Capítulo 88. O Ano Novo - Final.
A semana do ano novo chegou e com elas também vieram as boas novas do ano que se aproximava. O ano de 2010 para a família da coronel Mantovanni, havia sido cheio de altos e baixos também. Todo o desespero, os problemas por qual passou serviram para deixarem a coronel mais forte, pois ela melhor do que ninguém sabia que tudo isso seria superado e ainda mais com o apoio da esposa a quem tanto amava, como o apoio dos filhos que apesar de pequenos já entendiam muita coisa, principalmente Celina que a cada dia se parecia mais com Andressa.
-- Bom dia meu amor, dormiu bem? Perguntou Andressa quando viu que Márcia já havia acordado e estava brincado com os filhos no tapete da sala.
-- Sim minha linda primeira dama e você?
-- Eu dormi otimamente bem meu anjo e com você ao meu lado, não há como não se sentir bem!
-- Isso é muito bom de ouvir logo pela manhã. E agora, vamos tomar o nosso café?
-- Mas vocês ainda não tomaram café? Perguntou Andressa.
-- Acontece que eu e as crianças, resolvemos esperar a mamãe Andressa acordar e nos acompanhar nesse delicioso café que preparamos para a nossa rainha. Certo crianças?
Os filhos olharam para a coronel como se dissessem: -- Concordamos com tudo mamãe Márcia.
Assim que Andressa pegou Nicola no colo, este já foi diretamente em direção ao seio da mãe e começou a mamar. Antônia também queria mamar e com a ajuda de Márcia, Andressa conseguiu dar de mamar para os dois ao mesmo tempo. Depois foi a vez de Celina e André tomarem café junto com as mães e a folia foi total.
-- Amor você vai até o quartel hoje? Perguntou Andressa para Márcia.
-- Sim minha rainha, eu preciso falar com o André.
-- Mais é algo sério, está tudo bem?
-- Não é nada sério minha linda, eu preciso preparar o seu irmão para a mudança de patente pois daqui a uma semana ele já será major e comandante da Força Tática e eu assumirei o batalhão de Choque. Portanto, preciso estar dando apoio ao meu cunhado e ele merece. Aliás, é cunhado em dose dupla.
-- É realmente, o meu caso é igual ao seu, ou seja, afinal de contas ele namora com o seu irmão.
-- E parece que estão muito felizes. E o pequeno Giuseppe diz que ele é muito carinhoso.
-- Mas o André sempre foi assim, Ainda bem que ele não puxou para aquele animal do meu pai.
-- Se ele fosse igual ao seu pai com certeza não estaria com o meu irmão, porque aquele ali é igual ao velho. Quando desce do salto só Deus sabe o que pode acontecer.
-- Imagino! – Aquele fofo do meu cunhado apesar de ter cara de bebê é terrível, falou rindo.
De repente escutaram um barulho na cozinha e Celina veio correndo para a sala e chorando apontou para a porta da cozinha falando para as mães que estavam sentadas no sofá.
-- Dé caiu mama!
Márcia se levantou e foi correndo para a cozinha e ao chegar viu que o filho estava caído próximo ao fogão. André havia subido em uma cadeira e essa virou derrubando o menino que chorava e colocava a mão na cabeça. A coronel pegou o filho no colo, enquanto Andressa tentava acalmar a filha que chorava compulsivamente. Ao verificar o estado de André, viu que o menino estava com um sangramento na testa e isso preocupou a coronel, pois viu que sangrava muito. Pediu para a esposa que ela avisasse Laura sobre a queda e que elas o estavam levando ao consultório.
-- Andressa venha imediatamente para cá com o André que eu estou esperando, falou a madrinha do menino.
Andressa imediatamente ligou para o irmão e esse também se dirigiu ao consultório. Márcia saiu apressadamente e disse que assim que a médica examinasse o filho, ela ligaria falando o resultado.
Ao chegar com o menino, Márcia imediatamente o levou até a sala de Laura. A médica quando viu o pano molhado de sangue, se assustou e pediu para a coronel que ela tivesse calma que tudo se resolveria.
-- O que aconteceu Márcia?
-- Ele e a Celina estavam na cozinha e esse mocinho estava trepado na cadeira e ela virou e ele acabou caindo. Será que é grave? Perguntou para a médica.
-- Calma amiga, isso nós vamos ver agora. Vem no colo da madrinha meu fofo.
André estendeu os bracinhos e depois de estar no colo de Laura, se acalmou. A médica pediu que Márcia se retirasse da sala e aguardasse o resultado dos exames, pois ela achava que para a idade do menino que logo faria dois anos era muito sangue que havia escorrido da cabecinha dele. Por isso depois de fazer o curativo, resolveu fazer um exame detalhado. Enquanto André estava brincando no consultório da madrinha, os exames ficaram prontos e graças a Deus, nada de anormal havia com o pequeno. Isso deixou Laura mais tranquila, pois ela achava que o menino estava com algum coágulo na cabeça, mas tudo estava normal. Ao chamar a coronel, viu que André (tio) estava conversando com Márcia e esse perguntou para a amiga:
-- E ai Laura, como está o nosso menino?
-- Graças a Deus está tudo bem com ele, não é pequeno da madrinha?
O menino quando viu o tio, estendeu os bracinhos e esse pegou o sobrinho no colo e começou a fazer carinho até que ele dormiu. Márcia perguntou se estava tudo bem mesmo com o filho, pois o desespero estava estampado em sua face e Laura sabia o quanto os filhos eram importantes para a coronel. Tratou de tranquilizar a amiga e falou:
-- Márcia quando você chegou com o André aqui, eu achei que algo de mais grave havia acontecido e resolvi fazer um exame bem detalhado do nosso pequeno, porque achei que ele estivesse com algum coágulo na cabeça, pois era muito sangue para um bebê só. Porém, graças a Deus e a saúde que ele tem, nada de anormal foi confirmado e isso me deixou em estado de graça, porque esse baixinho é muito importante para nós, assim como todos os outros, pois somos uma grande família e isso afeta a todos nós.
-- Mas ele está bem Laura? – Se algo acontecer com algum deles eu acho que vou ficar louca!
-- Está tudo bem! – Agora quando chegarem em casa, dê um banho bem relaxante nele, uma sopinha bem gostosa e depois dê esse remédio para dor e observe como ele reage. Se precisar não hesite em me chamar. Mais tarde passarei em sua casa.
-- Porque vocês todos não vão lá em casa jantar, assim Andressa ficará mais tranquila e a Celina também.
-- Por mim tudo bem, falou André e você Laura?
-- Eu aceito e talvez possamos dormir por lá, o que acha coronel?
-- Eu ficaria muito agradecida aos dois. Então está combinado à noite nos veremos. E você André, traga aquele porcaria do Giuseppe, ok?
-- Certo cunhada então até mais!
A coronel saiu do consultório e com tudo o que havia acontecido com o filho, deixou para conversar com o cunhado à noite quando todos estivessem em casa. E também decidiu ali mesmo naquela noite, revelar tudo o que descobrira sobre as falcatruas que por um tempo emporcalharam a Força Tática. Logo estava em casa e ao entrar com o pequeno que dormia, Andressa perguntou?
-- E então meu amor, o que a Laura disse?
Márcia sentou-se no sofá e contou para a esposa o que a médica havia falado e Andressa ficou mais calma.
Celina que estava dormindo, acordou e veio até a sala e quando viu a mãe e o irmão começou a chorar. A coronel pegou a filha no colo e falou:
-- Calma minha princesinha, o seu irmão está bem. Só precisa de um bom banho, comer e descansar. Está tudo bem, falou abraçando a filha que agora já estava um pouco mais calma. Ela e André se davam muito bem e agora a pequena fazia carinho no irmão que acordou e deu um sorriso deixando a irmã mais alegre.
-- Mas agora que tal todos tomarem banho para almoçar e dormirem um pouquinho?
-- Ótima ideia meu amor, o que acham crianças? Perguntou aos filhos.
Nicola e Antônia começaram a reclamar de banho e fome, mas a coronel achou melhor cuidarem primeiro de André e depois dos outros três. Depois de todos terem tomado banho e se alimentado, a coronel colocou uma música angelical infantil bem suave para acalmar o ambiente e com isso os filhos dormiram rapidamente.
-- Ai amor que música gostosa, sente só a tranquilidade e a calma dos nossos filhos!
-- Sim Andressa minha primeira dama, agora está tudo bem, mas você não imagina o susto que eu passei. Mas agora tudo está em paz!
-- Ainda bem meu amor, você nem imagina o estado que a nossa pequena ficou e isso desencadeou uma choradeira só aqui em casa. Ainda bem que a sua mãe e o seu pai chegaram e me ajudaram com os três.
-- E a sua mãe amor, não estava?
-- Ela foi ao médico e depois ia se encontrar com o coronel para almoçarem juntos.
-- Isso porque ela não queria saber de homem, imagine se quisesse, falou rindo para esposa que também concordou com a coronel.
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À noite por volta das dezenove horas a casa da coronel começou a receber os “parentes”, pois pelo andar da carruagem, ali se formaria uma grande família. André e Giuseppe chegaram antes de Laura e Silvana. Cláudia e Solange assim como os outros amigos, chegaram logo depois. As crianças estavam brincando e Andressa percebeu que o filho estava mais animado e ainda no colo da madrinha, era animação demais.
Quando estavam se preparando para o jantar, Márcia pediu um minuto de atenção e falou para todos os presentes:
-- Caros amigos e familiares, hoje não só eu como minha esposa passamos um dia infernal. O meu filho andou tendo um pequeno acidente aqui em casa, mas graças a Deus já está tudo bem com o nosso André segundo nos disse a Laura que é madrinha desse porquinho gordo. Aproveitando esse clima de pós-natal e pré ano novo, eu gostaria de fazer algumas revelações e também um pedido para os meus pais e meus sogros.
-- Diz logo amor, essa espera está me deixando curiosa!
-- Meus queridos pais, nós sabemos e sentimos que aqui nessa turma toda falta alguém que nos foi tirado há algum. Senti muito ódio sim desse que era meu saudoso irmão Nicola, mas, porém, algo me fez ver que nós não podemos impedir que certas coisas aconteçam porque somos meros mortais. Todos sabem o qual sinto a sua falta e por uma falha minha, meu irmão está morto e isso eu não consigo esquecer. Talvez se eu tivesse sido mais benevolente, ele ainda estaria aqui junto a nós. Pergunto-lhes: -- Quem não erra nessa vida? – Quem sou eu para julgar as atitudes que o Nicola teve, sendo que eu também tenho os meus defeitos? – Mas agora que tudo passou, eu conversei com a minha esposa e chegamos a conclusão de que com tudo isso que se passou, nós ficamos mais fortalecidos e agora pai, eu gostaria de pedir que o senhor e a mamãe, fossem os padrinhos de batismo do Nicola. Vocês aceitam?
O coronel que já estava chorando pelas coisas que a filha havia falado, se aproximou e pegou o neto no colo. Olhou para o menino e depois para a esposa e após essa acenar positivamente com a cabeça, o velho coronel falou:
-- Filha esse é o maior presente que você poderia ter dado a esses dois velhos que estão aqui. Você sabe o quanto eu e a sua mãe sentimos a falta do seu irmão. Nós amamos demais esses meninos e agora a felicidade dobrou de tamanho e nós aceitamos sim batizar esse baixinho safado, disse o velho que estava com o neto no colo e esse sorria para os avós. Mas e a Antônia, quem vai batizar?
Todos ficaram em silêncio afinal a pergunta de dona Carlota tinha fundamento. Foi nessa hora que Andressa virou para a mãe e o padrasto dizendo:
-- Eu não vou falar nada porque eu acho que a Márcia já disse tudo o que precisávamos ouvir. Mas eu não posso deixar de agradecer e expressar o quanto eu sou feliz com essa família. E aproveitando esse momento, eu quero agradecer a você mamãe que sempre esteve ao nosso lado meu e do André, nos defendendo daquela fera que tínhamos como pai e que agora nós sabemos o quanto a senhora esta feliz ao lado desse homem maravilhoso que é o coronel Raimundo que já se tornou e foi eleito pelos meus filhos como avô, só me resta pedir que vocês batizem a nossa menina. Vocês aceitam serem os padrinhos da Antônia?
Dona Severina que chorava com as palavras que a filha dizia e isso também tocou a todos, inclusive ao coronel Raimundo, respondeu:
-- Minha filha eu agradeço tudo o que passei com o seu pai, porque desses anos vividos com aquele demônio, eu tive duas alegrias na vida que foram o André e você. Agora eu estou tendo uma felicidade maior e nós aceitamos sim batizar essa gatinha linda.
-- Eu aceito e com muito prazer, falou o coronel Raimundo que brincava com a menina e dava também atenção aos outros três netos.
-- Bom então que tudo está acertado e já temos os padrinhos, vamos batizar os dois no primeiro dia do ano. Eu já conversei com o capelão e ele disse realizará o batizado e claro ficará para o almoço, falou a coronel para todos que comemoraram.
-- Não é a toa que ele está cada vez mais gordo e barrigudo, falou rindo a coronel Monteiro que com esse comentário fez todos caírem na risada.
O jantar transcorreu normalmente e como era antevéspera de ano novo, a coronel resolveu que já era hora de contar sobre as tais revelações. Chamou a coronel Monteiro de lado e falou que iria contar tudo o que havia descoberto sobre a parte podre da polícia militar.
-- Meus caros amigos que aqui estão, tenho outro comunicado a fazer.
-- O que foi dessa vez filha, qual o comunicado? Perguntou o coronel Vaz Amorim olhando fixamente para Márcia.
Olhando para todos e depois de tomar fôlego, a coronel falou:
-- Eu sei que vocês devem estar se perguntando como as coisas chegaram ao ponto que culminou na prisão de alguns conhecidos nossos e a morte do Gutierrez. Tudo começou um mês depois que eu já estava na Força Tática. Primeiro foi a minha desavença com o subtenente Hainz, depois infelizmente aconteceu a morte do Clóvis e depois o resto vocês já sabem como terminou.
-- Mas como assim Márcia, eu não entendi até agora nada do que você está falando! Exclamou o coronel Tavares que sob os olhos atentos dos demais era observado.
-- Simples meu caro Tavares! – A Força Tática como todos nós sabemos é como se fosse a Rota, mas é claro que sem o armamento potente que nossos tem. Quando o Clóvis passou a me assessorar ele me deu alguns relatórios que estavam em um pen-drive e eu comecei a analisar um por um. É por isso que as vezes você me encontrava na biblioteca amor e eram coisas que eu não poderia revelar a ninguém.
-- Mas porque amor até de mim você teve que ocultar tais informações?
-- Minha querida primeira dama, isso eram coisas e assuntos referente ao batalhão que eu comandava. Não tinha nada a ver com a cavalaria ou qualquer outro. Eram coisas confidenciais que somente eu e o Clóvis sabíamos e isso não poderia vazar. E mesmo assim com todo esse cuidado o major Assunção acabou sendo assassinado embaixo do meu nariz e a partir desse momento eu tive que me virar sozinha. Porém, depois do enterro do major, eu recebi a visita do sargento Lopes e me disse na época que havia algumas coisas que eu não sabia, mas que isso ficaria em sigilo absoluto. Uma delas foi a descoberta sobre o Hainz...ele já sabia de tudo o que acontecia por lá e só estava esperando para colocar as mão no seu pai minha linda e nos outros crápulas. Quando ele me viu achou que eu também fazia parte do bando e aproveitou a morte do pai para me pressionar. Só que eu fui mais esperta e acabei por pressioná-lo e tem mais, ele estava na execução do Barbatana e eu disse que se ele abrisse a boca o fim dele seria igual ao do pai ou ao do meliante. A Cláudia a essa altura já sabia de tudo e também me ajudou dizendo que não interessava se ele era do serviço reservado ou não, mas que se ele quisesse sair vivo dali, que ficasse de bico calado.
De acordo com o que a coronel ia narrando os fatos, todos estavam de boca aberta. Pois ninguém imaginava que ela passara por tudo isso, nem os amigos que só depois entenderam o porque de tudo haver acontecido até culminar com o que aconteceu, pois a vida da família da coronel Mantovanni estava em perigo e ela não poderia tomar outra atitude que não fosse aquela que resultara no final do coronel.
-- Mas filha porque você não se abriu comigo?
-- Papai eu não podia porque a minha esposa e os meus filhos estavam em risco. E depois que aquele traste invadiu a minha casa é que eu tive a certeza de que ele não hesitaria em mata a Andressa e as crianças. Foi muito duro para eu ter que me separar deles e lutar contra tudo o que acontecia ao meu redor. Mas como eu sempre tive amigos fiéis, a única maneira que eu achei foi traçar todo esse plano e arriscar a minha patente em relação ao subtenente Hainz por saber que a qualquer hora ele poderia me entregar à DPM (Serviço Reservado), mas eu tinha que correr o risco.
Andressa se aproximou de Márcia e abraçando a coronel disse:
-- Meu anjo você sofreu tanto por nossa causa e nem a mim você podia contar o que acontecia só para proteger a mim e aos nossos filhos.
-- Eu faria tudo novamente Andressa para proteger e defender vocês. Até morrer se fosse o caso, mas a minha prioridade era vocês, a minha família amada.
Andressa em resposta deu um beijo apaixonado em Márcia e todos aplaudiram. André que estava no colo da madrinha quis descer e ir no colo da mãe e com isso Celina também tomou a iniciativa do irmão. Nicola e Antônia dormiam no colo dos avós. O coronel olhou fixamente o neto e falou para a esposa.
-- Olha Carlota ele não está parecido com o nosso Nicola?
A velha olhou para o menino e disse ao marido:
-- É verdade Giuseppe, até o furinho no queixo é igual. Porém, a única diferença é a cor do olhos e os cabelos quase avermelhados que são marca registrada da nossa nora.
Severina e Raimundo também admiravam Antônia que dormia bem aconchegada no colo da avó. Ambos não cabiam em si de tanta satisfação e foi a sogra da coronel que comentou:
-- Ela parece com a Andressa quando era bebê. Os cabelos e a feição são iguais, somente os olhos é que são iguais ao da Márcia e eu estou muito feliz Raimundo e você?
-- Eu não tenho nem o que dizer só agradecer ter te conhecido e ganhado essa família linda e esses netos maravilhosos.
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A véspera do ano novo chegou e com isso novamente a correria estava feita. Os preparativos para o jantar e o batizado das crianças deixavam todos em polvorosa. Os filhos da coronel sentiam o clima e com isso cooperavam para a bagunça geral. André já estava bem melhor, mas as mães não tiravam os olhos dele e Celina por sua vez estava sempre policiando o irmão que não gostava nem um pouquinho disso.
Por volta das dez horas da manhã, todos já estavam na igreja de Santo Expedito. O coronel Mantovanni não cabia em si de tanta felicidade que estava sentindo que acabou passando mal, pois a pressão do velho estava um pouco alterada, mas depois de medicado o doutor Magalhães liberou o velho para o batizado do neto. Logo dona Severina e o coronel Raimundo chegaram à igreja e não demorou muito Márcia, Andressa e as crianças chegaram. Com todos os presentes na igreja, o capelão deu início à celebração.
-- Meus caros amigos e irmãos, estamos aqui hoje nessa bela véspera de final de um ano que se vai ao qual fora esse atribulado para todos nós e na espera do outro que se aproxima trazendo a esperança e a continuação dos planos e sonhos que não foram concretizados até esse momento. Eu estou novamente aqui e me sinto feliz por estar entre amigos e os familiares desses ao qual conheço há anos, principalmente os coronéis Vaz Amorim, Mantovanni (pai), Raimundo entre tantos outros que aqui estão. Mas o que mais me deixa realizado é saber que a nossa amiga coronel Mantovanni encontrou a paz e a felicidade que tanto procurou conseguindo formar a tão sonhada família e com isso teve o apoio, a paciência, o companheirismo e o amor da Andressa. Com isso vimos nascerem quatro crianças maravilhosas que acabaram de concretizar esse casamento sólido e regado a tudo principalmente ao amor. E hoje estou novamente aqui, nesse mesmo local onde a pouco mais de um ano, batizei André e Celina e agora, faço com muito gosto o batizado de Nicola e Antônia.
Depois de todos os procedimentos e as bênçãos dadas pelo capelão chegava a hora da pia batismal ao qual o coronel Marcondes assim era conhecido o capelão pronunciou a todos:
-- E assim como fiz com os seus irmãos André e Celina, eu vos batizo Nicola Augusto Pires Paiva Mantovanni e Antônia Letícia Pires Paiva Mantovanni em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém! Que Deus guie os passos de todos vocês.
Terminada a cerimônia, todos foram até a churrascaria, pois haviam combinado isso para o almoço e à noite iriam passar o ano novo na casa do coronel Mantovanni. Andressa estava mais do que feliz e não via a hora de chegar em casa e curtir a coronel até à noite.
Depois de almoçarem, todos se despediram uns dos outros e confirmando presença se encontrariam logo mais na casa do coronel. O velho beijou os netos e puxando Márcia de canto falou:
-- Filha obrigada por dar a mim e à sua mãe essa alegria. Eu sei o quanto é difícil para você o Nicola não estar aqui, mas peço que não se culpe pelo o que aconteceu. Você fez tudo o que era possível, mas Deus não quis e agora eu como pai de vocês peço a você filha que fique em paz e lembre-se que você tem a todos nós, a sua esposa e os seus filhos. Viva a sua vida e o que passou já não voltará mais.
A coronel que agora chorava com as palavras do velho coronel Mantovanni disse olhando para o pai:
-- Obrigada papai, o senhor não imagina o quanto é bom ouvir isso do senhor. Agora vou me sentir em paz e terei mais força ainda para seguir em frente. Eu amo o senhor!
-- Eu também filha, amo demais você. E peço que perdoe esse velho rabugento que não conseguiu como vocês acompanhar a modernidade e as coisas que aconteceram. Mas a vida inteira eu só aprendi uma coisa, ser policial e tem mais, ainda bem que você não puxou rabugenta com todos principalmente com os seus comandados como eu fui.
-- Como o senhor mesmo disse, já passou e tem mais, a época do nono Genaro era uma, a sua foi outra, a minha é um pouco mais moderna e a dos seus netos será mais ainda do que a minha. Portanto coronel, eu não tenho o que perdoar porque o senhor fez o melhor que pode e agora, vamos virar essa página porque daqui a algumas horas um novo ano se iniciará e eu quero o meu velho rabugento de cabelos grisalhos muito feliz e curtindo toda a família e os nossos amigos.
O velho coronel abraçou a filha e Andressa juntamente com dona Carlota ao verem a cena, logo imaginaram que os dois haviam se entendido, pois tanto uma como a outra sabiam que os dois estavam com uma pequena rusga em relação ao que acontecera com o irmão da coronel.
-- Acho que agora tudo está em paz dona Carlota!
-- É minha nora, agora creio que tudo ficou em paz.
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Andressa e Márcia chegaram em casa com as crianças e depois de um banho refrescante, os pimpolhos foram dormir pois a noite prometia. Celina fez questão de dormir no quarto com o irmão e os outros dois nem quiseram mamar porque estavam cansados e Nicola assim como Antônia logo pegou no sono.
-- Agora meu amor que estamos só nós duas acordadas, que tal relaxarmos naquela banheira maravilhosa e depois nos amarmos loucamente? Perguntou Andressa.
-- Hummmm... mas que maravilha! – Sabe que eu estava pensando a mesma coisa!
-- Então vamos coronel!
As duas se encaminharam para o banheiro e assim que entraram na banheira, Márcia começou a acariciar Andressa. As mãos da coronel percorriam o corpo da esposa com maestria e Andressa sabia muito bem como provocar e excitar a coronel.
Andressa desceu uma das mãos até a cintura de Márcia apertando de leve e com a outra enfiou as mãos em seus cabelos puxando pela nuca fazendo com que o beijo se tornasse mais acelerado. Mordeu levemente o queixo da coronel e isso causou um frisson e leves arrepios na esposa. Andressa apertava Márcia como se quisesse fundir seu corpo com o dela, estavam ofegantes e excitadas e a coronel sentia seu corpo arder em chamas. Márcia levou Andressa em direção à cama e depois de colocá-la deitada, a coronel começou a acariciar a esposa e assim elas chegaram ao ápice final do amor. Andressa depois de fazer amor com Márcia acabou dormindo em seus braços e a coronel também estava cansada e dormiu.
-- Vamos amor, já estamos um pouco atrasadas e daqui há pouco o seu sogro liga para saber o que aconteceu, falou Márcia descendo a escada com Antônia e Nicola que estavam em seu colo fazendo farra.
-- Já estou indo anjo, só falta colocar o sapato no André e já vou descer.
Logo depois Andressa desceu com Celina e André que estavam apostando corrida para ver quem chegava primeiro na sala onde estava a coronel. Márcia ao ver o que os filhos fizeram bronqueou com os dois.
-- Celina Eduarda e André Roberto o que significa isso? – Você já não andou caindo e rachando a cabeça mocinho e não aprendeu? -- Se isso novamente se repetir, eu ponho os dois de castigo e isso, servirá no futuro para o Nicola e a Antônia. Estamos conversados?
Celina e André recuaram e se esconderam atrás de Andressa que ficou olhando para Márcia, não acreditando no jeito que a coronel havia falado com os filhos.
-- Calma amor eles são crianças, não precisa brigar e nem falar assim!
-- Mas essa escada é muito perigosa querida, e eu não gosto nem de imaginar um deles caindo dela. É preocupação de mãe e você sabe o susto que passamos com o André, é só isso minha primeira dama.
-- Eu sei anjo, mas agora vamos esquecer isso porque há uma festa esperando por todos nós.
Quando chegaram na casa do pai da coronel, muitos convidados já se encontravam na casa do velho. Laura e Silvana foram as últimas a chegar e logo a festa estava completa.
André e Giuseppe Júnior estavam conversando e logo foram interrompidos por André e Celina. Os dois queriam ficar no colo dos tios e o menino ficou no colo do padrinho, enquanto a menina ficou no colo do irmão da coronel.
Todos estavam reunidos em volta da varanda da casa do coronel. O sargento Motta se aproximou de Márcia e perguntou?
-- Coronel será que podemos conversar por um momento?
-- O que aconteceu Motta? – Algo o está preocupando?
-- Não coronel, acontece que eu tenho um assunto para conversar com a senhora e isso diz respeito a sua sobrinha Carmela!
-- O que a Carmela, aconteceu algo com a minha sobrinha? Perguntou seriamente para o rapaz que ficou sem ação, pois ele conhecia muito bem quem era a tia da sua futura esposa.
Andressa que estava à distância percebeu o conteúdo da conversa e chamou a sobrinha e esta ficou apreensiva porque ela sabia bem quem era a tia e madrinha.
-- Ai tia Andressa, será que o Motta vai sair a pontapés daqui?
-- Carlota minha linda, sei que a sua tia é sistemática afinal, sou casada com ela há quase três anos, mas pode ter certeza que o resultado dessa conversa será muito promissora.
-- Pois bem sargento diga o que está acontecendo, sou toda ouvidos! Disse ao jovem oferecendo-lhe um cálice de vinho.
Olhando seriamente para a coronel, o sargento respondeu:
-- Coronel já tem algum tempo que eu e a Carmela estamos namorando. Sei que talvez para a senhora isso não seja surpresa, pois para quem tem o apelido de raposa do deserto nada passa despercebido. Eu já queria ter conversado sobre esse assunto, mas a Carmela temia pela sua reação e então eu esperei o melhor momento para contar. Eu e a sua sobrinha estamos apaixonados e eu gostaria de pedir oficialmente a mão dela em namoro e futuramente em casamento. Sei que a senhora deve estar surpresa, mas de antemão aviso que as minhas intenções são as melhores possíveis. Sei também a fase difícil que ela, o Enzo e a dona Silvana passaram sobre tudo o que aconteceu com o doutor Nicola, mas eu gostaria de continuar esse namoro. A Carmela é uma moça maravilhosa e eu amo a sua sobrinha. A senhora sabe que eu nunca fui dado a namoros sérios, mas ela é incrível e eu quero ser o melhor marido porque ela merece somente coisas boas. A senhora me aceita como seu sobrinho?
Márcia analisou toda as palavras que saíam da boca do jovem sargento e depois de analisar os prós e os contras, deu a sua posição final.
-- Sargento Motta, eu o conheço desde que você usava calça curta seu moleque safado. Mas diante dos fatos, de tudo o que aconteceu e sabendo o tipo de pessoa que você é, eu concedo sim que você namore a Carmela. Mas preste bastante atenção no que eu vou lhe falar e será a primeira e última vez. Se você magoar, brincar com os sentimentos dela, ou ainda um dia pensar em levantar um dedo ou gritar com ela, pode ter certeza de que eu vou te bater com um gato morto até ele miar. Portanto, você vai morrer, porque gato morto não mia. E tem mais, se você gosta mesmo e é apaixonado por ela, não tenho o porquê de não aceitar, porém, guarde bem as minhas palavras. E não é porque o seu tio é meu amigo há anos que eu não sou capaz de dar-lhe a surra que a sua mãe jamais te deu. Estamos conversados?
O rapaz que até então estava assustado e suando frio, deu um leve sorriso e falou:
-- Pode ficar tranquila coronel, isso não acontecerá, tenha certeza!
-- Eu espero sargento que isso não aconteça mesmo, mas aprenda que um dos lados sempre terá que ceder e que uma conversa franca com muito respeito, carinho, amor, compreensão e companheirismo, é fundamental para que um namoro ou casamento seja forte e solidificado.
O rapaz levantou e foi até a coronel e deu-lhe um abraço de agradecimento. Chorando ele perguntou se podia chamar a coronel de tia e essa assentiu positivamente que sim. Mas que ainda teria uma condição.
-- Que condição é essa coronel?
-- A condição é que com essa sua patente de sargento e ela começando a advogar daqui a algum tempo, você não poderão comprar uma casa tão já. Portanto você vai na segunda-feira se inscrever na academia do Barro Branco e vai cursar a escola de oficiais, o senhor compreendeu sargento Motta?
-- Sim coronel, mas a senhora pode ir comigo até lá?—É que eu não conheço nada e a senhora conhece todos por lá.
-- Ótimo então combinado, na segunda-feira estaremos lá e eu o espero às sete horas no portão principal da entrada. Agora vamos encerrar o assunto porque a sua namorada e a minha esposa estão quase enfartando de curiosidade.
Motta contou para Carmela o que eles haviam conversado e depois a menina foi falar com a tia que estava com o pequeno Nicola em seu colo, pois Zottar II estava brincando com o pequeno e ele dava altas risadas com as artes do cão. Antônia estava com dona Severina, enquanto as outras crianças brincavam na sala de brinquedos. Celina estava toda prosa ao lado de Lorena e isso não passava despercebido pelas mães que observavam tudo com felicidade.
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Meia-noite chegou e com isso o ano novo também chegara. Márcia assim como todos os que estavam na casa do coronel comemorou a sua chegada. Quanto às crianças, alguns dormiam e outros ainda permaneciam acordados. André estava no colo do tio fazendo bagunça e Celina por sua vez estava agarrada em Lorena. Os cumprimentos se estenderam a todos e a coronel estava orgulhosa com o final e o rumo que as coisas estavam tomando. Pedindo licença a todos, Márcia fez um breve resumo do que acontecera e depois de chamar a mãe de Carmela para ficar ao seu lado, anunciou o namoro do sargento Motta com a sobrinha. O coronel Tavares que era tio do rapaz foi até a moça e a cumprimentou já a chamando de minha sobrinha e todos ficaram emocionados com as palavras ditas por Carmela que foram as seguintes:
-- Hoje está sendo o começo de um novo ano para todos nós inclusive para mim. Todos aqui sabem a decepção e a tragédia que se abateu sobre os Mantovanni e principalmente em minha família que são meu irmão Enzo e a minha mãe Silvana e tudo isso se deu pela morte do meu pai. Mas como sempre acordamos com a esperança de um dia melhor, eu aprendi que tudo tem um motivo. Meu pai se foi, mas em compensação eu tenho uma família maravilhosa. Meus avós, meus tios, primos, namorado e principalmente uma pessoa em especial que é a minha tia Márcia. Peço a os outros meus tios que não fiquem com ciúmes, pois todos sabem que eu os amo de paixão, mas essa mulher que aqui está ao meu lado teve presença fundamental nessa parte da minha vida. Apoiou-nos, recebeu a mim e à minha mãe em sua casa sem cobrar nada e ainda perdoou tudo o que o meu pai fez. Portanto eu só tenho a agradecer tia Márcia toda a compreensão que a senhora e a tia Andressa tiveram conosco, sabendo separar as péssimas atitudes do meu pai e a consideração por nós. Eu amo vocês, e quanto a vocês meus queridos nono Giuseppe e nona Carlota eu e o meu irmão os temos como nossos segundos pais. E para terminar agradeço a Deus por conhecer esse homem maravilhoso chamado Adelson Motta, meu amor e minha vida e a coronel Mantovanni por compreender o amor que sentimos um pelo outro. Feliz ano novo a todos.
-- Obrigada Carmela minha sobrinha e afilhada, mas eu só fiz o que achei certo. E agora eu tenho um presente especial para você, sua mãe e seu irmão.
A coronel chamou o sobrinho e entregou-lhe dois envelopes. Um era grande e o outro pequeno. Ao abrir o rapaz perguntou?
-- Tia Márcia o que é isso?
-- Isso meu sobrinho querido e amado é a casa de vocês e esse outro envelope é a indenização que o banco teve que pagar para os Mantovanni e agora, ela é novamente de vocês.
--Então nós ganhamos a causa? Perguntou Carmela.
-- Sim minha linda, agora vocês podem fazer o que quiserem, até vender!
Todos estavam emocionados e com isso um novo ano se iniciava principalmente para os Mantovanni.
Ao chegarem em casa, Márcia e Andressa levaram os pequenos para um banho refrescante e depois os colocaram para dormir. Foi a esposa da coronel quem perguntou:
-- Está feliz meu amor por esse ano ter começado tão bem para todos nós?
-- Sim minha primeira dama e agora tenho certeza de que tudo se encaminhará para melhor e juntas estaremos preparadas para enfrentar tudo o que estiver destinado para nós. Mas a minha prioridade sempre serão você e os nossos filhos. Lembre-se que eu jurei que faria a você e a eles felizes e eu vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para que isso aconteça.
-- Você já fez e faz tanta coisa por nós meu amor que eu não tenho nem como retribuir tudo isso.
-- Você já fez Andressa! -- Teve paciência comigo, me deu seu amor, seu carinho, seu companheirismo, sua compreensão e o principal que foi curar as minhas feridas do passado e além do mais me deu quatro filhos maravilhosos e se Deus permitir quero ter mais uns dois com você minha eterna primeira dama.
-- Eu também desejo ter mais filhos com você minha vida e viver para sempre ao seu lado. Amor se eu te fizer um pedido, você realiza se for possível? – É bem simples!
-- Claro amor o que você deseja minha linda?
-- Que você viva mais cinquenta anos casada comigo, promete?
Olhando apaixonadamente para a Andressa respondeu:
-- Prometo meu amor, prometo ficar casada até mais do que cinquenta anos e sabe por quê? – Porque eu amo os nossos filhos e principalmente você que é a mãe deles.
-- Eu também sempre te amei meu anjo, desde a primeira vez em que eu te vi dando aquela palestra no Canil há dez anos e olhei fundo nesses olhos azuis acinzentados. Foi ai que eu me apaixonei pela capitã Mantovanni. E você quando foi que se apaixonou por mim?
-- Eu me apaixonei por você Andressa desde a primeira vez que você esteve no regimento. Depois que você saiu da minha sala naquele dia depois de ter me enfrentado daquela maneira. Eu te chamei de capitãzinha petulante, mas você já tinha saído. Eu já estava me apaixonando por você, só não queria aceitar a verdade e naquele dia em que o seu pai foi lá e depois naquela noite você esteve em minha casa, ai foi que eu percebi que já estava te amando e que a partir daquele momento eu já estava entregue a um novo amor.
Márcia e Andressa se amaram mais uma vez e tudo fluía normalmente. Os filhos estavam dormindo e tudo estava em paz. Um novo dia logo surgiria e com ele novas perspectivas de vida, novos planos e novos desafios. Cada uma estava em paz com a sua consciência e ali naquele lar tudo continuaria a ser como sempre foi. A coronel sabia que ela mesma iria enfrentar novos desafios no Batalhão de Choque, Andressa continuaria a comandar a cavalaria, Cláudia no Canil e com três filhos lindos, pois Solange estava grávida de gêmeos, Tavares continuaria no comando do Gate e os outros continuariam com os projetos que não haviam sido realizados. Dona Carlota e o coronel Giuseppe também estavam em paz, Severina e Raimundo haviam marcado a data do casamento, André praticamente já era casado com Giuseppe Junior que agora era vice-almirante do encouraçado Barão de Tefé, Samir estava para inaugurar uma nova loja e o tio de Andressa reinauguraria a padaria que fora do avô da esposa da coronel.
Enfim, novos acontecimentos estarão presentes na vida da família Pires Paiva Mantovanni e tanto Márcia como Andressa sabiam que chegaria, pois era só uma questão de tempo.
FIM
Fim do capítulo
Cássia & Catrina.
Santa Fé do Sul-SP/ Março 2014
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lis
Em: 04/11/2016
Boa noite Catrina, tudo bem? Bom devo te confessar que a sua história sempre passava por mim e eu não dava a minima boa rs, mas mais uma vez ela apareceu nas minhas vistas então resolvi ler a sinopse e acabei me interessando e a li em quatro dias rs, e não me arrenpendi pois ela é muito interessante nos mostra superação de traumas, amor, amizade, companherismo e acima de tudo união entre as pessoas, parabéns fantastica a história, vc escreve muito bem.
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