Acordei sentindo o lençol de minhas costas sendo afastado. Em seguida lábios muitos macios começaram a distribuir beijos, começando no final de minha coluna e ia subindo. Depositou um leve beijo no meu pescoço e começou a ch*par delicadamente o lóbulo de minha orelha.

- Huuuum. – Resmunguei.

- Bom dia. – Falou em meu ouvido.

- Bom dia, minha linda. – Virei um pouco meu corpo para encontrar o rosto sorridente de Camila. – Um ótimo jeito de acordar assim.

- Posso fazer isso mais vezes.

- Quero que você faça isso todos os dias da minha vida. – Coloquei uma mexa de seu cabelo que estava em seu rosto e a puxei para um beijo.

- Dormiu bem?

- Dormi perfeitamente bem.

- Sem pesadelos?

- Apenas sonhos bons, linda.

- Seus olhos estão tão claros agora de manhã. – Ela levou sua mão até meu rosto, fechei os olhos aproveitando o carinho, enquanto ela passava os dedos pela minha sobrancelha.

- Sabe, não me importo de passar a manhã toda com você aqui na cama. – Disse e aproveitei para mordiscar seu lábio inferior.

- Eu também não, mas... – Antes que continuasse, interrompi.

- Não gosto dessa conjunção “mas”, vamos parar a frase antes dela.

- Mas... Como eu ia dizendo, estou com fome.

- Huum, nesse caso tenho que admitir que também estou com fome. – Virei o corpo de Camila, colocando suas costas na cama e subindo meu corpo parcialmente sobre o dela. – Fome de você.

Tive tempo apenas de ver de relance Camila corando antes de toma-lá em um beijo completamente apaixonado. No começo ela até tentou resistir, no entanto não levou mais do que um segundo para ela se entregar. Comecei a explorar sua boca com minha língua, enquanto minhas mãos faziam o mesmo com seu corpo. Camz tinha as mãos em minha cintura e me apertava, puxando meu corpo ao encontro do seu.

Abaixei meus beijos para o seu pescoço, me deliciando com seu cheiro e me perdendo em sua pele. Camila gemia e isso só me dava mais vontade. Ainda com os lábios em seu pescoço, minhas mãos vagaram para seus seios, ficando um tempo acariciando até serem substituídas pela minha boca. Sugava seu seio sem pudor ao passo que Camz me arranhava e me puxava pelos cabelos, tentando sem sucesso se controlar.

Logo mais cheguei ao lugar mais ansiado por mim. Camila corou ainda mais ao perceber para onde direcionava o olhar. Contudo ao sentir minha língua em seu sex*, seu quadril desceu ao meu encontro, buscando um maior contato. Pude perceber Camila enlouquecendo a cada lambida que dava. Sem mais delongas penetrei minha língua e comecei a movê-la em círculos. Deliciando-me com o quão bom isso era, e feliz por proporcionar esse prazer a pessoa que amava.

- Laura... Ai meu deus... Laur... aahhh

Camila vez e outra soltava meu nome entre gemidos, e as vezes falava palavras desconexas. Eu adorava esse seu jeito, que me arranhava, me puxava para mais perto, gemia, exteriorizando o que sentia sem reservas, minha namorada era bem expressiva. Parei de penetrar minha língua para começar a ch*pa-lá. O prazer que proporcionei fora tanto que Camz chegou a arquear as costas, sentando na cama enquanto explodia em um orgasmo intenso. Bebi e lambi todo seu gozo, aproveitando para não perder nada. Deitou-se novamente, com um sorriso no rosto, completamente satisfeita. Depois que terminei, engatinhei até ficar na sua altura e ela me puxar para um beijo, desta vez eu dividindo seu sabor com ela.

- Acho que posso me acostumar com isso todas as manhãs. – Sorri para o que disse, ainda estava ofegante tentando normalizar sua respiração.

- O prazer é todo meu. – Encostei meu nariz no dela, fazendo um carinho. – Vamos tomar um banho? – Ela assentiu.

Preparei a banheira e a chamei. Ela foi enrolada no lençol, ri de sua vergonha sem motivos. Entrei e esperei que fizesse o mesmo. Ela entrou e se acomodou, ficando entre minhas pernas e encostando suas costas em meu peito. A abracei pela cintura e apoiei meu rosto na curva de seu pescoço. Camila passava os dedos levemente pelo meu braço.

- Amor. – Fiz um barulho nasal para que continuasse falando. – Eu ainda sou virgem, certo?

Meus olhos que estavam fechados se abriram com o que disse. Como assim ela ainda se considerava virgem?

- Você não é mais totalmente virgem Camila. Você teve intimidade comigo, trocamos caricias. O que fizemos, foi amor.

- Eu sei. – Ela olhou para o meu rosto e pareceu entender o que eu estava sentindo. – Amor, nossa noite foi maravilhosa. Foi tudo tão românico e perfeito. Eu não poderia me entregar assim para mais ninguém. E sim, eu sei que fizemos amor. – Ela acariciou meu rosto e eu suspirei contente com suas palavras. – O que quis dizer foi do ponto de vista do hímen.

- Ah sim. – Disse entendendo sua real dúvida. – Bem, é muito difícil rompê-lo com os dedos, e ontem a noite eu tomei todo um cuidado especial. Neste caso, você ainda o tem.

- Por que você não o tira? Eu não tenho dúvidas mais, Laura. É pra você e apenas você que quero e vou me entregar. – Não pude deixar de me emocionar com seu comentário.

- Meu amor, foi o que disse. É difícil fazer isso com os dedos e eu não saberia se tem alguma forma de fazer isso sem te machucar, e te machucar está totalmente fora dos meus planos.

- Laura, eu meio que já pesquisei sobre isso... – Percebi Camila corando furiosamente, achei isso extremamente fofo. – E tem um jeito de fazermos isso. – Começou explicando enquanto brincava com a espuma.

- E qual seria esse jeito? – Ela não olhava pra mim, achando mais interessante a espuma.

- Bom...

- Linda, não precisa ter vergonha, somos só nós, tudo bem? – Ela assentiu e sorriu.

- Tem um jeito... um objeto, sabe? Chama Strap-on.

- Aaah sim. – Levantei as sobrancelhas em compreensão, eu já conhecia e entendi onde Camila queria chegar. – Tudo bem pra você se usarmos?

- Sim. Quer dizer, se estiver tudo bem pra você.

- Não vejo problemas, amor. Vamos tentar. Pode deixar que cuido disso.

Beijei sua testa para que ela relaxasse. Terminamos o banho entre muitas carícias e beijos. Arrumamos-nos e descemos para tomar café da manhã, sendo que ainda eram oito horas. Depois de comermos, voltamos para o quarto. Tirei o casaco e Camila pegou meu notebook que tinha trazido para me mostrar uma página que já estava aberta. Peguei o note e li a página “Museum of the Rockies”.

- Podemos ir lá? Fica aqui perto.

- Museu Camila? Que coisa de velho. – Falei apenas para provocá-la.

- Velho? Ser uma pessoa culta é ser velha? Tudo bem, sou velha então, isso não muda o fato de querer ir para lá ainda. – Fez bico e cruzou os braços.

- Tudo bem, nós vamos. Estava só brincando com você. – Dei um selinho.

Arrumamos-nos e pegamos um taxi até o museu. Passamos a manhã toda lá. Era um museu típico de ciências naturais. Com fósseis de dinossauros e tudo o mais. Acabei admitindo que era realmente interessante, mas não em voz alta. Depois de andar por todo o museu, fomos a um restaurante que ficava ali perto e almoçamos. Ainda andamos um pouco pela região até voltarmos para o hotel, onde descansaríamos para de tarde ir finalmente a estação de esqui que eu tanto esperava.

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- Não acredito ainda que não deixaram eu usar o snowboard.

Reclamava para Camila enquanto subíamos a montanha no teleférico. Era simplesmente incrível o lugar. A visão ali do alto, junto de Camila, era uma das mais belas que eu já tinha visto.

- Você queria o que, Laura? – Deu risada. – É sua primeira vez, e tenho certeza que vai levar tombos suficientes com o esqui.

- Mas eu queria o Snowboard. – Cruzei os braços.

- Tira esse bico do rosto, amor. Se você for bem com o esqui é só ir lá e trocar, agora se não for... bom, podemos voltar amanhã pra você treinar mais.

- Vou tirar de letra, esqui é fácil.

Bem que eu queria que fosse fácil como imaginei.  Mas não foi.

Apesar de ser minha namorada que parecia ter uma atração especial pelo chão, era eu quem protagonizava o cenário dos tombos. Um seguido de outro. E era Camila quem me socorria entre risos.

Claro que aquele talento todo da minha namorada não era de iniciante. Depois de uma hora e meia esquiando, ou pelo menos tentando, indaguei totalmente indignada como ela ainda não havia caído. Foi então que me confessou já ter passado férias na Itália, onde aprendera a esquiar.

- Inclusive de snowboard?

- Sim, até de snowboard.

- Então por que está de esqui?

- Prefiro o esqui.

- Tá bom, vou fingir que acredito. Não pegou o snowboard pra não me humilhar.

- Também.

Fiquei incrédula por ter admitido. Estava frustrada. Com muita paciência, Camila me ajudava a andar. Confesso que aos poucos fui melhorando bastante, no entanto ainda estava afobada pra andar de snowboard, o que foi prontamente vetado pela minha namorada.

Ao final, já conseguia fazer o percurso todo sem cair. Camila prometeu que voltaríamos no dia seguinte e que eu andaria de snowboard. Deixamos os equipamentos na recepção e pedimos um taxi.

Assim que chegamos no hotel, Camila foi direto pro banho. Como eu sabia que iria demorar, aproveitei para pegar meu note e dar um pesquisada sobre o que tínhamos conversado mais cedo. Abri diversas abas sobre o assunto, fiquei espantada com a quantidade e variedade do produto, e também dei uma olhada em sex shops online. Pensei muito. E acabei pesquisando por sex shops em Bozeman.

Encontrei um que não ficava muito longe do hotel. Não pensei mais. Avisei Camila que iria ao mercado comprar coisas e sai. Para não demorar muito peguei um taxi. Fui até a loja e apesar do constrangimento, tinha certeza que eu estava vermelha, acabei comprando um de tamanha normal, nem grande, nem pequeno. Na volta passei realmente no mercado comprando algumas coisas para comermos de bobeira.

Quando cheguei no quarto, Camila estava sobre a cama assistindo TV. Fui até a cozinha e guardei nosso brinquedo em um armário para que ela não visse ainda. A comida, o que era de geladeira eu guardei e algumas coisas deixei em cima da mesa mesmo.

- Linda, vá se trocar, vamos jantar em um restaurante e depois podemos ir para algum pub.

Ela se espreguiçou e assentiu. Fui para o banheiro tomar banho. Assim que sai dei de cara com Camila quase pronta, estava colocando os sapatos. Estava com um vestido preto frente única, suas costas com uma parte desnuda, usava meia calça preta e no cabelo havia feito um coque deixando algumas mexas soltas. Parei no meio do caminho.

- O que foi? – Perguntou.

- Uaal, você está linda demais. Pensando bem, vamos ficar por aqui mesmo.

- Boba. – Ela riu e se levantou indo até o espelho para fazer a maquiagem.

Acabei optando por um vestido também, botas e uma jaqueta preta por cima. Quando saímos do hotel já eram quase nove horas. Jantamos em um restaurante aconchegante e logo depois partimos para um pub no centro da cidade.

Fim do capítulo