With the Stars por Alex B
CapÃtulo 34
Parei em frente à casa de Diana e bati duas vezes na porta. Uma semana se passou nessa situação. Camila na casa dos Hansen. Era uma sexta-feira de sol e fazia um calor infernal, tinha acabado de sair do treino. Olhei no meu relógio de pulso que marcava exatamente 15:30. A porta se abriu e Malika apareceu.
-- Olá, Laura. Como está?
-- Oi Dona Malika, vou bem e a senhora?
-- Muito bem.
-- É... a Camila está ai?
-- Está sim, entra que já vou chama-lá.
-- Ok, obrigada.
Entrei e me sentei no sofá da sala. Na segunda Diana e Camila tinham ido buscar roupas e alguns pertences de Camila na casa. Como não tinha ninguém além dos empregados, Tudo aconteceu sem transtornos. Agora todo dia passo nos Hansen’s para buscar tanto Camila quanto Diana para irmos à escola, sem contar meus irmãos, o que resulta num falatório muito grande logo pela manhã no carro.
Os pais de Camila não haviam feito nenhum contato desde então além de cortar a mesada. Fiquei pensando no quanto tive sorte com meus pais, o quanto eles haviam sido compreensivos e o apoio que me deram. Sorri com a lembrança.
Camila apareceu na sala usando um vestido tomara que caia branco, me perdi por alguns instantes, pensando no quanto ela estava bonita. Sorri pra ela.
-- Oi amor. – Me cumprimentou e deu-me um selinho
-- Você está linda nesse vestido.
-- Obrigada. – Sorri pra ela.
Peguei em sua mão e nos despedimos de Malika. Coloquei o som do carro na rádio e comecei a dirigir, o sol batendo de frente pra gente.
-- Amor, pega meus óculos de sol no porta luva pra mim, fazendo favor?
-- Vamos aonde? – Perguntou enquanto pegava a caixinha com os óculos.
-- Irá saber quando chegarmos.
-- Ahh não Laura, suspense não. – Fez bico.
-- Dá pra ter um pouco de paciência? – Ri e parei em um semáforo. Coloquei os óculos e lhe dei um selinho. – Tira esse bico. - Ela suspirou, mas sorriu.
Voltei a dirigir. Camila repousou a mão na minha coxa. Coloquei a minha sobre a dela e apertei levemente. Ela tinha a cabeça encostada na janela e olhava a paisagem. O vento balançava seus cabelos, fechou os olhos e sorriu sozinha. Céus, como eu tinha sorte de tê-la.
Assim que saímos da cidade ela olhou pra mim e levantou uma sobrancelha, ou tentou, Camila definitivamente não conseguia.
-- Sério que não vai me dizer onde estamos indo?
-- Já estamos chegando, curiosa.
Não demorou muito fiz uma curva dando de cara com uma porteira. Desci do carro e a abri com uma chave o cadeado. Entramos e eu fechei novamente, andamos mais um pouco e parei o carro.
Camila me olhava sem entender. Estávamos no meio do nada com o carro parado e eu com um sorriso no rosto.
-- Estamos no sítio do Steve, um amigo do meu pai. Foi aqui que aprendi a dirigir e ‘reaprendi’ depois do acidente. E bom, é aqui que você também vai aprender. – Sorri pra ela.
-- Você vai me ensinar a dirigir? - Seu sorriso preenchia seu rosto e seus olhos brilharam.
-- Sim. Logo mais você vai entrar na auto-escola e acho bom que tenha alguma noção antes.
-- Isso é muito legal. – Ela me abraçou feliz.
-- Muito bem, vem pra cá.
Sai do carro e esperei ela se acomodar no banco do motorista.
-- Ajeito tudo. O banco se estiver longe dos pedais coloque-o mais para frente. Arrume os retrovisores para que você tenha uma boa visão. Bem agora nem tanto, mas assim que pegar o jeito e andarmos um pouco na cidade, tem que estar tudo em ordem.
Ela assentiu e fez tudo o que disse. Estava tão empolgada que não duvidaria se chegasse a quicar no banco. Apresentei a ela os pedais, as setas e as marchas, explicando sua função e o momento de usá-las. Camila prestava atenção e de vez em quando fazia uma careta ou outra.
-- Muito bem. – dei a volta no carro e sentei do lado do passageiro. - Gire a chave. Pise na embreagem e mude a marcha do ponto morto pra primeira. – Fez tudo corretamente. – Agora vá soltando a embreagem devagar e pisando no acelerador. Com calma.
Sabe sorte de principiante? Então, Camila não teve isso. Afogou o carro. Dei risada e a instrui novamente para recomeçar. Depois de duas tentativas ela conseguiu fazer o carro se mover.
-- Até que é fácil.
- Sim, não é difícil. Mas você também ta no meio do nada, onde a pior coisa que pode acontecer é você atropelar uma formiga. – Dei risada e ela me mostrou a língua. – Muito bem, agora que o carro já saiu da inércia, pise na embreagem e mude a marcha pra segunda.
Pronto. O carro afogou de novo. Com paciência, expliquei novamente o que ela teria que fazer.
Entretanto o dom que Camila tinha pra afogar o carro era impressionante. Coisa fora do normal.
Meia hora depois eu já estava suando com o calor e tentava a todo custo não gritar com Camila, usando o pouco da paciência que sobrara.
-- Meeeu Deus Camila, é simples. Simples. Não complica, ok? O carro começou a andar você pisa na embreagem e muda a marcha pra segunda, mas tem que ser devagar. Se você ficar apavorada o carro vai morrer, entendeu?
-- Não grita comigo, eu estou fazendo o que você ta falando.
-- Não estou gritando, mas minha paciência ta acabando né.
-- Você ta falando alto, ok? Desculpa se eu não tenho um dom nato pra dirigir.
Eu suspirei fundo. Controlando minha respiração. Pedi desculpa e falei com a voz mais calma incentivando-a a tentar de novo. No entanto dessa vez ela afogou antes do carro começar a andar. Minha paciência tinha acabado.
Desci do carro e dei a volta. Abri a porta do motorista com certa agressividade.
-- Camila, qual a dificuldade? Dá pra me explicar? HUM? Tem que soltar a embreagem devagar enquanto aperta o acelerador. É simples.
-- Para de falar alto! Acha que vou conseguir fazer alguma coisa com você falando na minha
orelha?
-- O fato é que você não consegue não importa o jeito. Eu falando devagar, eu soletrando ou gritando. Ta com problema no pé, é isso?
-- Nossa Laura, como você é grossa. Desculpa vossa excelência se tenho dificuldades.
-- Você ta fazendo pirraça, só pode. – Me aproximei dela. Peguei seu pé e coloquei na embreagem. – Vai treina ai, devagar Camila.
-- Não vou fazer nada com você exaltada desse jeito. – Cruzou os braços e me encarou.
-- Aaaah vai sim. Nós não vamos embora enquanto você não andar com esse carro. – Fui até as Chaves e liguei o carro. Assim que me afastei Camila desligou. – Camila, para com isso. – Liguei novamente o carro e assim que tirei as mãos ela desligou novamente.
Olhei-a fuzilando com o olhar, entretanto ao Invés de intimida-lá ela apenas sustentou o olhar desafiadoramente. Tão irritada quanto eu. Nós estávamos muito próximas, eu acima dela por conta de estar do lado de fora, minha respiração estava pesada. Sem desviar nossos olhares levei a mão e liguei novamente o carro, apenas para no segundo seguinte Camila desligar.
Arregalei os olhos em fúria e abri a boca para dessa vez para gritar com ela. Me surpreendendo e deixando-me sem reação Camila colocou as duas mãos no meu rosto e me puxou bruscamente para um beijo. Colou nossos lábios e invadiu minha boca com sua língua imperiosamente. Peguei em sua cintura e me abaixei um pouco colando seu corpo no meu. A apertava com força enquanto nos perdíamos em um beijo intenso. Camila colocou os braços envolta do meu pescoço e foi me puxando pra dentro do carro. Levei minha mão até sua coxa e apertei firmemente subindo seu vestido.
Tirei meus tênis enquanto descia os beijos pelo pescoço de Camila, não estava sendo nada cuidadosa e muito menos me importando com marcas que provavelmente iriam ficar. Ela se separou de mim e me olhou intensamente. Pegou a gola da minha blusa e me puxou para os bancos de trás. Deitou-se e eu logo avancei sobre ela em outro beijo avassalador. Puxei-a para meu colo ficando sentada. Levantei seu vestido até a cintura e coloquei as duas mãos em sua bunda a apertando e trazendo-a até mim. Camila já rebol*va e gemia em minha boca.
Abaixei seu vestido revelando a mais bela visão. Seus seios desnudos com os bicos já eretos, apenas ansiando pelo meu toque. Avancei em seus seios e comecei a sugar o direito enquanto minha mão apertava levemente o bico do esquerdo. Camila puxava meus cabelos e inclinava o corpo para trás, para que eu tivesse total acesso.
-- Oh oh Laura... Oh oh.
Dei uma leve mordida em seu mamilo e passei a sugar o outro. Suas mãos agora desceram por minhas costas e me aranhavam sem dó. Levei minha mão livre até sua bunda novamente e apertei com força. Seu vestido estava todo embolado na cintura. Nossos corpos quentes chamando um pelo outro. Pareciam querer se fundir. O momento pedia urgência e agíamos de acordo.
Empurrei sua calcinha para o lado e levei meus dedos até seu clit*ris, estimulando-o. Beijava seu pescoço e apertava sua bunda com a outra mão, trazendo-a mais para frente, mais junto a mim. Sentia toda sua excitação em minha mão, o quanto ela estava molhada. Seus gemid*s preenchiam o ambiente. Camila mordia o lóbulo da minha orelha. Sem aviso prévio eu a penet*ei com um dedo. Ela soltou um grito alto e agarrou meus ombros. Assim que percebi que tinha se acostumado, penet*ei-a com outro dedo. Seus cabelos estavam soltos e grudavam em seu rosto por conta do suor. Seus lábios vermelhos e sua face completamente corada. Estava perfeita.
Comecei já com movimentos acelerados. Camila rebol*va e eu a penet*ava com rapidez. Juntei nossas bocas em um beijo. Suas mãos me aranhavam e me apertavam cada vez que eu a estocava. Baixei minha boca pra seus seios e com o polegar eu excitava seu clit*ris sem parar de penet*ar com os dedos médio e anular. Os gemid*s de Camila me tiravam do sério e só me assanhavam mais. Eu mesma já não estava aguentando de tanto tesão. Concentrei-me nos movimentos em sua v*gin* e pude perceber que estava perto do gozo. Continuei com as estocadas fortes e rápidas e Camila explodiu em um gozo intenso. Gritou agarrada aos meus cabelos enquanto seu corpo se derretia em espasmos. Dei um tempo para sua respiração voltar ao normal. Seu corpo ainda tremia.
Retirei os dedos e levei-os até meus lábios, lambendo-os enquanto a olhava intensamente. Camila soltou um pequeno gemid* com a cena. Se aproximou para me beijar, mas eu me afastei. Olhou-me sem entender.
-- Ainda não acabei com você.
Peguei em suas pernas e a deitei no banco rapidamente, pegando-a de surpresa. Fiquei sobre ela e tirei seu vestido. Ela levou suas mãos até minha blusa e a retirou. Retirei sua calcinha calmamente e levei até meu nariz, aspirando seu cheiro.
Beijei seus lábios fui distribuindo beijos por seu corpo. Orelhas, queixo, pescoço, clavícula, busto, demorei-me um pouco mais nos seios, beijei lentamente sua barriga, depois pulei para as panturrilhas, coxas e finalmente cheguei onde mais queria, mas apenas deixei meu rosto próximo.
-- Laura... – Disse meu nome manhosamente.
-- O que foi?
-- Sem torturas.
Ri pra ela antes de enterrar meu rosto no meio de suas pernas. Camila gemeu e se empurrou mais para mim. Abriu ao máximo as pernas e eu segurei em suas nádegas enquanto ch*pava seu clit*ris.
-- Ahh... Laur.. ah ah ah.
Sua excitação escorria por suas coxas. Lambi calmamente não querendo perder nada daquilo. Voltei minha atenção para o clit*ris. Levei uma mão minha até seu seio e o apertava. Penetrei minha língua e Camila gritou levantando seu corpo, ficando sentada. Olhei-a nos olhos sem para o que fazia. Ela revirava os olhos e fechava enquanto soltava palavras desconexas. Suas mãos encontravam refugio nos meus braços, deixando rastros vermelhos por ele. Continuei com os movimentos até que gozou demoradamente. Continuei ch*pando-a enquanto seu corpo tremia. Ela deitou novamente e respirava de forma ofegante. Assim que me dei por satisfeita subi até seu rosto e lhe dei um beijo, compartilhando com ela seu próprio gosto.
-- Só... só me dê um minuto. – Falou enquanto tentava controlar sua respiração.
-- Huuum alguém está pedindo arrego?
Camila me olhou séria antes de dar um sorriso malicioso. Me virou no banco, fazendo com que ela ficasse por cima e me beijou sofregamente. Antes que eu pudesse reagir ela tirou meu sutiã e levou suas mãos pra meus seios. Camila tinha um olhar intenso no rosto que me deixava louca. Levou seus lábios até meus seios e sugava lentamente, me tirando a razão.
Quando percebi já estava sem os shorts e a calcinha. Camila prendia minhas mãos acima da minha cabeça e estava sentada no meu ventre. Eu poderia morrer naquele momento.
-- Amor, me deixa te tocar. – Choraminguei.
-- Não. Eu quem estou no comando agora. – Falou com uma voz sexy.
Eu até poderia me soltar, mas estava adorando ver minha namorada no comando. Ela me
torturou de todas as formas possíveis. Lambeu e beijou todas as partes do meu corpo. Eu há muito tempo já estava gemendo. Ela roçava seu sex* no meu e me dava ch*pões no pescoço. Levantou-se e me olhava meio indecisa.
-- O que foi, amor?
-- Quero fazer algo, mas não sei bem como fazer.
-- Faça e eu te ajudo.
Ela sorriu pra mim e abriu minhas pernas. Logo em seguida colou seu sex* no meu e entrelaçou nossas pernas. Em um encaixe perfeito. Apenas a ajeitei melhor e levei minhas mãos até sua cintura, fiz um carinho para dizer que estava tudo bem. E então ela começou a se mover e eu podia jurar que vi estrelas. Ela começou devagar, ainda conhecendo a posição e sua dinâmica. Mas logo já tinha pegado o jeito. Eu ainda estava deitava e Camila se movia em cima de mim. Nossos sex*s completamente molhados em contato. O cheiro de sex* no ar. Nossos corpos suados e nossas mãos inquietas passeando pelo corpo uma da outra.
-- Oh oh oh God, oh God. – Camila gemia roucamente
Eu já não estava em mim. Podia sentir meu clímax chegando. Camila acelerou os movimentos fazendo com que seus seios pulassem. Me ergui ficando sentada sem quebrar nosso contato. Camila tinha uma mão apoiada atrás para lhe dar suporte nos movimentos. Levei minha boca até seu seio e o suguei. Comecei a rebol*r também. Nunca tinha sido tão bom. Tão perfeito. Com a pessoa que eu amava.
Nos segundos seguintes o carro foi preenchido por gritos de prazer de nós duas. Atingimos o clímax juntas. Nossas respirações completamente descompassadas. Nossos corpos suados juntos aproveitando os últimos resquícios do gozo intenso que acabávamos de ter.
Eu passava levemente a mão por suas costas, fazendo um carinho. Segurei seu rosto entre minhas mãos e lhe dei um selinho e fiz carinho em seu cabelo.
-- Isso Foi... Incrível. – Sussurrou.
-- Você é incrível.
-- Não consigo mexer minhas pernas, estão bambas. – Ela riu.
A deitei no banco e abracei. Ela se aconchegou em mim e enterrou o rosto no meu pescoço, aspirando-o. Suspirei apaixonada. Ninguém tiraria o sorriso no meu rosto por muito tempo.
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Parei em frente a casa dos Hansen e desliguei o carro. Acompanhei Camila até a porta. Ela encostou-se à parede e levou sua mão até meu rosto, colocando meu cabelo atrás da orelha.
-- Por que não fica aqui? Diana e eu tínhamos combinado de assistir um filme.
Pensei um pouco. Ainda não queria ir embora, queria passar mais tempo com Camila. Aproveitaria e passaria um tempo com Diana também. Ultimamente tenho negligenciado um pouco nossa amizade, com todos os problemas que aconteceram em relação aos pais de Camila. E Diana também estava passando por uma fase complicada com o término do namoro.
-- Ela está ai? – Perguntei.
--Não sei, vamos ver.
Entramos de mãos dadas na casa. Aparentemente estava tudo em silêncio, mas a porta estava destrancado, então havia alguém na casa. Fomos até o quarto de Diana, que era onde Camila estava dormindo também, a encontramos com fones de ouvido sentada na cama e de olhos fechados.
Aproximamos-nos, Camila sentou do seu lado esquerdo e eu do direito. Tirei seus fones e Diana me olhou assustada, para logo depois relaxar.
-- Não ouvi vocês chegando, faz tempo?
-- Acabamos de chegar, está sozinha em casa? – Camila perguntou.
-- Sim, meus pais saíram.
-- Camila me convidou para ficar aqui essa noite, o que acha?
-- Achei péssimo, nem gosto de você Carter. – Eu ri.
-- Para de graça. – Respondi
-- Desde que vocês não se agarrem na minha frente como se não houvesse amanhã. Por mim tudo bem.
-- Vamos tentar. – Camila disse e me lançou um olhar cúmplice.
-- Tudo bem então. Vou em casa tomar um banho e pegar algumas coisas. Mais a noite eu venho aqui.
-- Vou chamar a Kate também pra dormir. Faz tempo que não fazemos isso. – Assenti pra Diana concordando. Despedi-me delas e fui pra casa.
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Quando voltei novamente para a casa de Diana, já com uma mochila com minhas roupas e objetos de higiene pessoal, as encontrei sentadas na cama comendo pizza.
-- Olha só, nem me esperaram. – Sentei entre Kate e Camila, peguei um pedaço da pizza e
mordi.
-- Você demorou tanto que Kate chegou aqui, perdemos meia hora decidindo o sabor e a pizza chegou antes que você ainda. – Diana respondeu.
-- É... acho que acabei demorando mesmo.
Comemos falando sobre assuntos leves, coisas da escola, discutindo sobre seriados, atores e livros. Sorri enquanto apoiava minha cabeça no ombro de Camila, a estava abraçando por trás, percebi o quanto sentia falta dessas conversas com minhas amigas. Terminamos de comer, limpamos a bagunça e colocamos o filme. Kate ficou na cama com Diana e eu e Camila no colchão no chão mesmo.
Camila acabou dormindo em meus braços, o cansaço falando mais alto. Fazia carinhos em seu braço e vez ou outra depositava um beijo em seu pescoço. Assistimos dois filmes e Camila não deu sinal de vida nesse tempo. Já de madrugada e como era uma tradição nossa comermos chocolates e doces descemos até a cozinha. Acabei deixando Camila no quarto dormindo. Kate tinha trazido chocolates. Colocamos tudo em cima da mesa e nos sentamos.
-- Diana, como você e Henry estão? – Kate perguntou cautelosamente.
-- No mesmo pé, não atende e nem retorna minhas ligações. Na escola assim que ele vê, continua fugindo e nossas aulas que temos juntos ele sempre senta afastado de mim.
-- Acho que Henry precisa de um tempo para o que quer que esteja passando na cabeça dele. – Kate prosseguiu. – Eu realmente não vejo motivos para o rumo que isso levou, mas pra ter chegado nesse ponto deve ser alguma questão que ele guardou consigo por um bom tempo e agora extravasou dessa maneira.
Diana suspirou e eu disse o que estávamos pensando.
-- A culpa do acidente.
-- Somado ao fato de estarmos no último ano e termos que decidir o que fazer. E nenhuma universidade ainda o chamou. – Diana completou.
-- Henry é um excelente jogador. Tenho certeza que uma boa universidade vai chamá-lo. – Kate incentivou. – Além do mais, Troy disse que ele já está quase 100% recuperado da lesão no joelho. Vai poder voltar a disputar o campeonato.
-- E você e Troy como estão? – Ficou claro que Diana não queria mais falar naquele assunto.
-- Estamos pensando em passar as festas de fim de ano na casa da avó dele na Carolina do
norte.
-- Vocês ainda estão pensando em fazer faculdade lá? – Perguntei.
-- Não só pensando, agora é uma meta. Nós dois queremos fazer lá.
-- Isso é legal, ter tanta certeza assim do que quer. – Diana complementou.
-- É melhor, assim ele vai estar perto da avó e a faculdade de lá é onde oferece um dos melhores cursos de Economia. É bom pra nós dois e ainda estaremos juntos. – Sorri pra Kate. Sempre tinha sido a mais decidida de nós.
-- Kate você e o Troy já...? – Diana não precisou terminar a pergunta.
-- Oh não, não. – Ficou vermelha enquanto completava. – A gente já chegou bem perto e sempre dados... bem... as coisas ficam quente entre a gente. Mas nós conversamos e achamos melhor esperar.
-- Esperar algum tempo ou um casamento? – Perguntei.
-- Casamento, é claro. – Por um momento me espantei, até lembrar que os dois eram muito fieis a religião e muito envolvidos com a igreja, afinal foi lá que se conheceram e o que fez Troy se mudar pra nossa escola esse ano.
-- E vocês já pensam em casar? – Diana perguntou.
-- Não agora, mas pensamos sim. – Kate se esticou e pegou um chocolate na mesa.
-- E você tem certeza que quer casar com ele? Digo... ainda somos jovens e ele é seu primeiro namorado. – Kate sorriu lindamente antes de responder a Diana.
-- Ele é único na minha vida. E será sempre assim.
Isso eu entendia. Esse sentimento. Sorri. Camila também era única na minha vida. Kate e eu trocamos um olhar cúmplice. Sabíamos que tínhamos encontrado nossa alma gêmea. E quando uma pessoa é tão importante em nossas vidas, as decisões não são difíceis de ser tomadas. As escolhas fluem. Por isso Kate tinha tanta certeza de um casamento com Troy.
-- Sabe, eu tinha isso com Henry.
-- Dih, a história de vocês ainda não terminou. Só está passando por dificuldades.
-- Bem, no momento, nossa historia terminou sim. – Suspirou antes de continuar. – Sabe, não conversamos direito sobre o que rolou na viagem de Bozeman. Como foi?
-- Já contei pra vocês como foi, nos divertimos muito, visitamos vários...
-- Não isso. Não se faça de desentendida. Você e minha prima trans*ram?
Desviei os olhos de Diana, com vergonha. Mas assim que me lembrei de nossa primeira noite juntas o sorriso no meu rosto foi inevitável. Nosso amor tinha se concretizado de todas as formas naquela noite.
-- Sim, fizemos amor. E foi maravilhoso. – Levantei o olhar sorrindo. Elas sorriram de volta.
-- Eu já disse antes e vou repetir, Carter. Eu não poderia querer pessoa melhor para minha
prima.
-- Obrigada, Dih. – Ela segurou minha mão.
-- OK, passado momento sentimentalista. Agora Conte os detalhes sórdidos daquela noite. – Diana ria enquanto falava.
Kate colocou as mãos no rosto e eu gargalhei com que Diana disse. Mas sem que nós esperássemos um corpo delicado apareceu na porta da cozinha e disse com a voz suave.
-- Pode perguntar pra mim também, Diana. – Camila disse e se aproximou de mim, me dando um selinho e sentando no meu colo. Nós nos entreolhamos sem saber o que fazer. – Mas do meu ponto de vista não teve coisas ‘sórdidas’. – Fez aspas com as mãos. – Foi minha primeira vez. Eu não queria que fosse com alguém que eu não amasse, ou que essa pessoa não me amasse igual. Mas quando eu encontrei a pessoa certa, não tive dúvidas. – Camila segurou minha mão por cima da mesa.
– Eu me entreguei sem reservas.
-- E não doeu? Acredito que estar com outra mulher seja mais tranquilo. – Kate comentou, curiosa.
-- Depende. – Camila respondeu.
-- Você quer dizer do ponto de vista de não haver penet*ação? – Perguntei e Kate enrubesceu.
– Não se engane quanto a isso, porque não é bem assim.
-- No começo eu não sabia bem o que fazer. Mas as coisas vão acontecendo e fluindo. Foi romântico e muito lindo. Laura fez tudo se tornar especial. – Camila falou e me lançou um olhar meigo. – Foi uma entrega de corpo e alma.
-- Bom, depois dessa melosidade toda, só nos resta brindar. – Diana disse e eu ergui uma sobrancelha, não estávamos bebendo, só comendo. Ela pegou um pedaço de chocolate e distribuiu entre a gente, erguendo sua mão em seguida. – Ao amor, e que todas nós possamos senti-lo em nossas vidas.
Brindamos com nossos pedaços de chocolates e comemos em seguida. Abracei Camila e sorri pra minhas amigas. Reforçando mentalmente o que Diana acabara de dizer,e acrescentei algo: Em toda sua forma e plenitude
Fim do capítulo
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