Capítulo 12- Nada mais faz sentido!
Mel chegou junto com os outros no vilarejo. Desceu de Anglus enquanto os homens comemoravam o resgate bom sucedido.
- Conseguimos! Gritou Gustavo se aproximando de Mel com um grande sorriso que morreu assim que pôs os olhos nela. Viu a mancha vermelha no ombro e o quanto ela estava pálida. Só teve tempo de correr para ampara-la nos braços.- Mel? Chamou ele tocando seu rosto desacordado. Quando ouviram o grito dele todos se aproximaram do rapaz que agora erguia Mel nos braços sem dificuldade.
- Levem ela para igreja! Falou o padre que acabara de chegar.
Gustavo de imediato fez com que o padre havia dito. Chegou ate um pequeno quarto e colocou Mel deitada.
- Vou buscar um médico rápido! Falou Jose – Venha comigo Gustavo precisarei de ajuda.
O rapaz olhou novamente para Mel e saiu rápido dali. Tinha agora que correr contra o tempo. Era sua única chance de salvar a vida de sua amada.
O padre se aproximou dela e colocou a mão sobre sua testa.
- Vá chamar dona Helena. Ordenou o padre a um senhor que rapidamente correu para fora da igreja para cumprir a ordem dada a ele.- Vamos Mel, não vai desistir agora né? Pergunto baixinho vendo o sangue praticamente jorrar do ombro da moça. O padre sabia ser um ferimento grande e que se não fosse logo atendida certamente não resistiria pois estava perdendo muito sangue.
As horas seguintes foram agoniante para todos do pequeno vilarejo. Saber que Mel estava entre a vida e a morte deixava a todos preocupados. Eles deviam muito aquela moça. Muitos viviam na miséria antes dela chegar e ajuda-los. Eram gratos e gostavam muito dela.
Dona Helena chegou bem antes dos médicos e com a ajuda de sua sobrinha Madalena conseguiu fazer estancar o sangue e deixar Mel limpa para chegada do médico. Esse por sua vez chegou vendado e com um capuz sobre a cabeça. Depois de examinar a paciente o doutor pediu para que saíssem do quarto deixando apenas Helena e sua sobrinha. Ele removeu a bala e costurou o ombro dela, fazendo um curativo em seguida. Levantou e foi ate a porta permitindo a entrada do padre, Jose e Gustavo que era o mais ansioso de todos.
-Então? Perguntou Gustavo demostrando todo nervosismo.
O médico terminou de lavar as mãos de sangue na bacia que estava aparada encima de uma cadeira. Ele olhou para os homens a sua frente. Não havia gostado de ter sido trazido a força, mas depois que viu de quem se tratava sabia que eles fariam ele vir por bem ou por mal.
- Ela não vai morrer por sorte! Falou ele finalmente para alivio dos presentes.- Retirei a bala e dei uns pontos. Perdeu muito sangue mais não o suficiente para leva-la a óbito. Ele olhou para Helena que entendeu que sua ação de estancar o sangue salvo-lhe a vida. Ela apenas balançou a cabeça, faria muito mais por ela se fosse preciso.- Ela precisa de repouso absoluto, terá febre que poderá ser controlada com panos úmidos sobre a testa de resto e so esperar pela reação dela.
- Obrigada doutor. Falou o padre
O médico apenas curvou a cabeça. Jose se aproximou e o vendou novamente o levando para fora.
Gustavo se aproximou de Mel. Sentiu seu peito doer ao vê-la ali tão frágil. Isso não combinava com ela. Mas pelo menos agora sabia que ela estava a salvo. Não esperaria mais para torna-la sua. Assim que Mel se recuperasse iria pedi-la em casamento. Não descansaria ate tornar isso uma realidade. Enquanto pensava fazia carinho em seu rosto e não percebia que Madalena acompanhava seu gesto com tristeza em seus olhos.
Linhares entrou na delegacia e se deparou com Julia em pé parada em frente à janela olhando para fora com o ar perdido.
- Espero que não tenha ficado chateado por eu ter quase capturado sua caça. Falou ele rindo sentando em uma cadeira de frente a mesa de Julia e colocando os pés sobre a mesma.
- O que veio fazer aqui? Perguntou Julia sem se dar ao trabalho de se virar.
- O que você viu hoje. Ajuda a pegar Mel Kibosn. Falou mordendo uma maça que trouxe consigo.
- Não pedi ajuda nenhuma, muito menos a sua. Julia finalmente veio ate ele só colocando de frente aquele homem que tanto detestava.
- Não fique tão nervosa querida. Ele se levantou e caminhou ate perto de Julia que recuou com a proximidade dele.- Também estava morrendo de saudade da minha noivinha.
- Não somos noivos já falei isso antes de vir para cá. Falou ela perdendo a paciência, estava emotiva e com os nervos à flor da pele e ele ali naquele momento não estava ajudando em nada.
- Seu pai deu sua mão para mim e disse que assim que voltasse você se tornaria minha esposa. Mas como estava demorando muito aqui resolvi com a permissão de seu pai e do prefeito vir ajuda-la e aqui estou.
Julia olhava para ele e sentia repulsa compulsiva tinha vontade de soca-lo por estar ali por ter atirado em Mel.
- Case-se com meu pai então eu disse que não me casarei com você.
Ele pareceu não se abalar. Riu alto e balançou a cabeça caminhando para porta. Não se importava com que aquela mulherzinha pensava. Ela iria ser dele de qualquer jeito, no entanto sua ida ate aquele fim de nunca eram outros. Iria matar mais de um coelho com uma só cajadada.
- Vou deixar você descansar um pouco parece irritada. Seu tom era irônico. – Depois iremos rever toda essa sua tática de pegar essa bandida. Ele ficou sério e Julia sentiu um arrepio de medo. Ele fechou a porta e se foi deixando Julia com aquela sensação de que as coisas estavam ficando fora do seu controle. Conhecia bem aquele homem e ele não brincava em serviço. Temeu por si e por Mel.
Pensou novamente na loira. ”Será que ela está bem”?
- Mel que esteje bem. Pediu baixinho como se ela pudesse ouvi-la. Para Julia nada daquilo fazia mais sentido, pois a única coisa que conseguia era pensar em Mel.
Fim do capítulo
Quero agradecer o carinho de vocês... ta sendo corrido eu sei mas já havia postado até o 20°, consegui recuperar alguns e outros estou reescrevendo.
Espero que estejam conseguindo acompanhar.
Bjos
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