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Amor acima de tudo por Little dream

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Capítulo 19 - Giulia -

­- Giulia –

A conversa que tive com a mãe de Marina ainda conseguia me atormentar. Jamais imaginei que um dia fosse ouvir tudo o que ouvi naquele hotel, suas palavras duras e gélidas conseguiram mexer com o meu emocional, me deixar abalada de tal maneira que momentaneamente aquele diálogo doloroso vinha à minha cabeça como se Miriam ainda estivesse bem ali à minha frente.

***

-- Vou ser bem direta com você mocinha. Quero que deixe a minha filha em paz!

Olhei para a mulher à minha frente sem conseguir acreditar no que acabara de ouvir. Ainda não me entrava na cabeça que ela havia me chamado até ali, para pedir que deixasse Marina, saísse de sua vida. Como se fosse a coisa mais fácil e simples do mundo. Minha boca nem se movia, na minha cabeça nada conseguia se formar, eu não tinha a mínima ideia do que devia falar a ela.

Por que a mulher bem vestida, de porte altivo, e nariz arrebitado sentada à minha frente me pedia isso? Diante de meu silêncio ela continuou com o seu monólogo.

-- Você não pode ficar com a minha filha, eu não aceito que ela seja doente desta maneira, e jamais concordaria com o fato de ela – fez uma careta e falou como se tivesse nojo ao pronunciar aquela palavra – namorar uma mulher que não tenha pelo menos a mesma condição financeira que ela. Está na cara que você não quer nada além do dinheiro dela. Você é uma interesseira.

A olhei ainda mais espantada. Respirei fundo e tomei coragem de falar, confrontar verbalmente a mulher gélida que me olhava com desdém.

-- Não consigo acreditar em nada do que está me dizendo. Por qual motivo você acha que Marina é doente? A orientação sexual dela não a faz ter menos caráter, não desvaloriza nenhuma das escolas caras que a senhora pagou para que ela estudasse, não a faz ser menos digna de carinho, atenção e amor por parte da senhora. Pelo contrário, Marina é uma mulher forte, de pulso, decidida, inteligente, independente e com um enorme coração. Ela é a melhor filha que você podia ter, pena que a senhora não soube dar valor a isso.

-- Não vim até aqui para ouvir suas disparidades, você não tem o menor direito para falar da relação que tenho com minha filha! Quem você pensa que é para tal? Vim aqui apenas para dizer que quero que mantenha distância de minha filha, sua suburbana!

Tentei falar, mas ela não permitiu isso, continuou tentando me ferir com suas palavras.

-- Você não passa de uma menina ignorante, que veio para cidade grande querendo se dar bem. É uma menina sem educação, sem berço e sem classe. Sei que nem mesmo saberia se portar ao lado de Marina em eventos que ela costuma ir. Você é uma pobretona, vinda de um interior qualquer. Jamais chegará aos pés das mulheres que infelizmente Marina já andou. Se ela quer ficar com uma mulher, que pelo menos seja civilizada, assim como Larissa ou até Verônica. Com você jamais tolerarei, é demais para mim!

Tentei ser forte, procurei não deixar com que aquelas palavras me atingissem. Eu sabia muito bem quem eu era, sabia de onde vinha, nunca neguei que minha família era humilde. Tinha orgulho de toda a minha estória, orgulho dos meus pais e orgulho da minha terra.

Mas apesar de tudo, não consegui ser tão indiferente às palavras de Miriam. Mais uma vez vinha alguém me dizendo que o fato de não ter vindo de família rica como a de Marina, era motivo para não poder ficar com ela. Afinal, quem disse isso? De onde vinha a ideia de que pessoas de classes sociais diferentes não podiam se relacionar? Amávamos de maneira igual, e isso não importava a quantia que tínhamos em nossa conta bancária. Isso me doeu.

Tudo o que eu sentia por Marina era verdadeiro, em nenhum momento passou pela minha cabeça, me aproximar dela para me aproveitar de sua posição social. Apenas aconteceu, e da mesma maneira que teria acontecido se por acaso, ela não fosse dona de uma agência famosa. Me apaixonei pelo quem ela era, e não pelo que ela tinha.

-- Eu não quero o dinheiro dela, não quero nada dela.

-- Não precisa fingir, se passar por boa samaritana. Conheço muito bem mulheres assim como você, esse tipinho. – ela retirou de sua bolsa um talão de cheque que começou a preencher.

-- O que está fazendo?! – perguntei prevendo o que ela faria.

-- Estou lhe dando o que você quer, dinheiro!

-- Eu não quero dinheiro nenhum.

-- Já disse, que não precisa fingir.

Na mesma hora me levantei, não ouviria mais nenhuma outra palavra que viesse daquela boca, não ficaria nem um segundo a mais naquele lugar.

-- Aceite! Caso contrário, eu farei de tudo para impedir que vocês continuem com essa loucura. Serei capaz de tudo pela felicidade de minha filha, e não me importo com as consequências, eu só quero o melhor para ela.

-- Marina está feliz, ela está feliz comigo, assim como eu estou extremamente feliz ao lado dela. Jamais a deixarei.

-- Isso é o que veremos!

Dei as costas e passei a andar a passos largos e apressados. Ainda consegui ouví-la dizer que me daria um tempo para pensar na proposta e em um valor. Lembro de me permitir chorar, assim que pus os meus pés na rua. Adentrei no carro soluçando, com um terrível nó na garganta e uma sensação de que aquela mulher não descansaria, até conseguir o que realmente queria, me separar da filha dela. Pensar isso fazia com que meu coração comprimisse, podia sentir um gosto amargo em minha boca.

***

Meu coração estava mais tranquilo depois do diálogo que tive com Marina. Ela havia descoberto a minha conversa com sua mãe de uma maneira torta, que talvez até, tivesse deixado dúvidas em sua cabeça. Com certeza ela tinha pensado muitas coisas ruins, mas mesmo assim me deu a chance de explicar as coisas a ela. Admirava isso nela, ela levava ao pé da letra o acordo que havíamos feito, sempre conversaríamos antes de tudo.

Após a conversa em que contei o que Miriam queria comigo, eu tinha a sensação de que estávamos inevitavelmente mais próximas, igualmente apaixonadas e ainda mais unidas.

A cada dia que se passava, mais meu coração batia descontrolado com a presença dela. Durante a nossa viagem Marina sempre dava um jeito de me fazer pequenas surpresas. Ela era uma mulher muito atenciosa, bastante carinhosa e romântica, sentia-me sortuda, por ser eu a provar o seu lado doce.

Quase sempre quando me vinha o momento de insegurança, Marina logo tratava de mandá-lo para bem longe. Com todo aquele jeito encantador, ela conseguia dissipar qualquer insegurança, deixando-me mais confiante naquilo que nós tínhamos.

A companhia de Marina era perfeita. Dormir e acordar ao lado dela com certeza me faria falta, estava mais do que acostumada a acordar com pequenos beijos molhados em minha nuca e orelha. O café na cama era sempre muito especial, e logo após sempre saciávamos a fome de nossos corpos. O desejo que sentíamos era sempre latente, e aumentava a cada toque a cada beijo.

Por falar nisso, no que tínhamos...isso ainda me preocupava um pouco. Eu sei que disse que ainda precisava de um tempo, porém eu não sentia mais necessidade de tempo, pois eu já tinha certeza absoluta que eu queria aquela mulher pra mim. Mais de um mês havia se passado, e ainda não tínhamos um título para a nossa relação.

Em uma conversa que tive com Vick, ela me pediu para ter paciência, um pouco mais de paciência com a nossa relação, porque era óbvio que Marina estava irremediavelmente apaixonada, assim como eu, e dessa maneira não tardaria para que tivéssemos algo mais sério e sólido. Eu me apegava a isso. Apesar de minha certeza, eu tinha receio, não saberia ter a iniciativa e pedí-la em namoro. Então apenas confiava no que Vick tinha me dito: não tardaria.

Falando em Vick, eu sentia muita saudade dela, de meus amigos, de Fernanda e da minha cadelinha Mel. Viajar era muito bom, mas era cansativo, bem cansativo. Ainda mais quando não era apenas uma viagem a passeio, envolvia trabalho.

Surpreendi-me quando Marina pediu para esticarmos um pouco mais a viagem, e apesar de ser surpresa, ela não me contar nenhum detalhe, eu nunca, em tempo algum negaria um convite dela, iria para qualquer lugar se ela estivesse ao meu lado, afinal, era ela quem deixava tudo perfeito, quem trazia a luz e a magia. Aceitei sem pensar duas vezes, e apesar de muita insistência Marina não me dava nenhum detalhe.

Partimos no outro dia de manhã. Graças a uma noite mal dormida meu humor estava comprometido, eu estava sonolenta e um pouco irritada. Acontece que na noite passada, um pesadelo me acordou no meio da noite, e simplesmente não consegui mais dormir, só consegui pregar os olhos quando o sol estava prestes a sair. Não me recordava do pesadelo, mas lembro-me do sentimento ruim que ele deixou.

Entreguei-me ao sono assim que entrei no jatinho particular que Marina havia alugado, e acordei um tanto quanto atordoada com beijos em meu rosto.

-- Acorda minha princesa.

-- Já chegamos?

-- Chegamos sim.

-- E onde estamos? – não custava tentar mais uma vez, não é mesmo?!

Ela não disse nada que entregasse a nossa localização, apenas pediu para que eu mesma fosse ver. Saímos do jatinho de mãos dadas, eu olhava para os lados tentando encontrar alguma identificação de onde estávamos, tinha a leve impressão de que conhecia aquele aeroporto. Demorou um pouco até que eu encontrasse o letreiro com letras grandes e pretas onde podia-se ler “Aeroporto Internacional Pinto Martins”. Olhei para Marina com olhos cheios d’água. Não estava acreditando no que ela fez.

-- Eu não acredito Marina.

-- Surpresa!

Abracei-a, sentindo uma felicidade sem tamanho tomar conta do meu ser. Uma emoção muito grande me fez chorar com facilidade. Mantive-me abraçada a ela, enquanto tentava me controlar. Meu corpo tremia, meu coração batia acelerado. Ela não podia ter me feito surpresa maior do que aquela. Marina havia me levado para o Ceará, para a minha terra.

-- Pronta para ser a minha guia? – perguntou beijando meus cabelos.

-- Como pôde? – perguntei me distanciando e olhando diretamente em seus olhos.

-- Você merecia minha princesa. E como eu lhe disse outra vez, eu queria muito conhecer as praias daqui, e não teria momento mais oportuno do que este.

-- Você não existe! – falei levando as mãos até meus lábios, elas ainda estavam trêmulas.

-- Bom, eu sugiro que você descanse um pouco, pois amanhã sairemos cedo, pretendo almoçar em Canoa Quebrada, e preciso de minha guia ou vou acabar me perdendo. – sorriu - Fiz reserva em um hotel até amanhã de manhã. Vamos minha dorminhoca?

Apenas balancei a cabeça em concordância. Marina alugou um carro no aeroporto e fomos direto para o hotel. Fui o caminho todo dividindo meu olhar entre a linda mulher ao volante e as construções que passavam rapidamente pela janela do carro. Não conseguia nem mesmo esconder aquele sorriso de felicidade que enfeitava meus lábios.

O sono e a pequena irritação que antes sentia havia se extirpado no momento em que descobri em qual aeroporto eu estava.

Chegamos ao hotel no início da tarde. Marina estava sempre segurando minha mão e sorrindo, mas apesar disso notei que ela estava cansada. Iria encontrar uma maneira de aliviar o seu cansaço.

Trocamos alguns beijos carregados de carinho e paixão dentro do elevador, talvez até dando um pequeno show para prováveis seguranças que nos observavam pelas câmeras de seguranças. Ao lado dela aprendi a não ter medo de demostrar o que sentíamos em público. Estávamos sempre trocando carinhos.

Chegamos ao quarto, fechei os olhos e suspirei profundamente. Sorri contente.

-- Como se sente? – Marina perguntou ao meu ouvido enquanto me abraçava por trás.

-- Não tenho nem palavras para descrever. – falei acariciando a suas mãos que estavam sobre minha barriga. – Está cansada? – perguntei ficando de frente para ela.

-- Confesso que um pouco. Passei o vôo lhe admirando, velando seu sono.

-- Você e essa sua mania de ficar me olhando. – rocei meus lábios em seu pescoço.

-- Não tenho culpa, você que é linda assim, me deixa fascinada, hipnotizada.

-- O que acha de um banho de banheira?

-- Eu adoraria.

Marina começou a distribuir beijos molhados pela extensão de meu pescoço, distribuindo beijos e pequenas mordiscadas até chegar à meu ombro. Suas mãos passaram a se mover, chegando até os meus seios. Ela os apertou de maneira firme. Minhas pernas ficaram bambas, meu coração já não batia de maneira regular. Comecei a mover lentamente o bumbum para trás, buscando contato com sua pélvis. Ela parecia adivinhar minhas intenções, e se eu continuasse ali, colada ao corpo dela me entregaria em poucos instantes.

Me afastei rapidamente de seu corpo. Marina me olhava com surpresa e um pouco de contrariedade, fazendo um pequeno e irresistível bico. Sorri.

-- Vou preparar a banheira.

Sai sorrindo e rebol*ndo mais do que o normal. Não ia fazer mal provocar um pouco não é? Ainda tive tempo de ouví-la suspirar pesadamente.

Enchi a banheira. Usei sais de lavanda, era uma tentativa de fazer o corpo dela relaxar, ou pelo menos ajudar. Com a banheira pronta, tirei toda a minha roupa, inclusive as peças íntimas e vesti apenas um roupão. Sai do banheiro e encontrei Marina deitada na cama, mantendo apenas as pernas para fora da cama. Seus olhos estavam fechados, seus braços estavam cruzados debaixo da cabeça.

Ela parecia estar com o pensamento longe, pois nem mesmo se deu conta da minha presença, e isso não era comum, ela sempre sabia quando eu estava próxima.

Sorri e dei início ao meu plano nada decente e comportado. Levantei um pouco o roupão levemente, para que ele me desse mais liberdade sobre as pernas de Marina. No mesmo instante ela abriu os olhos, aqueles lindos olhos azuis que me fascinavam. Seu olhar desceu por todo meu corpo chegando até a pequena brecha do roupão, que de maneira não intencional acabou revelando parte de meu sex*. O desejo estava estampado em seus olhos que de repente ficaram mais escuros. Transbordando desejo assim como os meus.

Mordi o canto da boca, ansiando por cada parte daquele corpo alvo.

-- Não faz assim. – sussurrou com a voz rouca.

-- Assim como? – devolvi o sussurro começando a mexer meu corpo sobre o dela.

-- Você me deixa louca quando morde o canto da boca.

-- Essa é a intenção. – falei desabotoando os botões da blusa que ela usava.

Desabotoei botão por botão sem deixar de olhar em seus olhos. Sua respiração já não era mais tranquila, eu podia ver seu peito descer e subir quase freneticamente. Seus lábios carnudos e bem desenhados estavam entreabertos. Como eu desejava aquela mulher!

Retirei sua blusa e a deixei apenas com a peça de renda preta. O contraste entre a pele branquinha com algumas delicadas sardas e o preto da peça rendada era perfeito. Tinha a impressão de babar sempre que contemplava aquele corpo.

Marina segurando em minha nuca me puxou para mais perto, senti seu hálito bem próximo, sua respiração tocava o meu rosto, mas ela se mantinha a distância, dividindo o olhar entre meus lábios e meus olhos. Com pressa, encurtei a distância roçando meus lábios no dela e logo em seguida tomando a sua deliciosa boca. Enquanto me beijava, ela deslizava suavemente as laterais do meu roupão, lentamente exibindo meus seios. Suas mãos não tardaram em possuí-los. Estremeci quando seus dedos apertaram sem muita força os bicos de meus seios.

Aos poucos passei a rebol*r mais rápido e mais rápido em seu colo. Sedenta por um contato maior. O fato de estar com as pernas levemente abertas e sem calcinha em seu colo me excitava de uma maneira ímpar. Arqueei meu corpo para trás quando senti sua boca abandonar meus lábios e descer por meu pescoço até chegar aos meus seios. Ela sugava, lambia, mordiscava, me ensandecia!

-- Preciso constatar algo... – sua voz era extremamente rouca.

-- O quê? – juntei forças para perguntar.

Marina não respondeu. Sua unha desceu arranhando, passando por meu pescoço, por meu seio – dando uma atenção especial ao bico entumecido – e desceu por minha barriga. Eu sabia onde ela queria chegar. Relaxei o corpo e mesmo tentando controlar gemi baixinho quando ela tocou meu sex*. Seu dedo começou a passear, de cima para baixo, brincando com meu clit*ris, até que parou bem na minha entrada. Rebolei de encontro ao seu dedo, mas ela recuava. Torturante!

-- O que você quer? – perguntou logo após morder meu lábio inferior.

-- Eu quero você.

-- Você me quer?

Balancei a cabeça e reforcei o meu desejo com palavras.

-- Quero você Marina, quero você dentro de mim. – sussurrei.

-- Então rebol*.                                                                        

Voltei a rebol*r. Sentia seus dedos encostarem em meu sex*. Sua mão estava parada, e eu remexia de encontro ao seu dedo, sentindo-o em minha entrada novamente. Não aguentava mais esperar, eu a queria dentro de mim de uma vez por todas. Beijei seus lábios quando rebolei empurrando meu corpo de encontro aos seus dedos. Gemi alto, cravando minhas unhas em seus ombros quando seus dedos me penetraram. Não parei com os movimentos, aumentei a velocidade sentindo seus dedos entrarem e saírem de dentro de mim. Esvaindo totalmente meu juízo. Joguei minha cabeça para trás, sentindo o orgasmo se aproximar. Marina começou a me estocar com velocidade. Já não tinha mais forças para continuar me movimentando, agora era apenas ela. Me penetrava de uma maneira deliciosa.

Fechei os olhos apertando-a contra meu corpo quando cheguei ao ápice molhando sua mão inteira. Me abracei a ela e me deixei ficar naquela posição até me recuperar. Sentia meu corpo mole, com uma sensação plena.

Abri os olhos e vi aquele azul maravilhoso me encarando. Suas mãos tiraram de meu rosto algumas mechas de cabelo que estavam presas em minha testa devido ao suor. Sorri e ela sorriu em resposta. Sai de cima dela e retirei meu roupão, ficando nua a sua frente. Pedi para que ela levantasse e retirei seu sutiã, logo após sua calça e sua calcinha. Me afastei um pouco e admirei a visão à minha frente. Deliciosa!

Estendi minha mão para ela que logo a segurou e a levei para o banheiro. A fiz entrar e sentar na banheira. Entrei logo atrás me sentando às suas costas. Puxei-a fazendo com que se recostasse em meu peito. Com uma esponja distribuía água e espuma por suas costas.

Marina relaxou em meus braços, se entregando aos toques. Abandonei a esponja e passei a deslizar minhas mãos por seus ombros, apertando, massageando.

Cheguei até os seios macios. Os biquinhos já estavam completamente eriçados. Mesmo com a água podia notar os pelinhos de seus braços e sua nuca de pé, sua pele estava arrepiada. Passei um tempo massageando seu corpo inteiro, e apesar de ser uma massagem sem vulgaridade, percebi que Marina estava excitada.

Ela pegou minha mão direita e levou até o meio de suas pernas, e aí sim percebi o que tinha causado em seu corpo. Seu clit*ris estava entumecido e com movimentos circulares estimulei-o. Friccionava. Marina abriu um pouco mais as pernas me dando mais liberdade. Não demorou para que eu sentisse seu corpo ser sacudido por espasmos.

Ficamos mais um tempo dentro da banheira, sentindo nossos corpos e trocando carícias até que nos demos conta do adiantar das horas e decidimos terminar o nosso banho no chuveiro.

Depois de um tempo envolvidas em um roupão pedimos o nosso jantar no quarto. Jantamos conversando sobre a visita que faríamos aos meus pais. Acertamos alguns detalhes, e isso me deixou ainda mais ansiosa para o instante em que encontraria os dois. Queria apresentar Marina aos dois, queria que eles conhecessem a pessoa maravilhosa que estava ao meu lado. Sei que os dois se encantariam por ela assim como eu.

Eu estava uma pilha de nervos. Sei que daria tudo certo, mas mesmo assim não conseguia relaxar. Dormi imaginando como seria o encontro dos três.

No outro dia acordamos cedo, e apesar de ainda estar com sono, meu humor estava inabalável. Contava os minutos para encontrar com os meus pais, eles ficariam muito surpresos, assim como eu fiquei. Ficariam felizes por saber que era Marina, a nora deles que estava nos proporcionando aquele reencontro depois de algum tempo. Nora. Sorri com aquele termo.

Tomamos um café reforçado e pegamos a estrada. Com o som ligado deixamos Fortaleza em direção à Canoa Quebrada. Era uma viagem de mais ou menos 4 horas se não houvesse nenhum imprevisto. Marina seguia as coordenadas do GPS.

O som do carro estava ligado baixinho, tocava músicas de Nando Reis. Eu contava a Marina um pouco sobre os meus pais. Ela até parecia um pouco tensa com o assunto.

-- Algum problema?

-- Por que? – perguntou me olhado rapidamente e logo voltando a atenção para a estrada.

-- Você está me parecendo um pouco tensa.

Marina se mexeu no banco do motorista, suspirou e depois de alguns segundos falou.

-- Seus pais. – disse apenas.

-- O que tem meus pais?

-- Acho que estou com medo deles não gostarem de mim, não sei. O que farei se por acaso...é...não gostarem? E se eles não aceitarem?

-- Não se preocupe, eles gostarão de você.

-- Como tem tanta certeza disso.

-- Eles são pessoas humildes, e não julgam ninguém sem antes dar a oportunidade de mostrarem a elas quem realmente são. Tudo o que você precisa fazer é ser você mesma, eles vão amar tudo aquilo que você é. Vão amar você, do mesmo jeito que eu a amo.

Marina olhou para mim com um pequeno sorriso enfeitando seus lábios, e só então me dei conta do que havia dito. Sem pensar e sempre premeditar, acabei dizendo de um jeito torto e indireto que eu a amava. Senti minhas bochechas arderem e voltei minha atenção para as paisagens que passavam rapidamente pela janela. Sentindo medo do que acabei falando, e após isso não ousei olhar diretamente para Marina. Percebi que em alguns momentos ela sorria sozinha, mas nada comentava.

Só voltei a falar abertamente e encará-la sem sentir vergonha quando fizemos uma breve parada para irmos ao banheiro e lancharmos. Foi uma parada rápida, Marina tinha planos de chegar a casa de meus pais antes do almoço. Logo voltamos para a viagem.

Com mais ou menos duas horas de viagem, acabei cedendo ao sono, mais uma vez. Dormi no banco do carro. Dormi pesado. Acordei com alguém empurrado suavemente meu ombro. Uma voz muito distante pronunciava meu nome. Abri os olhos preguiçosamente e dei de cara com o sorriso mais lindo do mundo. Ela sorriu docemente e tocou meu rosto.

-- É aqui que seus pais moram?                     

Surpresa com a pergunta, endireitei-me rapidamente no banco. Olhei primeiro para o lado esquerdo, pela janela de Marina e vi uma casinha que não me era estranha. Depois olhei por minha janela e lá estava a pousada de meus pais, lugar onde cresci e aprontei muita coisa.

-- É aqui. – meus olhos ardiam. – É aqui Marina, chegamos.

-- Vamos então?

Marina desceu, deu a volta no carro e gentilmente abriu a porta para que eu descesse. Fui até o portão e toquei a campainha. De longe vi Manoel, um dos ajudantes de meu pai, ele trabalhava ali desde que me entendia por gente.

-- Será que tem algum quarto aqui para mim Manoel? – perguntei assim que ele abriu o portão de madeira.

-- Mas é claro menina, é claro que tem. – falou me abraçando.

Manoel cumprimentou Marina com um sorriso e um aceno de mão.

-- Meus pais estão aí?

-- Seu Gilberto e dona Vera foram fazer as compras para renovar o estoque de comida. Mas venham, eu ajudo vocês. A casa não está trancada, eu estava lá fazendo um reparo em um dos canos que seu pai me pediu. Venham.

Manoel abriu o portão para que Marina guardasse o carro e depois nos ajudou com as malas. A casa de meus pais ficava bem atrás, em uma parte isolada da pousada.

Manoel saiu, nos deixando a sós. Olhei para Marina parada à minha frente com as mãos no short curto que ela usava, exibindo suas belas pernas. Era tão bom estar ali na companhia dela, era tão importante pra mim, significava tanto. Jamais conseguiria agradecer devidamente pelo que Marina estava fazendo por mim. Em nenhum momento esperei algo parecido por parte dela. Nunca cogitei que ela pudesse me fazer uma surpresa como aquela. Enlacei seu pescoço e aproximei meus lábios dos dela.

-- Como poderei lhe agradecer por tudo o que está fazendo por mim? – perguntei segurando seu rosto entre as minhas mãos.

-- Você não precisa me agradecer minha linda, eu é quem preciso lhe agradecer por me dar o prazer de compartilhar de momentos assim com você. Não há nada que possa pagar o prazer de ver seu rostinho de alegria quando chegamos aqui.

Marina me abraçou apertado entre seus braços. Meu lugar preferido era aquele, era aquele calor que me fazia sentir segurança. Sentia-me segura quando estava ali.

-- Quer descansar um pouco antes do almoço?

Ela balançou a cabeça em afirmativa, e então a levei até o meu antigo quarto. Abri a porta e vi que as coisas ainda estavam como da última vez que tinha ido ali. Ainda bem que minha mãe tinha me convencido há um tempo atrás a trocar minha cama de solteiro por uma cama de casal. Seria muito desconfortável para uma mulher alta como Marina dividir uma cama de solteiro comigo.

Tomamos banho separadamente, vestimos algo confortável devido ao calor, clima de terra praiana e nos deitamos. Aconcheguei Marina em meu peito e fiz carinho em seus cabelos até o momento em que senti seu corpo relaxar e ela ressonar. Havia dormido.

Diferente dela, eu não consegui dormir, passei o tempo todo encarando o teto bege acima de minha cama. Nada do que estava acontecendo em minha vida eu consegui prever. Era muita coisa acontecendo, muitas emoções, muitas surpresas e muitos sentimentos. Em outro momento eu estaria assustada, quer dizer, no começo, eu estava bastante assustada, confusa com tanto sentimento novo pra mim. Não sabia como lhe dar com o coração palpitando a cada novo encontro com a mulher que estava nos meus braços.

“Está mesmo acontecendo tudo isso? Não estou mesmo sonhando, delirando?”

Não sei por quanto tempo fiquei naquele diálogo com o meu eu, mas fui tirada de meus pensamentos por um aroma gostoso, cheirinho de comida de mãe. Dona Vera costumava fazer o almoço para meu pai e para os funcionários, ali mesmo, na sua casa, ela sentia prazer em cozinhar, assim como eu.

Beijei os lábios de Marina e vi ela acordar aos poucos. A chamei para almoçar e logo saímos de meu quarto. Chegamos à cozinha de mãos dadas. Mais uma vez naquele dia senti meus olhos arderem por causa de lágrimas ao ver minha mãe de costas enquanto mexia sua panela. Fiquei olhando para ela até que ouvi uma voz.

-- Filha?!           

Olhei para trás, de onde a voz vinha e vi meu pai com algumas sacolas nas mãos. Ele tinha um grande sorriso em seu rosto. Por um instante soltei a mão de Marina e fui até meu pai, o abraçando, apertando entre meus braços. Logo após, senti alguém abraçar minhas costas, era minha mãe. Estava abraçada aos dois, e quando nos separamos depois de algum tempo, olhei para Marina, ela tinha algumas lágrimas nos olhos. Ela me olhava com carinho, com ternura e um singelo sorriso nos lábios.

-- Filha por que não nos disse que vinha? Teríamos ido lhe buscar em Fortaleza. – falou minha mãe.

-- Eu não sabia que vinha mãe, foi uma surpresa para mim tanto quanto para vocês. Foi de última hora mesmo. – falei sorrindo para Marina.

-- Que horas você chegou?

-- Faz pouco tempo pai. Manoel me recebeu e me deixou entrar, estava lá no meu quarto.

-- Se soubesse que você viria eu teria dado um jeitinho em seu quarto e claro teria preparado um almoço especial para você.

-- Não precisa de nada disso mãe, eu já estou bem feliz por estar aqui. Isso me basta!

-- Seu pai e eu também estamos muito contentes por você estar aqui minha filha. Fazia tanto tempo que você não vinha nos visitar.

-- Ela quer nos matar de saudade Vera! – falou meu pai risonho.

-- Mais uns cinco minutos e o almoço estará pronto. Podem ir lavando as mãos e irem se sentando à mesa. É só um instantinho.

Minha mãe voltou a atenção para as suas panelas, meu pai foi até o grande armário da cozinha para guardar o que ele trazia nas sacolas e eu levei Marina até o banheiro de meu quarto.

-- Acho que eles não gostaram de mim Giulia. – Marina falou assim que voltou do banheiro enxugando as mãos na pequena toalha que eu tinha lhe dado.

-- Por que acha isso?

-- Impressão minha.

-- Pois eu garanto que essa impressão é errada. Não há como não gostarem de você, isso é impossível. Acho que foi pela surpresa, por isso não comentaram nada. Mas agora quando voltar à mesa se prepare, pois eu aposto que eles não vão largar do seu pé.

Marina me olhou com uma carinha triste e suspirou. Fui ao seu encontro e a abracei.

-- Está insegura?

-- Um pouco. Tenho que conquistar o carinho deles, quero que eles nos aprovem. – suspirou novamente – Nada pode dar errado.

-- Nada pode dar errado? Do que você está falando? – falei indo até a porta.

-- Eu? Ah, nada. Vamos almoçar? Seus pais estão nos esperando.

Não tinha acreditado no que Marina disse, ela estava desconversando, escondendo algo. Olhei para ela com os olhos semicerrados, avaliando-a, tentando encontrar algum sinal que me dissesse o que ela estava escondendo naquele momento. Nada encontrei, apenas um grande sorriso.

-- Vamos? – beijou meus lábios.

Quando chegamos à cozinha, a mesa estava posta, mas apenas meu pai estava sentado. Logo começamos a conversar, Marina e ele acabaram me deixando de lado, pois entraram em um diálogo só deles. Em alguns momentos meu pai me  olhava, na verdade me encarava.

Assim que minha mãe sentou à mesa nos servimos. Ela serviu o prato de meu pau e eu servi o prato de Marina. Mais uma vez notei que meu pai me olhava, depois olhava para ela e sorria de lado. Minha mãe falava distraída e não percebia os olhares e os sorrisos de meu pai, ninguém na mesa reparava, apenas eu.

Almoçamos num clima ameno. Não errei, meus pais gostaram dela, e nem parecia que a filha que eles não viam há algum tempo estava ali presente, a atenção era apenas para Marina.

Eu já devia ter apresentado os três, mas a verdade é que eu não sabia como apresentá-los. O que eu diria? “Pai, mãe, essa é Marina, a minha chefe” ou “Gente, essa é a mulher por quem estou apaixonada, mas ela é apenas isso!”. Como deveria chamá-la?

-- Eu estava pensando aqui comigo, você ainda não nos apresentou. Ainda não sei quem é a linda moça sentada ao seu lado, sei que ela tem um bom papo, mas nem sei o seu nome. Então filha?

Pronto! Eu sabia que meu pai não tardaria em perguntar.

Olhei para Marina um pouco atordoada, ainda tentando escolher as palavras. Ela parecia segura de si, confiante, com um sorriso estonteante, bem diferente da Marina que minutos atrás suspirava tristemente, afirmando que meus pais não haviam gostado dela.

Abri a boca, eu ia falar, mas nada saia de minha boca, apenas balbuciava algumas palavras soltas e sem sentido. Foi ai que meu mundo parou e tudo aconteceu bem à minha frente. Marina segurou minha mão que repousava sobre a mesa, piscou um olho em minha direção, sorriu e começou a falar completamente confiante.

-- Senhor Gilberto, dona Vera, se me permitem, eu gostaria de me apresentar e fazer-lhes um pedido. Um pedido muito importante para mim.

-- Pois não, sinta-se a vontade minha filha. – disse meu pai com um sorriso no rosto.

Era Marina que falava, mas eu sentia como se fosse eu. Nunca me senti tão nervosa, não sabia o que ela ia falar, e muito menos qual era o tal pedido importante que ela queria fazer aos meus pais.

-- Sei que os senhores não me conhecem, é a primeira vez que me veem e que sou uma completa desconhecida sentada à mesa com vocês. Meu nome é Marina Amorim. Giulia e eu trabalhamos juntas e...

-- Ela é a minha chefe! – falei de repente interrompendo o que ela falava.

-- Bom, não era bem isso o que eu ia falar, mas tudo bem. Como Giulia disse, sou chefe dela, mas a questão não é essa, o fato é que quero ser bem mais do que isso. – pigarreou e continuou - Em algumas questões, eu sou bem à moda antiga, careta mesmo e por isso estou aqui. – Marina soltou a minha mão e se colocou de pé ao meu lado - Desde o primeiro momento, quando comecei a planejar esta viagem, a minha intenção era pedir aos dois, aos pais de Giulia, a mulher pela qual eu sou completamente apaixonada, a permissão para namorá-la. – finalizou olhando para mim.

Meu coração batia freneticamente no peito, eu não conseguia reagir, não conseguia falar, nem mesmo conseguia formular algo em minha cabeça. “[...] permissão para namorá-la.” – esta frase estava martelando em minha cabeça.

Como num estalo, olhei do meu pai para minha mãe. Os olhei com o coração saltitando no peito, as mãos geladas, ansiosa por alguma reação ou resposta por parte deles. O que demorou mais do que eu previ, me deixando ainda mais angustiada e incerta.

De um lado minha mãe me olhava e nada falava, não conseguia decifrar o olhar dela. Do outro lado meu pai tinha as mãos cruzadas, debaixo do queixo o apoiando. Ele estava sério, sério demais para o meu gosto. Meus pés batiam apressadamente debaixo da mesa. Sem sombra de dúvidas, se demorassem mais um pouquinho eu teria um troço diante de tanta ansiedade e nervosismo. “Falem alguma coisa pelo amor de Deus!”.

De repente meu pai se colocou de pé, e olhou duro para Marina, ela nem mesmo sibilava, ainda mantinha aquele sorriso persistente e doce no rosto.

-- Giulia? – chamou-me extremamente sério.

-- Sim pai. – também fiquei de pé.

Já conseguia prever uma resposta negativa, meu pai estava sério demais. Nunca antes tinha visto ele daquela maneira.

-- Como é mesmo o seu nome? – perguntou olhando para ela.

-- Marina senhor.

-- Marina. – repetiu – Pois bem. É um lindo nome para a minha nora. – só então ele sorriu e eu consegui soltar o ar que prendia nos pulmões.

-- Concordo Gilberto, nossa nora tem um lindo nome. – minha mãe me abraçou de lado ao terminar de falar.

-- Marina, desde o momento em que pôs os pés aqui eu vi a paixão que trazia no seu olhar, vi o modo como olhava para a minha menina. O modo como vocês se tratam, deixa tudo transparente até mesmo para quem está de fora. Vejo um brilho diferente nos olhos de Giulia e sei que você é o motivo. Será um enorme prazer tê-la em nossa família. Eu seria um tolo se não desse minha permissão.

-- Obrigada senhor Gilberto. Prometo fazer a sua filha feliz, assim como ela me faz a cada instante do meu dia.

Meu coração falhou uma batida. Eu estava tão feliz que nem mesmo conseguia decidir o que fazia naquele instante, se chorava ou sorria. Namorada. Marina havia pedido permissão para me namorar. A sua real intenção não passou por minha cabeça, não tinha como imaginar que ela aguardava aquele momento. Mas ela deixou bem claro que queria tanto quanto eu.

Segurei a mão de Marina e entrelacei nossos dedos, foi ali que vi o quanto ela estava nervosa, sua mão estava gélida. Apesar do sorriso confiante, ela temeu a negação de meus pais.

Passado o nervosismo e a seriedade, terminamos o nosso almoço, um dos almoços mais felizes e marcantes de minha vida. Namorada. Essa palavra era mágica, não saia por nada desse mundo da minha cabeça, ficava repetindo-a mentalmente enquanto sorria sem querer.

Agora sim os três pareciam mais entrosados do que antes, confesso que até senti uma pontinha de ciúmes. Inevitável. Eu tinha certeza que era impossível não gostar de Marina. O clima era agradável e divertido.

Depois da sobremesa, nos sentamos em algumas cadeiras dispostas na varanda. Conversávamos sobre tudo e sobre nada. Com a desculpa de que precisavam dar um pulinho na pousada, meus pais nos deixaram a sós. Sorri com a intenção deles.

Levantei-me e fui até a rede armada no canto da varanda. Sentei e a chamei para junto de mim. Marina deitou atrás de mim e eu deitei acomodando-me junto a ela. Senti seu abraço gostoso e suspirei relaxada ao sentir o calor que emanava de seu corpo.

-- Somos namoradas agora? – perguntei.

-- Sim, somos. Quer dizer, eu sei que não perguntei, que não falei com você antes de vir aqui e pedir para os seus pais, mas eu achei que... – suspirou – Eu nem sabia se você queria ser minha namorada. – constatou falando baixinho.

-- Você ainda tinha alguma dúvida? É claro que eu quero namorar com você.

-- Uffa! Ainda bem. Já imaginou se depois de ter encarado os seus pais você me dissesse que não quer namorar comigo?

-- Jamais diria isso.

O sono ameaçou voltar. Um bocejo, dois, e depois mais alguns pequenos bocejos.

-- Está com sono? – ela perguntou em meu ouvido.

Balancei a cabeça admitindo.

-- Mas não quero dormir.

-- Por que?

-- Estou com medo de dormir, perceber que essa aqui não é a minha realidade.

Ela me apertou mais em seus braços e sussurrou em meu ouvido.

-- Estarei bem aqui quando acordar, nada disso é um sonho.

Sorri de olhos fechados e resolvi me entregar aos braços de Morfeu. Não havia nenhum outro lugar no mundo que me desse àquela paz do que naqueles braços que se encaixavam com perfeição ao meu corpo. Meu lugar preferido no mundo.

Ouvi um sussurro.

-- Eu te amo...

 

Tarde demais, eu já não conseguia discernir realidade de sonho. Mas consigo me lembrar da sensação maravilhosa que senti ao ouvir aquela frase. Tentei responder, mas acho que o sono não me permitiu falar com clareza.

Fim do capítulo


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