Capítulo 7- Enganada
Julia entrou no banco com seus homens logo atrás. Viu Mel de costas para a entrada.
- Levante as mãos e uma ordem Mel Kibson! Ordenou ela ainda parada no batente da porta do banco. Julia estava tensa sentia que ali havia algo errado. Caminhou devagar até para atrás da Mel com a pistola apontada para ela.
- Levante as mãos mel é uma ordem! Ordenou novamente, mas sem nenhuma resposta da mesma que continuava parada no mesmo lugar sem demostrar reação alguma.
- Você está surda? Perguntou perdendo a paciência e indo ficar de frente para ela tendo a surpresa de ver que a mulher ali na sua frente não e era Mel kibson. A mulher só era parecida com ela de costas, as roupas eram de Mel mas não era ela, tinha a boca tapada e as mãos estavam amarrada na boca do caixa com uma corda impossibilitando a coitada de fazer qualquer movimento.
- Não acredito! Falou ela tirando a mordaça da boca da mulher que chorava copiosamente. - Calma vai ficar tudo bem. Disse tentando acalmar a mulher que fazia um escândalo naquela altura. Ordenou aos homens que a soltassem e correu para fora do banco. Olhou em volta forçou a memória e lembrou quase de imediato da mulher que saiu com os reféns de vestido vermelho e com a sombrinha tapando por completo o rosto. Julia não havia dado tanta importância ao fato por estar com a atenção toda para dentro do banco. Julia correu entre apequena multidão de curiosos que se formava na rua próxima ao banco. Procurava entre eles algum vestígio da mulher de vestido vermelho que supostamente seria Mel. Não encontrou nada nem mesmo o barulho do cavalo dela se distanciando. “ Fui enganada, feita de trouxa por ela” pensou parando depois de tanto correr numa procura em vão. Com certeza ela já estaria bem longe dali. “Como ela era esperta”. Pensou frustrada. Não notou a presença do Cabo que falou.
- Parece que ela escapou Xerife!
Julia olhou para ele como se tivesse saindo de um transe e olhou para ele que uma cara que fez o pobre coitado recuar como uma raposa.
- Jura? Eu nem tinha percebido isso cabo! A raiva tinha tomado toda a consciência de Julia. O que não era comum para ela.
- Desculpe Xerife eu não e qui...
- Cale –se! A última coisa que preciso agora e de desculpas. Falhamos e isso e imperdoável para mim.- Respirou fundo tentando se acalmar daquele jeito não conseguiria nada tinha que manter a calma. Foi só uma batalha perdida não a guerra.- Faça os homens voltarem aos seus postos imediatamente.
- Sim senhora! Respondeu o cabo tratando de sair dali logo antes que sobrasse para ele.
Julia montou na sua égua e seguiu em direção a delegacia. Sabia que viriam cobranças e tinha que está bem para o que estava por vir. Uma avalanche.
Entrou na sua sala sentou- se na cadeira e apoiou o rosto entre as mãos com o cotovelo aparado na mesa. Tentava pôr as ideias em ordem.
- Eu sabia que era um erro confiar em uma mulher para fazer o serviço de um homem! Ernesto Ribeiro entrou gritando na sala dela acompanhado por outros senhores da mina, tirando Julia de seus pensamentos e fazendo q a mesma praticamente soltasse da cadeira ficando de pé e sustentando o olhar de ódio que era lançado para si.
Mel cavalgava o mais rápido que podia trajando aquele vestido que a incomodava demais encima de Anglus, além do peso extra que carregava na cintura não ajudar muito. Depois de mais algum tempo ela chegou ao pequeno povoado. Caminhou para atrás da igreja e depois de descer de Anglus, entrou por uma porta que havia atrás na igreja. Entrou dentro de uma sala onde estavam todo reunidos esperando por ela. Mas todos ficaram surpresos com a mulher que entrou pela porta.
- Nossa eu sempre sonhei em ver você assim Mel mas tenho que confessar ficou horrível.
Todos caíram na gargalhada menos Mel que fechou a porto se dirigiu para perto de uma cômoda e de lá tirou uma peça de roupa que deixava guardado para ocasiões como aquela.
Entrou em outro cômodo para trocar a roupa enquanto os amigos ainda riam dela. “ Imbecis! Nem ficou tão feio assim”. Pensou ela colocando o chapéu. Ficou chateada em ter deixado o que mais gostava para trás, mas eram ossos do oficio. Quando voltou para sala onde todos estavam jogou o saco de dinheiro encima da mesa.
- Não fica chateada Mel, mas assim e bem mais você. Disse Gustavo com olhar apaixonado.
- Tenho que concordar com o Gustavo. Completou o padre
- Terminaram a chacota? Perguntou Mel. – Essa foi a única ideia que tive, funcionou ne?
- Nós ficamos sabendo Mel! Gustavo estava lá em Sant Luis acompanhando tudo viu na hora que a xerife saiu do banco com a maior cara de boba. Riu Seu Jose acompanhado pelos outros.
Mel porém ficou séria.
- É Mel deu até peninha dela, realmente achou que fosse prender você. Mais gargalhadas.
Mel permanecia seria. Sem dúvida uma fuga pra ficar na história dela, motivos para se comemorar não faltavam mas Mel não se sentia bem com isso. Sabia que deveria estar feliz, mas não estava nem um pouco. E só de imaginar como ficou a Julia isso doeu seu coração. Mas era isso ou ser presa e isso ela não poderia deixar acontecer.
- Conte o dinheiro padre e faça as distribuições. Falou ela caminhando em direção a porta.
- Onde vai Mel? Perguntou Gustavo indo até ela.
- Sair preciso respirar ar fresco aqui estou sufocada. Respondeu ela com a mão na maçaneta.
- Mas sempre comemoramos e esse tem bem mais motivos Mel! Gustavo questionou tentando fazer ela mudar de ideia.
- Bebam por mim, hoje não estou muito afim. Disse isso saiu.
- O que ouve com ela? Perguntou Gustavo aos demais tinha ficado decepcionado, pois era o único momento que conseguia falar com ela.
- Não sei. Responde o padre estranhando aquela atitude.
Jose coçou a barba com um pequeno sorriso nos lábios.
“Há Mel você e realmente difícil, ate por quem se apaixona e complicado para você”
Fim do capítulo
Mel mais uma vez é agora enganar a Xerife tadinha né!
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