Capítulo 2
Corri com a criança até o pronto atendimento,um corte enorme por toda a perna,apesar de nao fazer parte de minhas atribuições dei toda assistencia ao garotinho depois de ter certeza que ele estava bem fui ter uma conversinha com o irresponsável que o trouxera e de imediato iria ligar para o conselho tutelar o garoto tinha varias marcas de espancamento em seu corpo, ver quem era o monstro que cometia tal atrocidade.
-Olha aqui seu covarde como tem coragem de...de...--Fui interrompida mas nao por ele e sim por ela,era uma mulher só agora eu notara o sangue a escondia,fiquei ali parada sem dizer nada por um tempo que não sei precisar até a raiva me possuir novamente.
-Como ele ta?vai ficar bem? posso vê-lo?porr* doutora me fala alguma coisa, uuuh mais oooorra a senhora é bem bonitona hein!!cala boca troxa foco Maria,como ele ta?--Entre o que me pareceu uma cantada e muita preocupação ela perguntava desesperada,só me faltava uma louca,externei meus pensamentos .
-Você é louca menina!! me respeita, você nao tera acesso a ele até se explicar com a policia,como pode heim !machucar um inocente daquela forma--Ela ia falar algo ,mas nao deixei--Que tipo de monstro é você? mutila uma criança daquela forma eu não...
-CALA A SUA BOCA MERDA!!--Me interrompeu gritando--Meeuu o que sabe de mim ou daquela criança? ta ai no auto de um pedestal vomitando merd*,não to nem ai para o que pensa de mim vai se ferra,a unica coisa que quero é ver aquele garoto e eu vou fazer isso nem que tenha que passar por cima de você ou de qualquer buguersinho maldito que se ponha na minha frente,ta me entendendo?--Disse com seu rosto junto ao meu cheio de raiva .
-Nao tenho medo de você sua marginalzinha ,prepotente ,boca suja, só porque espanca crianças acha que vou lhe temer! pra ver aquele garoto pode aposta que tera que passar por cima de mim.
Olho no olho, a raiva ,o desconhecido bailava nos olhos de ambas um embate que naquele momento nao sabiamos, mas que duraria pela vida toda.Sua mão se levantou para bater no meu rosto nao recuei os policias interromperam ,mas nao antes de eu dizer:
-Vou fazer de tudo pra te por atras das grades.--Dentro de seus olhos.
--Kkkkkkkk me fuder?--Apontou para ela--Eu? impossivel me fuder mais do que me fodo portanto,foda-se você.Só porque é toda gatona acha que pode me esculacha porr*aa.--vermelha de raiva.
Dessa vez nao houve confronto só me olhou profundamente ,seus olhos disseram muito eu nao soube interpreta,.Sai para ver como tava o garoto,ele dormia profundamente,indefeso,incapaz,acariciei-lhe os cabelos ,o quão covarde há de ser alguem pra machucar uma criança, tem que ser muito desgraçado e infeliz,olhando para afliçao daquela menina ,o corpinho mion e um genio do cão ,quer dizer do cão não tadinhos dos cachorros.fiquei com ele por mais um tempo quando dei por mim ja passava das três da manhã,passei algumas instruções a enfermeira e fui pra casa dormi um pouco o dia havia sido terrivel,passando pelo hol do hospital ainda a vi com os policias.
MARIA CLARA
--Aquela maldita passava pelo hol com aquele nariz em pé com um sorrisinho de canto de boca e que maldita linda,mas enfim como sou besta,tosca e Maria Clara,to aqui toda ferrada quase sendo presa e me desmanchando como uma demente por uma mulher que quer me matar e prender ou ao contrario porque se eu estiver morta porque vão me prender né?ou podem até me prender morta sera?MARIA CLARA--Gritei comigo mesma--foco minha filha você ta fudida aqui e ninguem ainda sabe quem sou eu.
Oi galera essa porr* louca que vos fala sou eu !!melhor, sou Maria clara, sem sobrenome,sem teto,sem familia, pera...pera...sem familia não !tenho os meninos e Nina que dividem o galpão comigo, tenho trinta anos embora todos achem que tenha quinze rsrsrs odeio quando dizem isso tenho trinta porr*,sou cantora de rua ,de praia,de circo,de bar,de boteco,de espelunca,de inferninho,de zona, de onde me quiserem,tenho um talento do caralh* todos dizem,me falam aaaaah mais porque você nao tenta,porque nao leva sua carreira a serio, O GENTEE ME OUVE AI nao quero nada disso quero ser livre,musica é minha vida, minhas células, meu sangue é feito de notas musicais,nao posso comercializar minha vida;o maior cache que ganhei foi de cento e cinquenta pau comprei um litro de vodka muito das vagabundas,amo vodka vagabunda até porque não tenho bufunfa para comprar da boa, e uma porr*da de balas e doces para as crianças,nao sou pervertida,nao vivo em orgias,nao tenho uma vida sexual desregrada e emocionante,muitos homens dão em cima de mim,outros tantos ja tentaram me violentar bato em todos eles ,minha vida de lutas com os garotos é mais emocionante rsrs,apenas um que eu dou uma moralzinha agente da uns pegas e que pegas ai ai,atende as necessidades do meu corpo e do meu emocional desprovido de pessoas que se importem ele se importa;muitas vezes me perco de mim dai faço uma merd* atras da outra essa sou eu então vamo aê .
Estava voltando pro galpão de uma cantoria com os tiozinhos coroas me amarro cantar com eles aprendo pra cacete se as pessoas não enchergam quem vive na rua aaah se enchergassem .Quase chegando no galpão cantando sei la o que quando me deparo com Pedro sendo esfaqueado por uma gangue corri pra ele ,nem pensei o peguei no colo e parti rumo ao hospital mais próximo,estava toda coberta de sangue e la encontrei aquela praga,ia dar nas fuças dela mais ai a galera do camburão chegou e interrompeu mais eu ainda pego ela aaaaaaaaaahhh ela me paga,nao me deixou nem ver meu Pedrinho e ainda me chamou de um tanto de merd* la,doeu ser chamada de monstro aqueles meninos são meu bem mais precioso nunca os machucaria;moravamos todos na rua dormindo aqui a cula,debaixo de viadutos,pontes,praias,becos até eu encontrar o galpão e la foi vindo um ,outro,alguns só de passagem,muitos ficavam por três cinco anos e partiam,seja para a vida ou para morte,vi varios de meus meninos e meninas se tornarem homens e mulheres de bem,outros traficantes,ladrões,viciados;as vezes nos drogavamos para matar a fome,perdi uma menininha de três anos morreu em meus braços de fome.
-Maria clara metida em confusão denovo,essa semana ja topamos três vezes.--Ó os caras da lei.
-Pô sargento isso significa que estamos estreitando nossos laços certo?--fiz minha cara mais fofa e o olho brilhoso.
-Isso siginifica que você vai acabar se ferrando direitinho se nao explicar esta estoria chega de condecêndencia com você.--Hã? não entendi a palavra.
-Conde o q sargento?aah faça mi um favor e nao fala difícil,eu nao fiz nada tava voltando pra casa e achei Pedro e aquela gangue com a qual ele se meteu,eu avisei o garoto eu avisei,vou caçar um a um que fez isso com ele.--Ninguem machuca os meus mesmo quando um deles age como idiota.
-Se abrir sua boca mais uma vez você vai é acabar caçando ratos na cela da prisão pro resto de sua vida,nao se meta; estavamos monitorando essa gangue a um tempo ja e vamos pegar todos eles inclusive Pedro que ta bem enroscado,agora vaza daqui e não de mais as caras.--Sabia que Pedro acabaria rodando mais o amo.
-Nao posso ver ele antes? por favor!!!!!--Implorei.
Me deixaram vê-lo o bichinho tava todo moido,desgraçados!! meus olhos nao resistiram abri o bocão.
-Iiiiiiiiiiih a durona ta chorando-Os guardas caçoando de mim sequei as lágrimas.
-Vão pra put...-Me interromperam.
-Tem certeza que quer terminar a frase?--O cabo me perguntou mostrando as algemas.
Fui saindo de fininho-- Ta tudo muito emocionante galera da lei mais a Clarinha aqui vai ralar peito ,sempre é um prazer indizivel encontrar com vocês qualquer coisa sabem onde me encontrar mais não me encontrem.--Pisquei para eles e fui saindo eu ja estava na porta--hei sargento!!
-Vai a puta que o pariu!-Nao esperei pra ver as reações vazei.
Estava na maior das deprê perder um muleque assim porr* dói pra caralh*,e eu os venho perdendo de monte no decorrer desses trinta anos ,desde que cai nas ruas vi gente sendo morta por ouro,drogas e pão,minha gente.Peguei meu violão ,uma garrafa de bebida e fui para o parque onde havia uma manilha velha,o lugar humido e frio assim como naquele momento se fazia meu coração,então com pequenos intervalos para bebericar entre um gole e outro minha alma chorou por Pedro na canção a qual meus dedos davam vida era hora de voltar para dentro da casca,sem testemunhas,porque as ruas não dão chance aos que choram.
Fim do capítulo
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