CapÃtulo 3
Construindo o Amor -- Capitulo três
Na sexta-feira como haviam combinado Jorge e Rafaela foram a um barzinho, no Leblon mesmo, os dois moram pela redondeza então acharam melhor ficar por perto.
-- Semana passada estava numa deprê que só, então resolvi dar uma volta aqui pelo bairro, caminhar pelo calçadão, tarar os bofes e como por acaso entrei naquele barzinho ali - Jorge fez uma cena cinematográfica para finalmente apontar o bar.
-- E precisava de tudo isso só pra me mostrar um bar? Rafaela parou na porta do local indicado por Jorge e olhou para dentro - Tá, é legal, cheio de bicha, mas é legal - entraram e escolheram uma mesa próxima a janela.
-- Não é um simples bar mona, é o bar. Deixe-me explicar minha deusa de Floripa.
-- Não sou de Floripa, já lhe disse, sou de Joinville - falou irritada.
-- É tudo Santa Catarina. Como já lhe relatei anteriormente, entrei aqui e sentei em um daqueles banquinhos lá no balcão do bar - apontou com o nariz - E adivinha quem me atendeu? Aquele deus loiro mais conhecido como Éolo.
-- Éolo? O que é isso Jorge? - Rafaela não estava entendendo nada.
-- Meu Deus mona você não conhece Éolo? Hellooo arqui! Que mundo você vive? Éolo era o deus dos ventos na mitologia grega, tinha uma longa cabeleira loira e flutuante.
-- Que falha a minha não conhecer o Éolo. E quem é arqui?
-- Arquiteta. Arqui foi eu quem inventei. O loiro se chama Eddie e trabalha como Bartender. Não é lindo?
-- É muito bonito, gosto de homens loiros - o que mais se via naquele lugar era loiro. Parece que os surfistas adoravam ser loiros falsos ou não, tinham que ser loiros.
Jorge tinha razão, o bar era muito legal. Num dos cantos havia um palco com vários instrumentos musicais, onde quem soubesse tocar algo ou cantar, poderia ter seus 15 minutos de fama. Naquele momento estavam três garotos fazendo um barulho horrível, mas a intenção era boa.
Nas paredes havia várias telas com fotos de pontos turísticos do Rio, havia muitas fotos de surfistas pegando onda e de praias com ondas gigantes.
-- Aqui deve servir de ponto de encontro de surfistas gay.
-- Rafa não é um bar gay e sim um ponto de encontro de surfistas.
-- Surfistas gay. Olha o jeitinho daqueles ali Jorge - fez sinal com a cabeça em direção a um grupo de surfistas malhados e bronzeados que riam de alguma piada. Jorge somente bufou e mudou de assunto.
-- Acho melhor pedirmos algo não vim aqui pra ficar engolindo brisa.
Rafaela olhou no cardápio e fez uma careta, não conhecia nenhum coquetel que estava escrito ali.
-- Não conheço nenhum desses coquetéis Jorge. Vamos pedir ajuda ao seu Élo.
-- Vamos, mas não é Élo é Éolo - revirou os olhos.
Jorge levantou o braço e fez uma coreografia que não só chamou a atenção de Eddie como de todo o calçadão do Leblon. Rafaela queria morrer.
O Bartender aproximou-se da mesa sorridente. Era realmente um belo rapaz de olhos azuis e cabelos loiros. Rafaela achou que Jorge iria derreter, até imaginava a cena que passava na cabeça do amigo: Eddie andando em câmera lenta, cabelos ao vento, sorriso largo chegando perto dele e dando um beijo apaixonado. Que nojo. Fez uma careta que foi percebida por Jorge.
-- Algum problema Rafinha?
-- Não, claro que não, estava apenas sonhando acordada. Desculpe.
-- Eddie essa é a minha melhor amiga Rafaela, a deusa Catarina.
-- Muito prazer Rafaela - beijou a arquiteta no rosto.
-- O prazer é todo meu Eddie. Estamos aqui em um grande dilema meu amigo Bartender. Qual coquetel escolher? Vamos lhe dar a honra de fazer as escolhas dessa noite pode ser?
-- Então aqui está a minha primeira indicação: Para Rafaela um Old Fashioned? Bourbon, bitter, cubo de açúcar branco e laranja.
-- Indicação aceita - falou Rafaela.
-- E para você querido Jorge sugiro um: Absolut Cosmopolitan. Absolut Citron, suco de limão, licor de laranja, suco de cranberry e laranja.
-- Parece ótimo Eddie, por favor, nos traga esses então - O sorriso de Jorge ia de orelha a orelha.
-- Antes de namorar com Kenedy, saiamos umas três noites por semana lembra? Eu você e Claudia éramos um trio bem animado.
-- Claro que me lembro de quando você era viva. Daqui posso ficar tarando aquela coisa gostosa preparar os coquetéis - colocou os cotovelos sobre a mesa e apoiou a cabeça com as mãos.
-- Como você é desagradável Jorge.
-- Depois que conheceu aquele vendedor Turco, você morreu para o mundo Rafa.
Foram interrompidos por Eddie que trazia os pedidos.
-- Obrigado fofo - agradeceu Jorge - Senta com a gente.
-- Vou sentar sim, tenho algum tempo livre para conversar - sentou ao lado de Jorge e ficou por mais de uma hora conversando com eles.
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Eduarda chegou à Supra e foi direto ao bar.
-- Oi Fernanda, me prepara um drink, por favor - pediu para a garota que atendia no bar.
-- Claro Duda. Com Martini? - perguntou sorridente.
-- Com Martini - sentou na única banqueta disponível no balcão - as meninas já chegaram?
-- Faz tempo. Estão no segundo andar - Fernanda era uma menina linda e esforçada, trabalhava na boate durante a noite e fazia faculdade durante o dia. Depois de tanta insistência de Eduarda, aceitou sair com ela, resultado, acabaram em um motel. Não se arrependeu, muito pelo contrario, adorou. Fernanda sabia da fama de pegadora da garota, por isso após se despedirem na frente de sua casa, nunca mais tocou no assunto.
-- Quem é a DJ Fernanda? - a moça que estava na cabine naquela noite chamou a atenção de Eduarda.
-- Chamam-na de Pérola, é muito solicitada nas baladas do sul.
Pérola é uma morena muito bonita de cabelos longos e olhos negros, estava tocando pela primeira vez na Supra. Foi contratada para três noites e se aprovasse havia a possibilidade de estender por mais algumas noites.
Duda achou a DJ muito interessante tentaria algo com a morena mais tarde agora iria ver o que as amigas estavam aprontando. Pegou sua bebida, deu um tchau para Fernanda e foi para lá.
O segundo andar não era tão agitado quanto ao térreo, mas tinha uma pista legal aonde à galera tinha mais espaço para dançar.
-- Olhem quem apareceu pessoal - falou Aline assim que viu Duda se aproximar.
-- O meu bebê, vem cá com a mamãe vem - Sheila abriu os braços para acolher Duda.
-- Mamãe gostosa - Como sempre fazia com as amigas, deu um beijo rápido na boca de Sheila e fez o mesmo com Fabi.
Sentou ao lado de Aline a abraçou e deu um selinho carinhoso.
-- Como está a minha menina do Rio? - tomou um gole de sua bebida e ofereceu para Eduarda que aceitou.
-- Muito bem, estou louca pra agitar - tomou toda a bebida de Aline e devolveu o copo vazio.
-- Porque você bebe tanto assim?
-- Como dizia Jaguar: "Bebo porque é líquido, se fosse sólido eu comia".
-- Agora pede outra pra mim sua pinguça folgada - passou o dedo sobre os lábios da loira para secar a bebida - Vai mesmo comprar a boate?
-- Vou conversar com Kleber hoje e marcar uma reunião com ele pra acertar os detalhes. Meu pai quer que um profissional me auxilie na compra e na administração. Ele mesmo vai indicar essa pessoa. Vamos ver se o cara é tão bom quanto meu pai fala.
-- Quer dizer que logo, logo vamos começar a entrar na faixa né Fabi, afinal somos amigas da dona da casa - Sheila jogou um beijo pra Duda.
-- Poderemos conversar sobre isso mais tarde - deu uma piscadinha safada para as duas.
-- Vamos pra pista galera o som hoje tá bom demais - Fabi puxou Eduarda pelo braço, Sheila e Aline foram logo atrás.
Duda dançava e olhava sorrindo pra Pérola que retribuía ao flerte. Em certo momento Pérola acenou para que Duda subisse na cabine, essa de imediato aceitou o convite e subiu.
-- Não atrapalho? - Duda perguntou já dentro da cabine.
-- Claro que não, vem aqui linda - Pérola levantou de onde estava sentada e foi recepcionar a garota.
-- Duda, prazer - estendeu a mão para a DJ.
-- Pérola e o prazer é todo meu - pegou a mão estendida por Duda e a puxou para um abraço.
Pérola achou a menina linda, os olhos muito verdes e quando sorria duas covinhas lindas surgiam em seu rosto.
-- Está gostando do som? - falou bem próximo do ouvido de Eduarda.
-- Muito, já dancei demais - Eduarda colocou a mão na cintura e foi descendo até a bunda e parou na coxa da DJ --Queria te convidar para beber um drink comigo, que horas sai da cabine? - Duda sentiu que a morena estremeceu com o toque. -- Mais uma hora e eu largo. Espera-me?
-- A vida inteira se preciso - Duda se aproximou e a beijou na boca. Um beijo com gosto de Martine.
Duda aproveitou esse tempo para procurar Kleber, queria agendar a reunião o mais rápido possível, daqui alguns meses começaria na faculdade aí o tempo ficaria mais curto. Após rodar por toda a boate achou o cara aos beijos com um mulato próximo á entrada da boate.
-- Com licença pombinhos - falou delicadamente para os dois marmanjos.
-- Pombinhos? Você já foi melhor Duda - Kleber fez uma careta.
-- Ok, com licença bichas de barba - não entendia como podiam se beijar roçando aquela barba um no outro, fez uma careta.
-- Credo, antipática - Kléber fez beicinho.
Duda deu um beijo carinhoso no rosto de cada um.
-- Cara essa DJ que você contratou é muito gostosa - apontou com a cabeça para a cabine.
-- Te dou um conselho Dudinha, não se envolva com ela.
-- Tarde demais já me envolvi.
-- Duda, ela deve ter uns trinta anos.
-- E daí? Adoro mulheres experientes, elas são como coqueiro pode trepar que não tem galho - colocou as mãos no bolso da calça e encostou-se na parede sem dar muita importância ao conselho de Kleber.
-- Nem vou discutir não adianta mesmo. Mas e aí como ficou o nosso negócio, eu e meu mulato gostosão aqui estamos loucos para viajarmos.
-- É sobre isso que quero conversar. Vamos agendar uma reunião pra semana que vem? Preciso de valores e todos os papéis que você tem como: licenças, impostos, enfim, tudo o que for necessário. Trarei comigo o profissional que meu pai indicou ele vai me ajudar com tudo isso.
-- Por mim tranquilo, pode ser logo na segunda-feira aproveitamos que a casa é fechada nesse dia e nos reunimos.
-- Então beleza querido até lá - beijou o amigo - Escuta você nunca pensou em tirar isso não? - puxou a barba do amigo.
-- Pra ficar com um rostinho de bundinha igual ao seu? Não mesmo.
Eduarda deixou os dois e foi dançar com as meninas até dar o tempo de Pérola largar a cabine.
-- Demorei loirinha? - falou no ouvido fazendo Eduarda se arrepiar.
-- Não o suficiente pra apagar o meu fogo - puxou a morena pela cintura e deu uma mordidinha em seu pescoço.
-- Que tal irmos para o Hotel onde estou hospedada lá ficaremos mais a vontade - A DJ estava louca de tesão.
-- Vamos, não temos mais nada o que fazer aqui - Eduarda segurou na mão de Pérola e a conduziu até o carro.
No Hotel, assim que fechou a porta do quarto, Pérola já foi tirando a roupa e jogando pelo chão. Duda ficou de boca aberta admirando a beleza da morena, que vendo a expressão da menina provocou:
-- Não baba baby vem me comer.
-- Com todo prazer.
Duda jogou Pérola sobre a cama tirou a roupa e deitou sobre ela, falou umas palavras sacanas no seu ouvido, depois beijou a boca macia da morena. Suas línguas começaram a se chocar uma na outra em um balé provocante. Eduarda tratou de sugar os mamilos da DJ excitadamente, foi descendo a língua até chegar entre suas pernas. A morena gemia de prazer e pedia mais.
-- Agora te quero de quatro -- virou a morena com a bunda pra cima e começou a lamber o cuzinho dela e massagear a bucet* com os dedos para depois enfi*r gostoso.
-- Que delicia amor. Mete forte... Mete!!! Mete gostoso, do jeitinho que tu gosta!!!
-- Goz*, vai minha gostosa... Goz* gostoso no meu dedo.... Mela ele todinho vai...
-- Me come!!! Me come!!!
Eduarda sentiu o gozo de Pérola escorrer por sua coxa, a deitou na cama novamente e enfiou a língua bem lá dentro fazendo Pérola goz*r novamente em sua boca.
-- Quero te sentir de todas as formas possíveis minha diabinha loira - empurrou Eduarda contra o colchão sentou em cima dela e começou a rebol*r, iniciando mais uma rodada de prazer. Foi assim o resto da madrugada com as duas goz*ndo juntas ainda várias vezes.
Pela manhã Duda tomou café com Pérola e foi para sua casa. Tivera uma noite muito agradável, a DJ na cama era uma fera, deliciosa e sem pudores. Fora da cama era carinhosa, estava sempre fazendo carinhos e dando beijinhos em Duda. Quando a DJ perguntou o que ela faria naquela noite, Eduarda procurou desconversar. Não queria compromisso com ninguém. Ficar presa a uma namorada não fazia parte dos seus planos nem agora, nem nos próximos dez anos. - Namorada pão, aquela que tem sempre o mesmo gosto, mas você come todo dia, ou a namorada feijoada, você come e ela fica te enchendo o dia todinho - Eduarda ria sozinha dentro do carro - A namorada Criptonita você come e ela suga todas as suas forças, te deixa destruída. Mas tem também a namorada espinafre aquela que te dá forças quando você está na pior. Mesmo assim não vale a pena. Quanta besteira meu Deus, que pensamento machista - o sinal fechou e um carro parou do seu lado com uma garota linda ao volante.
-- Ei, Você tem um mapa? - Duda berrou pra garota.
-- Não, por quê? - a garota perguntou prestativa.
-- Porque me perdi no brilho dos seus olhos - Eduarda caiu na gargalhada.
-- Idiota - respondeu irritada e arrancou com o carro fazendo o pneu cantar.
Fim do capítulo
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Maria Flor
Em: 23/09/2015
Hahahahahahahaha.
Morri com a tirada do mapa e a do Jaguar.
Não conhecia essa frase dele.
Adorando, Vandinha.
Beijo!!
Resposta do autor:
Beijos querida. Até.
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