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Palavras: 18310
Acessos: 3017   |  Postado em: 00/00/0000

Notas iniciais:

cap grande e beeeeem longo.

do jeito que vocês gostam,que eu sei.kkk

espero que curtam,comentem e não me deixem no vácuo.

para as novas leitoras façam o mesmo..

lembrando que criticas são muito bem aceitas aqui então não deixem de colocar sua opinião nos comentários se tiver uma ideia ou sei lá alguma pergunta sobre a fanfic e quem sabe ate mesmo sobre mim.kkk <3 bjs pessoal.

Capítulo 35--O dia em que eu morri

 

Ao término de mais um dia cansativo para todas o nosso grupo de guerreiras não queriam outra coisa a não ser suas camas.

Ate a pequena Eve dormia com o silencio que aquela casa proporcionava e era tudo que precisavam.

Mas essa paz durou pouco e a rolar na cama Anna ouvia um sussurro em sua cabeça ate que gritos angustiados lhe acordaram.

 

Anna—droga!!--com sua cabeça a explodir, Anna ouvia a voz de Calli enquanto ela sofria em uma de suas torturas.

 

Olivia—Anna!--acordando com o súbito erguer de Anna,Olivia a tocou e de imediato ela sentiu a dor que Callisto proporcionava a jovem.

 

Athena—sei que podem me ouvir..sei que podem sentir-la!..e isso é tudo que me importa.a cada segundo que me fizerem esperar ouvirão a anjinha sofrer..eu quero a criança, senão a cabeça de Callisto rolará monte abaixo..vocês decidam...esperarei ate o fim deste dia que se iniciará.tempo suficiente para avaliar se a vida dela é mais valiosa do que a desta criança.

 

Olivia—o que foi isso??--arrepiada Olivia observou Anna erguesse de sua cama e junto a ela correram ao quarto da guerreira as encontrando acordadas e da mesma forma, brancas com o acontecido.

 

Anna—vocês ouviram??me digam que sim.

 

Xena—me diz Anna...quantos você chamou??

 

Anna—o suficiente para uma guerra.

 

*****

 

Preparadas e prontas para partir Xena fitava Eve.

Levar um bebê para um confronto como aquele era a ultima coisa que uma mãe deveria fazer.

 

Anna—sei que não é a hora perfeita para isso mas..(rs) se o conselho tutelar soubesse que você esta levando ela para uma guerra...--recebendo a fitada repreendedora de Xena Anna fechou seu sorriso.

 

Xena—não queria chegar a esse ponto e arriscar a vida de Eve desta forma.

 

Olivia—tudo bem Xena.cuidaremos bem dela.

 

Anna—pode crer.(rs) podemos cuidar dela enquanto você surra Athena.

 

Gabrielle—se houvesse pelo menos um jeito de enganar Athena de quem estaria com Eve teríamos mais um ponto a nosso favor...--recebendo os olhares de todas a sua volta Gabrielle logo notou as fitadas recebidas.

--o que foi??

 

Anna—é por isso que a amo.

 

Olivia—não me diga que tem haver com a encomenda que recebemos pela tarde?!

 

Anna—ah tem sim.(rs)

 

***

 

rasgando a enorme caixa de papelão Anna retirou de dentro desta três bonecas idênticas a Eve.

 

Anna—tive essa ideia mais cedo.por isso encomendei essas três coisinhas aqui.

 

Gabrielle—é impressionante a forma como você nos lê!chega a ser assustador.

 

Anna—ah..obrigada.o plano é simples,subiremos o monte cada uma carregando uma das bonecas.assim nem Athena saberá quem esta com a verdadeira Eve.

 

Xena—pode dar certo.

 

Anna—é logico que dará!é um plano meu!

 

Xena—mais alguma coisa??

 

Anna—(rs) você nunca deveria perguntar isso para mim.subiremos o monte de moto.

 

Olivia—não pode estar falando sério!!(rs) é loucura!!

 

Anna—eu achei algumas trilhas que nos levarão rapidamente a entrada do monte.acreditem..separadas seremos mais efetivas a possíveis ataques...sem falar que nosso exercito não é muito confiável a cooperação de estranhos.

 

Xena—dirigir uma moto..se você consegue, será moleza para a gente.

 

****

 

Ultrapassando o portal com tudo que precisavam para executar o plano, o quarteto e meio atravessou o portal voltando aos fundos da hospedaria de Cyrene em Amphipolis.

O barulho da abertura do portal alertou a todos que esperançosos fitavam do salão a entrada e quando o silêncio era tudo que ouviam a porta se abriu e ali estavam elas.

 

Recebidas com aplausos todos a sua espera ergueram-se animados pela coragem do grupo diante tal conflito com os deuses do qual elas não se mostravam nem um pouco amedrontadas com a situação.

Todos menos Hera, que apenas assistia aquela veneração a princesa guerreira surpresa

 

Cyrene—finalmente minha pequena voltou ao lar.--recebendo de Xena sua neta Cyrene abriu seu sorriso de orelha a orelha e antes que pudesse dar mais um passo Xena foi agarrada por Tara que com um pulo pousou em seus braços forçando a guerreira segurar-la.

 

Xena—Tara?!(rs)

 

Tara—não sabes a saudade que senti de ti!

 

Xena—(rs) é bom te ver também Tara.--descendo-a de seus braços Xena a colocou no chão e Tara não perdeu a oportunidade de implicar com a loira atrás da guerreira.

 

Tara--...Gabrielle.

 

Gabrielle—(rs) oi Tara.--virando-se para Anna,a barda fechou seu sorriso e a encarou.

--é sério mesmo?Tara?!não tinha ninguém melhor?--irônica Gabrielle perguntou ganhando um olhar repreensor de Anna.

 

Notando quatro bebês,Autolycus riu sem jeito.

 

Autolycus—eu sabia que ela tinha ficado grávida mas logo de quatro??!

 

Anna—são falsos seu idiota!--mostrando um dos bebês a ele Anna retrucou.

 

Desviando de todos Hera avançou seus passos saindo do salão irritada com a glória de Xena ou ate mesmo sentindo o medo de perder sua família para as mãos de Xena e seu grupo, ela preferiu afastar-se de todos enquanto Xena nem sequer havia percebido sua presença mas não escapou dos olhos de Hércules que de imediato a seguiu.

 

Com passos apressados Hera foi segurada por Hércules em sua fuga.

 

Hércules—o que esta fazendo?!

 

Hera—olha,você é apenas um semi-deus.não entende e nunca entenderá!não podemos ficar contra nossa própria família!!..eu não consigo ser forte aqui.não consigo.

 

Hércules--...nossa família nunca fez muito bem o certo.eu queria que fosse diferente mas Athena não vai desistir e Xena só está zelando pela filha.sendo deusa ou mortal.sei que fará o que é certo.

 

*****

 

Fora da hospedaria e longe dos olhares curiosos Noah sentava-se de joelhos ao chão e sob a luz da lua da madrugada ele organizava a sua frente espadas e chakram.

Primeiro estava a espada de Xena e batizada com o sangue de corça Noah pintava sua lamina de vermelho.

Logo depois veio a de Anna e da mesma forma ele a tratou,com todo respeito e cuidado.

sempre enquanto pintava movendo seus lábios ao encanto que daria aquelas laminas o poder de matar um deus.

Com os sais de Gabrielle não foi diferente e com dois movimentos as afiadas laminas tomaram uma cor diferente sendo seguidos do chakram.

 

****

 

Abrindo um mapa da região sobre a mesa Xena reuniu a todos ao redor dela,com seus olhos atentos ao que viria.

Nesse meio tempo ela avistou Hércules e Hera se juntarem ao grupo,um alivio a mais para o seu plano por assim dizer.

 

Xena—o monte Olimpo é um dos pontos mais altos da Grécia e para chegar a morada dos deuses teremos que ser rápidos e da mesma forma invisíveis.para isso,Tara levará as dríades ao monte.

 

Tara—posso fazer isso mas não posso controlar-las totalmente.

 

Anna—sei muito bem disso.

 

Xena—tudo que precisa fazer é cercar o monte com elas.em uma invasão desta escala Athena não saberá por onde entraremos.

 

Tara—então terão que ser mais rápidas do que um raio.

 

Gabrielle—e é por isso que subiremos o monte com alguns..veículos especiais trazidos por Anna.

 

Autolycus—esta falando das coisas com rodas de borracha??!é um veiculo com um sério problema com insetos.

 

Anna—se tivesse ficado de boca fechada não teria esse problema.

 

Joxer—ai!!!ela te pegou.(rs)

 

Xena—Anna encontrou algumas trilhas.seguiremos por elas separados, cada uma carregando uma dessas bonecas.

 

Hércules—Athena não é boba.fará de todos seus peões ao pé do monte.disfarçada,Eve passará despercebida entre os deuses ate a chegada no palácio..e depois??

 

Xena—ahi você entra.cuidará do seu pai para nós.

 

Hércules—posso entreter-lo por um tempo.

 

Xena—muito bem.quando chegarmos,Anna e Olivia cuidarão de Callisto e Autolycus...

 

Autolycus—sei bem o que fazer.(rs)

 

Xena--deixem Athena comigo.

 

Gabrielle—com a gente.

 

Hera—(rs) é um interessante plano princesa guerreira mas...Athena é uma deusa.invadir o monte e confrontar-la não vai adiantar.

 

Xena—(rs) o que você desconhece de nos mortais Hera é que temos muitos modos de se combater um deus e uma delas..é o sangue de corça.um veneno estremecedor para os deuses não acha?

 

Hera—você é desprezível!

 

Anna—na verdade,esse parte foi ideia minha.pedi ao Noah para caçar uma corça em especial.só por precaução.

 

Hera—(rs) é loucura!!

 

Xena—sei que é!mas é tudo que temos.

 

Hércules—então..o que estamos esperando?!

 

*****

 

Já de partida e prontos o grupo preparava seus últimos retoques no plano e Hera assistia a tudo de braços cruzados e em silêncio na porta da hospedaria.

 

Joxer—pelo visto não precisarão de nossa ajuda.--virando seu olhar a Hera Joxer fechou seu sorriso.

 

Hera—Joxer..eu queria pedir minhas mais sinceras desculpas.deixei meu abalo emocional superar minha dignidade.não deveria ter-lo tratado como um servo.

 

Joxer—(rs) fico feliz por..você.mas eu queria dizer que não falei por mal!

 

Hera—eu sei.falou pelo meu bem.

 

Hércules—quanto mais rápido chegarmos ao monte maior tempo terei para convencer Zeus de parar essa insanidade.

 

Xena—tirando-o do meu caminho você já me faz um belo de um favor.

 

Hércules—(rs) é nessas horas que vejo o quanto mudou.está prestes a resgatar a loirinha que mais te deu problemas na vida.

 

Xena—ela não é a primeira.--virando seu olhar a barda ao longe entretida em uma conversa com Anna e Olivia,a guerreira não pode conter o breve sorriso em seu rosto.

 

Diante disto,Hera não perdeu tempo e avançou seus passos a dupla.

 

Hera—quero ajudar.

 

Xena—faça o que quiser.eu não ligo.contanto que não estrague nossos planos.

 

Hera—é um plano astucioso colocar o filho de Hermes para ajudar-la a roubar as armas dos deuses Xena.sabia disto??

 

Hércules—não...quando ia me contar??

 

Xena—(rs) esta me olhando como se eu fosse uma irresponsável!

 

Hércules—sei que não é.

 

Hera—as armas dos deuses ficam em um salão especial no palácio.todos os dias elas precisam estar lá fisicamente para recarregarem suas energias gastas.quando cheias,elas retornam ao seus legítimos donos.o que é algo de algumas horas...é o mais bem guardado tesouro do Olimpo,sabe porquê??porque a única entrada deste salão os olhos não conseguem ver.se alguem retirar-las do esconderijo os deuses não podem convocar-las.

 

Autolycus—obrigado pela informação atrasada.obrigado mesmo!!--passando pelo grupo Autolycus falou conseguindo a atenção da guerreira e da deusa a sua indignação.

 

Xena—deixa de reclamar!sei que vai conseguir!--deixando Hércules e Hera,Xena caminhou ate Gabrielle e o resto do grupo e Hera não perdeu tempo.

 

Hera—me deixa ir com você Hércules!

 

Hércules—você vai acabar se matando no meio dessa confusão!

 

Hera—preciso recuperar minha imortalidade!se não ficarei assim para sempre!

 

Hércules—ok!!...pode vir comigo.--partindo Hércules foi acompanhado de Hera enquanto isso Xena era barrada por Aiden em seu caminho.

 

Aiden—sei que não é o momento para discutir com você mas a cidade esta toda assustada com essas dríades trazidas para a região.meus homens são poucos e se essas coisas começarem a atacar a cidade não poderei proteger a todos!!

 

Xena—e eu sei...será culpa minha.

 

Sem palavras,Aiden a fitou.

Diferente da Xena que conhecera antes,esta princesa guerreira sabia bem mexer com ela e de suas broncas escapava facilmente.

Se pegou lembrando o tempo que ela apenas a ouvia reclamar e como uma garota rebelde fingia que não ouvia suas reclamações.

Essa não,de uma forma,sempre a deixava sem palavras.

 

Aiden—odeio quando faz isso.

 

Xena—o que?

 

Aiden—acaba com as minhas broncas.

 

Xena—eu cresci.

 

Aiden—(rs) e demorou muito para isso...queria poder ajudar mas Amphipolis precisa de mim.

 

Xena--...sempre precisou..mas se tiver tempo passa por lá.acho que você vai gostar.--afastando-se de Aiden Xena observou a ruiva balançar sua cabeça aceitando completamente pasma com seu convite.

 

Gabrielle—o que foi isso??--vendo Xena se aproximar com um sorriso bobo em seu rosto Gabrielle perguntou.

 

Xena—nada!

 

Anna—(rs) torço para que meu relacionamento com Cath não se transforme apenas nisso quando estivermos mais velhas.--recebendo um tapa em sua cabeça dado por Olivia Anna demonstrou sua dor com um olhar irritado a sua tutora.

--hey!!

 

Olivia—hey nada.vamos subir o monte e você não pensa em nada além dessas suas piadas!deveria estar aflita como eu!!

 

Xena—Aiden é uma excelente guerreira e seria de uma ótima ajuda em nosso grupo no resgate de Calli.

 

Anna—por alguma razão você esta tratando isso tudo como uma festa Xena.Amphipolis precisa de pessoas como Aiden em tempos como este.vamos ficar bem.

 

Xena—estou contando com isso.--vendo Olivia montar na moto de Anna carregando em seu tronco envolta a um pano Eve,bem aconchegada ao seu corpo Xena despediu-se de sua filha com um pequeno afago em sua cabeça.

--nos vemos logo pequena.

 

Anna—(rs) lembre-se,mantenham o equilíbrio e não cairão.--ligando sua moto Anna preparava seu motor para correr assim como Xena a ligar a sua já tendo amarrado e disfarçada a boneca acolhida em seu peitoral.

 

Xena—vamos Tara!te darei uma carona ate o monte.

 

Tara—só espero que ninguém fique com ciumes disso princesa guerreira.--lançando olhares marotos a Gabrielle montada em outra moto com seu olhar fixo sobre ela Tara não conteve seu riso.

 

Sentindo as mãos firmes de Autolycus agarrar sua cintura,Gabrielle virou seu olhar a ele em suas costas.

 

Gabrielle—acho bom você procurar outro lugar para se segurar Autolycus.--retirando suas mãos cautelosamente da cintura da barda Autolycus sentiu na pele sua irritabilidade.

 

Autolycus—vejo que é tarde demais para trocar de parceiro.

 

E pela estrada o trio de motos partiram em direção ao monte sendo acompanhados pelas dríades em meio a mata verde fazendo toda a floresta remexer com sua jornada.

 

****

 

Athena—é chegada a hora meus irmãos...protegeremos o monte,nosso lar daqueles que colocam em risco nosso futuro e de toda a Grécia. Eve deverá morrer este dia para que nossa geração sobreviva no final.

 

Com uma corrida motivada,Hermes desceu o monte em segundos chegando ao pé da montanha,preparou-se para receber qualquer invasor que surgiria das densas florestas ao redor da morada dos deuses.

Poseidon,ganhando um olhar cheio de confiança da deusa,virou sua atenção a uma queda d'água que escorria montanha abaixo próximo a entrada do palácio.

Jogando-se ele com apenas alguns simples movimentos de seus braços dominou boa parte da agua que caia,pousando seus pés descalços sobre o frio liquido ele deslizava montanha abaixo surfando em sua onda improvisada ate a costa do qual sua carona sumia e com passos decididos ele retornava ao seu imenso mar.

Apollo por outro lado não esperou por um sinal de Athena e com um assovio clamou por sua carruagem que cortando o céu se aproximou do monte e ele com um pulo pousou dentro de sua biga e avançou a chicotear seus cavalos deparando-se com o som de um poderoso trovão de Zeus.

o céu que começava a clarear com um novo dia se fechou resultando em um nublado que arrepiou Apollo da cabeça aos pés.

 

Hades—suas ações Athena não irá provocar apenas a atenção de Xena com também as do plano superior.

 

Athena—eu vi o Olimpo se tornar apenas uma lembrança aos Gregos como ao mundo...vi muitos de nós morrerem pelas mãos dela.vi o que a filha dela se tornaria ao mundo criando o caos e uma nova ordem e nada era o que podíamos fazer! A guerra é minha amiga e a derrota é algo que não aceito tão facilmente.

 

Hades—algo que as duas dividem como guerreiras.

 

Athena--não me importo mais Hades..tudo que quero é arrancar o coração daquela princesa guerreira com as minhas próprias mãos e fazer-la assistir o medo nos olhos da filha.

 

*****

 

Freando bruscamente suas motos,o trio parou próximo ao monte e ali descia Tara e Autolycus.

 

Tara—farei de tudo para devastar o monte com meu exercito!--animada Tara falou causando uma certa inquietação em Xena no estrago que ela faria se caso as dríades fugissem de seu controle.

 

Xena—apenas...dê o seu melhor.

 

Anna—lembre-se seu papai é rápido mas não é esperto como você.

 

Autolycus—ele vai perder as botas antes mesmo que note os pés descalços.

 

Gabrielle—contamos com vocês.

 

Avançando pela estrada o trio se afastava rapidamente da dupla deixada para trás que seguindo caminho pela mata não perdia tempo com o exercito a seguir.

 

****

 

Com velocidade Hermes rodeava o monte em segundos verificando-o a cada minuto que se passava quando de repente algo na densa floresta chamou sua atenção.

As arvores produziam um som diferente que muito lhe lembrava os gritos que ecoavam do tártaro.

Da escuridão da floresta dríades voavam em sua direção,atacando-o aos montes sobre si.

Com golpes rápidos,Hermes tentava recuperar seus espaço e mesmo que avançasse sua ronda ao redor do monte ele via de todas as direções o ataque das dríades a morada dos deuses.

 

Com velocidade o trio de motos avançavam monte acima separadas pelas trilhas que seguiam e quando Hermes havia percebido sua falha nada pudia fazer alem de se defender das centenas que lhe atacavam.

 

Olhando para trás Anna notava as várias dríades cercando o monte abaixo.

Uma visão assustadora e apavorante para aqueles que a conheciam bem.

 

Olivia—cuidado!!!--atraindo a atenção de Anna a estrada novamente Olivia segurou-se em Anna em sua virada brusca desviando do ataque lançando por Apollo de sua biga.

 

Seu ataque queimava a estreita estrada de terra criando uma chama que seguia intensa atrás de sua moto monte acima e da mesma forma Apollo rodeava veloz com sua biga voadora a grande montanha deparando-se também com Xena e Gabrielle e em seus caminhos ele incendiava suas trilhas, que ao longe era possível ver o monte em chamas.

 

Xena—desgraçado.--chegando ao alto do monte Xena largou sua moto e de suas costas retirou o arco de Apollo e disparando o maior numero de flechas ela concentrou-se em acertar-lo mas abaixado dentro de sua biga Apollo esperava o momento certo para agir.

Desmaterializando,ele surgiu a frente de Xena e a segurando pelo pescoço a ergueu com uma força que imobilizou cada músculo do corpo de Xena.

 

Avistando o bebê escondido ao pano que Xena mantinha amarrado como uma bolsa a sua frente Hermes segurou com a outra mão a pequena cabeça e queimando-a ele a viu torrar em segundos quando a cabeça desmontou do corpo o deixou mais que confuso.

Jogando Xena ao chão ele fitava a cabeça queimada em sua mão.

 

Apollo—o que significa isso?!!

 

Xena—ela não esta comigo Apollo.--enraivecido,Apollo voltou a sua biga e continuou sua procura por Eve deixando Xena livre para seu encontro com Athena.

 

****

 

Vencido pelas dríades, Hermes arrastava-se caído pelo chão com o corpo totalmente arranhado pelas afiadas unhas das feras que o seguiam lentamente enquanto observavam sua aflição.

Pedras e paus eram lançados por ele contra as dríades a lhe cercarem quando da floresta cipós deslizavam pelo terra em sua direção e amarrando suas pernas e braços os prenderam ao chão.

 

Calma e com um sorriso no rosto Tara na companhia de Autolycus surgiu da floresta e se aproximou do deus preso, tendo seu caminho aberto pelas dríades a sua frente.

A adaga que tinha em mãos não iria fazer jus ao que ela tinha em mente.

Algo claro a Hermes ao ver-la com seus olhos fixos a suas pernas.

 

Tara—então...será do jeito fácil...ou do jeito difícil??

 

Hermes—só podem estar brincando comigo!?sou um deus!!!(rs) não podem me ferir!!

 

Tara—olha só,minha faca não concorda com você.minha lamina esta banhada em sangue de corça Hermes por isso farei deste momento o mais rápido de sua vida.

 

Autolycus—ou podemos simplesmente retirar suas botas!--vendo o semblante indignado de Tara ao colocar um fim em sua brincadeira,Autolycus avançou ate Hermes.

 

Hermes—hey esperem!!não precisa ser assim!!sem minhas botas...perderei meus poderes!!

 

Autolycus—e porque acha que estamos ligando para isso??

 

Hermes—eu admito eu nunca fui um bom pai (RS) mas olha pra você...é um homem de princípios!!

 

Autolycus—não graças a você.--sem hesitar ele retirou suas botas e trocando com as suas Autolycus era observado por Tara.

 

Tara—elas ficaram ótimas em você.

 

Autolycus—vamos ver se também sou veloz como o papai.--subindo o monte Autolycus deixou para trás Tara e Hermes e isso foi desesperador para o ex-deus que sendo solto pelos cipós ainda fitava a subida do monte avistando apenas a nuvem de poeira que foi deixada por Autolycus.

 

Tara—me diz o quão rápido você pode correr agora Hermes?.mostra pra mim.me dê uma razão para que minhas dríades não comam você.--diante suas palavras tenebrosas Hermes correu assustado para o interior da floresta e Tara com um comando fez seu exercito esperar paciente alguns segundos.

–vão..--perseguindo Hermes as dríades voltaram em boa parte para a floresta deixando Tara fitar o alto monte.

--agora é com vocês pessoal...

 

***

 

Encontrando uma das entradas do monte,Autolycus virou seu olhar ao percurso percorrido por ele em poucos segundos avistando assim como o amanhecer sombrio o vôo de Apollo ao redor do monte.

Adentrando,ele deparou-se com os enormes salões luxuosos mas também com os longos corredores.

 

Autolycus—como era mesmo?...uma sala escondida...onde os olhos não conseguem ver-la.--reparando no espelho na parede Autolycus parou e ainda pensativo admirou sua imagem.

 

O formato do espelho muito lembrava uma porta de tão grande que era e isso apenas o incentivou a retirar-lo da parede deparando-se com o nada alem da dura parede.

Ele não pode negar,sua ideia poderia ser a chave para o mistério e já que estava com as botas de Hermes não lhe custava nada verificar todos os espelhos.

Como o vento ele seguiu sua busca enquanto Anna e Olivia chegavam ao monte bem diferente da barda que seguia sendo perseguida por Apollo como seu próximo alvo.

 

Anna—temos que ajudar-la.--soltando sua moto Anna foi segurada por Olivia.

 

Olivia—já temos uma loira para nos preocupar Anna!Gabrielle vai ficar bem.--puxando Anna,Olivia a levou para dentro do palácio a correr tendo uma grande surpresa ao se deparar com Hera bem a frente delas.

 

Anna—como chegou aqui tão rápido!!?

 

Hera—Hércules tem muitas habilidades.agora venham comigo.

 

Olivia—para onde ele foi??!

 

Hera—encontrar Zeus.ele vai manter-lo ocupado enquanto a princesa guerreira resolve esse assunto de profecia com Athena.--seguindo pelos corredores elas desciam diversas escadarias e do palácio luxuosos todo seu encanto começava a se perder ganhando uma aparência mais medieval e bruta.

Suas paredes se resumiam agora em blocos grossos e frios e assim seguia caminho abaixo.

 

***

 

Já vendo o fim de sua trilha,Gabrielle abriu seu sorriso aliviado e por alguns segundos se sentiu salva de Apollo.

Apenas sentiu.

Ao virar sua atenção ao horizonte a sua esquerda ela avistou também Apollo lançar em sua direção uma poderosa esfera de fogo de suas mãos e sem nada a se fazer ela recebeu o ataque que a jogou contra a parede de terra ao seu lado direito, separando-se então, da moto que seguiu em queda montanha abaixo.

Tendo seu pano do qual carregava seu bebê em chamas Gabrielle fora protegida pela boneca que agora jogava ao chão a incendiar para ódio de Apollo.

Com passos ainda a cambalear do ataque sofrido Gabrielle chegava a entrada sendo barrada por Apollo ao pousar em um pulo de sua biga a sua frente.

 

Apollo—(rs)....ate o momento estão sendo as mortais mais difíceis de morrer que já encontrei.sorte que sou paciente.perdi meu arco,perdi minha irmã...e quem devo culpar??

 

Gabrielle--...Athena??

 

Apollo—não...a sua amada princesa guerreira.(rs) é barda,não a ninguém que não conheça o que mais esconde nesse seu coraçãozinho mediocremente apaixonado...(rs) eu vou te matar.só assim Xena sentirá o que senti quando ela arrancou de mim tudo que eu mais presava!

 

Gabrielle—sério?!...e eu acho que o que deveria fazer era sair da minha frente!--pegando seus sais Gabrielle o fitou em seriedade percebendo segundos depois uma gargalhada de Apollo.

 

Apollo—e o que vai acontecer se não o fizer??

 

Gabrielle—eu vou te deixar em pedaços.

 

Apollo—(rs) mostra pra mim...eu não tenho nada a perder.

 

****

 

Seguindo incansável pelas casas Xena deparou-se com Afrodite a fugir pelo corredor.

 

Xena—Afrodite??!

 

Afrodite—oi Xena!(rs)..se eu fosse você eu..não ia por ahi.Ares acordou de mal humor.--escondendo-se nas costas de Xena,Afrodite a deixou mais do que confusa e quando menos esperou ela logo avistou Ares caminhar em sua direção.

--Athena descobriu nossos bonequinhos e ela meio que...ficou com muita raiva.

 

Xena—o que??

 

Afrodite—ela o enfeitiçou!

 

Xena—Hey...--mesmo com seu semblante irritado Xena não achou necessário confrontar-lo já que estavam digamos que do mesmo lado.

Mas ao ver-lo puxar de uma das armaduras no corredor a espada que tinha em mãos Xena repensou bem no que Ares era agora.

 

Afrodite—eu..acho que já vou!--desaparecendo Afrodite deixou Xena e Ares sozinhos.

 

Xena--qual o problema dela hein??--avistando Ares mover sua espada em sua direção Xena defendeu seu ataque.

--o que pensa que esta fazendo?!!

 

Ares—escolhendo um lado.

 

******

 

Depois de conferir centenas de espelhos pelo palácio Autolycus já não aguentava mais fazer aquilo e diante mais um espelho,desta vez bem maior do que os anteriores ele arremessou uma cadeira contra seu reflexo ao pensar na dificuldade que teria ao retirar-lo da parede.

 

Com os cacos de vidro a cair, Autolycus observou a passagem revelada graças ao seu feito.

 

Autolycus--....eu sou um gênio!..mesmo quando não quero.

 

Entrando em velocidade na sala Autolycus deparou-se com as armas dos deuses.

Ali ele tinha,a espada e escudo de Athena,o tridente de Poseidon,a espada de Ares,e por ultimo um dos raios de Zeus.

As quatro armas mais poderosas do Olimpo bem a sua frente,esperando apenas pela sua vontade.

 

Autolycus—hora de trabalhar.(rs).--levando sua mão ao tridente de Poseidon Autolycus o viu desaparecer entre seus dedos e isso não era um bom sinal.

Por isso,apressou-se a pegar as restantes antes que retornassem para seus legítimos donos colocando todas dentro de uma enorme sacola de pano.

 

*****

 

Anna—já devemos estar meio caminho do inferno a esse momento Hera!!

 

Hera—suas blasfêmias são encantadoras minha jovem.

 

Olivia—você ainda não viu nada dela.

 

Hera—chegamos.ela esta em uma das celas...a ultima para ser mais exata.--com seus olhos vidrados a uma arvore ao fim das escadarias, Hera permaneceu ali estática enquanto Anna e Olivia correram pelo corredor de celas em busca de Callisto, mas não se viam sozinhas no recinto.

 

--não deveriam estar aqui—disse Ilainus,a jovem guerreira mortal e favorita de Athena ao fechar a passagem junto com seu grupo de cinco guerreiras de elite.

 

Anna—(rs) olha só,as vadias de Athena. chegaram bem na hora.de uma surra talvez!

 

Ilainus—insolente!!não importa o que façam os deuses não devem fracassar em sua missão..o bebê irá morrer pelo bem de todos.

 

Anna—bla,bla,bla.você fala demais! me mostra se consegue pelo menos dar uma na minha cara!--desembainhando sua espada Anna entrou em combate contra as guerreiras de elite enquanto Olivia apenas assistia a tudo tendo todo o cuidado para manter a salvo Eve consigo.

 

Enquanto Hera fitava no alto uma das belas maças douradas de Ambrosia Anna confrontava as cinco guerreiras e derrubando-as uma por uma ela se via mais próxima de Ilainus.

 

Ilainus—você luta muito para uma simples garotinha irritada.Xena lhe ensinou muito bem.--vendo Anna derrubar a ultima de suas guerreiras Ilainus preparou sua espada.

 

Anna—mas diferente dela nunca fui muito boa em deixar meus oponentes inteiros.--avançando seus passos, Anna iniciou seu confrontou contra a favorita de Athena.

 

****

 

Com rápidos ataques Gabrielle movia seus sais e Apollo desviava de muito de seus golpes ate levar um arranhão em seu rosto.

Seu sangue deslizou pela sua face ate o breve momento em que Apollo levou sua mão ao quente liquido que escorria.

 

Apollo—então este foi o motivo pela morte de minha irmã?!sangue de corça!

 

Gabrielle—a morte de sua irmã foi um ato inconseqüente!Xena ela..

 

Apollo—o que?? ficou com raiva e a matou?!!

 

Gabrielle—não!!ela só..

 

Apollo—pelo visto ate você não conhece o mundo sombrio que se passa na mente de sua...amiga.

 

Gabrielle—Xena não é uma assassina!ela não é!!--avançando seus ataques Gabrielle e Apollo continuaram com seu combate enquanto isso, Olivia já não avistando mais Hera próxima as escadarias de pedra ela puxou sua arma e com um tiro acertou a testa de Ilainus.

 

Seu corpo caiu duro contra o chão enquanto que Anna apenas virava-se a Olivia surpreendida com seu tiro.

 

Sentindo uma pontada em seu coração,Athena suspirou diante o que sentia.

 

Athena—Ilainus...

 

Entrando no grande salão da casa de Júpiter Hércules encontrou sentado ao seu trono o poderoso deus dos deuses e Athena ao seu lado.

 

Antes que a deusa pudesse avançar ela foi segurada em seu pulso por Zeus.

 

Zeus—vá...eu me entendo com ele.

 

Athena—se é o que quer.--sem parar de fitar o semi-deus a sua frente Athena seguiu seu caminho para fora do salão deixando pai e filho a sós.

 

Zeus—filho!..finalmente juntou-se a nós.

 

Hércules—na verdade não...estou aqui pela princesa guerreira.--ouvindo o riso debochado e por parte irritado de Zeus, Hércules apenas o observou erguer-se de seu trono.

 

Zeus—(rs) realmente...você sempre foi uma caixa de surpresas para mim filho.

 

Hércules—sabe bem para o que vim fazer aqui.

 

Zeus—é claro que sei, mas me pergunto...terá coragem de me enfrentar?

 

Hércules—não esta me vendo tremer está?

 

***

 

Com o olhar ainda surpreso de Anna a lhe fitar Olivia guardou sua arma.

 

Olivia—o que foi??

 

Anna--...você acertou ela!

 

Olivia—e daí?!!

 

Anna—eu ia quebrar ela e não matar-la!!

 

Olivia—anda logo garota!

 

Anna—é uma irresponsável mesmo!--seguindo pelo corredor as duas procuravam a entrada da cela mas tudo que tinham a sua volta era um corredor sem portas.

--não tem nada aqui!!como acharemos uma porta enfeitiçada??!

 

materializando-se ao lado das duas, Hera retornava e pelo visto com seus poderes novamente.

 

Hera—Ambrosia nunca foi tão doce em minha boca como agora!

 

Anna—será que agora pode nos ajudar!?

 

Hera—como não?enfim me livrarei de vocês.--quebrando o feitiço colocado por Athena naquela velha prisão,Hera fez a entrada da cela de Callisto se abrir.

 

Anna—obrigada Hera...--ao virar-se Anna e Olivia já não a viam mais.

 

Nem sequer haviam entrado naquela cela e já sentiam o frio que as arrepiavam.

O lugar era escuro e apenas uma pequena fenda no alto da parede de pedra iluminava a cela em seu centro e possivelmente trazia um pouco de ar para aquele espaço.

mas para a surpresa das duas, o lugar parecia vazio e pelo chão manchas de sangue pintadas pelo piso ali era o lugar certo.

seguiam alguns metros mais adentro da cela onde algo encolhido se mantinha escondido ao som das correntes a estalar.

 

Olivia—Anna...

 

Anna—tudo bem...sei que é ela.--com passos lentos Anna se aproximava daquela figura deixando Olivia parada na porta da cela a observar-la totalmente inquieta com a mão sobre sua arma e estaria disposta a defender-la caso precisasse.

 

Olivia—Anna..

 

Anna--...Calli??--abaixando-se, levando sua mão a tocar naquela figura escondida pela escuridão Anna foi surpreendida pelo abraço fraco de Callisto com seu corpo mole quase sem forças para apertar-la.

 

Calli—sempre soube que viria me buscar.--com uma voz cansada em seus ouvidos Anna a escutou sussurrar.

 

Anna—(rs)...não seria capaz de fazer outra coisa alem disto.--da respiração ofegante de Callisto na lateral de seu pescoço Anna sentiu seus lábios frios se abrirem encostarem em sua pele.

ela tentou se afastar sendo segurada em seus braços pela loira tentando manter-la no lugar.

 

Calli—Anna...eu estou fraca demais..Athena cortou uma de minhas asas..se eu não fizer isso...tenha certeza de minha morte.

 

Notando o estrago feito nas costas de Calli Anna virou seu olhar a Olivia e sem escolhas ela assim permitiu e sem hesitar Callisto derrubou Anna ao chão e montando sobre a jovem ela mordeu seu pescoço.

 

Com uma ansiedade nunca vista por Anna bem diferente da primeira vez Callisto devorava seu pescoço enquanto a puxava cada vez mais para si.

A dor que sentia não era nada comparado ao olhar que sua tutora lançava sobre aquela cena.

Sentia-se inútil vendo Anna ser usada daquela forma em sofrimento e era algo que não conseguia assistir sem reagir.

Retirando sua pistola do coldre em sua perna Olivia apontou sua arma a Callisto.

 

Anna—Não!!--esticando seu braço ela a impediu de atirar e Callisto com aquela reação soltou um belo ´´rosnado`` mostrando seus dentes afiados como os de um vampiro faminto enquanto sua boca permanecia suja de sangue.

 

Foi um sinal claro para Olivia não se aproximar e muito menos fazer nada em relação já que agora Callisto entrava em frenesi e sedenta por sangue aquilo era tudo que queria.

--ela precisa se..alimentar para ficar mais forte...eu vou ficar bem.--assim que terminou de acalmar sua tutora Anna logo foi novamente mordida por Callisto que agora sem nenhuma interrupção sugou as energias da jovem enquanto suas asas se fortificavam e de sua asa cortada uma nova surgia.

Ela não era igual a outra,era negra e como a de um morcego esticava-se assim como sua outra asa branca.

Uma imagem inacreditável e linda ao mesmo tempo de se ver que deixou Olivia paralisada.

 

Ao erguer-se, Callisto sorriu em êxtase ajeitando seus cabelos bagunçados deixando Anna levantar-se sozinha,tampando com uma de suas mãos o estrago em seu pescoço.

 

Callisto—desculpe-me por não ter sido tão delicada como da ultima vez.(rs).--limpando sua boca Callisto em um tom de ironia falou deixando Olivia a encarar Anna.

 

Olivia—ultima vez?

 

Anna—(rs)..isso a gente conversa depois Olivia.--sentindo seu pescoço regenerar-se Anna apenas limpou o sangue restante a lhe sujar.

 

Callisto—agora hora de sair daqui.afasta.--empurrando Anna Callisto a afastou já que iria se soltar das correntes que lhe prendiam não queria a jovem por perto.

 

Anna—Hey cuidado com sua bolsa de sangue anjinho!

 

Callisto—entende uma coisa.agora eu estou muito puta para um anjinho.--arrancando um dos grilhões que lhe prendia um dos pulsos Calli soltou uma das mãos a uma das correntes mas logo perdeu sua paciência ao soltar-se do outro grilhão e com um puxão Callisto arrebentou a estaca de ferro que prendia sua corrente da parede em suas costas.

 

O grilhão havia permanecido em seu pulso direito acompanhado da corrente e estaca afiada.

Dali,viu a oportunidade de criar uma arma improvisada e ao olhos de sua dupla de salvadoras ela enrolou a corrente em seu ante pulso e com um jeitinho encaixou ali a afiada estaca que com um simples movimento seu sairia direto para sua mão.

Terminado ela fitou as duas a sua frente.

 

Callisto--onde esta Athena??!--avançando seus passos Callisto seguia em direção a saída da cela completamente irritada mas tamanha era aquela irritação que Anna a segurou pelo braço a impedindo de continuar.

 

Anna—lembre-se pelo que esta aqui.--movendo seu olhar a Eve protegida por Olivia Callisto respirou fundo e desmaterializou suas asas.

 

Callisto—tudo bem...por ela.

 

Anna—ótimo..agora vamos embora.

 

Callisto—ainda não.

 

Olivia—do que esta falando??

 

Callisto—temos que encontrar Hefesto.--avançando seus passos a saída da cela Callisto era seguida pela dupla adentrando ainda mais nas masmorras.

 

Olivia—mas pra quê??!

 

Callisto—logo saberão! Onde esta a princesa guerreira a essa hora??

 

****

 

Arremessado ao piso,Ares deslisou e ao perder sua espada ele estava nas mãos de Xena.

Colocando sua lamina no pescoço do deus da guerra Xena tentava conter-lo.

 

Xena—fique onde esta Ares...não quero machucar-lo.

 

Ares—não quer??(rs).

 

Xena—Athena deve lhe ter enfeitiçado por descobrir sua pequena ajuda a nós guerreiras malvadas..e esta será uma das minhas razões para não ferir-lo como deveria.

 

Ares—sei que sua lamina esta impregnada de sangue de corça Xena e sei também que esta vontade que sente com tanto fervor do qual tenta controlar não te levará muito longe por aqui.vai matar-la assim que a raiva lhe possuir, disto posso ter certeza.

 

Xena—ahi que se engana Ares.--o vendo segurar sua lamina e puxar-la para longe do pescoço do qual esta se encontrava tão perto dele,Xena ficou mais do que surpresa pela loucura que Ares fazia ao envenenar-se com o corte em sua mão.

 

Ares—ela pode ter me enfeitiçado mas não pense que isso altera o fato de que lhe conheço muito bem...você não vai resistir princesa guerreira.

 

Xena—isso só prova que não me conhece mais.--antes que pudesse continuar com suas palavras Ares recebeu um banho frio de Afrodite que trouxe consigo um balde para tal momento.

 

Ares—o que pensa que esta fazendo Afrodite??!!

 

Afrodite—não há nada que a água do monte não resolva!

 

Completamente molhado Ares não percebia mas seu ferimento se fechava e de certa forma todo acontecido para ele parecia nunca ter se passado, já que moveu seu olhar de surpresa em ver Xena logo ali a sua frente a lhe fitar.

 

Era lógico que a princesa guerreira não comentasse sobre o confronto e conhecendo Ares como ela não via necessidade de lhe alertar.

 

Ares—Xena??--confuso ele falou enquanto o trio ouvia os estrondosos barulhos vindos da casa de Júpiter.

 

Xena—pelo visto Hércules esta se esforçando para entreter Zeus...saiam do monte.não pretendo matar Athena e por isso as coisas fiquem bem interessantes com a nossa partida daqui.quero dizer..se não quiserem nos caçar é claro.

 

****

 

Com um confronto corpo a corpo Zeus e Hércules destruíam todo salão do trono real dos deus dos deuses.

Entre socos e chutes divididos de pai para filho colunas eram atingidas e logo a beleza daquela sala era perdida transformando-se em um verdadeiro campo de guerra.

 

Zeus—eu não queria que fosse assim meu filho mas você não me dá escolha!!--conjurando seus raios Zeus disparou contra Hércules que tendo sua única alternativa correr pelo salão a fugir via colunas caírem ao seu redor forçando-o a desviar sem ser esmagado por elas.

 

Em meio aos destroços de pedras e azulejos quebrados,Zeus se viu diante de um silêncio aterrador.

Seria possível??perguntava ele a si mesmo.

Teria matado seu próprio filho??

 

com passos receosos ele caminhou pelo salão a sua procura tendo em uma das mãos seu raio a brilhar com a eletricidade que corria por ele.

 

Zeus—ter medo não é algo que deva se envergonhar meu filho.para um mortal...é parte de sua natureza.

 

Catando do piso um bloco de pedra,Hércules era cauteloso com seus passos e escondendo-se de Zeus ele o rodeava incógnito,como um animal a espera do melhor ataque.

 

Arremessando o bloco em sua mão ele atingiu Zeus que ao sentir o objeto a esfarelar-se em seu ombro virou-se a procura de Hércules.

Logo,outro bloco foi lançado desta vez pego por Zeus.

 

Zeus—(rs) uma brincadeira de criança.

 

Hércules—não.uma distração!--empurrando uma das enormes estatuas de ouro do salão sobre Zeus Hércules reuniu todas as suas forças para o seu feito mas em vão, já que viu seu pai desmaterializar-se e teletransportar para o outro lado do salão.

--é por isso que eu te odeio.--avistando Zeus lançar seu raio Hércules preparou-se para o choque que levaria.

--essa vai doer.

 

*****

 

Ouvindo os estrondosos barulhos no palácio Anna,Olivia e Callisto pararam seus apressados passos dando atenção ao barulho sobre suas cabeças.

 

Callisto—quem exatamente você trouxe a este palácio??

 

Anna—ah...acha que não foi uma boa ideia ter trazido Hércules aqui?!

 

Callisto—e ainda me chamam de maluca.

 

Olivia—desculpe-me perguntar Calli mas o que aconteceu com sua asa?

 

Callisto—um anjo quando vem a terra pode morrer assim como um mortal. da mesma forma que ele também pode gastar totalmente suas energias.contudo,ele tem apenas duas opções morrer ou alimentar-se de sangue humano.

 

Olivia—tenho certeza que nenhuma das duas é algo favorável.

 

Callisto—não é.aqueles que se alimentam tem uma grande possibilidade de se tornar um banido...algo como eu.metade anjo metade demônio.

 

Anna—que triste Calli agora por que temos que nos encontrar com Hefesto?!poderíamos estar agora na Mansão Miller a essa hora!sãs e salvas de Athena!!

 

Callisto—então por que já não fez isso?!

 

Anna—não tem sinal nessa droga de palácio!!

 

Callisto—achou sua resposta!

 

Olivia—é só eu ou vocês também sentem que a segurança deste lugar é péssima.?(rs)

 

Anna—achei que seria mais difícil tirar Calli daquela cela.(rs) fala sério!

 

Ao terminar de falarem o trio encontrou pelo caminho,uma boa parte do exercito Olimpiano a bloquear um dos corredores.

Uma boa mostra do quão forte e armado eram eles com suas armaduras douradas e capacetes em forma de ogivas.

Deveria haver centenas ali apenas esperando uma reação do trio paralisado.

 

Com um suspiro Calli balançou sua cabeça.

 

Callisto—vocês tinham que falar..

 

Anna--...que ironia..nada podemos fazer do que..correr!!--puxando Olivia Anna correu entrando em um corredor a direita sendo seguidas por Calli e as centenas de guerreiros logo atrás,desesperados para matar-las.

 

Deparando-se com um elevador movido a grandes engrenagens no fim do corredor,o trio entrou as pressas a este e de imediato Anna fechou a grade trancando-a com uma de suas adagas que muito serviu como um cadeado no momento,deixando os guerreiros loucos para abrir-lo.

 

Anna—vão ter que fazer melhor otários!!--dando dedo a eles Anna irritava cada homem desesperado na porta para pegar-las.

Com tantos braços ultrapassando os espaços da grade do elevador o trio se mantinha longe da porta e Callisto não perdeu tempo em puxar a alavanca em seu centro e ao som do estalar das maquinas a mover todos puxaram seus braços para fora do elevador e com uma súbita descia elas escapam.

 

****

 

Chegando a casa de Athena Xena a encontrou e sentada ao seu trono ela a esperava.

Confiante como sempre a enviou um olhar que já não fazia mais efeito em Xena.

 

Athena—Xena.

 

Xena—Athena.

 

Athena—você não sabe.mas nesse salão,você e eu...(rs) travamos a mais intensa batalha que poderíamos ter.claro,que em uma luta justa, eu não seria capaz de usar meus poderes contra.

 

Xena—Anna me contou deste pequeno destino que tanto te atormenta...(rs) mas faça-me um favor, não hesite em usar tudo que tem contra mim desta vez.não tenha medo,porque não vou matar-la.

 

Athena—então por que veio aqui se não aceitar esse destino mortal a você e a sua filha?.porque assim eu farei.

 

Xena—faça!mas farei algo pior do que te matar Athena.se ganhar de mim faça o que quiser com a minha filha e a todo o meu grupo, mas se eu ganhar...(rs) reze para seu pai que isto não aconteça.

 

Athena—como ousa!!--erguendo-se de seu trono Athena convocou suas armas mas algo estranho para ela aconteceu para alegria de Xena.

 

Suas armas não se materializaram em suas mãos e pela cara que Athena fazia só queria dizer que Autolycus já estava com elas em mãos.

 

Athena—o que fez com minhas armas??

 

Xena—(rs) estou apenas igualando nossos poderes Athena.a esse momento,elas já devem estar bem longe daqui.

 

Soltando um sorriso irritado, Athena virou sua atenção a uma de suas estatuas em tamanho real próximo ao trono e desta, a única coisa que reparou foi na arma que esta segurava.

Uma lança com a afiada ponta dourada a brilhar clamava para ser empunhada por ela e atendendo a este pedido Athena deu apenas alguns passos ate esta e com um puxão na lança ela quebrou a mão de sua estatua soltando assim a arma que precisava para iniciar aquele combate.

 

Athena—(rs) que assim seja.--arremessando sua lança na direção de Xena Athena o jogou com toda sua força e Xena o esperou atenta a sua queda pronta para desviar de sua ponta dourada.

Ao fazer isso, Xena esquivou parte de seu corpo escapando da lança de Athena mas não do poderoso soco da deusa que desmaterializando surgiu bem a sua frente a acertando.

 

Caída ao chão,Xena foi jogada para longe por Athena.chocando-se contra uma das altas colunas do salão.

Puxando o arco de Apollo Xena disparou suas flechas de energia contra a deusa que desviando de todas se aproximava calma em seus passos não deixando escolhas a Xena se não atacar-la com o arco mas como um fantasma a sua frente Athena desapareceu surgindo segundos depois do nada em uma poeira cósmica com um chute que a empurrou contra a coluna em suas costas novamente derrubando a princesa guerreira.

 

Athena—eu pensei que estava falando sério quando disse-me para usar toda minha força..agora vejo que não era bem assim.--pegando a morena pelo pescoço Athena a ergueu facilmente vendo Xena derrubar o arco de Apollo ao chão quase sem forças para respirar.

--deprimente...assim eu vou matar sua filha mais rápido do que pensei.

 

Enquanto apertava cada vez mais o pescoço daquela guerreira Athena permanecia entretida aos olhos azuis de Xena se perderem cada vez mais dentro da escuridão que a morte lhe trazia ate que sentiu em seu pulso a mão gelada de Xena lhe apertar.

Sua força a impressionou e de certa forma aquele aperto diminuía suas forças e no fundo sentia que a qualquer momento seu pulso quebraria.

Recuperando pouco a pouco seu folego Xena descia seus pés novamente ao piso e conseguindo finalmente livrar seu pescoço da mão de Athena acertou um soco no estomago da deusa que curvou-se em dor.

Ate Xena surpreendeu-se com sua força mas lembrando-se do treinamento de Anna entendeu agora os resultados.

 

*****

 

Ao parar,o elevador havia as deixado no nível mais baixo da morada dos deuses e pelas batidas de um forte martelo não estavam muito longe de Hefesto.

 

Ali,era a forja do deus ferreiro.

quente com as chamas da grande fornalha o trio suou somente em entrar ali.

Nas paredes de pedra toda decoração que viam eram armas e armaduras,de diversos tipos e tamanhos.

Algo que não só deixou Anna impressionada com a Callisto também.

 

Olivia—então..onde esta o gênio por trás de tudo isso?.

 

Hefesto—o que estão fazendo aqui?

 

Callisto—era quem estava procurando.

 

Hefesto—Callisto??!espera um minuto..

 

Anna—não temos um minuto.

 

Callisto—sei que é um grande artesão de armas...e sem também que tem simpatia pela nossa causa.

 

Hefesto—não..vocês escolheram um caminho diferente de Athena.um caminho mais tranquilo posso dizer assim.sem mortes sem magoas..vocês preservam uns aos outros enquanto nós...nos devoramos...diga-me logo o que quer.

 

Callisto—eu quero que me faça uma arma, mas não é algo como uma espada ou um arco...eu quero uma bomba de gelo.--ganhando a atenção de Anna,Callisto se via firme em seu pedido.

 

Hefesto—uma bomba de gelo??...não é um pedido comum.

 

Anna—(rs) para quê precisamos de uma bomba de gelo Calli!??

 

Callisto—faça a mais forte e poderosa bomba de gelo que conseguir Hefesto.

 

Hefesto—de forma nenhuma!!--temeroso pelo seu trabalho forçado Hefesto falou se afastando de Calli.

 

Callisto—é claro que você vai fazer!se não quiser perder as duas mãos agora.--apressando Hefesto Calli o colocou ao trabalho o que só deixou Anna aflita para saber o proposito desta bomba.

 

Anna—Calli!!

 

Callisto--eu falei a vocês que certas coisas não deveriam mudar porque simplesmente não mudariam!!minha missão aqui é proteger essa garota e manter-la viva.

 

Anna—sabe gostava mais de você quando era totalmente angelical.eu não vou congelar Xena e Gabrielle!!!

 

Callisto—eu só quero te mostrar que não importa o que fizermos ou que deixamos de fazer esse destino é algo que não podemos alterar.Eve ainda crescerá e descobrirá o que o mundo a reserva.ela irá decidir de qual lado ficará mas antes ela precisa conhecer-los...sendo ele bom ou mal ela terá que decidir.

 

Anna—poderia ser diferente!.ela poderia crescer ao lado de Xena e Gabrielle e conheceria tudo de bom que o mundo reservaria a ela.

 

Callisto—acha mesmo??

 

Anna--...acho!

 

Caminhando em direção a Anna Callisto se aproximou da jovem em meio a discussão e no olhar da garota ela via a incerteza deste futuro.

Já Hefesto via em seu martelo uma oportunidade mas pelo barulho do gatilho da arma de Olivia sob sua cabeça ele preferiu não arriscar.

 

Olivia—você pode ser um deus mais depois de mim será um deus cabeça de balas.

 

Callisto—acha que se Eve crescer ao lado de Xena e Gabrielle ela mudará o que a ordem cósmica reserva para ela?!..você já esta com elas há algum tempo então me diga,esse tempo mudou o que você é de verdade??tirou o vazio dentro da sua alma pela perda dos seus pais!?...vejo que não.o que vou te mostrar é apenas uma visão então não se assuste.--beijando Anna em seus lábios Callisto entrou em sua mente dividindo com ela sua premonição.

 

Sendo absorvida para um lugar com imagens turvas como a agua a mover-se e iluminada por uma luz incomum mais forte do que o sol Anna encontrou do seu lado Callisto em silencio e ao redor delas, uma floresta se formava e de perto as duas observavam memorias futuras de Xena e Eve.

 

Desde seus primeiros passos a seus primeiros treinamentos Eve trazia a tona o lado mais materno de Xena e sempre um sorriso em seu rosto era visto por elas.

De menina a mulher, Eve se tornara uma grande e habilidosa guerreira, que em seus treinamentos com Xena agora vencia a princesa guerreira com uma gana e ansiosidade incomum.

Algo que Anna nunca foi capaz de fazer.

Derrubar Xena em um combate de espadas e sentir-se tão poderosa sobre ela.

Assim como Anna,Eve não agia como a princesa guerreira.

Ela era brutal,violenta com todos aqueles que se metiam com elas.

Sem piedade,sem misericórdia.

Ela sentia gosto pelo que fazia e isso só a incentivou a ir adiante e além, deixando de lado todos os conceitos ensinados por sua mãe em querer algo melhor do que vagar pela terra ao chamado de quem necessitasse e seguindo assim seu próprio caminho, que a levaria a um trono de gloria e poder.

 

O semblante de Xena em tristeza e desapontamento era tudo que Anna não aguentava ver e de uma imagem vazia e escura Callisto levou a jovem de volta a realidade.

 

Callisto—quando uma pessoa tem seu destino traçado não há nada no mundo que mude Anna. porque aquilo é o que ela é e somente ela poderá mudar se quiser.

 

******

 

Depois de muito lutar com Athena,Xena já tinha em seu corpo um numero incontável de arranhões sem falar que seu cansaço era mais do que nítido a deusa.

 

Athena—não canse.ainda tenho muito para te dar.--distribuindo socos rápidos e certeiros na guerreira Athena desviava de cada ataque da morena ate que finalmente Xena acertou seu braço,arranhando-o próximo do ombro.

--wow!(rs)...--reparando que o corte não se fechava,Athena desmanchou seu sorriso.

 

Xena—opa.(rs)

 

Athena—você é desprezível!!sangue de corça!!?

 

Xena—foi só um cortinho.não seja tão fresca.

 

Irritada,Athena acertou um golpe no rosto da guerreira que a jogou longe pelo salão e com tamanha velocidade a deusa seguiu ate Xena e com mais força ainda a puxou do piso e a arremessou novamente, não deixando a guerreira descansar no piso um segundo sequer.

 

Chocando-se contra os degraus próximo ao trono de Athena Xena ergueu-se rapidamente e ao ver-la se aproximar preparou-se com sua espada em mãos e antes que pudesse atacar-la, do teto um buraco se abriu caindo dele Hércules bem a sua frente paralisando e impedindo qualquer movimento seu.

 

Hércules--...que droga.--com seu corpo eletrizado em meio aos destroços Hércules tentava erguer-se e quase sem forças ainda sentia a corrente do raio de Zeus percorrendo cada músculo de seu corpo.

Com o braço chamuscado ele levantou-se notando em suas costas a guerreira a lhe fitar como a sua frente sua meia irmã Athena.

--foi mal pessoal..--virando sua atenção ao alto teto de onde caiu Hércules deparou-se com o momento exato quando Zeus colocou sua cabeça pelo buraco aberto já preparando outro raio de suas mãos o que só o incentivou a correr daquele salão a fugir.

 

Zeus—não ouse dar as costas ao seu pai Hércules!!!

 

Disparando um de seus raios Zeus errou em sua mira ao tentar acertar Hércules e do enorme choque do raio contra o piso Athena levitou para escapar da descarga elétrica.

Foram apenas segundos do qual tirou seus olhos de Xena para o azul da corrente que percorria pelo piso do seu salão sem perceber que Xena ao invés de buscar um refugio da descarga preferiu avançar sobre a deusa com uma corrida agarrando-se a ela conseguindo derrubar-la ao chão a rolar.

Com um ataque por cima, Xena moveu sua lamina para baixo e claro que Athena não esperaria aquela espada cortar sua cabeça ao meio.

Desmaterializando,ela apareceu a frente da guerreira já de pé e Xena também não perdeu tempo abaixada.

Não importava quantos ataques tentasse,Athena sempre desaparecia no momento exato do encontro com sua lamina.

 

Xena—não aja como uma covarde Athena e lute como uma guerreira!!

 

esperando pelo surgimento da deusa Xena virava seu olhar vigiando cada lado ao seu redor, atenta a cada possível ataque surpresa de Athena.

O salão não havia corrente de ar mais Xena foi capaz de prever exatamente onde Athena surgiria e em suas costas ela apareceu

virando-se rapidamente junto com sua espada,Xena foi segurada pelo pulso antes de qualquer movimento brusco pela deusa.

 

Athena—já aturei seus desaforos tempo demais princesa guerreira!--com um puxão,Athena lançou Xena para longe deslizando seu corpo pelo salão próximo as grandes portas da entrada de sua casa.

 

Aquelas jogadas de Athena não eram só dolorosas como acabavam com sua disposição deixando-a mais do que irritada com as dores que sentia.

 

Athena—(rs) tudo que tinha que fazer era me trazer sua filha e tudo isso estaria resolvido!mas não,você preferiu me confrontar (RS) e ainda mais tentar me humilhar roubando as armas dos deuses e a pensar que poderia ganhar de mim.uma deusa!...vi o que sua filha foi capaz de fazer Xena...matar-la é a coisa certa a se fazer.--com passos decididos Athena aproximou-se de Xena ao chão mas antes que pudesse chegar na princesa uma luz a cegou tamanha era sua intensidade.

 

Cobrindo seus olhos com uma de suas mãos,Athena parou ate sentir o objeto arrendondado como uma bola chocar-se contra ela.

Sua curiosidade de saber o que era aquilo foi tanta que ela esqueceu o medo de cegar-se e abriu seus olhos deparando-se não somente com o fim do clarão mas a cabeça cortada de Apollo ao chão próximo a suas botas.

 

Xena e Athena olhavam para aquilo mais do que surpreendidas.

As pálpebras de Apollo ainda se fechavam lentamente causando calafrios nas duas guerreiras a observar-lo.

Contudo,viraram seus olhares a entrada do grande salão e depararam-se com Gabrielle bastante irritada.

Era inacreditável para Xena pensar que ela poderia ter feito tal coisa e muito mais para Athena que mal considerava Gabrielle uma guerreira.

 

Gabrielle--...desculpa a demora.ele me deu muito trabalho.

 

Athena—sua merdinha!!--avançando seus passos Athena desviou de Xena e da cabeça de Apollo ao piso e com um ódio visto em seu semblante ela caminhou em direção a barda quando sentiu sua bota ser segurada por Xena a impedindo de seguir conseguindo ate derrubar-la graças a sua força.

 

Puxando-a pela bota,Xena a trouxe para o seu lado e já levando sua espada ao seu encontro ela a atacou.

Athena mesmo caída estava atenta ao ataque e ao rolar pelo piso se afastou da lamina de Xena como também ao se levantar defendeu-se com seus braceletes dos ataques de Gabrielle e seus sais.

 

Ela era rápida em sua defesa mas Gabrielle foi capaz de abrir sua guarda e com um chute giratório acertou o estomago da deusa a jogando para longe delas.

 

Xena—desse jeito você vai me deixar apaixonada...(rs).

 

Gabrielle—então é bom se levantar.assim me verá melhor.(rs).--estendendo sua mão a guerreira,Gabrielle viu Xena aceitar sua ajuda e erguendo-se posicionou-se ao lado da barda.

 

Athena—(rs) a dupla finalmente reunida...não importa!--descravando a lança do piso Athena girou a arma e já estava pronta novamente para confrontar as duas.

--acabo com vocês da mesma forma.

 

****

 

Anna—é impossível pensar que ela mesmo estando com Xena seria capaz..(rs) capaz de ser uma idiota!!

 

Callisto—a cara de bebê disfarça bem agora mas quando crescer Eve conhecerá o mal e Xena já não poderá fazer mais nada Anna porque...já estará velha demais para ajudar-la!certas coisa não podem mudar pelo bem maior de todos...--mantendo seu olhar a pequena dormindo aos cuidados de Olivia Callisto tinha certeza de sua visão.

Aquela garota ainda causaria muitos problemas.

 

carregando consigo um cubo metalizado de aparência escura em mãos Hefesto veio ao trio e sobre sua mesa de trabalho ele deixou o objeto que não tinha nada mais do que a largura de uma palma da mão e a altura de meio palmo aberto.

 

Algo que atraiu de perto a atenção das três.

 

Callisto—pedi para que construísse uma bomba e não uma caixinha de metal!

 

Hefesto—e foi o que eu fiz..

 

Callisto—Olivia..--destravando sua arma Olivia posicionou novamente sua arma a cabeça de Hefesto causando não só o desespero do deus ferreiro como também sua rápida iniciativa para explicar melhor sua criação.

 

Hefesto—duvidam de minha criação agora...mas quando essa pequena abrir e se tornar instável...espero que já estejam bem longe de onde a deixarão!

 

Anna—como uma coisinha tão pequena pode fazer tamanho estrago.??

 

Hefesto--ela dispara uma explosão de gelo capaz de congelar em segundos um raio de dois hectares..nunca tive coragem para enfeitiçar agua e fazer-la explodir desta maneira pois qualquer um que entrar em contato com essa explosão dificilmente voltará vivo.

 

Callisto—creio que isso servirá.--pegando o cubo sobre a mesa Callisto o examinou de mais perto o guardando imediatamente na bolsa de Anna.

--não quero que o perca e que muito menos o tire da bolsa.

 

Anna—(rs) ok..mas acredito que você é a única louca no mundo que pede que construa uma bomba para se guardar em uma mochila.sério mesmo Calli não podemos simplesmente congelar-las de novo!!

 

Callisto—você confia em mim??me diz?!!confia??

 

Anna—louca ou não eu sempre confiei.

 

Callisto—essa bomba é apenas uma incógnita nessa equação.na verdade não é isso que me preocupa.

 

Olivia—ah..gente eu acho melhor a gente correr agora.--vendo o elevador subir Olivia as alertou.

 

Hefesto—saiam daqui pela entrada desta caverna.sairão ao pé da monte!

 

Callisto—então vamos não perderemos mais tempo.

 

Anna—não sem Xena e Gabrielle.

 

Olivia—do que esta falando elas vão ficar bem!!

 

Anna—olha..tem um navio possivelmente na costa do mar Egeu a essa hora a nossa espera.

 

Callisto—Octávio??

 

Anna--é, eu chamei ele.agora me escutem,sigam para o navio...eu vou buscar as guerreiras!

 

Callisto—seja rápida...algo se aproxima do monte e acredite..não esta para conversa.--seguindo junto a Olivia,Callisto acompanhou a moça pela saída escura daquela caverna enquanto que Anna apenas observava as duas a partir.

 

Hefesto—no que esta pensando fazer?!enfrentar todos esses soldados olimpianos quando todos chegarem aqui??

 

Anna—tenho que subir novamente.passando por cima deles se for preciso.

 

Saindo da caverna de Hefesto,Callisto e Olivia depararam-se com o exercito de dríades as cercando de todos os lados.

 

Callisto—são nossas amigas ou não??

 

Olivia—isso só pode ser brincadeira...Tara!!?aonde esta aquela pirralha!!?--com o acordar de Eve e seu choro alto despertar a curiosidade das dríades ao redor delas Callisto colocou-se na frente de Olivia certificando-se de tirar a visão daqueles monstros de cima da pequena inquieta.

 

Callisto—caminhe devagar atrás de mim...elas não podem nos tocar.

 

Olivia—ok...se você diz.--seguindo Calli,Olivia engolia seco o medo que sentia no momento e controlando seu dedo a tremer próximo ao gatilho de sua arma ela mantinha sua calma.

 

Assim como Anna,Callisto tinha em seu olhar o brilho poderoso e a cada passo que dava a loira abria caminho entre as dríades sendo reconhecida em sua força.

 

Olivia—elas pensam que você é uma delas...

 

Callisto—não vamos estragar a fantasia delas então.

 

******

 

Esperando cautelosa escondida detrás de alguns caixotes de ferramentas Anna ouvia o elevador chegar a forja de Hefesto.

 

--onde elas estão deus ferreiro?!!--perguntou um dos soldados,com um tom amargo e raivoso a Hefesto.

 

Hefesto—me desculpem..não pude fazer nada.--sendo empurrado pelo soldado Hefesto saiu de sua frente e incansável o grupo de soldados fazia uma busca pela ferraria.

 

Ali era um lugar muito bagunçado, e mesmo que as chamas da fornalha iluminassem boa parte da área de trabalho, Anna mantinha-se escondida e com os olhos atentos ao elevador.

ela empurrou os caixotes empilhados do qual escondia-se conseguindo acertar um dos soldados o derrubando ao chão.

O barulho não só chamou a atenção de todos mas isso pouco importava para ela já que corria em direção ao elevador sendo seguida pelo grupo na tentativa de pegar-la.

Passando por debaixo de uma das mesas Anna fugia dos braços fortes de um deles enquanto que os outros ainda se aproximavam receosos pela rapidez da jovem.

Empurrando a mesa com um chute seu,Anna o acertou e com um soco no rosto dele ela o nocauteou e em sua tontura ele abriu a guarda e aquilo foi perfeito para ela chocar o soldado Olimpiano contra a tabua da mesa.

Vendo isso o restante não esperou mais para pegar-la e jogando a mesa para longe de sua passagem eles avançaram enquanto que ela tratou de entrar no elevador de uma vez e fechar a grade.

 

Anna—dois a zero babacas!!(rs) nunca vão conseguir me pegar!

 

--é mesmo??--perguntou um dos soldados a virar seu olhar a algumas lanças em estoque.

 

Tentando acertar-la com varias lanças enfiadas entre os espaços da grade os soldados forçavam Anna a esquivar-se naquele cubículo sem muitas escolhas ate que uma ação rápida mudaria sua subida naquele elevador graças a sua escopeta de cano serrado, da qual Anna puxou do coldre em seu cinto e ao empurrar a alavanca ela atirou contra as grossas correntes que controlavam a velocidade de toda a engrenagem do elevador, fazendo sua subida quebrar as lanças e em segundos percorrer a subida de volta ao topo do monte.

 

Ela sabia que naquele ritmo seria esmagada contra o teto do poço daquele elevador e não era um final muito bom virar uma pasta de carne logo ali, já que o elevador era feito apenas pela plataforma e um corrimão para se segurar então nada o pararia.

 

Contudo,ao avistar as varias cabeças dos soldados no andar do palácio a sua espera Anna calculou rapidamente o momento exato para atravessar para o andar de onde estavam e durante essa espera que parecia uma eternidade a ela,Anna suou frio com o receio de errar essa entrada.

Por isso guardou sua arma e segurou firme o corrimão da plataforma,concentrando-se apenas ao pulo que daria para fora daquele poço.

E com o aproximar do elevador em alta velocidade os soldados se afastaram da abertura do poço e Anna foi capaz de retornar ao palácio com uma cambalhota no momento exato que deu mais do que calafrios em seu corpo ao escutar a plataforma se chocar contra o teto do poço do elevador.

 

Seu ato não foi apenas algo chocante para ela mas aos soldados Olimpianos que a assistiam paralisados por tamanha coragem da jovem na loucura feita por ela.

Agora,ofegante ela permanecia deitada no piso recuperando seu folego aos olhos dos inúmeros soldados sem saber o que fazer.

 

Anna—tempo!!...--levantando-se Anna já avistava alguns soldados assustados e receosos eles apontavam suas laminas a ela.

--(rs) puta merd*!..eu quase virei comida de gato!

 

--foi incrível garota mas agora..--retirando sua espada da bainha um dos soldados falou e cercando a jovem o grupo foi pego de surpresa por um vento incomum que abriu caminho entre eles levando consigo a jovem que desapareceu do nada os deixando mais do que confusos com o que tinha acontecido.

Seria Hermes??

não,era Autolycus.

 

Já longe dali,ele parou soltando Anna de seus braços.

 

Anna—o que você ainda esta fazendo aqui?!

 

Autolycus—você sabe..dando uma olhada pelo palácio.

 

Anna—já não basta roubar as armas dos deuses você ainda quer saber o que mais eles tem!!?

 

Autolycus—(rs) eu não consigo resistir!desculpa.

 

Anna—apenas faça o que combinamos.saia do monte e abra um portal para a minha casa.

 

Autolycus—eu não estou muito crente que isso funcionará Anna.e se os deuses me seguirem ate lá?!

 

Anna—que deuses??!todos estão ocupados ou bem longe daqui,sem falar que em meu tempo eles não tem tantos poderes.faça isso e deixe o resto com Charlie.

 

Autolycus—quem é Charlie?

 

Anna—apenas..se manda daqui!!

 

Autolycus—ok,ok.não recebo um obrigado sequer..como sempre.para que saiba,lá embaixo no pé do monte esta uma bagunça.os soldados Olimpianos estão acabando com as nossas driades.

 

Anna—pelo menos elas estarão ocupadas quando sairmos daqui..certifique-se que Tara esteja bem antes de partir.eu tenho que achar Xena e Gabrielle!--correndo pelo corredor Anna e Autolycus tomaram caminhos opostos e seguiram tendo muito trabalho para fazer.

 

***

 

Jogando Gabrielle para longe Athena recebeu um poderoso golpe vindo de Xena e sua lamina e tendo ela defendido, viu sua lança se partir ao meio abrindo sua guarda para o chute frontal de Xena em seu estomago que a fez cair ao chão.

 

A dor era algo que Athena não estava acostumada a sentir para uma deusa que era ainda mais com um golpe de um mortal que diferente dos ataques princesa guerreira e daquela barda não lhe fazia nem cocegas.

Elas tinham a força de um semi-deus e como já havia lutado com Hércules em seus treinamentos sabia bem que comparar-los era algo extremamente perturbador.

Por isso com uma cambalhota para trás Athena a rolar pelo chão,ela ergueu-se e Xena com um movimento de sua lamina tentou um ataque lateral da esquerda para a direita forçando Athena segurar o fio da lamina de sua espada.

A força de Xena começava a superar a sua e aos poucos a espada estava cada vez mais perto de sua cintura para aflição de Athena que sentia em suas mãos seu sangue derramar e facilitar que a espada deslizasse cortando-lhe ainda mais a palma que restava de suas mãos.

 

Athena—pare!!!--quase a gritar Athena falou ofegante e nervosa com a situação para alegria de Xena que riu no momento de seu desespero.

 

Xena—parar??--intensificando sua força Xena fez Athena se curvar e neste momento Anna chegou ao salão da deusa.

 

Ver a princesa guerreira forçar Athena ajoelhar-se perante ela foi algo que não somente a fez paralisar como a propria barda mal acreditava no que estava vendo.

 

Correndo para ajudar a loira se erguer Anna a levantou.

 

Anna—você esta bem??

 

Gabrielle—estou mas acho que depois dessa eu vou ficar cheia de hematomas.

 

Anna—temos que sair daqui agora.Calli me disse que algo esta chegando ao Olimpo e não é nada bom.

 

Xena—humilhação...é algo que pessoas como você não aceitariam...ainda mais de sua pior inimiga.--puxando sua espada das mãos de Athena Xena levou sua lamina ao pescoço da deusa a mantendo paralisada a posição em que estava.

 

Athena—engraçado pensar que você um dia já foi igual a mim!incansável,imparável...nunca deixou ninguém passar por cima de você e agora banca a redimida!!?

 

Xena—eu vi o que ia me tornar Athena!!bem diferente de você!!matar minha filha não vai alterar o fato que seu tempo como deusa não irá acabar..

 

com Gabrielle mais do que machucada,Anna apoiou um dos braços da barda ao redor da sua nuca e a ajudando a caminhar se aproximou de Xena e Athena.

 

Anna—Xena!temos que ir..agora!!--virando sua atenção ao aumento de tom de voz da jovem, Xena avistou as duas mais do que cansadas por toda batalha travada dentro daquele palácio mas algo ainda a instigava a manter sua lamina próximo ao pescoço de Athena.

 

Xena—e porque eu faria isso..agora??vamos lá Athena.reze pelo seu papai e implore por sua vida.--antes que Athena e seu semblante de desgosto e desaprovação pudessem mudar e aceitar aquela punição elas notaram algo estranho no ar.

 

como em uma explosão de fumaça,uma densa e escura nuvem pairou no salão e dela surgiram as fúrias a pousarem no chão.

 

Megera—(rs) ora,ora...olhem isso minhas irmãs.Athena ajoelhada perante uma mortal!um castigo um quanto...incomum.

 

Hera—isso não chega nem ao pés do que ela merece.--caminhando pelo salão Hera chamou a atenção de todas a sua entrada, sendo acompanhada de Zeus e logo atrás Hércules.

 

Xena—eu bem que poderia aproveitar que estou aqui e cortar logo sua cabeça fora.só pra..garantir que não me apronte mais.

 

Megera—calma ahi guerreira.gosto de ver o que esta fazendo mais não é bem assim.

 

Xena—do que esta falando?!

 

Alecto—a preferida de Zeus assim como os mortais que ela tanto subestima também tem defeitos..(rs)

 

Tisifone—achou mesmo que poderia nos enganar??

 

Megera—ainda mais depois daquele dia que me fitou tão corajosa e convicta de suas palavras.(rs) quase nós fez acreditar.

 

Zeus—do que elas estão falando Athena?!!

 

Xena—(rs) diga a ele..

 

Athena--...eu menti sobre minhas acusações a Hera.

 

Zeus—você mentiu para mim?!!

 

Alecto—pior!!!ela mentiu para nós..e você Zeus é testemunho de tal afronta e claro que não podemos deixar isso passar em branco.

 

Gabrielle—eu acho melhor a gente sair de fininho.

 

Anna—também acho..

 

Andando devagar sem chamar atenção de ninguém enquanto os deuses e fúrias discutiam o destino de Athena,Anna e Gabrielle conseguiam se afastar da conversa sendo unicamente percebidas por Xena que as vendo quase sair do salão por uma das portas laterais ela tentou abaixar devagar sua espada e fazer o mesmo mas do nada sentiu Athena segurar firmemente sua lamina como se pedisse para que ela ficasse.

Ate em seu olhar ela pudia ver aquilo.

Ela sabia de seu destino e aquilo poderia ser a pior tortura que imaginaria a Athena.

 

Megera—Xena!te darei a oportunidade de escolher que destino cruel reserva a Athena...uma recompensa por ter-la no ponto certo para nós.

 

Alecto—(rs) carne fresca cheirando a medo...

 

Xena—não me meterei nessa historia..já consegui o que queria dela.

 

Tisifone—(rs) uma derrota humilhante em uma luta justa??ela iria matar sua filha...e provavelmente fará isso.

 

Hera—não!!eu decidirei seu destino!--com gritos estridentes as fúrias se aproximaram de Hera a rodeando ansiosas pela sua decisão esquecendo totalmente de Xena e Athena a alguns metros delas.

 

Anna—Xena o que esta fazendo? vamos cair fora daqui.--em um tom de sussurro Anna a apressou.

 

Xena—largue minha espada ou cortarei suas mãos fora.

 

Athena—não pode me deixar assim aqui com essas loucas!

 

Xena—isso é problema seu!

 

Athena—também é seu.se algo acontecer comigo acha mesmo que Zeus vai esquecer que você foi a grande causadora do meu problema!?

 

Xena—depois do que fez nem seu pai esta afim de te salvar.

 

Gabrielle—Xena..

 

Athena—eu admito. me ganhastes!poderá ir em paz com sua filha do monte...não ligo mais.--com sua declaração Xena lançou um olhar a Anna e Gabrielle e aquele olhar parecia pedir por um plano B.

 

Anna—eu não acredito nisso!

 

Gabrielle—ate parece que não conhece Xena.

 

Procurando ao seu redor a cabeça de Apollo Gabrielle a avistou próxima de Hércules algo que nem ele notava graças a conversa que Zeus e Hera tentavam empurrar as fúrias.

 

Gabrielle—esta muito longe de nós..se ao menos Hércules a visse.

 

Anna—deixa comigo...não tenho nada a perder depois dessa.--soltando Gabrielle, Anna caminhou devagar e longe do alcance dos olhos de todos ela pegou a cabeça de Apollo do piso.

Lançando sua atenção a Athena ela via um pingo de esperança nos olhos da deusa ao plano de Xena.

--vai me dever essa Athena.--sem voz Anna apenas falou e lendo os lábios da garota Athena apenas a fitou.

--Hey!!eu tenho algo a acrescentar!!--ganhando a atenção dos deuses e das fúrias, Anna segurando a cabeça de Apollo, puxou firme seus cabelos fazendo a cabeça decapitada do deus do sol abrir seus olhos a brilhar e com um grande flash de luz todo o salão iluminou-se,cegando a todos, Zeus e Hera assim como as fúrias.

Foram segundos suficientes para que ela visse Xena retirar Athena do salão acompanhadas de Gabrielle e Hércules que muito corajoso se juntou a elas a fugir.

 

Zeus—o que pensa que esta fazendo mortal tola!!?--cego pela luz Zeus falou irritado sem enxergar um palmo a sua frente.

 

Anna—foi mal gente mas vamos adiar esse julgamento só um pouquinho.--recuando em seus passos Anna guardou em sua mochila a cabeça de Apollo enquanto via todos ainda cegos com o flash que viram.

Tempo suficiente para ela avistar no piso o arco de Apollo e mais do que rápida tratou de pegar a arma ao chão.

 

Com o cessar da forte luz dos mórbidos olhos de Apollo Zeus forçou seus olhos conseguindo avistar em meio sua visão turva Anna a correr em direção a saída da casa de Athena carregando consigo a cabeça de Apollo e o arco do mesmo e sem pensar duas vezes ele conjurou um de seus raios e com um movimento lançou a poderosa energia contra a jovem, acertando seu ombro esquerdo derrubando-a ao chão.

 

Sua queda chamou a atenção de todas que lhe esperavam no corredor,e paralisados apenas a observaram caída.

Com seu ombro a fumaçar e sua carne queimar Anna ergueu-se sob os olhares surpreendidos de todos.

 

Xena--...ah..você esta bem??--sem saber o que fazer Xena perguntou a Anna que assistindo seu ombro queimado se regenerar em instantes estava mais preocupada com outras coisas.

 

Anna—cacete!!ele acabou com minha camisa...

 

Gabrielle—(rs) é inacreditável mesmo.

 

Xena—vamos embora!!

 

Athena—mas que porcaria você é?!--puxando Athena completamente confusa em relação a Anna,Xena avançou seus passos sendo seguida por todos a correr pelos corredores em direção a saída da morada dos deuses.

 

Hércules—posso cuidar da bagunça que você e Athena fizeram lá atrás com Zeus mas não garanto nada sobre as fúrias.

 

Xena—você só pode estar brincando elas nos adoram!!!--sarcástica em seu tom desesperado Xena e os outros ouviam os estridentes gritos das fúrias se aproximarem a voar pelos corredores logo atrás delas.

 

Anna—Xena!--jogando o arco de Apollo para a guerreira,Anna o viu voar diretamente para a mão da morena que já disparando algumas flechas de energia atrasavam o trio de fúrias pelo caminho ao destruir tudo pela frente com suas asas.

 

Avistando um corredor adjacente ao que estavam, Hércules puxou Athena e ao se jogarem em direção a ele escaparam da perseguição e destruição das fúrias, as vendo passar em velocidade a voar pelo corredor seguindo em frente atrás de Xena e seu grupo.

 

Hércules--...eu tô velho demais pra isso.--caído ao chão e deitado ao lado de Athena ele falou ofegante em sua palavras.

 

Com o acalmar das coisas eles trocaram olhares sérios diante do pavor sofrido e por alguns segundos não resistindo em sorrir um para o outro.

De repente o barulho de algo movimentar-se pelas paredes os alertou.

Era Megera a voltar com suas garras enfiadas na parede se aproximava deles com gana em pegar-los e com o susto de ver aquela figura novamente Athena segurou firme Hércules e os dois se desmaterializaram antes que Megera os pegasse.

 

Encontrando a saída do palácio o trio já não se via perseguido pelas fúrias e agora nem mesmo sabiam como desceriam do monte.

 

Xena—onde estão as outras Anna?!!

 

Anna—na costa do monte!!precisamos chegar ate lá o mais rápido possível!!

 

Gabrielle—é seria uma boa escaparmos com vida das fúrias!

 

Anna—não estou falando delas mas sim para pegarmos o navio...a essa hora Calli e Olivia já devem estar a bordo.--do alto elas pudiam avistar o grande navio a espera delas e procurando um jeito mais rápido de descer o monte Anna se deparou com a biga de Apollo.

 

Xena—deixou minha filha aos cuidados daquela loira?!

 

Anna—o que foi??não confia mais na anjinho?!

 

Xena—em momentos como este eu duvido muito!

 

Anna—acha que podemos controlar essa coisa??

 

Xena—talvez..

 

Gabrielle—talvez??!(rs) essa coisa não vai voar sem Apollo e o engraçado é que temos somente a cabeça dele agora!mas claro!temos tempo para parar e relaxar um pouco enquanto as fúrias nos comem vivas..--reparando no sumiço do corpo do deus do sol Gabrielle pensativa fitou bem o local onde ele havia caído depois de seu ultimo e fatal golpe.

 

Xena—podemos não voar com essa biga mas podemos descer o monte com esses cavalos.

 

Anna—vai ser moleza.depois de Dante e Argo esses cavalinhos não podem ser tão difíceis de controlar.

 

Gabrielle—gente...tem algo muito estranho aqui...gente!!

 

Anna/Xena—o quê?!!?--virando seus olhares para o patio as duas observavam as inúmeras dríades ao seu redor.

Elas subiam o monte devagar com seus olhos luminosos e seus dentes afiados.

E em segundos já se via centenas em suas vistas.

 

Gabrielle—pensei que elas não podiam se afastar da floresta...

 

Xena—e quem disse que saímos da floresta?subam na biga..agora!

 

Com o comando de Xena as duas entraram na biga e Xena tomando as rédeas daquele veiculo atiçou os cavalos com seu chicotear e dali desceram o monte em velocidade por uma das estreitas trilhas sendo seguidas pelo exercito de dríades.

 

Gabrielle—acha que a situação poderia piorar?!!?

 

Xena—(rs) você esta esperando uma boa ou má noticia??

 

*****

 

procurando pela floresta algum sinal de Tara,Autolycus a encontra recostada a uma arvore quase a cair diante sua fraqueza.

 

Autolycus—te achei!

 

Tara—aqueles...malditos soldados Olimpianos acertaram uma flechada em mim!.--segurando firme sua barriga Tara arrancava a flecha presa já tampando-lhe com uma das mãos o ferimento a sangrar.

(RS)..perdi totalmente o controle das dríades..mas vi minhas garotas acabarem com eles na subida do monte.

 

Autolycus—esqueça as dríades..eu vou te levar para um lugar seguro.--a colocando em seus braços Autolycus acelerou e com o vento desapareceram.

 

***

 

Descendo o monte preocupadas em derrapar no meio do caminho Xena dominava os cavalos em cada passada que davam mas com as dríades perseguir-las muita coisa não pudia fazer em relação a velocidade que desciam.

 

E entre ao barulho de tiros de Anna, que com a mira certeira acertava as dríades que ousavam se aproximar em atacar-las, a jovem já se via sem balas em meio a tantos alvos para acertar.

 

Anna—estou ficando sem balas Xena!

 

Xena—droga!--avistando mais dríades a sua espera no pé do monte o trio se via encurralado de todos os lados e quando a esperança parecia perdida uma chuva de flechas voaram sobre suas cabeças acertando as dríades na traseira da biga.

 

Era Aiden e seu grupo de guerreiros dando-lhes cobertura na descida.

 

Aiden—certifiquem-se de matar cada uma dessas miseráveis dríades.protejam minha princesa guerreira.--de cima de seu cavalo,Aiden falou ganhando o olhar surpreendido e confuso de muitos de seus guerreiros ao seu lado ao seu referido termo ´´minha``,algo nítido a ela em seus semblantes paralisados a lhe encarar.

--será que tenho que repetir tudo que digo?!protejam a VIDA da princesa guerreira a todo custo!--com seu comando agora repetido e corrigido, seus soldados continuaram a proteger a biga em sua descida do monte para alivio do trio.

 

Pensando em um plano Xena encontrou um meio de fuga pelo portal mais do que presente.

 

Xena--consegue abrir um portal no fim desta trilha que não nos levaria ao laboratório mais sim a outro lugar já dentro da floresta?--fitando a jovem Xena e Gabrielle esperavam uma resposta da menina que com um semblante pensativo exibiu seu belo sorriso.

 

Anna—(rs) foi mal.é que eu adoro ver vocês tensas.(rs) posso tentar mas com o horrível sinal neste monte eu não garanto.

 

Xena—ótimo!(rs) anda logo com isso.

 

Abrindo seu bracelete Anna configurou os dados de travessia e mesmo que as dríades tentassem a todo custo derrubar-las da biga ela terminou seu trabalho sob a segurança de Xena e Gabrielle.

 

Anna—certo Charlie.abra um portal nas coordenadas que lhe dei e por Deus me prometa uma aterrissagem tranquila.

 

Charlie—meus cálculos são precisos e você sabe disso.

 

Anna—(rs) conto com você garotão.

 

Avistando a alguns metros a abertura do portal se abrir,Xena acelerou a biga atravessando-o escapando das dríades as deixando sem poder seguir-las pelo portal que logo se fechou.

Alvos fáceis para o grupo de arqueiros de Aiden que em segundos colocaram todas ao chão.

Mas já distante dali outro portal se abria no mesmo instante e dele a biga de Apollo contendo o trio voltou a estrada no interior da floresta aos arredores do monte.

 

Gabrielle—(rs) funcionou??--com o silêncio da floresta ao redor delas,o trio seguia calmo pela trilha cautelosas do que encontrariam pela frente.

 

Xena—tomaremos cuidado.podemos ter nos afastado das dríades mas as fúrias ainda estão soltas por ai...--virando seu olhar a Anna,Xena parecia preocupada com a jovem ainda mais depois do seu ato contra as fúrias.

 

Gabrielle—então só quer dizer que funcionou!!(rs)--mais do que animada Gabrielle puxou Anna e um beijo em sua bochecha ela agradeceu a jovem da mesma forma que pegou de surpresa sua guerreira por trás e com um abraço amigável a apertou.

 

****

 

Olivia—acha que elas estão bem??

 

Callisto—é difícil pensar o contrario.--com Eve agora em seus braços Callisto a fitava preocupada.

 

O céu nublado e o mar revolto combinavam perfeitamente com o clima de tensão que apavorava a todos no navio e com o surgimento da biga a sair da mata a praia trazendo consigo o trio mais do que esperado por Olivia e Callisto.

era como se um peso saísse de suas costas no simples momento em que elas entraram na embarcação.

 

Xena—como ela esta??--indo ate Callisto Xena tomou sua filha em seus braços aliviada por rever a pequena sorridente.

 

Callisto—melhor do que nunca.

 

Xena—e você??

 

Callisto--...ficarei bem quando tudo isso acabar.

 

Avançando seus passos ate Anna,Olivia a abraçou forte acalmando seu coração desesperado.

 

Olivia—por que tenho sempre esse medo de te perder??

 

Anna—(rs) talvez seja para que eu encontre sempre o caminho de volta para casa.--separando-se do abraço as duas estavam mais do que ansiosas para a união de suas bocas e quando um primeiro movimento de proximidade se fez presente a elas decidiram que ali não era bem o local de tal carinho.

 

Octávio—é sempre excitante ver o quanto sua vida é agitada princesa guerreira.barda..

 

Gabrielle—(rs) é bom te ver também Octávio.

 

Xena—como sabia que estaríamos aqui??

 

Octávio—não se lembra??!recebi um pergaminho seu entregue diretamente por Ares.

 

Anna—ah isso é coisa minha Xena.

 

Xena—percebi.mas de quem realmente foi esse plano?

 

Callisto—chegamos na reta final Xena.levaremos sua filha a terra prometida.somente lá ela será protegida dos deuses do Olimpo.

 

Xena—já deveria saber..

 

Gabrielle—podemos ter ajudado Athena a se livrar das fúrias mas não acredito que ela vá se redimir depois do que fizemos.

 

Octávio—vejo que estão mais do que ansiosas para partir..então não esperaremos mais.tem uma tempestade chegando e espero que nosso destino não seja deveras longe.

 

Xena—espero que aceite nosso presente Octávio.--mostrando a biga de Apollo e seus quatro garanhões de puro sangue Xena falou para surpresa do romano.

 

Octávio—não pode estar falando sério?

 

Xena—digamos que eles agora estão sem dono...

 

Anna—é..ele perdeu totalmente a cabeça.--sarcástica Anna jogou sua mochila a Callisto que já sentindo algo arrendondado resolveu abrir o zíper da mochila deparando-se com a cabeça de Apollo.

Aquela visão não a deixou assustada mais curiosa com aquilo que via e ao retirar-la da mochila causou espanto ao que estavam a sua volta.

 

Olivia—que merd* é essa??

 

Xena—Anna!por que trouxe essa coisa com a gente?!

 

Anna—ah qual é??você tem a arma dele e eu não me queixei.

 

Xena—é um arco e não uma maldita cabeça!

 

Anna--é uma cabeça que brilha!na verdade estou pensando seriamente em colocar-la em uma prateleira lá de casa.(rs)

 

Olivia—nem brinque com isso!

 

Callisto—foi você que fez isso??

 

Gabrielle—não,fui eu.é assim quem eu trato quem me machuca agora.--recebendo sua indireta de palavras amargas,Callisto lembrou de Pérdicas e ele ainda era motivo para a ressentida Gabrielle.

 

Octávio—(rs) subam a biga a bordo!!vamos partir.--se divertindo com a conversa Octávio ordenou.

 

Colocando sua embarcação novamente a cruzar as fortes ondas do mar Octávio era guiado por Callisto que lhe informava cuidadosa com as informações que lhe dava.

 

Enquanto isso o quarteto descansava com o vento a esfriar seus corpos cansados no convés do navio tendo a bela vista do mar Egeu sua paisagem principal, deixando para trás o monte e seus perigos.

 

Anna—Charlie acabou de me confirmar que Autolycus atravessou o portal junto a Tara e estão na minha casa agora.

 

Gabrielle—eles estão bem??

 

Anna—Tara se machucou mas nada grave.ele esta cuidado dela a esse momento.

 

Xena—não tem perigo deles..

 

Anna—não.minha casa esta totalmente selada.nada entra ou sai de lá...eles não verão nada do novo mundo.talvez isso não torne essa aventura tão chocante a eles.

 

Xena—concordo.

 

Dali o sol parecia brilhar com mais intensidade um alivio para Xena e Gabrielle ao recordar da noite sofrida que tiveram no monte.

Mas ate quando aquele sentimento iria durar??

 

******

 

no monte, Athena e Hércules retornavam para o palácio e em sua casa ela via o devastado lugar que seu belo e luxuoso salão havia se tornado.

Nada mais do que ruínas,era o que aquele lugar era agora.

Machucada pelos cortes sofridos em sua luta com Xena ela adentrou em seus aposentos sob o olhar atento de Hércules a cada passo seu.

 

Athena—não preciso de um protetor Hércules...vou ficar bem.--soltando partes de sua armadura como braceletes e botas pelo chão Athena seguia abalada em direção a sua piscina.

 

Hércules—não estando aqui no palácio...quero te ajudar.

 

Athena—Xena me envenenou com sangue de corça...e tudo que quero agora é um banho com a pura agua do Olimpo.não me importo se nosso pai entrar agora acompanhado com aquela maligna criatura chamada Hera.

 

Hércules—sei que esta frustada pelo o que aconteceu..mas matar Eve não vai mudar nosso destino minha irmã.

 

Athena—não o seu mas e o meu??sou uma deusa agora mas meu futuro é se tornar uma mera lembrança ao mortais?!uma simples imagem gravada nas paredes dos templos?..

 

Hércules—nos mortais temos uma visão diferente disso Athena..quando estamos no fim de nossas vidas podemos ter a tranquilidade em relembrar aquilo que fomos durante toda nossa historia..nossas ações se forem boas nos trarão a certeza de um descanso eterno mas se nossas atitudes não forem..dignas, sabemos bem onde iremos parar.

 

Athena—o conto dos mortais...o tártaro é o pior inimigo de um mortal.

 

Hércules—não...o pior inimigo de todos nós, é nos mesmos.Athena..repense toda essa historia de profecia.é tudo que te peço.

 

Athena—não posso fazer nada Hércules..

 

Hércules—como não?

 

Athena—a esse momento elas devem estar atravessando o mar Egeu..bem longe da Grécia.

 

Hércules—...Poseidon.

 

****

 

O mar estava calmo demais mesmo depois de horas de viagem o que era torturante para Callisto.

Tudo estava fluindo bem de uma maneira diferente do qual pensava que ocorreria.

Seus pensamentos estavam a mil quando percebeu a aproximação de alguém ao seu lado que da mesma forma se inclinou na borda falsa de madeira.

Foram apenas milésimos de segundos para ela puxar sua faca do coldre em sua perna e leva-la para perto do pescoço desta figura que com sua completa distração mal percebera que era Gabrielle que a fitava séria sem medo nenhum da lamina próxima ao seu pescoço lançando a Calli um olhar desafiador.

 

Gabrielle—cabeça nas nuvens anjinho??--sarcástica Gabrielle perguntou ganhando apenas o recuo da faca de Callisto.

Praticamente viu a loira guardar sua faca novamente no coldre.

Ela parecia muito incomodada com algo e mesmo que não fosse nítido a todas Callisto estava diferente de antes.

Para a barda um toque sombrio pairava sobre ela.não via mais a tranquilidade em seus olhos e sim o inquieto nervosismo do silêncio a sua volta a enlouquecer.

 

Gabrielle—você esta bem ou vou ter que precisar chamar Anna aqui para mais uma taça de sangue?--virando seu olhar a barda Callisto controlava-se ao máximo para não bater boca com ela e se distrair deixando passar alguma coisa no horizonte ou ao redor delas que pudesse atrapalhar o pouco de tempo que ainda restava para o fim daquela viagem.

 

Callisto—pare de me provocar..

 

Gabrielle—qual o seu problema?!aquela garota faria de tudo para te salvar e um pouco mais!!e você..vai lá e dá uma de bacante e morde ela!que bela anjinho você é!!

 

Callisto—por que esta se incomodando com isso barda?não vejo Anna reclamar do que fiz.--virando seu olhar a jovem que muito entretida conversava do outro lado do convés com Olivia,Callisto demonstrava a barda o quanto ela se importava com o que fez.

 

Gabrielle—eu não sei o que ela viu em você...mas eu não quero que a machuque!

 

Callisto—machucar Anna??sei que minha mordida pode doer mas eu não seria capaz disto.

 

Gabrielle—é claro que é!estou te avisando.dê um passo em falso que eu mesma me encarregarei disto.

 

Callisto—é mesmo?

 

Gabrielle—sei que não pretende ficar ao lado dela para sempre (RS) isso eu duvido.vai voltar aos céus ou desta vez vai descer??--em meio a discussão Calli sentiu-se entediada com aquela conversa então moveu sua atenção ao movimento que a agua fazia ao bater no casco do navio causando revolta a Gabrielle.

 

em meio ao balanço do mar Calli reparou no estranho movimento a se formar dentro da agua.

E ao fixar sua atenção a um ponto reparou bem na imagem escura de um homem mergulhando no fundo atravessando o navio seguindo ao leste.

Engoliu seco quando notou o tridente em uma de suas mãos e na velocidade com o modo que ele emergia.

Dando lhe tempo apenas para puxar Gabrielle para perto de si e abrir suas asas de costas a borda do navio protegendo-a da forte agua a espirrar enquanto todos do navio apenas tinham sua atenção presa ao enorme colosso de agua que crescia formando a imagem de Poseidon.

 

Afastando-se de Calli Gabrielle notou suas asas.

Uma diferente da outra,ela via uma angelical e a outra demoníaca.

Uma visão que a deixou sem palavras.

 

Callisto—sei que nunca vai me perdoar pelo que eu fiz...mas não me trate assim.--vendo no semblante de Calli uma tristeza aparente e os olhos quase a derramar suas lagrimas Gabrielle a fitou sem ação enquanto que com um forte impulso Calli voou fazendo todo o navio mover-se de um lado a outro a chacoalhar forçando a barda segurar-se em algo para manter-se de pé.

 

Com uma rodopiada Callisto esticou suas asas expelindo a agua que permanecia nelas e lhe atrapalhava a voar ganhando total atenção de Poseidon colosso ao seu lado.

 

Ele esticava seu braço tentando pegar Calli no ar mas com ela a rodear-lo,agora Calli era uma ótima distração a Poseidon dando tempo a Xena e as outras pensarem em algo.

 

Gabrielle—o que faremos Xena??

 

Xena—temos que encontrar Poseidon dentro do colosso.retirando-o da agua tomamos o tridente dele.

 

Gabrielle—mas como?!!

 

Xena—a cabeça de Apollo.--procurando no caos que aquele navio havia se tornado em segundos Xena e Gabrielle correram a Anna e Olivia.

--me dá sua mochila.

 

Anna—é toda sua.--trocando Eve pela mochila Xena deixou a pequena aos cuidados das duas e apressou-se em abrir a mochila e pegar a cabeça de Apollo.

 

Puxando seus cabelos Xena esticava a pele de Apollo conseguindo então abrir os olhos luminosos do deus do sol direcionando seu clarão ao majestoso colosso transparente.

ele sentindo o forte e intenso poder de Apollo em seu rosto irritou-se distribuindo golpes destruidores contra os mastros do navio ele iniciava sua quebra ao barco.

 

Mas do alto,apenas Callisto via o real e problemático que aquela situação estava se tornando.

Do mar surgia novas ameaças mas já conhecidas pelo grupo da princesa guerreira.

 

Atacando o barco Xena,Gabrielle,Anna e Olivia se viram novamente cercadas pelas pavorosas criaturas do mar que uma vez já as havia atacado e muito lembraram do dano que elas pudiam fazer.

 

Anna—será que temos um plano para tipo agora Xena?!

 

Xena—cuidem de Eve.mantenha-na longe desses monstros.--avançando seus passos pelo convés o grupo se separava e para fugir daquelas monstruosas criaturas marinhas Anna e Olivia trancaram-se em uma das salas de navegação no interior do navio.

 

Com a cabeça de Apollo em mãos, Xena iluminava o enorme colosso em busca de encontrar Poseidon dentro dele e quando menos esperou o avistou dentro do peito da enorme figura.

 

Xena—Callisto,atinja o peitoral dele!!!Poseidon esta lá!--enquanto gritava Xena era defendida por Gabrielle que utilizando seus sais cortava as inúmeras criaturas que aproximavam delas.

 

Avistando no peitoral iluminado do grande colosso de agua Poseidon e seu tridente Callisto não pensou duas vezes e com um ponte rasante perfurou o gigante arrancando de dentro dele o deus dos mares.

Assim que o retirou de seu poderoso boneco de agua ele se desfez em uma queda d'Água de volta ao mar para ódio de Poseidon.

Callisto o segurava pelo pescoço e ele preso em suas mãos mais parecia um peixe escorregadio em sua tentativa frustrada de escapar.

Tomando das mãos dele o tridente, Callisto sorriu ao pensar como o quanto aquilo estava sendo fácil.

para um homem conhecido por não ceder em uma batalha ser pego de forma tão rápida foi algo que a surpreendeu.

 

Descendo de volta ao convés do navio Callisto o jogou ao piso de madeira e o dominando ao chão ela prendeu as maos do deus dos mares.

 

Callisto—você fez um belo estrago em nossa embarcação.

 

Poseidon—mas vocês não viram nada ainda.

 

Xena—já chega Poseidon.a guerra entre os deuses e minha família acabou.Athena agora me deve sua vida e se ela for mesmo a guerreira honrada que ela apresenta ser irá cumprir seu papel nessa historia.agora,faça esses monstros sair do navio!--com uma risada alta e debochada,Poseidon fitou com ódio a princesa guerreira para confusão dela e de Callisto.

 

****

 

Trancadas ainda na sala de navegação do navio,Anna e Olivia ouviam as fortes batidas na porta e os inquietantes arranhões das criaturas do lado de fora que enchiam o corredor principal dentro do navio que levava ao convés e para desespero das duas a única saída dali.

 

Olivia—Anna temos que sair daqui!essas coisas irão entrar de qualquer forma.

 

Anna—eu sei!!--virando sua atenção a parede de madeira em suas costas Anna olhou temerosa pela situação.

--tenho certeza que se eu fizer isso quebrarei alguns ossos...--referindo-se ao seu punho Anna falou.

 

Olivia—ou faremos do meu jeito.--retirando da bolsa uma granada Olivia surpreendeu Anna com a arma mortal trazida por ela o que só fez a jovem tomar-la de sua mão.

 

Anna—uma granada??!você...está me zoando?!como você traz uma coisa dessas e de novo para cá?!

 

Olivia—deixa de besteiras garota.o navio é resistente e não cederá com uma pequena explosão.

 

Anna—você é maluca demais para ser minha tutora.

 

Olivia—e é por isso que também sou sua namorada.--se dirigindo ate a porta Anna e Olivia prepararam-se para abrir-la em uma pequena fresta e logo ao fazer isso se viram diante os empurrões daqueles monstros a forçar sua entrada.

 

Anna—querem nos comer??comam isso.--puxando o pino Anna jogou a granada para o corredor infestado e ao fechar a porta de madeira as duas correram para longe dela ouvindo a estrondosa explosão.

 

Descendo os degraus para o interior do navio Gabrielle deparou-se com os restos dos monstros espalhados por toda a parte mas encontrando também a dupla para seu alivio.

 

Poseidon—(rs) vocês garotas da terra sabem mesmo como esquentar as coisas mas não me compare com Athena princesa guerreira.posso matar a todos aqui apenas pelo simples fato de estar segurando meu tridente!

 

Xena—ah vocês homens do mar...nunca sabem a hora de parar.

 

Poseidon—(rs) esquece que estar em meu território princesa guerreira e um mero navio como este não irá me impedir de usar meus poderes.só estou aqui para lembrar a você que o que viu no Olimpo não é nada comparado ao verdadeiro poder dos deuses.leve sua filha para o mais longe daqui...dá próxima vez não terá tanta sorte.

 

Xena—contra Athena?!

 

Poseidon—contra Zeus..e acreditem vocês conseguiram deixar meu irmão bem irritado.--soltando-se um dos braços Poseidon acertou uma cotovelada contra o rosto de Callisto que permanecia a prende-lo contra o chão e feito isso,ele esticou seu braço chamando seu tridente e assim se fez.

Simplesmente este soltou-se da mão de Xena e voltou ao seu dono e claro sem perder tempo Poseidon ergueu-se do piso do convés livrando-se de Callisto e com um pulo ele saltou novamente ao mar perdendo-se aos olhos de todas na embarcação tamanha era sua velocidade no mar.

 

Xena—espero não ver-lo tão cedo.

 

Callisto—e pensar que ele nem deve estar irritado hoje,imagina se estivesse.

 

Octávio—sorte ou não Poseidon destruiu um dos mastros principais do navio.levaremos um tempo para consertar.

 

Callisto—não se preocupe.nosso destino já se encontra a nossa frente.--virando sua atenção a proa do navio Xena se deparou com terra firme nada mais do que alguns minutos dali.

Era a costa do continente africano o que só queria dizer o quão longe estavam de casa, nada que preocupasse a guerreira pelo país já conhecido.

 

****

 

Pousando seus pés finalmente fora daquele navio nosso grupo o deixou para trás tendo agora uma jornada a pé,e seguindo os passos de Callisto todas tinham a plena certeza que ela sabia por onde estava andando.

Nem sequer hesitava nisso.

 

Anna—Calli para onde exatamente você esta nos levando?

 

Olivia—é..já tem quase uma hora que estamos andando.

 

Xena—pode pelo menos nos falar do que estamos procurando?

 

Callisto—um lago.

 

Gabrielle—atravessamos o mar Egeu ao continente africano por causa de um lago?

 

Callisto—não é apenas um lago comum barda.(rs) e sei que desta vez terei sua total atenção ao falar..

 

Gabrielle—me surpreenda.

 

Callisto—no descanso dos anjos costumávamos ouvir as historias dos mais antigos arcanjos e uma das minhas preferidas é o conto do anjo solitário. ele assim como todos tinha uma missão dada por Deus.ele foi enviado a terra para cuidar e assegurar de que as terras prometidas permaneceriam protegidas e nas mãos dos verdadeiros donos...seu trabalho ele cumpriu sem questionar mas com o tempo, a alegria que lhe contaminara no primeiro dia de seu trabalho já não era mais vista em seu rosto. mesmo com tamanha beleza e grandeza sempre vistas ao seu redor ele sentia-se indiferente com tudo...ele via a solidão como sua melhor amiga e isso lhe custou suas asas, que despedaçaram com o tempo e a saudade lhe apertar o coração, ele chorava todas as noites implorando aos céus e a todos que o ouviam para o seu retorno ao descanso dos anjos.de suas lagrimas um lago se formou e em seu desespero por não ser ouvido ele se afogou no fundo deste...é uma historia triste mas contam os mais velhos que seu poder permaneceu por lá e se Eve for banhada nessas aguas sua proteção estará completa.nada poderá tocar-la..nem mesmo os deuses.

 

Encontrando o belíssimo lago, todas se surpreenderam com sua paisagem solitária em meio as altas montanhas cheias de verde.

Dali seguiam tranquilas a beira do lago tendo Callisto segura do que iria fazer.

 

Callisto—Xena..--voltando a guerreira Callisto esperou Xena lhe entregar Eve e com um olhar receoso ela a entregou.

 

Com passos cautelosos Callisto adentrou ao lago e com a agua na altura de sua barriga ela era observada pelo grupo na beira.

Diferente de todas,Xena sentia-se incomodada por algo que para ela era como se olhos distantes as vigiassem.

Movia seu olhar sempre que podia para os lados buscando ver aquilo que tanto lhe perturbava.

 

Gabrielle—algum problema Xena??

 

Xena—tem alguém nos vigiando...

 

cuidadosa Callisto sussurrava algumas palavras e assim mergulhou Eve a trazendo de volta alguns segundos depois.

 

O belo momento já era mais do que inquieto a Xena e logo não demorou para o intruso que as espiava surgisse.

 

Do céu em velocidade desceu a beira do lago um anjo com suas grandes asas e armadura polida seguido de mais dois acompanhantes mais atrás.

Era Miguel e ele logo ganhou a atenção de Callisto.

 

Miguel—o que esta fazendo Callisto??

 

Callisto—nada do que disser mudará o que fiz.o que esta feito esta feito.

 

Miguel—não seja tola!nada mudará o destino delas!nada!

 

Com incrível velocidade Miguel avançou a Xena e a segurando pelo pescoço a ergueu facilmente.

Notando isso,Gabrielle puxou seus sais e antes que pudesse atacar-lo foi contida por um dos ajudantes de Miguel que segurou seu pulso e em um movimento a virou colocando-a de joelhos perante ele.

Anna e Olivia não ficaram para trás e com um tiro Olivia tentou acertar Miguel que apenas desviando sua cabeça da bala continuou a sufocar a guerreira ate Xena lhe chutar em sua armadura tendo o impacto o forçando a soltar-la.

Anna pelo contrario de Olivia partiu para um ataque físico contra o anjo que dominava Gabrielle bem ao seu lado e com um chute tentou acertar o rosto daquele anjo sendo defendida por ele,que com apenas uma das mãos a segurar-la pela perna a jogou para longe completamente desajeitada em seus passos a cair na areia.

Irritando-se,Anna ergueu-se e voltou no mesmo instante e o agarrando pela cintura ela conseguiu derrubar-lo livrando Gabrielle de ter seu pulso quebrado por ele.

Seu ataque fez o anjo abrir suas asas tentando repeli-la sobre ele mas Anna puxou sua adaga e a cravou em uma das asas brancas dele.

Era nítido seu desespero enquanto a jovem o socava em seu rosto e a dor era algo que realmente sentia no momento.

Sendo contida pelo outro anjo Anna recebeu uma gravata que a fez desmontar do primeiro anjo e afastar-se ate que ouviu o grito deste ao ser perfurado por Gabrielle a cortar-lhe parte de sua asa.

 

Miguel—o circulo se fechou Xena e seu destino a aguarda.--retirando da bainha sua espada Miguel fitava a guerreira a sua frente fazer o mesmo.

 

Callisto—Miguel!não vai começar essa festa sem mim vai?--voltando a beira Callisto manteve em seu braço a pequena Eve a descansar tendo o outro braço livre para se unir a Xena naquela briga contra Miguel Callisto se posicionou ao lado da morena.

 

Miguel—você fracassou em sua missão Calli no simples momento que aceitou sua outra metade demoníaca.

 

Callisto—(rs) inveja Miguel?que coisa feia..talvez deva relatar isso em seu relatório quando voltar.

 

Xena--..vai mesmo lutar com minha filha nos braços??

 

Callisto—a gente reveza.

 

Miguel—(rs) veremos se a união faz mesmo a força.

 

Iniciando o combate furioso de espadas Miguel bateu sua lamina contra a de Xena enquanto Callisto em meio a luta buscava a sincronia perfeita para injetar um de seus socos e chutes contra Miguel que rápido sempre os defendia criando uma dança entre socos e faiscas dos choques das laminas.

Vendo um ataque da lamina de Miguel prestes enfim acertar Xena, Callisto liberou do pulso sua corrente e a arremessando contra a espada a enrolou em sua lamina puxando-lhe para seu lado e longe da princesa guerreira.

Jogando para o alto Eve Callisto a entregou a sua mãe que soltou sua espada para segurar a filha que lhe caia em seus braços.

 

Callisto—sai daqui!!--socando Miguel no rosto com uma esquerda Calli viu Gabrielle seguir a princesa guerreira enquanto Anna e Olivia seguravam os dois anjos ocupados.

 

Sua luta com o arcanjo logo se tornou uma briga de gato.

Entre tantos socos e chutes e espadas sendo quebradas Calli e Miguel continuavam seu confronto no ar.

Anna e Olivia apenas viam os dois como pássaros no céu em um bolo de asas e penas a cair ate que Calli caiu ao chão novamente.

 

Miguel—o seu problema é acreditar que poderia mudar o futuro delas!(rs) e pensar que você um dia seria uma arcanjo possivelmente melhor do que muitos..que desgosto.--a segurando pelas roupas Miguel a jogou contra as rochas.

 

Callisto—desgosto?(rs) deveria dizer desculpas por decepcionar-lo?!!--enrolando sua corrente no pescoço de Miguel Callisto o prendia e o sufocava mas nada que ele pudesse se livrar mas diante dos socos de Calli a situação se dificultava.

 

Mesmo com todo esforço Anna e Olivia foram vencidas pela dupla de arcanjos que nem ao menos esperaram para derrubar-la direito ao chão já correram em direção a floresta a procura das guerreiras.

 

Xena—rápido Gabrielle!!

 

Gabrielle—eles nos acharam!!--avistando a dupla de arcanjos as perseguir na floresta e as cercarem ela foram forçadas a caminhar para o alto morro de onde sua queda resultaria dentro do lago.

Uma queda de alguns metros mas que Eve talvez não resistiria.

 

Gabrielle—espero que tenha um plano..

 

Xena—calma eu..estou tentando pensar em algo..--vendo a dupla de arcanjos apenas alguns metros delas Xena não tinha mais escolhas.

Era pular ou entregar sua filha a eles.

 

***

 

Miguel livrando-se das correntes de Calli a derrubou novamente ao chão com apenas um golpe e já com passos decididos caminhou em direção a mochila da garota que mesmo cansada tentou impedir-lo de pegar suas coisas.

Algo completamente em vão já que ele com um empurrão a derrubou como uma criança em seu caminho.

 

Abrindo a mochila,ele encontrou a cabeça de Apollo mas também o cubo.

 

Miguel—pelo menos estavam cientes do que teriam que fazer.já que quer tanto se intrometer na vida delas Anna vou deixar você decidir.quer elas mortas ou congeladas??

 

Anna—nem ferrando vou fazer seu trabalho sujo seu maluco!

 

Miguel—então..serão mortas.

 

Antes que Miguel pudesse ordenar aos seus acompanhantes a morte da dupla Anna tomou de Miguel o cubo e o jogando no lago ela esperou sua reação.

 

Assim como ordenado por Miguel os dois arcanjos derrubaram a dupla junto a Eve a uma queda mortal.

Diante tal visão Calli avançou ate elas em um vôo conseguindo apenas segurar a pequena antes da queda no lago e para fugir dos dois arcanjos que já desciam em um vôo rápido ela desapareceu dali levando consigo Eve.

 

Em segundos todo o lago se congelou e antes que Xena e Gabrielle conseguissem sair dele foram pegas pelo congelamento ficando presas abaixo da crosta de gelo que se formara e continuava a congelar por dentro cada vez mais que o cubo afundava no lago.

 

Da beira do lago,Anna conferia o quão firme era aquele gelo e para seu desespero era mais firme do que pensava.

Correndo ate Xena e Gabrielle ela foi seguida por Olivia e de alguma forma tentaria retirar a dupla de guerreiras dali.

Limpando o local de onde elas caíram do excesso de gelo sobre a crosta que cobria sua visão Anna se deparou com Xena e Gabriele controlando o máximo de sua respiração enquanto batiam suas mãos no gelo que as impedia de voltar a superfície.

 

Tentando quebrar a crosta Anna trincava o gelo com sua adaga mas nada que libertasse a dupla ao fundo.

Mesmo utilizando toda sua força para quebrar-lo ela não conseguia tal feito.

 

Anna—Xena...eu não vou te deixar ahi.aguenta!!--soltando sua adaga Anna puxou sua escopeta e recarregando sua arma ela atirou contra a crosta de gelo.

Pouco era o estrago feito no gelo.

Algo que não conseguia entender o porquê.

--Olivia...eu não consigo.

 

Olivia—..continua...sei que consegue.--motivando a jovem Olivia viu em seu semblante desesperançoso um pingo de esperança surgir e a ajudando em meio a tantos golpes contra o gelo viu Anna dominar suas habilidades e com um soco conseguiu perfurar o gelo.

 

Utilizando o buraco para recuperar seu folego Xena e Gabrielle dividiam o pequeno espaço aberto.

 

Xena—presta atenção Anna...vocês precisam cuidar da Eve...não se preocupem com a gente..

 

Anna—cala essa boca Xena!eu não posso te deixar ahi junto com Gabrielle..eu não posso!!

 

Xena—presta atenção!!!a agua vai congelar nossos corpos..não há nada a fazer!!--vendo o pequeno buraco fechar-se Anna foi forçada a assistir Xena e Gabrielle endurecerem com o total congelamento do lago.

 

Para Xena,uma ultima visão angustiadora para se ter quando morrer.

Ver a jovem desesperada sem poder ajudar-las e sem poder nem mesmo ouvir seus pensamentos ao lembrar da barda.

Sentiu seu coração diminuir as batidas com os segundos que se passara ate o silêncio e a escuridão tomar conta de seu corpo.

 

Voltando a golpear o gelo Anna não aceitava sua perda e a cada soco contra a dura crosta ela machucava sua mão manchando de sangue a imagem de Xena.

 

Anna—não,não,não!eu não vou deixar-las aqui.--usando toda sua força ela continuava seus golpes sem se importar com a dor que sentia sendo impedida apenas por Olivia que a apertou em seus braços a contendo em sua tristeza.

Na beira do lago já não se viam mais os arcanjos e sozinhas elas estavam.

 

****

 

Com passos decididos duas pessoas se aproximavam da dupla e ao ouvirem os fortes golpes contra o gelo Anna e Olivia viraram sua atenção a eles.

 

Eram Calli e Ares que juntos abriam uma passagem na crosta resgatando os corpos da dupla de guerreiras.

 

Ares—Hefesto fez bem o seu trabalho.o gelo continuará em seus pulmões por um bom tempo.--com a fria guerreira em seus braços ele retirou do bolso um pequeno cantil que ao abrir-lo enviou seu liquido aos lábios de Xena deixando-o seguir garganta adentro dela.

--pegue,dê o resto a barda.

 

Callisto—o que é isso??--recebendo o frasco de Ares a loira o examinou.

 

Ares—é agua do monte...enviada por Athena a elas.--vendo Callisto não perder tempo em dar o resto a Gabrielle Ares via o cuidado que ela tinha com aquela barda que sempre a detestou.

 

Indo ate Callisto Anna empurrou a loira para longe da barda o que a forçou levantar de uma vez.

 

Callisto—pára com isso Anna.

 

Anna—você sabia o tempo todo!!que não era apenas os deuses que estavam contra nós mas também Miguel!

 

Callisto—eu tentei avisar-la Anna..mas Miguel...ele escuta cada palavra que sai da minha boca e logo saberia do que iriamos fazer...se eu tivesse feito isso ele iria matar-las!!

 

Anna—foi por isso que trouxe essa porcaria de bomba!!para que ele me obrigasse a congelar-las!!

 

Callisto—eu lamento...eu lamento muito Anna.

 

Anna—não lamente...ainda temos muito o que fazer.

 

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 35 - Capítulo 35--O dia em que eu morri:
lucy
lucy

Em: 12/10/2015

adoreei também !! e estou curiooosa com o que virá pela frente

bjs até a próxima

capitulaaaaaaço !!!!

😘

Responder

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Mille
Mille

Em: 12/09/2015

Uau que capitulo, ameiiiiiiiiiiiiiiii

Foi uma grande luta, tomara que elas consigam livrar a Xena e Gabriela do gelo.

Bjus e parabéns belissimo capitulo

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