Capítulo 3
-- Vamos pro quarto! -- Disse ofegante levantando do sofá e puxando uma mulher loira pelas mãos para o quarto. Elas se beijavam algumas vezes fazendo o percurso da sala até o quarto, esbarraram em algumas coisas e riram.
O desejo entre elas era evidente, quase palpável, elas foram se despindo pelo caminho. Ao chegarem, a mulher loira a deitou na cama e tirou o resto de sua roupa, a beijando por todo o corpo a fazendo gem*r de prazer, estava à mercê daquela loira, olhos fechados somente sentindo os toques, os beijos, as mãos daquela mulher desconhecida a tocando com posse, ela agora a olhava nos olhos, mas não conseguia lembrar quem era aquela bela mulher que a fazia contorcer-se de tesão, trocou de posição, agora era ela que comandava, deu um sorriso malicioso para a loira e a beijou ardentemente segurando suas mãos acima de sua cabeça, fazendo com que ela implorasse para soltá-la.
-- Amor, me deixa tocá-la. -- Pediu a loira.
-- Quer me tocar? -- Perguntou agora ch*pando um de seus seios totalmente livres para ela, sugou com vontade e logo depois passou para o outro fazendo o mesmo, torturando cada vez mais a mulher embaixo de si.
-- Pe...lo a...mor amor de Deus, não me tortura... assim. -- Disse com dificuldade, deu certo, pois foi solta e sem perder tempo a agarrou num beijo profundo encaixando seus sex*s e rebol*ndo freneticamente em busca do ápice do momento.
-- Ahhh, assim... Eu vou... -- Gostosa. -- Disse a loira logo após goz*rem juntas. A outra sorriu maliciosamente e recomeçou a beijando devagar, acariciando, ch*pando todo o corpo da loira a sua frente e ao chega a seu alvo desejado, o ponto de prazer, o beijou o acariciou e a penetrou com a língua, ch*pou proporcionando todo prazer para aquela linda mulher que rebol*va os quadris em busca de mais contato e prazer.
-- Assim, me penetra... -- Pediu a loira e foi atendida... -- Mais fooorteeee! -- Gritou alto goz*ndo.
Amanda acordou de sobressalto, sentando na cama. Estava ofegante, suada e excitada, muito excitada, estava com a boca salivando de desejo, jurava que podia sentir o gosto daquela mulher em sua boca. Passou a mãos no rosto as levando até os cabelos e depois as passou no pescoço e colo tentando enxugar o suor, respirou fundo tentando voltar ao normal com sua respiração.
-- Deus... -- Falou, agora mais calma. -- O que foi isso? Serão só sonhos ou lembranças? -- Perguntou-se em voz alta, acendeu a luz da luminária ao lado da cama e levantou indo até o banheiro, onde lavou o rosto e ficou a observar sua imagem refletida no espelho. -- Quem é você, mulher? Quem é você? -- Perguntava-se meio que, esperando que sua imagem no espelho respondesse, riu com isso. -- Desmemoriada e agora ficando maluca.
Ela lavou mais uma vez o rosto o enxugou e voltou para o quarto olhando a hora no seu relógio falando em voz alta.
-- Duas e quarenta? -- Disse resignada, faltava muito para amanhecer. Deitou novamente e ficou pensando nos sonhos. Não queria dormir, pois era só dormir e tinha esses sonhos malucos, pensou... Mas foi inevitável controlar e dormiu novamente, seu sono foi tranquilo até...
-- O noivo pode beijar a noiva. -- Olhou sorrindo para o rapaz a seu lado e virou para ficarem de frente um para o outro, ele sorriu também e pegou seu rosto com as duas mãos a beijando delicadamente, eles olharam-se novamente e o sorriso saiu naturalmente. A Jovem divinamente linda em seu vestido de noiva branco, com detalhes de renda que realçavam a parte de seu colo e sua costa, estava sem véu, mas com uma linda tiara com detalhes de flores que realçavam seu coque, ela olhava o rapaz com muito carinho, ele era antes de tudo um grande amigo para ela, era alto, olhos claros, pareciam verdes, mas ao mesmo tempo, azuis, não conseguia distinguir a cor ao certo, os cabelos castanhos claro e lisos, rosto triangular com a barba perfeitamente feita. Era muito bonito. Eles voltaram-se para os convidados presentes na igreja, que os aplaudiam alegres, sorriram em retribuição e começaram a de dirigir a saída, logo chegaram. A jovem, olhou ao redor, os rostos das pessoas a sua volta eram de felizes, mas não conhecia ninguém, nem sabia seu nome e muito menos o de seu noivo, agora marido, sabia que estava feliz, sentia isso, mas não entendia o que estava acontecendo... era noite, olhou para o céu, estava estrelado, voltou sua atenção para o rapaz que a chamava.
-- Vamos amor?
-- Sim. – respondeu sorrindo.
Eles se dirigiram em direção a uma limusine que os esperavam para os levarem para a festa, ele cavalheiramente abriu a porta e ajudou sua esposa a entrar e sentar, logo em seguida entrou também, o carro pôs-se em movimento. Ele a olhou nos olhos e lhe sorriu, ela retribuiu e o abraçou fechando os olhos, ficaram nesse contato por alguns segundos, quando ela abriu os olhos, assustou-se, eles não estavam mais no carro, e sim, em um quarto, olhou ao redor, o quarto era grande estava a meia luz a cama estava com lençóis brancos e pétalas de rosas vermelhas espalhadas por ela, havia champanhe já aberto num balde com gelo e duas taças do lado, estavam secas, porém sujas da bebida o que significava que já haviam brindado. Olhou para seu próprio corpo, estava com o vestido ainda, mas ele agora estava batendo somente até suas coxas, a parte longa da cauda, foi removida.
-- Amor? -- Ouviu a voz do rapaz chamando atrás de si e virou para olha-lo. -- Não consegui. -- Disse ele, e, ela pôde perceber que ele estava em um misto de tranquilidade e preocupação. E ela, mesmo sem saber do que se tratava, sorriu e falou.
-- Sem problemas, só te pedi por aquele motivo, mas já estamos casados, não importa. -- Ele aproximou-se dela e concordou vencido.
-- Tem razão.
-- O que foi? -- Ela perguntou vendo sua aflição. -- Não precisamos fazer isso hoje. --Disse também aflita, mas como sempre, sem saber o motivo de tal sentimento. Ela falava e reagia a tudo ao seu redor, mas sem saber, e mais, ainda sem entender o que acontecia. Era como se estivesse no automático, ela mesma fazia tudo, mas assistindo-se ao mesmo tempo.
-- Mas é nossa lua de mel. -- Ele relevou a situação. Ela ao ouvir isso, teve que concordar e decidiu por eles.
-- Então o que estamos esperando? Vamos aproveitar, vai ser nossa primeira vez, e eu só não tomei a pílula ontem e hoje, acho que não dá para engravidar ainda.
-- É tem razão, mas se acontecer, será muito bem vindo nosso primeiro filho.
-- Sim, será. -- Disse o abraçando com carinho, gostava dele, de sua companhia, considerava-o um grande amigo, mas se perguntava porque somente um amigo, estavam casados e em lua de mel, pensava... Foi despertada se seus devaneios por uma sensação enorme de prazer, ainda permanecia de olhos fechados, mas podia sentir que estava deitada na cama e apertava descontroladamente com uma das mãos os lençóis e a outra arranhava a pele de alguém em cima si. Abriu os olhos e era, Ele, o rapaz de momentos atrás, que a olhava com desejo evidente nos olhos, enquanto movia-se ritmicamente em cima dela. Sentia o sex* dele entrando e saindo dentro de sua intimidade, lhe proporcionando um enorme prazer, ele fazia com cuidado e carinho, tentando ao máximo não machuca-la ou evitar que sentisse dor. Ela por sua vez fechou os olhos novamente, curtindo aquela sensação gostosa, mas tinha alguma coisa errada... seu prazer era proporcionado por ele, mas não era Nele, que pensava, não era, Ele, que imaginava lhe proporcionar tamanho desejo e tesão, estava confusa, no momento só queria curtir aquela sensação e estava conseguindo, pois os gemidos de prazer dela e dele era o único som que se escutava no ambiente.
-- Mais... -- Disse ela baixinho, ele quase não escutou.
-- Mais o que linda? -- Perguntou ofegante.
-- Mais... -- Ofegava. -- Mais rápido... eu... vou... Mariiinnaaa... aahhh...
Amanda de novo num sobressalto acordou, mas dessa vez por estar perto da beirada da cama... caiu. Ainda confusa, suada, e ofegante, deu-se conta de onde estava.
-- Droga! -- falou alto, por ter caído. -- Ai. -- Gem*u por ter doído o braço que havia machucado no acidente anterior e o joelho esquerdo, locais onde bateram com mais força no chão. Levantou ainda desengonçada e se jogou na cama.
-- Minha Nossa! -- Suspirou e passou as mãos pelo rosto as levando até os cabelos num ato cansado. Encarou o teto pensando nos acontecimentos da noite... Marina? Quem era Marina? E porque chamou o nome dela quando chegou em seu ápice? Porque, já que, estava fazendo amor com seu marido? Seus pensamentos fervilhavam em perguntas sem respostas. Já estava dia, mas parecia cedo ainda, levantou vagarosamente e olhou a hora.
-- Seis e vinte. -- Falou soltando o ar dos pulmões pelo fato de ser cedo, pensando que somente ela estava acordada aquele horário. Lembrou do que Agatha havia dito no dia anterior sobre o nascer do sol, foi até as cortinas e as abriu apreciando o nascer do sol no horizonte, nascendo por entre os prédios, fazendo com que a luz se espalhasse por entre eles dando um efeito interessante no céu. Amanda fechou os olhos e sorriu sentindo o calor dele, o dia estava com um clima ótimo, pensou abrindo os olhos para apreciar mais um pouco da visão.
-- Perfeito. – Constatou. Ficou a contemplá-lo por mais uns instantes e decidiu fazer sua higiene matinal. Foi até o banheiro escovou os dentes e decidiu tomar banho também, banhou rapidamente e vestiu um short e uma regata que Samantha lhe dera, roupas que eram de Susan, olhou-se no espelho e gostou do que viu, ela era bonita, belas curvas, um corpo sarado, não musculoso, diria que bem cuidado, parecia que malhava, é ela se cuidava, constatou. Sua idade cronológica não parecia mais que uns vinte e oito anos, no máximo... Foi despertada de sua avaliação própria, por vozes no corredor e, o som de um salto ao tocar o chão, pois a porta do quarto estava entreaberta. Sabia que uma das vozes era a de Samantha a outra não conhecia, resolveu sair e logo viu uma mulher baixa, aparentava ter uns quarenta e cinco anos seguindo Samantha pelo corredor. Samantha estava divinamente linda, usava uma calça jeans branca e uma camisa de manga também branca, que estavam dobradas até a altura de seus cotovelos e com um decote generoso, com três botões a serem abotoados, e finalizando o look o cinto largo na cor bege casava perfeitamente com o salto alto na mesma cor, deixando-a mais alta ainda, ela mexia no celular com a mão direita e com a esquerda carregava sua bolsa e o jaleco, e seus cabelos lisos estavam soltos.
-- Cida, quando a Janaína chegar diz que eu pedi para ela lavar os meus jalecos, está bem?
-- Claro dona Samantha. E o que devo fazer pro almoço?
-- Ah Cida, perg... -- Nesse instante ela desviou a atenção do celular vendo Amanda, Samantha a olhou dos pés à cabeça sem nenhuma discrição, numa avaliação, ela estava de pés descalços e usava um short jeans desbotado e curto e uma regata azul turquesa, e para desespero de Samantha, Amanda estava em pé recostada na lateral da porta com o pé direito levemente levantado também apoiado nela, suas mãos estavam para trás apoiando seu corpo na lateral do portal, estava numa pose extremamente sexy, Samantha engoliu a saliva que surgia em abundância na sua boca, estava praticamente babando, a olhou diretamente nos olhos e ficou nesse encantamento por alguns instantes até perceber a movimentação dos lábios de Amanda em câmera lenta, mas não fazia ideia do que ela falava até ser cutucada por Cida, que estava a seu lado sem entender porque ela não falava nada.
-- Hãn... Desculpa... Oi o que disse? -- Perguntou saindo do transe. Amanda estava agora a sua frente lhe sorrindo.
-- Falei, Bom dia Sam.
-- Ah sim... Bom dia, dormiu bem? -- Perguntou agora sorrindo também.
-- Sim... -- Mentiu, pois lembrou dos sonhos, mas não ia preocupa-la com isso.
-- Que bom, vamos descer? -- Elas tinham esquecido por completo a presença de Cida ali ao lado delas.
-- Claro. -- Disse já se dirigindo para a escada e descendo. Amanda ao ver o olhar de puro desejo de Samantha, fez questão de descer as escadas rebol*ndo mais que o normal, e riu com esse pensamento queria ver a cara de Samantha, mas não podia virar para olhar, então seguiu até o final das escadas lentamente. Samantha a seguiu olhando seu rebol*do... “Meu Deus, ela quer me matar, só pode”. Pensou e respirou fundo tentando acalmar seus pensamentos, que não eram nada descentes. Cida também as acompanhou.
-- Dona Samantha a senhora não me disse o que vai querer para o almoço. -- Disse Cida atrás de Samantha, e só então sua presença foi notada novamente por Samantha, que a havia esquecido completamente, nem a apresentou a Amanda e vice versa. Elas já estavam na parte de baixo do apartamento.
-- Ah Cida, desculpa, nem sei onde estava com a cabeça. -- Disse, mas ela sabia sim, pensou. “Estava na região dos quadris de Amanda”. Completou em pensamento, fez um esforço para dissipar os mesmos.
-- Cida, essa é Amanda, Amanda essa é Cida, meu braço direito aqui de casa. Sem ela eu não comeria nada direito. -- Disse sorrindo para elas.
-- Que isso dona Samantha... Prazer dona Amanda. -- Disse a olhando e sorrindo simpaticamente.
-- Oi, o prazer é meu Cida. -- Disse retribuindo o carinho.
-- Pronto, já estão apresentadas. Cida mais tarde você ver com ela o que quer para o almoço está bem? -- Disse colocando a bolsa e o jaleco em cima do sofá.
-- Claro.
-- Comigo? -- Perguntou Amanda surpresa.
-- Sim, com você! -- Persistiu, Samantha.
-- Tá... tudo bem. -- Amanda não fez caso.
-- Cida vai ver se a Agatha está pronta, se ela não estiver, apresse-a.
-- Tudo bem. -- Disse já se dirigindo escada acima deixando as duas sozinhas, Amanda sorriu olhando a morena a sua frente.
-- Você está linda toda de branco. -- Disse timidamente.
-- Obrigada... Você também está linda. -- Disse retribuindo o sorriso e adorando aquela visão a sua frente. -- Vamos tomar café? -- Perguntou concluindo.
-- Vamos.
Elas dirigiram-se até a cozinha e ao chegarem se depararam com a mesa posta para um belo café da manhã, parecia mais um banquete. Tinha café fresquinho, leite, pães, bolo, torrada, suco, iogurte, frutas...
-- Nossa. -- Disse Amanda admirada. Samantha já estava acostumada com aquela visão pela manhã, mas não com uma bela mulher acompanhando o banquete, e que “banquete” pensou olhando Amanda e mordendo os lábios inferiores involuntariamente. Amanda viu e achou muito sexy esse ato, a vontade que tinha era a de ela mesma morder aqueles lábios convidativos e delineados com um batom na cor vermelha, mas um vermelho quase marrom, não sabia a cor ao certo, só sabia que eles estavam quase na cor natural e muito, muito convidativos. Elas foram tirada da cena de sedução pela chegada de Agatha e Cida no local.
-- Bom dia mamãe. -- Disse a olhando sorridente.
Agatha estava com o uniforme da escola, uma calça moletom, uma camisa gola polo e a jaqueta também de moletom, personalizado nas cores, cinza, laranja e branco, tênis e os cabelos soltos.
-- Bom dia vida. -- Disse abaixando-se e lhe beijando a bochecha deixando a marca do batom e logo em seguida limpando.
-- Bom dia Amanda.
-- Bom dia meu anjo. -- Respondeu fazendo o mesmo que Samantha, exceto a parte do batom.
-- Cidinha, minha vitamina cadê? -- Perguntou sentando em uma das cadeiras e logo pegando um pedaço de bolo e comendo.
-- Aqui menina. -- Disse Cida lhe entregando um copo com a vitamina de banana.
-- Vocês não vão tomar café? -- Perguntou olhando as outras duas mulheres que até o momento só a observavam.
-- Claro filha. -- Disse Sua mãe saindo do transe e puxando Amanda para sentarem.
Amanda serviu-se de um pedaço de bolo, uma pão com manteiga e café com leite no momento. Samantha, como sempre somente o café, dois pedados de torrada, e seu iogurte, às vezes comia um pão ou bolo. Enquanto elas comiam e conversavam, Cida andava pela cozinha ajeitando algumas coisas.
-- Amanda, me desculpe, mas você ficará somente com a companhia de Cida e Janaína, agora pela manhã. Tenho uma cirurgia para fazer daqui a pouco, não posso faltar. -- Disse Samantha, a olhando complacente.
-- Não se preocupe comigo, vou ficar bem, pode ir tranquila.
-- Tem certeza?
-- Absoluta, acredito que Cida é uma ótima companhia né Cida? -- Perguntou olhando a mulher, que concordou simpaticamente.
-- Acredito que sim dona Amanda.
-- Viu? -- Constatou Amanda, olhando Samantha.
-- Ok, a tarde Agatha já estará em casa, mas acredito que eu tenha que voltar para o hospital. -- Constatou conformada.
-- Sem problemas. Sam já disse, não quero atrapalhar sua rotina. -- Observou Samantha fazer uma careta.
-- Já disse também, você não está atrapalhando. -- Disse colocando sua mão direita sobre a mão de Amanda que estava próxima a sua sobre a mesa, e como que sofrendo um pequeno choque elas separaram rapidamente suas mãos. -- Eh... Bem... -- “Samantha para de gaguejar!” -- Disse em pensamentos para si mesma.
-- Mãe sua cirurgia vai demorar muito? Quem vai me pegar na escola? -- Perguntou Agatha vendo o embaraço da mãe sobre o ocorrido, tinha visto a separação quase brusca das mãos delas. Samantha olhou para a filha dando graças a Deus por ela ser bastante inteligente e esperta.
-- Tudo indica que irá demorar no máximo uma hora e meia filha. -- Disse mais calma. -- Mas vou deixar alguém de sobreaviso, caso demore mais, avisarem a Susan para te pegar como sempre, ok?
-- Aram. -- Disse e solveu o restante da vitamina.
-- Agora temos que ir, porque já estamos atrasadas mocinha. -- Disse Samantha levantando.
-- Tudo bem. -- Disse levantando também e indo até Amanda que ainda permanecia sentada as observando. Agatha a beijou no rosto. -- Tchau Amanda, até mais tarde.
-- Tchau linda. -- Disse e também lhe deu um beijo. Samantha observava abobada o carinho delas.
-- Tchau. -- Disse Samantha timidamente. Amanda, levantou e foi até ela a surpreendendo com um beijo rápido em seu rosto, pois como era alta e ainda por cima estava de salto, dificultou o processo. Amanda, meio que pulou para beijá-la.
-- Tchau. -- Disse sorrindo depois do beijo.
-- Tchau. -- Falou Samantha novamente sorrindo.
-- Mããnhêêê? -- Disse Agatha segurando a mão da mãe e a puxando para irem.
-- Calma. -- Disse quase caindo, fazendo Amanda rir delas e as seguir até a sala.
Samantha pegou sua bolsa e o jaleco e a filha pegou sua mochila. Elas deram tchau mais uma vez para Amanda e quando foram saindo.
-- Sam? -- Chamou Amanda, Samantha que já estava na porta à olhou.
-- Oi?
Amanda não falou nada, apenas percorreu o pequeno espaço entre elas e abotoou dois botões dos três que restavam, enquanto que Samantha a observava besta. Ao terminar Amanda a olhou nos olhos sorrindo contente.
-- Agora está melhor. -- Disse.
Samantha, sorriu também e após dar tchau pela quarta vez elas saíram, pegaram o elevador e desceram até o estacionamento. Samantha destravou o carro, que era um Hyundai ix35 na cor cinza, ajudou a filha com o cinto de segurança no banco de trás, logo em seguida entrando também e saindo com o carro.
-- Mãe?
-- Oi. -- Respondeu a olhando pelo retrovisor.
-- Uma Mulher quando está apaixonada... -- Parou pensando um pouco e continuou. -- Ela gagueja por besteira?
Foi impossível Samantha não gargalhar com a pergunta da filha. Despois de se recompor um pouco, ela respondeu.
-- Acho que sim... Melhor, com certeza ela gagueja, não sabe o que fazer, nem falar. -- Disse lembrando de logo cedo, no café.
-- Então você está apaixonada pela Amanda? -- Perguntou com um sorriso feliz. Samantha suspirou com a constatação da filha, não tinha como negar, estava apaixonada por Amanda, sim.
-- É filha, a mamãe está apaixonada pela Amanda... -- Disse olhando pelo retrovisor. -- Mas é complicado filha, a mamãe não sabe nada sobre ela, e para piorar ela também não. -- Puxou o ar e soltou lentamente, tentando ser sensata. -- E não tenho certeza se ela também gosta de mim.
-- Ela gosta mamãe, eu sei que gosta. -- Disse incentivando a mãe. Samantha a olhou novamente pelo retrovisor e sorriu pelo apoio da filha, ela era sua maior riqueza.
-- Vamos com calma, está bem? Quem sabe... quem sabe.
-- Tudo bem. -- Sorriu feliz olhando pela janela do carro vendo as pessoas na rua, outros carros e lojas, mas ninguém podia vê-la, pois os vidros do carro eram totalmente escuros... Sem demora elas chegaram a escola, Samantha desceu e abriu a porta ajudando a filha sair e lhe dando um beijo.
-- Boa aula filha. -- Disse a observando entrar, Agatha já lá dentro deu tchau e começou a falar com alguns amigos. Samantha retribuiu e entrou no carro saindo logo em seguida em direção ao hospital.
* * * *
Depois que Samantha e Agatha saíram, Amanda, sentou no sofá e ficou pensando. Pensava sobre o quase beijo delas na noite anterior, sobre os sonhos que tivera, mas sem sucesso de lembranças de qualquer uma das pessoas com que sonhou. Suspirou conformada... Logo depois seus pensamento lhe trouxeram a imagem o sentir do toque da mão se Samantha na sua, arrependendo-se por ter acabado com aquele contado rapidamente, puxando sua mão como que se ela estivesse queimando com o contato da mão de Samantha. Olhou para sua mão e sorriu a levando próximo ao nariz, fechou os olhos sentindo o cheiro do perfume de Samantha nela. Aquilo lhe trouxe uma paz, uma sensação tão gostosa que não queria que acabasse, mas a magia foi quebrada por Cida, aparecendo na sala a chamando.
-- Dona Amanda? -- Perguntou suave próxima a ela, que rapidamente abaixou a mão. Cida viu a cena, mas fez-se de desentendida, não queria envergonhá-la. Sabia a condição sexual de Samantha e respeitava, mais que isso, não tinha preconceito e entendia também, pois uma de suas filhas era homossexual, e “amor é amor”, acontecia e não escolia quem, hora ou lugar, sempre falava, então não tinha problemas se fosse do mesmo sex* ou não. E mesmo antes de saber que sua filha que na época tinha dez anos, viria a ter uma namorada em vez de um namorado, foi o que respondeu quando Samantha fez a entrevista para o emprego e revelou que era homossexual, perguntando se ela tinha algum problema em trabalhar para ela.
-- Oi? -- Respondeu sorrindo a olhando.
-- O que devo fazer para o almoço? -- Perguntou retribuindo o sorriso dela. Havia gostado de Amanda, muito mais botina, educada e carinhosa com a menina Agatha, que Marcela, pensou.
-- Ah... -- Disse pensando sem saber o que dizer. -- Humm... -- Tentou novamente, mas nada lhe vinha a cabeça. -- Não faço a menor ideia. -- Disse enfim, com uma carinha engraçada, fazendo Cida soltar uma risada gostosa, acabando o silencio do ambiente com Amanda também a acompanhando, elas foram interrompidas pela porta sendo aberta e uma garota, magra de cabelos loiros, quase castanhos claros entrando, aparentemente de uns vinte anos. Ela sorriu para Cida e Amanda que as observavam.
-- Oi Cida, bom dia. -- Disse se aproximando e dando dois beijinhos em suas bochechas e logo olhando para Amanda. -- Oi, bom dia. -- Disse simpática
-- Oi, bom dia. -- Respondeu retribuindo o sorriso.
-- Janaína essa é Amanda, Amanda essa é Janaína, também trabalha aqui.
-- Prazer Janaína, tudo bem? -- Disse Amanda levantando do sofá.
-- O prazer é meu... -- Disse a olhando. -- Você é muito bonita. -- Saiu naturalmente, deixando Amanda um pouco envergonhada.
-- Obrigada.
-- Ah, antes que me esqueça, dona Samantha pediu para você lavar os jalecos dela.
-- Ah sim... Bem, deixa eu cuidar, porque hoje vai ser puxado na faculdade, tenho que chegar cedo. -- Disse sorrindo e já se dirigindo a seus afazeres da manhã.
-- Sim, voltando a questão “almoço”, Cida. -- Disse Amanda rindo. -- O que a Sam geralmente pede para você fazer?
-- Ah às vezes, quando tem tempo ela escolhe um frango grelhado com purê de batata e salada, acompanhado de um suco natural, Carne de panela cozida com legumes, feijão branco, Alface, tomate...Arroz com milho, cubos de carne cozidos com legumes, pepino, tomate... Enfim, ela vária bastante. -- Disse explicando.
-- Fiquei mais confusa agora... -- Disse pensativa.
Cida vendo a confusão dela, continuou. -- Mas na maioria das vezes ela só fala “Cida vou chegar com fome”. -- Disse rindo para a mulher a sua frente que também riu ao ouvir a frase.
-- Então eu digo que: Cida, Samantha vai chegar com fome! -- Elas caíram na gargalhada novamente.
-- Vamos lá menina, vamos lá... -- Disse já se dirigindo para a cozinha e chamando Amanda para acompanha-la.
* * * *
Samantha, preparava-se para entrar na sala de cirurgia, estava vestindo aquele famoso look do hospital, calça folgada com a cintura de elástico e uma camisa que tinha uns fios que eram amarados na costa, os dois na cor azul celeste. Amarrou o cabelo em um coque prendendo-o com um grampo, a única coisa que segurava seus cabelos extremamente lisos. Logo em seguida colocando a touca branca e virando-se de costa para Sheila, sua auxiliar e amiga amarrar a tal camisa.
-- O anestesista já está lá dentro, Sheila? -- Perguntou agora lavando as mãos na pia com cuidado.
-- Já, dessa vez ele foi pontual. -- Disse sorrindo. Pois o tal anestesista havia se atrasado e muito, na última vez que ela fez uma cirurgia e sem uma boa desculpa para tal. Samantha chamou a atenção dele de uma forma não muito amistosa e disse que se acontecesse novamente seria demitido por justa causa.
-- Ótimo. -- Disse sorrindo e se dirigindo com as mãos a sua frente de palmas e dedos para cima. Sheila riu e falou.
-- Sam, você o pegou pelo colarinho e o jogou contra a parede. Nesse dia, até eu que só estava observando, tenho certeza que esqueci meu nome por alguns instantes. -- Disse rindo.
-- Ele mereceu. -- Falou rindo e chegando a sala onde já estavam todos da equipe inclusive o anestesista, só a aguardando. -- Bom dia. -- Disse Samantha, agora séria e todos responderam apressadamente. -- Luvas... -- Sheila, as colocou e Samantha deu prosseguimento a mais uma cirurgia, que durou o tempo previsto e sem imprevistos. Ao terminar Samantha deu as devidas orientações e foi para seu consultório.
-- Graças a Deus deu tudo certo! -- Disse jogando-se no sofá, fechando os olhos e agradecendo mentalmente a, Deus. Foi interrompida por Sheila, entrando na sala, ainda também vestida com o uniforme.
-- Parabéns, novamente um sucesso! Agora ele só precisa fazer algumas sessões de fisioterapia e irá poder mexer o joelho normalmente.
-- Obrigada. -- Disse abrindo os olhos, pois mesmo com a entrada de Sheila foi desperta de seus pensamentos, mas continuou na mesma posição. Era como um ritual, ela sempre ao sair de uma cirurgia se jogava naquele sofá de perto da porta e agradecia. -- Você também até que deu para o gasto. -- Disse a encarando com um sorrisinho sínico.
-- Vai-te a merd*, Sam. -- Disse jogando a touca que estava em suas mãos em Samantha, essa desviou sem problemas. -- Então porque será que você não entra numa sala de cirurgia sem mim, hein? Fica só pedindo: Luvas, máscara, bisturi, pinça adson com dente, pinça Cushing reta, pozzi afastador... Pressão, batimentos e blá blá blá... -- Disse fazendo movimentos no ar imitando como a amiga fazia e falava na hora das cirurgias. Samantha vendo isso soltou uma gargalhada. -- Poxa, da próxima vez vou falar, pega tu! -- Continuou Sheila encarando o chão fingindo falsa tristeza, sabia que a amiga estava brincando. Samantha, vendo o drama da amiga levantou do sofá e foi até ela a fazendo olhá-la.
-- Ei, estou brincando, você sabe, você é imprescindível nas cirurgias que faço. -- Disse sorrindo e fazendo com que a mulher menor a sua frente sorrisse abertamente também. Sheila era a enfermeira chefe e assistente de Samantha, estatura média, olhos azuis celeste, e cabelos loiros dourado, rosto oval, era linda, com certeza uma mulher apaixonante para qualquer pessoa, inclusive Samantha, se não fossem somente amigas, sentimento mais forte entre elas, amizade. -- Já te falei que você é muito gata? -- Perguntou Samantha ainda a olhando bem de pertinho, com um sorrisinho de canto nos lábios. Sheila riu mais ainda, sem cortar o contato do olhar e a distância, não ficava mais envergonhada quando ela fazia esse tipo de coisa.
-- Hoje ainda não! Portanto, fico feliz por ter me lembrado que sou muito gata. -- Respondeu, fazendo com que, Samantha gargalhasse se afastando e se jogando no sofá novamente.
-- Petulante... mas me diga porque eu não “pego” você mesmo? -- Perguntou sorrindo cinicamente.
-- Primeiro, porque não sou mulher de se “pegar”, credo! Segundo, você é minha chefe chata, amiga chata, enfim... terceiro e mais importante, não faz meu tipo, mesmo sendo alta, linda, gostosa, e muito sexy quando está toda de branco ou até mesmo nessa coisa que está agora. -- Disse rindo das caretas que a amiga fazia quando ela narrava os motivos.
-- Ahhh. -- Disse levantando. -- Então quer dizer que só é por esses detalhes? Podemos dar um jeito então, você finge que não sou alta, sexy e todo o resto, ai posso te pegar de boa. -- Completou a olhando de perto fingindo seriedade. Sheila a olhava incrédula, mas sorriu e resolveu entrar na brincadeira.
-- Bem, vendo dessa maneira, até que pode dar certo. -- Disse colocando as mãos atrás da nuca de Samantha e acariciando levemente, mas sem causar reação alguma em ambas, entre elas não tinha química nenhuma. Samantha sorriu e apoiou as mãos na cintura dela.
-- Douto... -- Chamou entrando esbaforida uma das alunas estagiarias na cirurgia de logo cedo, ou tentou, pois estancou o movimento e fala ao ver a cena a sua frente. Samantha e Sheila separaram-se calmamente.
-- Laila, que tal bater na porta antes de entrar? -- Disse Samantha séria, chamando a atenção da moça, não gostava que entrassem em sua sala ou qualquer local de sua particularidade, sem baterem antes. Naquele hospital, quem tinha liberdade para tal, eram Sheila e Alexsandra, irmã de Samantha. E todos naquele hospital deveriam saber disso.
-- Desculpa Doutora. -- Pediu deveras envergonhada encarando o chão.
-- Sam, ela está aqui a pouco tempo... -- Relevou Sheila, acalmando a amiga.
-- Educação não se mede por tempo de trabalho em algum local, Sheila... -- Suspirou tentando relevar também, a garota a sua frente estava quase chorando, ainda encarando o chão. -- Tudo bem, mas que não se repita está bem? -- Disse indo até a garota a fazendo olhá-la, sorriu tentando lhe passar tranquilidade.
-- Não vai mais acontecer, prometo. -- Disse Laila, mais tranquila.
-- O que queria comigo?
-- Bem é que... -- Sorriu feliz. -- Eu ganhei a vaga de estágio no hospital.
Samantha, sorriu realmente feliz pela garota, as vagas de estágios do hospital, eram parte de um programa especial que seu pai criara, e eram bastantes concorridas, pois era uma ótima oportunidade a jovens universitários vivenciarem cada especialidade e aprimorarem seus conhecimentos, vivenciando-o também, facilitava muito para quem não sabia em que área especializar-se, além da ótima estrutura, ensinamentos, e tecnologia que o hospital tinha, eram da melhor qualidade possível. Deu um abraço apertado nela.
-- Parabéns garota, agora é manda ver, mais ainda, pois não pense que vou pegar leve com você viu? -- Disse desfazendo o abraço.
-- Não, que isso... Nem eu quero que pegue leve, quero ser tão boa quanto a senhora. -- Respondeu contente.
-- Ai meu Deus, senhora não, por favor. Ela, está lá no céu. Pareço tão velha assim?
-- Não! -- Respondeu rapidamente. -- Não senh... -- Interrompeu o “Senhora”. -- Não mesmo.
Samantha, gargalhou vendo a atrapalhação da jovem, sendo acompanhada de Sheila e da própria garota.
-- Parabéns Laila. -- Disse Sheila.
-- Bem, eu vim dar a notícia e agradecer a... Você. -- Disse
-- Você ganhou por competência própria, mas fico honrada. -- Disse Samantha séria.
-- Obrigada... Bem tchau e desculpa mais uma vez. -- Disse e logo saiu.
-- Onde paramos? -- Perguntou Samantha, mal fechou a boca e as duas explodiram em uma gargalhada.
-- Puta merd* Samantha, a garota deve estar pensando que temos alguma coisa, sua lesa! -- Disse com lágrimas escorrendo pelo rosto de tanto rir.
-- Lesa, eu? Tu que começou botando as mãos em mim. -- Disse na mesma situação.
-- Eu não, foi tu que começou bem antes... Tu viu a cara que ela fez? Hilária...
-- Vi. Agora tu vai ficar com fama de que eu realmente te “peguei”, sem ter pego.
-- Ah Sam. -- Disse lhe dando um tapa no braço. -- Até parece que tu tem fama de pegadora né?
-- É tenho que concordar, sou bastante comportada. -- Elas já estavam mais calmas.
-- Ela sabe que você gosta de mulheres? -- Perguntou Sheila
-- Deve saber, todos desse hospital sabem, enfim... mas se ela investigar vai ficar confusa, porque todos do hospital, também sabem que você é casada e hetero. -- Disse rindo.
-- Pronto! Eu vou ficar com fama de traidora e frequentadora da cama da grande doutora Samantha. Eu mereço...
-- Ei? Olha lá hein... Mas estamos fazendo juízo de alguém que sabemos que não deve ser assim Sheila. Laila, não parece ser dessas pessoas intriguistas e tudo mais. -- Disse séria.
-- Verdade. -- Concordou.
-- Depois falo com ela... Que horas são?
Sheila pegou o celular que estava na mesa onde estava recostada.
-- Onze e meia... Ei a Agatha está linda nessa foto. -- Disse observando no visor do celular de Samantha.
-- Eu adoro essa foto... Vou me trocar tenho que pegá-la na escola. -- Disse indo para o segundo cômodo que ficava no seu consultório, era uma sala de descanso, e tudo mais, tinha banheiro, um sofá cama grande, frigobar, televisão e um armário com roupas, toalhas, entre outras coisas de Samantha.
-- Ei, ficamos fazendo merd*. -- Disse rindo. -- E esqueci de perguntar da mulher de sábado. -- Disse a seguindo.
-- Ah, eu a levei para minha casa. -- Disse calmamente, tirando a roupa.
-- Você o que? -- Perguntou gritando. -- Como assim? Como você leva uma desconhecida para sua casa, Samantha? E que tipo de mulher é essa que aceita ir para casa de alguém que nem conhece? -- Desmoronou a perguntar sem dar chances de Samantha, responder. -- E porque você levou ela para sua casa?
-- Ei ei ei... Calma. -- Pediu tentando acalmar a amiga. Susan, tinha reagido da mesma forma na manhã anterior.
-- Como calma? Sam... -- Disse querendo entender.
-- Sheila, ela perdeu a memória e ainda não encontraram seus parentes... enfim, mas não tenho tempo de te explicar tudo agora, tenho que pegar a Agatha... Prometo que depois explico, mas por favor, não se preocupe, Amanda é de confiança. -- Explicou tentando acalmar a amiga.
-- Amanda? É esse o nome dela? -- Sheila estava mais calma, mas ainda confusa.
-- Depois minha amiga, depois te explico com calma. Tenho que ir. -- Disse terminando de calçar o salto e pegando sua bolsa. Sheila suspirou conformada.
-- Fazer o que né?
Samantha sorriu e lhe deu um beijo no rosto. -- Tchau. -- Disse saindo e deixando Sheila, ainda confusa.
* * * *
-- Ai gente, para, eu não aguento mais rir não! -- Disse Amanda com os olhos marejando de tanto rir.
Depois que Samantha foi para o hospital, Amanda acompanhou Cida até a cozinha e ficaram conversando banalidades. Amanda contou o que havia acontecido e como foi parar ali, deixando Cida e logo depois Janaína comovidas. Depois Amanda aproveitou para saber através delas um pouco mais sobre Samantha e Agatha. E depois Cida contou algumas piadas que aprendera com seu pai que era do norte, para Amanda, e Janaína também conhecia algumas. As três estavam na cozinha, enquanto Cida finalizava o almoço, elas conversavam e riam bastante.
-- Mas eu ainda nem terminei de contar. -- Disse Janaína também rindo da piada e do estado de Amanda que ria sem parar se remexendo na cadeira.
-- Não, não... por favor... Depois do “tão pequenininho do culhão tão grande”, não dar mais. Para. -- Disse tentando se acalmar, pois sua barriga já doía.
-- Já que pediu arrego, eu paro.
Amanda respirou fundo e enxugou as lágrimas. -- Ai, vocês são demais!
-- Gente doze e vinte tenho que ir. -- Disse Janaína olhando o relógio de pulso.
-- Poxa, já? Não vai almoçar com a gente? -- Perguntou Amanda.
-- Almoçar com vocês? -- Perguntou incrédula, Janaína ainda não tinha muita intimidade na casa de Samantha, trabalhava a pouco tempo. Tinha liberdade para fazer lanches e pegar o que quisesse na geladeira ou fora dela, mas nunca fora convidada por Samantha, para almoçar em sua casa. Nem Cida, que era mais intima na casa, almoçava com a família, era sempre depois, mas por opção própria, se sentia bem melhor. Mas Amanda não saiba esse detalhe.
-- O que foi gente? -- Perguntou Amanda confusa olhando para Cida e Janaína.
-- Ehh...
-- Amanda? -- Disse Agatha entrando na cozinha e indo dar um beijo nela, interrompendo o que Janaina iria falar.
-- Oi linda. -- Disse depois que lhe beijou também.
-- Oi meninas... Amanda. -- Disse Samantha, sorrindo para ela.
-- Oi Sam. -- respondeu também sorrindo.
-- Oi dona Samantha, vocês chegando e eu saindo. -- Disse Janaína sorrindo.
-- Ah fica pra almoçar com a gente, depois você vai, é rapidinho. -- Disse Amanda, realmente querendo prolongar a companhia agradável dela e sem se atender na consequência daquele convite, pois realmente se sentia como se estivesse em sua casa.
-- Ehh... -- Gaguejou Janaina, olhando para ela, sem saber como dizer.
Samantha achou tão lindo e inocente o pedido de Amanda para sua secretária, pedido esse que lhe fez rever alguns conceitos, nunca havia feito um pedido daqueles e com tanto carinho e intimidade... Como era possível? Ela conhecia Janaína a mais tempo e não tinha aquela mesma intimidade que Amanda já tinha em menos de 5 horas. Decidiu o que fazer, olhou para Janaína sorrindo.
-- Fica Janaína, vai ser um prazer ter sua companhia.
Janaína não estava acreditando, demorou um pouco a decidir, então Amanda decidiu por ela.
-- Ela vai ficar. Já está pronto, então é só lavarmos as mãos e mandar ver.
Todas riram...
-- Então para não atrasamos nossa convidada não vamos nem banhar primeiro, vamos ao rango.
Cida, Amanda, Janaína e Agatha sorriram da maneira que Samantha havia falado.
-- Ebaaaa. -- Gritou Agatha, sentando no seu lugar.
-- Mocinha, lavar as mãos pelo menos. -- Disse Samantha
Todas lavaram as mãos e sentaram, exceto Cida, que começou a servi-las. Samantha olhou para Amanda que estava olhando Cida, e sorriu entendendo.
-- Cida o convite também incluía você. -- Disse Samantha, a olhando sorrindo e fazendo com que Amanda a olhasse feliz.
-- Mas...
-- Sem mas, Cida, estou pedindo que almoce com a gente, por favor. -- Disse mostrando uma cadeira vazia ao lado de Amanda.
Cida, riu rendendo-se. -- Tudo bem, mas vou servir antes.
O almoço estava mais que caprichado era uma carne macia grelhada acompanhada de macarrão ao molho de tomate, salada com brócolis, alface, entre outras folhas verdes, quando Cida pegou o suco para servi-las Samantha, interviu.
-- Cida dê só para Agatha, vou pegar um especial pra gente. -- Disse piscando e levantando, foi até a pequena adega que tinha na cozinha mesmo e pegou um vinho tinto que casava perfeitamente com o prato.
-- Vinho a essa hora? -- Questionou Cida, estranhando, não era de costume a patroa beber vinho no almoço.
-- E por que não? -- Perguntou já abrindo a garrafa. -- O prato e a ocasião pede um desses. Portanto vamos aproveitar. -- Completou já servindo a todas e sentando em seu lugar.
-- Muito bom... -- Disse Amanda após solver um pouco do líquido.
Cida e Janaína ainda estavam meio deslocadas, mas logo Amanda acompanhada de uma Samantha feliz ao vê-la feliz, ajudou-a a descontrai-las e o almoço se desenvolveu num clima agradável para todas. Ao termino, Janaína se despediu e foi direto para Universidade, Agatha foi para seu quarto tomar banho, Samantha, também foi fazer o mesmo e Cida ficou na cozinha acompanhada de Amanda arrumando tudo e logo se despediu dela, prometendo volta mais tarde, pois tinha um assunto para resolver, e Samantha já estava ciente.
-- Oi. -- Disse Amanda entrando no quarto de Agatha, após bater na porta.
-- Oi, senta aqui. -- Disse chamando-a na cama, e deixando o tablet de lado, estava deitada e jogando um joguinho. Amanda, sentou ao lada dela.
-- Amanda, eu gosto de você sabe? Você é legal, brinca comigo... Se eu te perguntar uma coisa promete que não vai ficar com raiva?
Amanda riu pelo medo de Agatha. -- Prometo que não vou, pode perguntar.
-- Você gosta da minha mãe?
-- Claro que gosto, sua mãe foi e está sendo maravilhosa comigo, me socorreu, cuidou de mim lá no hospital, me trouxe para sua casa, enfim, não é qualquer pessoa que faz isso por uma estranha.
Agatha a ouviu paciente, mas não era bem a resposta que queria. Amanda, falou o que achou necessário para a garota.
-- Eu sei, estou perguntando se você gosta da minha mãe para namorar com ela, você gosta dela assim? -- Questionou a olhando firmemente nos olhos. Amanda abaixou a cabeça, ficou intimidada com a pergunta da menina, ainda estava confusa, sabia que olhava Samantha com outros olhos, atração, e sabia que poderia ser reciproco, mas estava com medo. Não sabia se Samantha realmente queria alguma coisa com ela, além do mais, tinha sua situação, não lembrava o nome, nada de seu passado, e se já fosse comprometida? Se questionava sempre, mas não tinha respostas. Agatha ainda a olhava esperando uma resposta e insistiu. -- E ai, você gosta?
Amanda suspirou. -- É complicado, meu anjo, eu não sei nem meu nome, nada sobre mim... Gosto da sua mãe, ela me ajudou e ajuda muito. -- Disse a olhando, sem dar nenhuma resposta concreta. Agatha a olhou vencida também, não ia insistir mais, mas tinha certeza que Amanda estava apaixonada pela mãe.
-- Tudo bem... Quer brincar comigo um pouco? -- Perguntou pagando o tablet.
-- Claro.
Fim do capítulo
Lindas, por hoje postarei apenas esses, pois estou morta de cansada e com sono (ler-se: "pescando" na frente do not! kkkkk). Facul hoje foi puxada. Desculpa mesmo. Mas amanhã postarei mais, vou ver se consigo postar os 24 capítulos e mais o novo, cap´25 fresquinho!
Beijão e sejamos bem vidas ao Lettera! *-*
Comentar este capítulo:
Lea
Em: 07/10/2021
Os sonhos da "Amanda", provavelmente são lembranças,correto??
Já temos a pequena Nathy,que certamente é sua filha; uma moça chamada Fernanda"suposto" triângulo amoroso; e Marina,que parece ser "seu amor". Essa última será que está viva, será lembranças de vidas passadas??
E para ela está em alta velocidade e sem documentos no dia do acidente,será que brigou com alguém antes de sair de casa??
rhina
Em: 12/01/2017
H
Oi autora sua historia é maravilhosa
Já a li quase toda....mas faz tempo...e faz tempo que espero pela atualização.....
Atualizou um novo capítulo...... Acreditando seriamente que desta vez conseguirá dá continuidade vou voltar na história e me atualizar.
Tudo de bom autora...
Rhina
[Faça o login para poder comentar]
Maria Flor
Em: 08/09/2015
Olá, senhorita universitária!
Devo-lhe dizer que adorei esse capítulo. Agatha cada vez me surpreende mais. Ela é incrível.
Mas e os sonhos/lembranças da Amanda? Quero respostas :(
Bem, o jeito de obtê-las é continuar lendo, hehe.
Mas antes, quero parabenizá-la. A história está ótima. Parabéns!!
Resposta do autor:
Olá amore,
Os sonhos sempre atormentaram a todas. kkk Mas como já sei que tu descobristes as respostas no decorrer de sua leitura, nem vou comentar, sorry pela demora amore.
E muito obrigada pelo carinho.
Beijão.
[Faça o login para poder comentar]
Sem cadastro
Em: 05/09/2015
Ótimo dia,fiquei pensando que nunca mais saberia o fim da história e como gostaria q ela terminaase, como os personagens ficariam, obg Enny mais o meu muito obg e os parabéns vai para a Cristina, valeu Cris sem vc não teríamos o Lettera!
Resposta do autor:
Oi ^^
Vamos continuar sim amore! ^^
A Cris está de parabéns sim! *-*
Bj
[Faça o login para poder comentar]
Sem cadastro
Em: 05/09/2015
Obrigada linda! mss quero ler ms já estava capítulo 23... Bjs ms aguardo
Resposta do autor:
Oie ^^
Obrigada amore! *-*
Bj
[Faça o login para poder comentar]
preguicella
Em: 05/09/2015
Oba capítulo novo a vista! hahaha
Bjão
Resposta do autor:
Oi^^
Obrigada linda!*-*
Beijos
[Faça o login para poder comentar]
Sem cadastro
Em: 04/09/2015
obrigada, que bom autora
Resposta do autor:
Oi,
Obrigada você amore!^^
Bj
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]