Capítulo 2
O relógio despertou e levantei-me a força. Não tinha dormido quase nada, mas precisava ir cedo para o escritório, pois havia marcado com uma cliente na parte da manhã.
Pra variar o trânsito estava completamente parado (só quem mora em São Paulo sabe a loucura que é isso aqui logo cedo), e o que tinha acontecido noite passada ficou rodando em minha cabeça como um filme. Ainda era difícil de acreditar que Clara estava de volta depois de tanto tempo e que estava aqui, na capital. Eu cheguei a imaginar que nunca mais veria seu rosto. E agora que sabia do seu retorno o que faria com essa informação? De que me adiantava saber disso? Além do fato de não conseguir tirá-la da minha cabeça, eu não tinha o que fazer. Não sabia do seu paradeiro, nem sequer se queria me ver. E isso me atormentava mais do que tudo.
Cheguei praticamente junto com a cliente. O caso era bem complicado, uma disputa por uma casa, adquirida por uma senhora idosa que fora ludibriada por um mau caráter. Agora o safado estava tentando pegar a casa de volta, alegando que a assinatura do contrato não era a dele. Era um trabalho voluntário e não receberia nada por ele, mas me dedicava com muito afinco. Sempre detestei perder, ainda mais sabendo que aquelas pessoas dependiam de mim já não tinham para onde ir se eu perdesse a causa. E se tinha uma coisa que eu odiava nesse mundo eram pessoas inescrupulosas e injustas. Por este motivo me concentrei no que estava fazendo e não pensei mais em Clara.
Já havia passado da hora do almoço quando Mariana entrou em minha sala. Havia esquecido completamente de que tinha marcado de sair com ela, por isso me espantei quando entrou.
Mari é uma pessoa incrível, de uma beleza clássica e uma inteligência extraordinária, estávamos tendo um caso há mais ou menos uns seis meses. Nem eu, nem ela, queríamos assumir isso publicamente, primeiro porque trabalhávamos juntas, o que poderia nos prejudicar, depois porque gostávamos de pensar que era um caso sem segundas intenções, onde não devíamos nada uma à outra, era sex* e nada mais. Ambas adorávamos nossa independência e não queríamos abrir mão dela. Isso era o que nos dizíamos, apesar de nunca mais termos saído com outras pessoas desde então.
Tínhamos combinado um almoço no motel, coisa que fazíamos às vezes, e eu estava tão focada que tinha perdido a hora, por isso ela havia vindo me resgatar.
- É sério que esqueceu de mim? – Perguntou com um muxoxo.
- Desculpe Mari, fiquei tão concentrada em montar o relatório para o processo que não vi a hora passar. Não imaginava que já era tão tarde. E quanto a esquecer de você, isso não aconteceria jamais. – Respondi sorrindo.
- Sei, vou fingir que acredito. Não está com nem um pouquinho de fome? – Disse enquanto mordia os lábios com segundas e terceiras intenções.
Olhei demoradamente pra ela de cima abaixo, estava com um vestido justo, de decote em V, que marcava seu corpo curvilíneo, e senti o tesão bater imediatamente. Ela era uma amante fervorosa, o sex* era intenso e quente.
- Pensando bem, estou morrendo de fome! Você nem imagina o quanto. – Disse piscando enquanto me levantava para abraçá-la pela cintura.
- Eu também. Muita fome. – E me deu um beijo na boca que aumentou ainda mais meu fogo.
Peguei minha bolsa e saímos. O dia estava quente e o motel que frequentávamos era um pouco afastado, nós não pretendíamos voltar para o escritório naquele dia e mais tarde iríamos nos encontrar com umas amigas para jantar. Teríamos a tarde toda para nos divertir e aquilo deveria me deixar bem feliz, mas mesmo assim alguma coisa estava me incomodando, e não conseguia saber o que era. Durante todo o caminho uma sensação inquietante ficou me cutucando, como se eu estivesse esquecendo algo importante.
Era meu costume tomar um banho logo ao chegar ao motel, e só quando estava embaixo do chuveiro percebi o que estava sentindo: era culpa. Como se eu estivesse traindo alguém, e esse alguém era Clara. Isso me espantou. Que besteira era essa agora? Pensei comigo mesma. Isso é idiotice, na mais pura concepção. Ela nem sabia se eu ainda estava viva. Nunca tinha me procurado durante todos aqueles anos. Não havia se preocupado em saber de mim. O que importava se eu ia trans*r com alguém? Aliás, ela não tinha nem como saber disso. E mesmo que soubesse, por que ela se importaria? Por que eu estava me importando? Já havia trans*do tantas outras vezes e nunca tinha sentido isso. Estava assim só porque tinha visto seu rosto na TV? Fala sério! Isso era loucura. E ademais eu não tinha mais nada com ela. Eu tinha que tirar isso da minha cabeça.
Por um momento travei, e se eu não conseguisse o que eu ia falar para Mariana? Sempre fora voraz, se ela soubesse que estava indo pra cama pensando em outra me mataria e com razão, e sinceramente, eu adorava estar viva. Aquilo não podia acontecer de jeito nenhum.
Ainda estava imersa nesses pensamentos quando Mari entrou no chuveiro, veio em minha direção e se enroscou em meu corpo, buscando minha boca num beijo profundo e íntimo, e imediatamente esqueci de tudo. Sentir seu corpo macio de encontro ao meu reacendeu a minha excitação. Ela me entregou o sabonete e ficou de costas, eu comecei a ensaboá-la demoradamente, passeando por seu corpo, sentindo seus seios cheios e firmes na palma de minhas mãos, depois sua barriga lisa, seu sex* devidamente depilado para então deslizar meus dedos por seu ponto turgido em círculos ritmados, aí então ela se encostou toda em mim, roçando seu copo no meu.
Minhas mãos sacanas massageavam cada vez mais rápido, enquanto eu mordiscava sua nuca.
- Você é uma delícia, sabia? – Sussurrei em seu ouvido.
Ela se mexia sensualmente, esfregando seus quadris em mim, seus gemidos se tornaram mais intensos, e aumentei a intensidade do meu toque o que fez com que ela goz*sse rapidamente em meus dedos, me deixando ainda mais excitada.
Ela retirou minha mão do seu sex* encharcado, me abraçou e entregou seus lábios para que eu os beijasse demoradamente, lentamente foi me empurrando de encontro a parede.
- Você é que é deliciosa, e sabe como me fazer goz*r gostoso. Só que agora é a minha vez de te fazer gem*r. – Disse olhando em meus olhos.
E começou a me beijar bem mansinho, foi descendo os lábios pelo meu corpo, até se ajoelhar diante de mim, e com uma delicadeza absoluta começou a beijar meu sex*, abrindo-o devagar para capturar com os lábios o nervo mais sensível e duro do meu corpo naquele momento.
Eu já estava extremamente excitada e quando senti sua língua macia e quente me lambendo, seus lábios me sugando com maestria, uma explosão tomou conta de mim, prendi sua cabeça com as mãos, e entre palavrões e gemidos g*zei em sua boca.
Completamente cega de tesão a levantei colocando suas pernas em torno da minha cintura e sai do chuveiro, sem parar de beijar sua boca a sentei na na borda da pia e a penetrei em um único golpe, forte e fundo, encontrando-a completamente molhada e pronta, me movimentei com rapidez, buscando seus pontos de prazer, sem delicadeza, mas sim com urgência. Ela começou a se mover cada vez mais rápido, rebol*ndo em meus dedos pedindo, implorando por mais, e no fim teve um orgasmo tão arrebatador, que gritou com paixão, arranhando minas costas.
E assim nesse ritmo louco seguimos as quatro horas em que ficamos naquele quarto, uma dando prazer a outra, sem nos cansarmos, das formas mais variadas e indecentes possíveis. Saímos saciadas, e exaustas, eu a deixei em casa e fui para meu apartamento tomar um banho e me arrumar para o jantar.
Não sabia que o destino me pregaria uma peça ainda naquela noite.
Fim do capítulo
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lucy
Em: 20/10/2015
elas.vão. se.rever.nesse.jantar.....e aí ?
estou curiooooosa pra ler como vai.ser.... rs
bjs
Resposta do autor:
Oi Lucy
Tudo bem querida?
E aí como será o encontro? Tenso rs
Mate sua curiosidade e diga o que achou.
Obrigada bonita.
Um bom fim de noite e ótima leitura
Beijos
Ka
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Ana_Clara
Em: 02/10/2015
Essa cena do motel foi gostosa, muito mesmo. Sinto que a Mari possa vir causar alguns grandes problemas no futuro pra Ana.
Resposta do autor:
Oi Ana
Tudo bem?
Obrigada pelo elogio. Quantoi a Mari... você verá que ela tem até fã clube...rs
Bom domingo e ótima leitura
Beijos
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Mille
Em: 12/09/2015
Oxe esta pegando a vibre das outras autoras de terminar o capitulo com gosto de quero mais.
Ansiosa pelo proximo capitulo.
Bjus
Resposta do autor:
Oras, Mille, mas assim que é bom né? Se não termina com gosto de quero mais, você não vai querer saber o resto...rs.
Beijos, espero que goste do terceiro capitulo e ótima leitura.
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