Capítulo 9
Os Anjos Vestem Branco - Capítulo 9
O sol já estava raiando no horizonte e entrava pela janela meio aberta da sala do apartamento de Victória, pela posição do sol, já devia ser quase sete ... Bruna espreguiçou-se. O sol que entrava pela janela fazia com que todo o apartamento ficasse em um tom alaranjado, era lindo acordar assim ...
Ouviu barulho que vinha da cozinha. Levantou-se calçou os tênis e enquanto caminhava até a cozinha, fazia alguns exercícios para ajeitar a coluna.
Victória assim que viu Bruna abriu o sorriso e lhe acenou com a mão. Depois, ergueu-se e foi ao seu encontro.
Bruna sentiu, o coração disparado, a respiração lenta... Nunca pensou que ficaria assim, boba, apaixonada, com aquele sorriso imenso e vago ...
Victória era tão carinhosa com ela. Talvez nem percebesse que aqueles carinhos no rosto, aquele se pendurar no seu pescoço, os beijos na face, mesmo sem querer, lhe causavam uma sensação de encanto e ao mesmo tempo um tesão imenso, cada toque parecia que o coração sairia pela boca.
-- Bom dia Bruninha - beijou o rosto da loira - Desculpe pela noite mal dormida.
-- Bom dia Victória. Pelo que me lembro, quando dormi estava em uma posição bem pior do que quando acordei.
-- É verdade - sorriu - Senta aqui, preparei um café para nós...
Algumas horas antes...
Victória acordou assustada, ficou confusa, era um sonho, ou ela estava alí mesmo. Levou alguns segundos até lembrar de como foi parar com a cabeça no colo de Bruna. Levantou com cuidado, foi até o quarto, buscou um travesseiro e um cobertor. Ajeitou a garota no sofá, lhe tirou o tênis e a cobriu. Bruna resmungou o tempo inteiro palavras desconexas, o que fez Victória rir muito.
A morena foi até a cozinha tomou um copo de água, retornou à sala, sentou no chão ao lado do sofá e não se deu conta de quanto tempo perdeu admirando a linda médica... Que foi durante um bom tempo já que o sol começava a querer invadir a sua privacidade. Beijou o rosto de Bruna e foi para a cozinha fazer o café.
-- Você me disse ontem que teria que estar na faculdade logo cedo, por isso não me importei em fazer barulho - cortou um pedaço de bolo e colocou em um pratinho para Bruna.
-- Faculdade? Claro... - lembrou que havia mentido - Você me falou para não ser tão cdf, então hoje vou faltar.
-- Adorei a ideia de ter a sua companhia por mais algum tempo, mas não quero que digam que estou te levando para o mal caminho - sorriu feliz.
-- Não se preocupe. Está tudo dominado - brincou.
Bruna saiu do apartamento da Tijuca por volta das 10:00 deixando para trás uma Victória cheia de dúvidas, angustias e solidão.
A morena assustou-se quando se viu cheirando o travesseiro em que a médica havia dormido.
-- O que está acontecendo comigo meu Deus? Sempre gostei de homens. E agora me aparece essa garota que faz o meu coração bater tão forte assim.
Victória se levantou e, refletindo, deu uma volta pelo apartamento.
-- Preciso sair e conversar com alguém...
Pensou em Thiago, mas ele estava se tornando muito próximo de Bruna, não podia correr o risco dele, mesmo sem querer, contar para ela. Lembrou da Giovana, amigona desde que chegou ao Rio e com ela não haveria problema algum. Sim, Giovana. Pegou o celular e marcou um encontro com a amiga para mais tarde em um barzinho alí na Tijuca mesmo.
No hospital da Barra...
-- Quer dizer que a doutora gostosa passou a noite dormindo sentada no sofá - Sabrina debochava da amiga.
-- Não ri de mim Sabrina - falou fazendo bico.
-- Não fica assim Bruninha. Qual lésbica que pelo menos uma vez na vida não se apaixonou por uma amiga e teve que ralar?
-- Ontem ela dormiu no meu colo, hoje ela vai... Deixa pra lá - coçou a cabeça - Acho melhor nem pensar mais nisso.
-- Vou pra minha sala. Tá na hora de começar a chamar o povo - Sabrina estava com pena de Bruna, tanta menina legal a fim dela e ela foi se apaixonar justamente por uma hétero comprometida. O amor é mesmo assim: absoluto, estúpido e tudo menos sensato....
Enquanto Bruna começava mais um plantão no hospital, Victória se encontrava com Giovana em um barzinho.
-- Deve ser algo muito importante para você me chamar para conversar. Faz tanto tempo que não nos encontramos.
-- Você sabe o motivo de ter me afastado de vocês.
-- E como sei. O clima para você não ficou nada bom depois que descobriram o seu caso amoroso. Te consideram uma destruidora de lares.
-- Não os condeno por isso... Mas o papo de hoje é outro - acenou para o garçom - Como nos velhos tempos?
-- Como nos velhos tempos - Giovana concordou.
-- Dois Chivas, por favor - Victória pediu para o garçom.
-- Agora me conte o que está te afligindo dessa forma - Giovana já estava angustiada.
-- Pois bem... - buscava as palavras - Não sei como começar...
-- Que tal começar pelo começo - sorriu compreensiva.
-- Tá certo... Algumas semanas atrás Thiago foi agredido por...
Victória contou toda a história para Giovana, não omitiu nenhum detalhe. Apenas o nome de Bruna preferiu não revelar.
-- Confesso que desde adolescente me interessei somente por garotos. Nunca me imaginei sequer tendo pensamentos eróticos por uma mulher - o garçom colocou as bebidas sobre a mesa e saiu - Ela é a pessoa mais doce e gentil que conheci na minha vida e hoje quando se despediu para ir embora, tive vontade de trancar a porta e esconder a chave - sorriu envergonhada.
-- Você pode estar passando por um momento de carência afetiva amiga, e, nesses momentos ficamos tão frágeis. A carência só nos deixa mais abertos a nos apaixonarmos.
-- Será? Pode até ser - Giovana poderia até estar certa, mas queria estar perto dela, apenas, mesmo que fosse como amiga.
Victória chegou em casa da mesma forma como saiu. Sentia-se confusa e um pouco assustada. Sentou-se na poltrona, tirou o celular da bolsa e o colocou ao seu lado. Pensou em ligar para Bruna, mas o que diria? Oi Bruna, estou com saudade. Com certeza ela acharia muito estranho. Levantou, andou em volta do sofá sem tirar os olhos do celular...
-- Que se dane - e ligou para Bruna.
No hospital Bruna e Sabrina acabavam de sair de uma emergência.
-- Viu como você é fera? - Bruna elogiava Sabrina.
-- Cara, nem acredito que conseguimos salvar aquela mulher - entraram no conforto médico e sentaram na poltrona.
-- Ao menos ela foi para a UTI estabilizada... - o celular de Bruna toca em cima da mesa - É a Victória - deu um sorriso radiante assim que viu o nome piscando no visor.
-- Hí, tô saindo - Sabrina saiu da sala fazendo caretas.
-- Oi Victória - não conseguiu esconder a felicidade.
-- Bruna, desculpe te ligar durante o seu plantão... É que... Mas bah, tchê! Precisava falar com você - estava sem jeito.
-- Não tem problema Vic. Aconteceu algo? Você parece ansiosa.
Victória estava sentindo-se uma perfeita bobona, nunca havia passado por uma crise de carência como essa, a ponto de ligar só para ouvir a voz de uma pessoa.
-- Está tudo bem. Só liguei mesmo para desejar boa noite e que o plantão seja super tranquilo - falou baixinho.
Bruna sentia-se a pessoa mais feliz do mundo, afinal o seu amor ligou apenas para dar boa noite, estava leve como se estivesse no céu.
-- Boa noite para você também e que seus sonhos sejam repletos de anjinhos. Beijo.
-- Beijo - e desligou.
Victória encerrou a ligação e fechou os olhos. Sorriu imaginando como seria o seu sonho repleto de anjinhos. Estava tão perdida em seus devaneios que assustou-se com o som da campainha. Correu abrir achando que fosse Thiago.
-- Surpresa!!! - o homem parou decepcionado diante da recepção fria da morena.
-- Entra. Perdeu a chave? - foi o que conseguiu falar.
-- Esqueci em casa. Impressão minha ou não ficou feliz com a minha vinda - abraçou Victória e a beijou na boca.
-- Não lhe esperava hoje, só isso - foi até o bar e preparou dois whiskies.
-- Sei que não é isso. Sei que está chateada comigo, pela minha ausência, pela minha passividade.
-- Olha, vamos deixar esse assunto prá lá, isso está se tornando chato demais - Victória já não estava mais interessada nesse assunto, aliás nada mais a estava interessando.
-- O que é isso morena? - perguntou triste - Não me ama mais?
-- Eu desisti de você, eu não tenho mais aquela vontade louca de ter o teu amor só pra mim.
-- Você está falando isso porque ainda não resolvi a minha situação em casa, assim que pedir o divórcio e estar livre desse casamento falido, a conversa será bem diferente - agarrou Victória e a beijou.
-- Sai Mô, não estou a fim - saiu de perto do homem.
-- Tudo bem. Vou verificar meus e-mails. Pede algo para a gente jantar - e foi em direção ao quarto.
Victória ficou parada na sala por algum tempo pensando na vida e depois foi para a cozinha.
No dia seguinte no Leblon...
-- Bruninha vou te pedir uma coisa - Sabrina sentou do lado de Bruna na cozinha.
-- Já vou adiantando, se for dinheiro não tenho, vivo de mesada e ainda por cima estou guardando para comprar um apartamento - deu uma mordida no croissant.
-- Que horror Bru, Patricinha mão de vaca, essa é nova pra mim.
-- Se quiser comida eu dou - apontou para a mesa farta do café da manhã - dinheiro não.
-- Tá pensando em pedir a morena em casamento? - deu uma gargalhada.
-- Vai rindo vai - deu de ombros.
-- Mas não é dinheiro que eu quero... - chegou mais próximo da amiga - Conheci uma garota ontem à tarde.
-- E daí? Quer uma ajuda pra faze-la goz*r? - continuou comendo o croissant.
-- Nojenta. Sabe o que é Bruna, é que ela é professora de MMA - esperou a reação de Bruna.
-- Tá maluca hô mané? Cai fora - virou o resto do café e levantou - Isso é pura bucha.
-- Não é não.
-- É sim. Pensa quantos dentes te sobrarão na boca até chegarem à conclusão que não foram feitas uma para a outra.
-- Fiz a minha matricula e... - olhou temerosa para a garota -- A sua também... lá na academia em que ela trabalha - falou e saiu correndo.
-- Espera... Sabrina - Bruna saiu correndo atrás dela - Eu não vou. Sou totalmente contra a esportes violentos.
-- Bruna pra que mais perigoso que essas trilhas com moto que você faz e que volta e meia se quebra toda.
-- É diferente de bater nas pessoas - respirou, expirou e falou com calma - Eu não sirvo pra isso Sabrina. Olha pra mim - colocou as mãos nos bolsos e olhou para a amiga - Você consegue me imaginar lutando MMA?
-- Não - foi sincera -- Mas não é para lutar Bru, é só pra gente dar uma olhadinha, fazer uma média...Prometo...
Mais tarde...
-- A loirinha novata pode vir até aqui. Vou fazer uma demonstração - a professora esfregou as mãos.
Bruna olhou para os lados, olhou para cima, examinou as unhas...
-- Vamos Bruna - a professora insistiu e todos olharam para a garota.
-- Eu? - entrou em pânico. Procurou por Sabrina e a viu conversando feliz da vida com a outra professora.
-- Tem outra Bruna aqui? - todos balançaram a cabeça em negativa.
Não teve jeito. Foi até a professora e parou em frente a ela.
-- A aula de MMA (Mixed Martial Arts) mescla técnicas de várias artes marciais, desenvolvendo todas as valências físicas, auxiliando a perda de peso corporal, a estética, a qualidade de vida, a autoestima e a defesa pessoal.
-- Dá para incluir mais um M aí nesse MMA? É que eu estou tão assustada que vou acabar fazendo uma M bem grande.
Todos riram, menos a professora.
-- Bruna vem me dar um soco - apontou para o próprio rosto.
-- Acho melhor não professora, você tem um rosto tão bonitinho - virou-se para sair.
-- BRUNA - berrou.
-- Tá bom já que insisti - Bruna mirou, fechou a mão, fechou os olhos e foi.
-- Quando a mulher maldosa vier dar um soco, você desvia a cabeça, emenda uma passada rasteira para a frente e agarra as pernas dela.
A força que ela tinha posto no soco agora trabalha a seu favor. Hú Hú - brincou -- O corpo dela se projeta para a frente. Mas você, com equilíbrio e classe, não deixa a inimiga cair. Pronto. É sua vez de ser cruel: você vai erguê-la no ar - a essa altura da luta Bruna já não sentia mais o corpo.
Agora é girar o corpo da coleguinha 45 graus e jogá-la no chão como se fosse um saco de cimento - todos fizeram Hóóó... -- Impacto nas costas: uma tonelada. O bom senso diz para nunca chutar uma mulher caída, a regra do UFC também.
Mas dar socos pode, Há Há Há - riu com gosto -- enquanto o juiz não vier separar. A força de um soco nessa posição pode chegar a 900 kg, contra 300 kg de um normal. A gravidade faz a força. Mas essa história de poder socar gente deitada é a regra (ou falta de regra) mais criticada do MMA.
A professora saiu, mas Bruna continuou estirada no chão de olhos fechados, sem mover um músculo.
-- Pode levantar Bruna - ouviu uma voz doce lhe falar.
-- Moça, olha para mim, mas seja bem sincera - suspirou - Os membros estão todos aí juntos ao corpo? As vísceras não estão expostas? Pode falar eu suporto a verdade.
-- Deixa de ser palhaça e levanta Bruna - a garota estendeu a mão para ela.
-- Acho que morri. Estou vendo um anjo. Essa cantada inventei agora - levantou com a ajuda da moça.
-- Não se assuste com a professora Isabel ela faz isso com todos os novatos - falou limpando a roupa de Bruna com as mãos.
-- Não se preocupe. Estou acostumada. Levo uma surra dessa quase todos os dias - deu de ombros.
-- Meu nome é Andreína - estendeu a mão para um cumprimento - Você é sempre assim engraçadinha?
-- Não, só quando estou nervosa - sentou em um banco.
-- Seria legal se você viesse treinar com a gente - a moça sorriu simpática.
-- Você está doidinha para bater em mim também né cafeína?
-- Andreína - corrigiu bicuda.
-- Tanto faz é tudo gostoso e viciante - brincou - Agora você gostou né?
-- Fazer o que - pegou na mão da loira e a saiu puxando - Vem vou te apresentar para o pessoal.
Mais Tarde no Leblon.
Priscila chegou em casa apressada e já ia subindo a escada em direção ao quarto quando ouviu Bruna chamar.
-- Mana posso falar contigo um instante?
-- Se for jogo rápido Bruninha - sentou no degrau da escada.
-- Mana, ontem o papai mentiu pra gente novamente - falou triste.
Priscila levantou e foi até a irmã.
-- Bru, vem cá maninha - sentou com ela no sofá - O papai está mentindo pra gente a muito tempo. Você sabe disso.
-- Ontem ele falou que estaria de plantão no Sontag. De madrugada liguei para lá, queria pedir a opinião dele para um caso complicado que atendi... A recepcionista me informou que ele havia saído as 21:00 - tinha os olhos marejados.
Priscila já havia perdido a conta de quantas vezes havia tido essa mesma conversa com a irmã. Era tão óbvio que o pai tinha uma amante, mas Bruna não acreditava, ou fingia não acreditar.
-- Perguntou para ele?
-- Perguntei. Ele falou que iria chamar a atenção dela por ter informado errado. Mas acho que ela não se enganaria dessa maneira né mana?
-- Bruna, papai não é o Santo que você acha que ele é, até a mamãe já sabe que ele tem outra mulher.
-- Não é isso Pri. Ele deve estar com algum problema.
-- Bruna chega. Para de se enganar - Priscila se irritou com a infantilidade da irmã - O pior cego é aquele que não quer enxergar.
Bruna não quis mais ouvir a irmã. Pegou a jaqueta e o capacete e saiu apressada em direção a saída.
-- Espera... - Priscila correu atrás dela mas não alcançou. Era sempre assim que encerravam as conversas sobre o pai. Bruna fugia sem querer aceitar a realidade.
Na garagem do prédio Sabrina acabava de sair do seu carro.
-- Aonde você pensa que vai? - segurou a garota pela roupa.
-- Me deixa - colocou o capacete e subiu na moto - Vou dar uma volta.
-- O que aconteceu Bruna?
-- Só vou dar uma volta, droga - Ligou a moto e saiu.
Sabrina deu alguns passos e encontrou-se com Priscila que chegava esbaforida.
-- A Bruna Sabrina? - perguntou preocupada.
-- Baixou o espirito da adolescente revoltada e saiu voando com a moto.
-- Droga - deu um soco no capô do carro.
-- Vocês discutiram? - perguntou admirada. As duas nunca se desentenderam.
-- Não. Claro que não - esfregou as mãos nervosa - Se tem uma coisa que ela não aceita é que falem alguma coisa do papai.
-- Sei disso. Ela vira uma fera.
-- Vou ter que subir. Tenho um compromisso inadiável - pegou nas mãos de Sabrina e apertou - Por favor tenta localizar ela pra mim.
-- Deixa comigo Pri - faria o que fosse possível para atender um pedido da irmã da amiga.
Na Barra da Tijuca.
-- Sério que você vai comigo? - Thiago estava surpreso com a mudança repentina da amiga.
-- Pode ter certeza que sim e tem mais... - deu uma voltinha - Linda e glamorosa.
-- É isso aí minha deusa dos pampas - o celular de Thiago toca - Olá Sabrina.
-- Thiago preciso muito falar com a Vic.
Sabrina já havia ligado várias vezes para Bruna e ela não atendia, então lembrou da morena, quem sabe ela a amiga atendesse.
-- Passa o número para mim.
-- Eu estou do lado dela Sabrina. Vou passar para a Vic - entregou o celular na mão da morena.
-- Vic desculpe te incomodar. É que faz algumas horas que a Bruna saiu de moto daqui do prédio e até agora não deu notícias.
-- Meu Deus Sabrina - Victória se desesperou - Será que pode ter acontecido algo de ruim? - já estava quase chorando.
-- Calma. Ela pode estar somente dando umas voltas por aí - tentou tranquiliza-la - Pensei que como ela gosta muito de você, atendesse a sua ligação, já que as minhas chamam, chamam e caem na caixa postal.
-- Claro, claro. Já vou ligar. Qualquer novidade te ligamos em seguida. Beijo.
Mal entregou o celular para Thiago, pegou o seu celular e começou a ligar.
-- Vai Bruna, atende, atende...Por favor atende...
Fim do capítulo
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Srta Petrova
Em: 25/09/2015
Atende, atende Bruninhaaa por favor.......ai meu Deus tomara que nao aconteça nada quem Bruninha...próximo capítulo seu lindo venha logo....rs.
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