Capítulo 5
Os Anjos Vestem Branco - Capítulo 5
No hospital da Barra...
-- Doutora ela está assim desde ontem, já não sabia mais o que fazer - a mãe chorava abraçada a filha de quinze anos - Ela chega a delirar da febre.
-- Camila por favor deita aqui nessa maca - Bruna ajudou a menina a subir na escadinha e deitar-se - Vou te examinar, sei que é difícil, mas tenta relaxar ok?
A menina fez que sim com a cabeça. Bruna a examinou e achou por bem solicitar alguns exames para ajudar no diagnóstico.
-- Mãe, leva essas guias para carimbar alí no balcão, enquanto eu chamo uma enfermeira para ajudar a Camila - entregou os papéis para a mulher e foi até a sala de enfermagem.
-- Tenho uma suspeita de Dengue. Pode fazer o favor de leva-la para realizar os exames?
-- Claro Dra. Bruna - a moça prontamente levantou-se e foi atender ao seu pedido.
-- Preciso de um médico - a loira jogou-se em uma cadeira de frente para outra enfermeira que estava no local.
-- Não serve uma enfermeira? - a moça falou sorridente.
-- Serve. Que tal uma ampola de glicose na veia? - falou brincando.
-- A bebedeira foi grande ontem?
-- Nem tanto. Sou de pouca bebida, mas o pouco que bebo me deixa com dor de cabeça e nauseada - apertou os olhos com os dedos - Daqui a pouco estou legal.
-- Se mudar de ideia... -- mostrou uma seringa enorme - Estarei aqui.
-- Uiii... que medo - saiu da sala rapidinho.
Assim que chegou no corredor ouviu Sabrina lhe chamar.
-- Loira - a amiga apressou o passo e parou na sua frente - Dá uma olhada nisso - entregou um bilhete para Bruna ler.
-- Sexta-feira as 21:00 no Lebar. Marcia - Bruna devolveu o bilhete para amiga - Quem é Marcia?
-- Aquela da calcinha rosa lembra? - colocou as mãos na cintura.
-- Como esquecer... - fez pouco caso.
-- Ontem você não agiu como uma boa menina doutora, e por isso vai levar um cascudo... - fechou a mão e bateu na cabeça de Bruna.
-- Aiii... Sua louca - esfregou a mão na cabeça - Sabe o que você parece?
-- Não. Diz aí - colocou as duas mãos nos bolsos e a encarou.
-- Aquelas crianças gordinhas da época de escola que viviam batendo nas outras crianças magrinhas.
-- Há, há, há - riu ironicamente - Muito engraçadinha. Você não devia ter...
Nesse instante a campainha de emergência toca.
-- Vamos lá - Bruna e Sabrina saem correndo em direção a sala de emergência.
Quando chegaram na sala os enfermeiros estavam colocando o homem na maca.
-- Parada Doutora - o enfermeiro berrou todo agitado.
Pelo menos quatro enfermeiros estavam praticamente em cima do homem. Bruna sacudiu a cabeça e se aproximou da maca.
-- Só quero dois aqui - falou segura - os outros dois fiquem alí apontou para o canto da sala.
Os dois obedeceram sem entender nada.
-- Vamos aplicar o desfibrilador - foi o que fizeram rapidamente -- Checa o ritmo.
-- Sem respiração doutora.
-- Fazer duas respirações lentas. Avaliar circulação - Bruna orientava os dois enfermeiros.
-- Sem Pulso doutora.
-- Iniciar RCP - virou-se para os dois enfermeiros que estavam aguardando - Epinefrina 1 ap = 1 ml = 1 mg Dose: 1 mg cada 3 min.
Amiodarona 1 ap= 3 ml= 50 mg/ml Dose: 300 mg IV bolus 2ª dose: 150 mg após 5 min. -- FV/TV presente ao monitor? - perguntou para os enfermeiros.
-- Sim - um deles respondeu.
-- Algoritmo FV/TV. Posiciona ele, vou fazer a intubação orotraqueal - Bruna fez a introdução pelas vias aéreas de um tubo plástico semirrígido, para que este pudesse ser ligado ao respirador.
A loira observou o paciente por alguns minutos. Verificou os sinais vitais, o estado hemodinâmico e a função respiratória. Olhou mais uma vez os monitores e finalizou:
-- Paciente estabilizado. Quero ventilação não-sincronizada - Bruna anotava no prontuário -- Monitorização (eletrodos, oxímetro, manguito), acesso venoso. Aqui estão as drogas: Lidocaína e Sulfato de Magnésio - entregou o prontuário para um dos enfermeiros - Estou no PS qualquer alteração me chamem - estava saíndo mas voltou para falar com os enfermeiros - Parabéns vocês foram ótimos - e saiu com Sabrina ao seu encalce.
-- Péraí - segurou Bruna pelo braço - O que foi aquilo lá dentro?
-- Uma emergência - respondeu sem entender o que a amiga queria realmente saber.
-- Como está o paciente da emergência meninas? - Doutora Sandra chegou esbaforida.
-- Está vivo - Sabrina respondeu.
-- Ótimo - seguiu em direção a emergência.
-- Se o coitado dependesse dela já estaria na terra dos pés juntos - Sabrina comentou ainda surpresa.
-- Com relação a sexta-feira tô dentro, mas dessa vez vou sozinha, de vela e vou te incomodar o tempo inteiro.
-- Bruninha, o que você fez lá dentro foi incrível - os olhos de Sabrina brilharam - Garota foi demais.
-- O que é isso Sabrina, esqueceu que você estava comigo nessa aula? Vou ver minha paciente com Dengue - Bruna simplesmente virou-se e saiu.
Na sala da Doutora Sandra.
-- Pedro o que ela fez deixou no chinelo muitos veteranos aqui do hospital - Sandra falava orgulhosa de sua pupila - Ela entubou em segundos e estabilizou o paciente em minutos.
-- Temos que mantê-la aqui Sandra - Pedro era o médico responsável pelo PS.
-- Vai ser difícil Pedro, você conhece o pai dela não é?
-- Em menos de um mês aqui dê uma olhada no livro de reclamações, elogios e sugestões - deu o livro para ela ler - São dezenas de elogios aonde só haviam reclamações.
-- Ela é uma menina de ouro - Sandra sorriu.
-- Vou ligar para o Dr. Nestor. Precisamos muito dela aqui - pegou o telefone e ligou para o pai de Bruna.
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-- Boa noite família - Nestor entrou com uma garrafa de champanhe na mão e um sorriso de orelha a orelha.
-- Que surpresa. Não ia ficar trabalhando hoje? - Débora perguntou irônica.
-- De jeito algum conseguiria ficar trabalhando em uma noite tão especial como hoje. Aonde está a Bruninha?
-- No quarto pai - Priscila fechou a revista que estava lendo.
-- Chama ela filha, por favor - pediu sorridente.
-- O que vamos comemorar? - Débora levantou e chamou a empregada.
-- Vamos esperar a Bruninha descer.
Depois de alguns minutos as irmãs desceram correndo.
-- Desculpa pai peguei no sono - Bruna abraçou o pai e beijou.
-- Eu quem peço desculpa filha por te acordar, mas não podia esperar. Hoje recebi uma ligação que me fez explodir de orgulho.
-- De novo Nestor. Você já deve ter explodido umas dez vezes só esse mês - Débora interrompeu o discurso.
-- Mãe - Priscila chamou a atenção dela - Continua pai.
-- Dr. Pedro que é o responsável pelo PS do hospital da Barra me contou o que você fez hoje filha.
-- O que ela fez pai? - Priscila levantou e ficou ao lado da irmã.
-- Nada demais... Somente salvou uma vida... Só isso - falou com lágrimas nos olhos.
Estourou a champanhe e encheu as taças.
-- Vamos brindar: A primeira de muitas vidas que você ainda vai salvar filha.
Priscila abraçou a irmã.
-- Obrigada maninha por mudar a história de uma família que poderia estar chorando agora - beijou a irmã com carinho.
Bruna apenas sorria.
-- Voltamos a comemorar por vidas então? Como nos velhos tempos - Débora finalmente se manifestou.
As comemorações a que Débora se referia eram feitas sempre que Nestor ou ela conseguiam salvar uma vida na sala de emergência. Traziam uma garrafa de champanhe para casa e brindavam a vida.
Esse costume perdeu-se no tempo. Débora começou a não dar mais tanto valor a isso e Nestor cansou de comemorar sozinho. Agora recebia um presente de Deus e faria de tudo para estar ao lado dela, comemorando nos momentos de alegria ou conformando-lhe nos de tristeza.
-- Exatamente família, como nos velhos tempos. A diferença é que agora você é quem paga a champanhe - espalhou o cabelo da caçula.
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Em um apartamento da Barra, uma pessoa não tinha nenhum motivo para comemorar.
-- Eu te chamei aqui para me fazer companhia. Estou chateada - Victória mais uma vez sentia o peso de ser a outra.
-- Mesmo amando esse homem Vic, tente tira-lo da cabeça, pois você jamais será feliz por completo. Terá sempre que se contentar com migalhas - Thiago pela milésima vez aconselhava a amiga.
-- Vou tirar o meu coração e deixar ele aqui para você ficar conversando a sós com ele. Pode ser? - Falou irônica.
-- Você jamais terá ele para si. Mesmo que ele a ame muito e saia desse casamento, na primeira oportunidade que tiver irá procurar outra tão ou até mais interessante que você. Esse tipo de homem não se contenta em ter apenas uma mulher - Thiago foi duro nas palavras.
As palavras de Thiago doeram mais que um soco na cara. Ele tem razão, ele tem toda a razão, sabia disso, mas no amor é impossível tirar do pensamento o que sente o coração.
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Como haviam combinado, na sexta-feira Bruna e Sabrina foram ao Lebar. Marcia, a menina da calcinha rosa, (mais tarde a autora contará o motivo), ainda não havia chegado, então as duas escolheram uma mesa pediram bebidas e emendaram um papo sobre trabalho enquanto esperavam.
-- Bruna, aquele dia na emergência me senti uma idiota perto de você - Sabrina confessou triste - Acho que não estou preparada.
-- O que é isso amiga? Vai amarelar agora? - Bruna parecia sentir a dor da amiga.
-- Fico pensando se conseguiria agir da mesma maneira que você agiu - falou de cabeça baixa.
-- Mas não mesmo. Sabe porquê? Eu sou eu, a Bruna. Você é você, a Sabrina. Cada uma tem a sua maneira peculiar de atender, somos diferentes. Usamos técnicas é lógico, mas somos diferentes.
-- Estou insegura na sala de emergência - passou as mãos pelos cabelos em um gesto de desespero.
-- Me diz uma coisa, seja sincera - Bruna levantou a cabeça de Sabrina com a mão - Você domina as técnicas?
-- Eu juro. Talvez não como você, mas sei todos os procedimentos - falou sincera.
-- Tudo bem então. A partir do próximo plantão toda emergência que houver vamos juntas. Eu ficarei do seu lado nem que seja só para te dar um beliscão - sorriu daquele jeitinho que encantava Sabrina.
-- Sabe que eu te amo né? - falou emocionada.
-- Sei, você e mais da metade do Rio de Janeiro - falou brincando.
-- Você é muito... - parou de falar de repente - Bruninha aquele garçom alí não é o Thiago amigo da Victória?
Bruna sentiu o seu coração disparar no peito com a possibilidade de poder rever a morena que povoava os seus pensamentos a todo instante.
-- É ele sim - já ia levantando afobada mas foi impedida por Sabrina que a segurou pelo braço.
-- Espera aí pereréca suicida. Deixa comigo - Sabrina assoviou e Thiago foi até a mesa sorridente.
-- Ora, ora se não são as duas médicas mais fofas do Brasil - fez referência como um cavalheiro.
-- Chama o Thiago pra mim. Aquela bicha gente boa, conhece?
-- Fala baixo doutora Bruna - Thiago pediu desesperado - Se o meu chefe descobre que sou gay, serei demitido na hora.
-- Que idiota - Bruna estava indignada - Não me chama de doutora. Aqui fora sou a Bruna.
-- Aqui fora ela é só a Bruninha sapatinha - Sabrina completou - E a Victória como está? - Sabrina perguntou olhando para Bruna.
-- Está bem - foi só o que Thiago falou.
-- Ela gosta de sair para curtir, jantar, ir à praia? - Bruna insistiu com o rapaz.
-- Não muito. Vic é do tipo caseira - Thiago olhou para trás preocupado - Vocês querem algo para beber?
-- Queremos sim. Traz um mojito tradicional cubano pra mim e um drink dos deuses para a Bruninha.
-- Ok. Já trago - saiu para providenciar os pedidos.
-- Acho que nunca vou conseguir ficar a sós com ela - Bruna fez manha.
-- Vamos ter que fazer amizade com Thiago para depois chegarmos até Victória.
-- Não era você que estava tentando fazer a minha cabeça para desistir dela?
-- Continuo com a mesma opinião de antes, mas vai ser divertido. Quero ver até quando esse seu interesse vai durar.
-- Caramba como a mulher cogumelo venenoso está demorando.
-- Lá vem você com essa história. Porque mulher cogumelo venenoso Bruna?
-- Porque comeu, tá fudido.
-- Como você é palhacinha - jogou uma batata frita na cabeça dela.
-- É tão fácil falar de mulher né Sabrina, será que é porque a gente também é mulher e conhece tudo sobre o sex* feminino?
-- Eu acho que sim. Quando eu estou com alguém sei direitinho o que ela está sentindo com relação a alguma situação. É só se colocar no lugar dela.
-- As minhas relações são puro sentimento sabia? Pode não ser amor, mas sempre tem carinho, amizade, respeito, compreensão.
-- Eu acredito. Você é do tipo que manda flores depois de trans*r com uma garota - Sabrina riu. Lembrou do dia em que Bruna transou com uma menina da faculdade e mandou um buquê de flores no dia seguinte. A menina até hoje não larga do pé dela.
Thiago retornou com as bebidas.
-- Prontinho, meninas - colocou sobre a mesa.
-- Obrigada Thiago - Sabrina provou da bebida e olhou séria para o rapaz - Tá a fim de ir em uma reunião de amigos em minha casa?
-- Jura? Quer dizer que posso me considerar um amigo então?
-- Claro Thiago, e um dos melhores - Bruna respondeu sorrindo.
-- Aceito - falou todo orgulhoso.
-- Posso te mandar o endereço pelo watsapp? - Sabrina foi esperta.
-- Claro, deixa eu anotar - pegou um papel do bolso, anotou o número e entregou para Sabrina - Pronto, muito obrigado. Estou super feliz pela consideração. Também as considero grandes amigas - pegou a bandeja de cima da mesa - Agora vou trabalhar, qualquer coisa é só chamar - e saiu todo feliz.
-- Agora já temos um começo - sacudiu o papelzinho no ar - Logo chegaremos até a sua morena.
-- Você é demais! - Bruna comemorou feliz da vida - Piada.
A mulher pergunta ao marido:
- Querido, o que você prefere? Uma mulher bonita ou uma mulher inteligente?
- Nem uma, nem outra querida. Você sabe que eu só tenho olhos para você.
Risos.
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-- Quer dizer que a doutora estava lá ontem? - Victória estava na cozinha preparando café para os dois.
-- Ela e a Dra. Sabrina - Thiago estava sentado com uma caneca na mão.
-- Estava com alguma namorada? - perguntou disfarçando o interesse.
-- Não. Estava sozinha, quem estava acompanhada era a Sabrina - estendeu a caneca para a morena encher de café -- A Dra. Sabrina me convidou para uma reunião de amigos em sua casa - falou orgulhoso.
-- Sério? Tá importante hein garoto - estava feliz pelo amigo.
-- Não está a fim de ir junto? - perguntou por perguntar, sabia que ela diria não.
-- Não fui convidada - falou chateada.
-- Se fosse, você iria? - estava surpreso.
-- Porque não? Gosto delas - foi até o armário pegou um bolo e colocou sobre a mesa - Agora prova esse bolo foi eu quem fiz - bateu palminhas comemorando.
-- Virgem Santa.
No Hospital Helena Sontag.
-- Lembrou que a família tem um hospital Dra. gostosona? - Ricardo recebeu Bruna com os braços abertos.
-- Só passei para ver se vocês estão cuidando bem dele - abraçou o amigo com carinho.
-- O papai urso mandou preparar uma sala linda para você - fez cara de nojo - Com uma plaquinha douradinha na porta escrita: Dra. Bruna Sontag.
Bruna deu uma gargalhada. As caretas que Ricardo fazia eram cômicas.
-- Mas os boatos que correm são de que a filhinha urso é o novo anjinho da Barra e de lá ninguém tira.
-- Meu pai me ensinou que o médico deve estar aonde o povo está - abriu os braços - O povo está lá.
-- Já que você gosta tanto de estar no meio do povo, tenho uma proposta radical - falou baixinho.
-- Fala - olhou curiosa para o amigo.
-- Tá a fim de fazer uns plantões no SAMU?
-- Caramba que dez - falou entusiasmada.
-- Fala baixo, se a Dra. Débora escuta eu estou ferrado. Imagina a filhinha dela dentro de um macacão azul do SAMU?
-- Ela vai morrer de desgosto - riram com vontade - Mesmo com a dona Débora morrendo de desgosto, eu topo.
-- Foi o que imaginei, você é metida - risos - Vou te encaminhar para eles então.
-- Beleza. Eu vim te convidar para uma reunião lá na casa da Sabrina amanhã à noite. Tá a fim?
-- Ainda bem que você avisou hoje branquinha, já não vou nem passar perto do refeitório - passou a mão pela barriga - Eu e aquela comida não combinamos de jeito nenhum.
-- Me lembre de falar com o papai sobre isso.
-- Da minha diarreia?
-- Claro que não engraçadinho. Da comida do refeitório.
-- Acho bom mesmo Dra. Sontag.
-- Vou indo então. Tenho um plantão ferrado hoje à noite e faculdade amanhã de manhã.
-- Não exagera branquinha, não quero ninguém com estresse - beijou o rosto da loira.
-- Pode deixar quando eu ver que está demais eu começo a diminuir o ritmo. Me vou então. Beijão Ric - e saiu do hospital em direção ao Leblon.
Na Barra da Tijuca.
Victória desligou o celular e o jogou sobre o sofá com raiva.
-- O que é isso minha gaúcha da fronteira?
-- O que é isso? Isso é ódio - sentou no sofá com a cabeça sobre as pernas.
-- Eu estou te alertando faz eras e você não me dá ouvido. Esse relacionamento com esse papai de família é pura bucha Vic.
-- Ele não ama mais a esposa, o problema são os filhos - falou desanimada - E com eles eu não posso competir.
-- O relacionamento entre duas pessoas já é difícil mona, imagina com terceiros na jogada.
-- O convite para amanhã à noite ainda está de pé Thiago? - levantou a cabeça de forma decidida.
-- Claro minha deusa.
-- Então me aguarde Mô, meus dias de mulher cárcere acabaram - levantou e foi servir-se de uma bebida.
-- E eu te apoiarei até a morte - o rapaz bateu palminhas.
-- Exagerado. Sexta-feira me vingarei.
Fim do capítulo
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