outro...
-- Estou pasma - Claudia estava sem palavras.
-- Como nunca mais chegarei perto desse móvel impuro e como foi você a causadora de tal atrocidade, estou lhe despejando de sua mesa - sentou na antiga cadeira de Claudia - Pode ficar com essa aí.
Claudia sentou na ex-mesa de Jorge e ficou calada. Falar o que?
Eduarda apareceu na boate só no período da tarde. Entrou quietinha e sentou em sua mesa.
-- Duda precisamos escolher o novo nome para a boate. Tenho que mudar alguns documentos - a advogada analisava alguns papéis.
-- Ainda não pensei em nada Claudia - Eduarda batia com a ponta da caneta na mesa - Estou sem ideias.
-- Sabe por que você não consegue pensar? - Duda deu de ombros - Por que sua cabeça está cheia de porcaria. Você tem que liberar espaço Dudinha.
-- Duda e Jorge. Meus queridos, vamos ao menos tentar, preciso desse nome urgente.
Eduarda levantou o dedo pedindo a palavra. Jorge olhou para cima e bufou. Claudia fez sinal para que ela falasse.
-- Pegamos uma palavra em português passamos para outro idioma e temos um nome legal - deu a ideia.
-- Fácil assim? Dá um exemplo Duda - provocou Jorge.
-- Exemplo: Sedução passamos para o alemão e teremos: Verführung - brincou.
-- Á tá. Parece que estou vendo uma bichinha ligando para outra e dizendo - pegou o celular e fingiu estar ligando -- Vamos ao Verfa1;hrung hoje querida? - Sua alemã sem noção.
-- Gente foco. A ideia da Duda é valida Jorge... - Duda mostrou a língua para Jorge - Lógico que não em alemão né - completou.
-- Estava brincando só queria provocar essa louca aí - amassou um papel e jogou em Jorge.
-- Tenho uma sugestão - Claudia estalou os dedos.
-- Fala aí minha princesa - Duda jogou um beijinho pra ela.
-- Que tal "Boate All Crazy"?
-- Amei morena, linda e inteligente - Eduarda deu um selinho em Claudia.
-- Tão inteligente e fica aí colando velcro com uma loira...
-- Se terminar a frase te processo por bullying sua bicha engravatada.
-- Legal. Precisamos pedir a opinião de Eddie também e depois investigar se há alguma boate registrada com esse nome - Claudia pegou o notebook e iniciou sua pesquisa.
-- Eu vou conversar com Eddie ele está lá no bar. Logo volto - saiu todo animado para contar a novidade ao namorado.
-- E eu vou azarar a gostosa da Fernanda - saiu atrás da garçonete.
Claudia só balançou negativamente a cabeça e continuou a trabalhar.
Eduarda estava dando uma carona para Jorge até o Leblon. O amigo estava cansado e ficaria em casa essa noite para repor as energias.
-- Você vai sair hoje Duda? - Jorge trocava o som do carro.
-- Acho que não. Papai vai viajar amanhã, talvez fique com ele hoje.
-- Faz bem. Eduardo te ama muito... DUDA CUIDADO... -- Jorge berrou.
A garota freou tão forte que chegou a fritar os pneus do porsche e o carro que vinha logo atrás bateu em cheio na traseira, dando um solavanco forte que chegou a acionar os airbags.
Eduarda abriu a porta e saiu correndo. Ficou desesperada quando viu o cachorrinho estirado no chão. Ajoelhou-se ao lado do animal e chorava muito. Jorge aproximou-se ainda em transe e viu quando o motorista do carro que bateu na traseira vinha como louco pra cima de Eduarda, mas como nos filmes, do nada apareceu um gigante de mais ou menos uns dois metros, levantou o homem pelo colarinho e jogou longe. O armário foi até Eduarda e ajoelhou-se ao seu lado.
-- Lula... Eu matei o cachorrinho... - a garota estava inconformada.
Era um cachorro de rua, sarnento e feio, mas Eduarda não se importou com isso. Pegou ele no colo, beijou sua cabeça e com a ajuda do homem de dois metros subiu na garupa da moto e sumiram na esquina.
A garota deixou tudo ali no meio da rua. O carro, seus pertences, inclusive a sua bombinha, para salvar um cachorro sarnento.
Jorge sabia que jamais esqueceria aquela cena e que um dia lá no futuro contaria essa história para um bando de crianças arteiras de olhinhos arregalados. Não sábia de onde vinham esses pensamentos, mas sentia no fundo de sua alma essa certeza.
Fim do capítulo
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