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Entre olhares e sorrisos: encontrei você por Gi Franchinni

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Capítulo 38

Clara havia tido um dia de trabalho muito cansativo e estressante, assim, decidira ir direto para casa, se trancar no quarto para assistir a um filme e não ver mais ninguém naquela sexta-feira tensa. Dessa forma, logo que acabou seu expediente, a jovem rumou para seu apartamento e após tomar um prolongado banho relaxante, deitou-se na cama e começou a assistir a um filme de romance que acabara de começar.
 
A blusa de Mariana continuava em sua cama e a morena pensava na loira enquanto assistia ao filme, na verdade, mais pensava do que assistia. Clara imaginava o tempo todo o momento em que retornaria a ver Mariana, cada dia que se passava na semana a fazia ficar mais ansiosa, pois sabia que a loira estava prestes a voltar para o Brasil, porém, não sabia a data exata, por isso estava desejando que seu primo Alex retornasse logo do interior para lhe dar informações.
 
Clara também queria partilhar com ele sua mais nova decisão, queria contar logo o que havia acontecido entre ela e o Gustavo e afirmar para o primo o quanto havia sido idiota por ter deixado Mariana naquela noite de Ano Novo, queria ainda assumir o quanto havia sido egoísta por menosprezar os sentimentos de Mariana por causa de seu próprio medo, mas principalmente, queria assumir para o primo que ela realmente é lésbica.
 
Contudo, a comunicação com Alex estava praticamente impossível e o jovem apenas mandava algumas mensagens para ela quando ia até o centro da cidade, onde o sinal do celular pegava. Na última mensagem, o jovem avisara Clara que iria retornar somente na outra semana, deixando-a ainda mais ansiosa. Até por que, ela ainda não havia dito nada para o primo sobre seus planos, nem ao menos que havia decidido ir atrás de Mariana e se assumir para seus pais, dessa forma, sua ansiedade duplicava pelo simples fato de não ter compartilhado aquela decisão com ninguém.
 
- Ai meu Deus, volta logo, Alex, por que você foi resolver ficar esse tempo todo no sítio??? Aii, não sei como consegue ficar todo esse tempo num lugar que não tem nada para fazer, sem internet, sem sinal de celular. - Falava a morena, de maneira ansiosa. - Preciso saber se a Mari vai chegar amanhã, ela havia me dito que ficaria um mês e pouco na Itália, acho que já completou os dias.
 
Clara continuava pensando na chegada de Mariana ao Brasil, quando de repente escutou seu celular tocar, correu até a cômoda e pegou o aparelho de forma apressada, como se já pressentisse o que viria a seguir.
 
- Meu Deus, é uma mensagem do Alex.
 
A jovem abriu a mensagem e quando leu o que estava escrito, sentiu suas pernas bambearem e o coração palpitar de uma maneira rara:
 
"Prima, acabei de ficar sabendo de uma coisa e acho que vc tb precisa saber: a Mari já tá no Brasil, quem sabe esse não é o momento de vc parar de lutar contra sua felicidade e ir atrás do seu grande amor??
PS: Se essa msg chegar, acho que já é um sinal para vc agir!!"
 
Clara leu e releu a mensagem várias vezes até conseguir acreditar na novidade que Alex lhe contara.
 
- Meu Deus, a Mari, minha Mari chegou, está aqui, tão próxima de mim. - Clara falava surpresa e seu coração continuava acelerado. - Eu preciso vê-la, eu.. eu... aii, como estou com saudades.
 
A morena mal conseguia organizar as ideias, sabia somente que aquela notícia mexera completamente com seu interior. Percebeu que a saudade que sentia de Mariana era muito maior do que imaginava, não poderia esperar mais nenhum minuto para reencontra-la.
 
- Vou te pedir perdão agora, não dá mais para ficar sem você, Mari, não dá. - Clara respirou fundo, começou a tirar tudo o que vestia e correu até o guarda-roupa para procurar algum vestido que a deixasse ainda mais bonita.
 
Fazia tempo que a jovem não se sentia tão disposta para se arrumar e aparecer bonita para alguém, era a primeira vez, desde que terminara com Mariana, que Clara sentia um impulso de querer viver e realizar seus objetivos. Assim, a morena pegou um vestido preto, que não era nem muito chamativo nem muito simples e o vestiu, depois passou uma leve maquiagem no rosto e quando estava quase pronta, ficou um tempo olhando para si mesma no espelho.
 
- Coragem, o amor da sua vida está há menos de uma hora de você, agora é hora de mostrar o quanto você está arrependida por todas as besteiras que cometeu com ela, vamos lá Clara, seja humilde e não fraqueje.
 
Depois de falar de maneira firme consigo mesma, através de seu reflexo no espelho, Clara desceu para a garagem e adentrou em seu carro, colocou as mãos ao volante e antes de ligá-lo, voltou a respirar fundo e dizer:
 
- A Mari está esperando por mim, tenho certeza, ela deseja isso, ela está esperando que eu me redima com ela e é isso que vou fazer. Meu Deus, me ajuda, coloque as palavras certas na minha boca quando eu for falar com a Mari, eu preciso do perdão dela, eu preciso daquele amor de volta.
 
Clara ligou o carro e seguiu confiante em direção ao único lugar que almejava estar: a casa de Mariana. Durante o caminho a morena foi tecendo mentalmente quais seriam as suas primeiras palavras para Mariana, no entanto, sabia que na prática tudo acontecia diferente e isso a deixava ainda mais nervosa.
 
Depois de quase uma hora a jovem chegou em frente ao prédio de Mariana, olhou para a janela e viu que havia uma luz acesa, seu coração se acelerou ainda mais.
 
- Minha Mari está aqui.
 
Sua respiração estava tão rápida quanto seu coração, porém a jovem não quis esperar mais nenhum minuto dentro do carro e foi logo correndo em direção ao prédio. Por sorte a jovem se encontrou com um morador que estava saindo do prédio no momento em que ela estava chegando, assim ela aproveitou-se para entrar sem precisar tocar o interfone, até por que não queria correr o risco de não ser recebida por Mariana.
 
Subiu pelo elevador e quando chegou ao corredor que dava para a porta do apartamento da loira, várias lembranças boas lhe vieram à mente, tranquilizando seu coração.
 
- "É a Mari, minha loirinha, vai dar tudo certo."
 
Clara caminhou até a porta, tocou a campainha e ficou esperando a loira atender, enquanto organizava suas emoções. Porém, a jovem não atendia, fazendo com que seus sentimentos ficassem ainda mais à flor da pele, seria uma tortura ter chegado até ali, em frente a porta de entrada da casa de Mariana e não vê-la.
 
- Não acredito, não é possível que a Mari saiu.
 
A jovem tocou a campainha mais uma vez, porém, novamente a loira não apareceu.
 
- Será que ela está dormindo? - Disse Clara olhando no relógio. - Não, não é possível que a Mari já esteja dormindo, se bem que ela pode estar cansada da viagem.
 
Clara falava sozinha, tentando se convencer de que Mariana estava em casa, porém, após ter tocado a campainha por mais uma vez e ter esperado em vão a loira aparecer, a jovem olhou para o tapete e pensou consigo mesma se Mariana ainda guardava uma chave extra lá.
 
Inevitavelmente, Clara se abaixou e de maneira veloz levantou o tapete, avistando a chave extra da porta.
 
- Não acredito, e agora?
 
Clara olhou para os lados, como se estivesse cometendo um crime e pegou a chave do chão.
 
- Aiii, não posso fazer uma coisa dessas, isso é invasão à domicilio. - Disse Clara, já abaixando para guardar a chave novamente. Porém, a esperança de encontrar Mariana dormindo lhe fizera se levantar rapidamente e levar a chave à fechadura. - É a casa da Mari, do meu amor, tenho intimidade suficiente para fazer isso.
 
Ao terminar a frase, Clara abriu a porta silenciosamente e seu coração de prontidão voltou a disparar ao visualizar o interior da casa.
 
- Que saudade daqui, tantas lembranças, tantas coisas vivemos aqui...
 
Sem demora, Clara começou a caminhar até o quarto de Mariana, para se certificar que ela realmente não estava lá, e assim que chegou ao quarto e viu a cama vazia, a jovem ficou decepcionada...
 
- Não acredito, onde você está Mari??
 
Clara retornou para a sala um pouco desanimada por não ter encontrado Mariana, porém quando olhou para o sofá, avistou um pedaço de papel, que mais parecia um bilhete. Impulsionada pela curiosidade, Clara caminhou até o sofá, pegou o pequeno pedaço de papel e começou a ler o que lá estava escrito... 
 
"Chiara, sei que temos muito para conversar, queria ficar te esperando, mas estávamos morrendo de fome, então eu e o Fred resolvemos ir ao Shopping Ibirapuera fazer compras e lanchar. Se não quiser me esperar aqui, nos encontre lá no Shopping, qualquer coisa liga no meu celular.
 
Beijos...
Mariana!"
 
 
Quando a jovem viu seu nome escrito em italiano seu coração quase saiu pela boca:
 
- Chiara??? A... a Mari escreveu um bilhete para mim?? Não, espera... como assim?? Será? - Disse tentando raciocinar.
 
Clara estava entorpecida pelas emoções que experimentara só por estar ali, no apartamento da loira tentando reatar seu namoro, assim inevitavelmente não conseguiu pensar em outra coisa:
 
- Só pode ser isso, Meu Deus, não acredito, será que tudo isso foi combinado com o Alex??? Será que ele avisou para a Mari que me mandaria mensagem e ela ficou achando que eu viria atrás dela??
 
A jovem não conseguia conter o sorriso no rosto ao pensar que sua amada já lhe esperava para poderem conversar.
 
- "Chiara", ela colocou meu nome em italiano, ela está me esperando!!! - Falou a jovem entusiasmada, se levantando do sofá.
 
Clara leu mais uma vez o bilhete e em seguida falou com a voz empolgada:
 
-Shopping Ibirapuera, isso, Shopping Ibirapuera é para lá que eu vou!
 
Sem mais esperar, a morena saiu do apartamento de Mariana e dirigiu até o shopping Ibirapuera, para se encontrar com a loira e com o Fred. Ao chegar lá, seguiu direto para supermercado, afinal, lera no bilhete que eles haviam ido ao shopping para fazer compras e comer. Porém, percorreu todo o supermercado e nada de encontrar Fred e Mariana.
 
- Aiii, meu coração não sossega, onde você está, Mari?
 
A morena saiu do supermercado e ficou um tempo olhando para os lados, para ver se avistava algum dos dois jovens, porém, continuava sem vê-los. Assim, Clara tomou coragem e pegou o celular para ligar para Mariana.
 
- "Não queria ligar para Mari, queria que a nossa primeira reaproximação fosse pessoalmente, mas não sei onde eles estão, então o jeito é ligar". - Pensava Clara, enquanto discava o número de Mariana e sentia a palpitação de seu coração ainda mais forte.
 
A jovem esperou o que pareceu uma eternidade para ela, porém a loira não atendeu o telefone.
 
- Mari, cadê você??
 
Clara guardou o celular na bolsa e se lembrou:
 
- "Eles também vieram comer, isso!! Devem estar na praça de alimentação."
 
A jovem saiu animada e esperançosa para o local onde esperava encontrar Fred e Mariana, porém, logo que avistou as primeiras mesas na praça de alimentação, toda aquela alegria de desmoronou. Mariana estava sentada à mesa, de frente para uma outra mulher, que por sinal era muito bonita, com os traços do rosto bem marcantes, sendo possível perceber que a bela morena não era brasileira.
 
O coração de Clara continuava batendo forte, porém agora não era mais de ansiedade, mas sim de dor e decepção por começar a perceber que compreendera o bilhete de forma completamente equivocada. Entretanto, a morena também estava com as emoções afloradas por estar vendo novamente o amor da sua vida, linda, tão próxima dela, com aqueles belos olhos verdes que tanto lhe encantavam.
 
- "Não, meu Deus, diga que eu não entendi tudo errado, por favor, me diz que isso não está acontecendo!" - A morena observava a loira conversar com a outra jovem e, enquanto isso, seus olhos começavam a se encher de lágrimas. - "Quem é essa?? Será que, será que er... ela que é a Chiara???"
 
Dessa vez a pontada fora forte em seu coração, pois de fato começava a ligar os pontos da história.
 
- "Como sou idiota!! Como pude pensar que aquele bilhete era para mim???"
 
Clara já sentia as lágrimas escorrerem por seu rosto, mas não conseguia tirar os olhos de onde Mariana estava. Reparou que a loira não parava de fazer carinho na morena e que os olhares entre elas eram de grande intimidade. Acompanhou com tristeza Mariana levar a mão ao rosto da italiana para lhe acariciar. Aquilo foi o fim para ela, ver aquela cena acendera-lhe diversos pensamentos e Clara já pôde imaginar como fora a viagem de Mariana para a Itália.
 
- "Entendi, já entendi tudo." - Pensava a morena por entre lágrimas, ainda observando a mesa onde a loira estava.
 
As jovens agora riam uma para a outra e Clara pode reparar que Mariana ficara sem graça com alguma coisa que a morena lhe falara, pois ela conhecia bem as expressões de sua amada. Aquilo já era demais, já estava se tornando tortura para Clara continuar observando Mariana com tanta intimidade para com a jovem. Porém, ela continuava a observar a loira, que agora se levantara da mesa junto com a morena e lhe envolvera o pescoço com o braço.
 
Clara mal conseguia controlar a respiração, mas permaneceu no lugar em que estava, enquanto observava Mariana se afastar de seu campo de visão abraçada com a jovem de traços marcantes. Quando a loira sumiu pelos corredores do shopping, Clara não pôde mais se controlar e o choro lhe veio intensamente, atraindo os olhares de alguns curiosos que passavam perto dela.
 
A morena, se sentindo envergonhada e uma completa idiota por ter pensado que Mariana estava lhe esperando, correu para o carro e quase sem forças, dirigiu até sua casa, onde se rendeu ainda mais ao choro e ao desespero que sentia por acreditar que sua amada estava agora com uma outra mulher, possivelmente uma italiana que conhecera na viagem que acabara de fazer.
 
 

 


 
----------XX----------

 

 
 
 
- Clara??? - Disse Mariana com o coração acelerado, ainda olhando para o celular.  - Meus Deus, a Clara me ligou.
- Mari, ela deve ter ficado sabendo que você chegou.
- Mas, por que será que ela me ligou, Chiara?? Não consigo entender, o Fred me disse que ela continua com o mesmo pensamento, que não quer nem tocar mais no assunto sobre mim.
- Mari, acho que você só vai descobrir se ligar para ela.
 
A loira olhou mais uma vez para o celular, enquanto pensava nos possíveis motivos que levaram Clara a ligar para ela.
 
- Chiara, estou com medo.
- Medo de quê, Mari?? Se ela te ligou é por quer conversar com você, não tem outra explicação, ela deve estar querendo te pedir perdão.
- Você acha? - Perguntou a loira, ainda insegura.
- Acho sim.
- Mas, o que devo fazer então?? Ela que deveria me procurar, ela que deveria ligar novamente, se de fato quer me pedir perdão, mas ela só ligou uma vez.
- Calma, Mari, que horas foi a ligação? Foi naquela hora que estávamos no shopping?
- Foi, só tinha uma chamada perdida, foi ela. Aii, por que eu não atendi?? - Lamentava a loira, enquanto caminhava até o sofá.
- Calma, Mari. - Falou Chiara, caminhando até o sofá e se sentando ao lado da loira. - Ela vai te ligar de novo, tem pouco tempo que ela ligou.
- Mas, e se ela estiver arrependida??
 
A italiana deu um sorriso sereno para Mariana, tentando tranquilizá-la e em seguida segurou em sua mão e disse:
 
- Mari, lembra do que você me falou no avião, de que iria se valorizar mais?? Pare de agir assim, ela que errou com você, então se ela está arrependida, pode ficar tranquila que ela te ligará novamente.
- É, você está certa, preciso me acalmar, é que estou tão ansiosa, eu tenho esperanças de que ela me procure, mas, ainda estou insegura com isso.
- Fica calma, espera mais um pouco.
- Vou esperar, você está certa, me desculpa, Chiara, você está passando por um dia difícil e eu aqui toda preocupada por causa de uma ligação.
- Mari, não se preocupe comigo, estou bem, de verdade. E entendo como você está se sentindo, é muito ruim quando a gente não sabe o que nos espera, mas, no seu caso, acho que a Clara se arrependeu sim, não teria sentido ela ter te ligado só para dizer que não quer te ver mais.
- Verdade, você tem razão, Chiara, só pode ser isso, ela quer conversar. - A jovem respirou fundo, se levantou do sofá e voltou a falar. - Aii ok, me ajuda Chiara, não posso ficar pensando nisso, se não vou acabar indo atrás da Clara.
- Tudo bem, te ajudarei sim. Vamos sair, você não disse que iria chamar o Fred?
- Sim, bem lembrado. Vou ligar para ele, vai ser bom para nós duas sairmos com o Fred.
 
A loira discou o número do amigo e o chamou para sair e este foi logo aceitando o seu convite. Em seguida, Chiara e Mariana foram se arrumar, pois Fred combinara de se encontrar com elas às 21 horas, num barzinho que eles já tinham costume de ir. Assim, as jovens se arrumaram rapidamente e as 21 horas em ponto já estavam no barzinho, esperando por Fred. Não demorou muito e o jovem apareceu sorridente, caminhando em direção à mesa que Chiara e Mariana estavam.
 
- Adoro pessoas pontuais, nunca preciso ficar esperando. - Disse rindo e dando um beijo em cada uma das jovens.
- Ai Fred, precisamos mesmo da sua animação hoje.
- Nossa, o que aconteceu?
- Bom, como diz vocês brasileiros, eu acabei de levar um fora da minha ex-namorada. - Disse Chiara em tom de brincadeira, para esconder a tristeza.
- Ai minha querida, como assim?
- A Fabiana está namorando, agora acabou de verdade, não preciso ter esperanças, é finito!
- Sinto muito, Chiara, de verdade. Mas não fica triste, nós não vamos deixar, né Mari? - Disse Fred, olhando para Mariana.
- Claro, não vamos mesmo. - Respondeu a loira com o olhar vago.
- Eii, o que você tem mocinha?? Que olhar perdido é esse? - Perguntou Fred, após perceber que os pensamentos da amiga estavam em outro lugar.
- Fred, vou falar só o que aconteceu, pois não quero ficar focada nisso, quero aproveitar a noite e me divertir junto com a Chiara, que está precisando. - Disse a loira, olhando para a Chiara, que por sinal não estava com uma expressão muito boa.
- Tudo bem, mas me conta, o que aconteceu?
- A Clara me ligou. 
- O que???? Te ligou??
- Sim, mas eu não vi a ligação e não atendi.
- E ela não ligou de novo?
- Não.
- Mas, você não ligou de volta?
- Também não, Fred, acho que foi melhor não ligar.
- Também acho. - Falou Chiara. - A Mari não foi a errada da história, a Clara que tem que vir falar com ela.
- Sim, eu também concordo com vocês meninas, mas, é estranho ela ter ligado só uma vez.
- Ai Fred, por que você acha estranho?? - Perguntou a loira, novamente insegura.
- Por que já é estranho o fato dela ter te ligado, mas ligar uma vez só pode ter sido finalmente uma reação dela.
- Eu também acho que a Clara ligou para pedir perdão, Fred. - Falou a italiana. - Mas ainda assim, acho que a Mari não tem que ligar de volta, ela precisa ter paciência, se a Clara ligou para isso, logo ela voltará a ligar.
- É, acho que você tem razão. - Concordou Fred.
- Mas, agora chega, vamos esquecer tudo isso que aconteceu, vamos tentar nos divertir? - Falou Mariana.
- Isso é comigo mesmo, gata! Vocês querem ficar aqui mesmo ou preferem ir para alguma boate?
- Ah não, eu prefiro ficar aqui, não estou afim de ir para boate.
- Nem eu­ - Concordou Chiara.
- Tudo bem então, até por que, o lugar não importa, mas, sim as pessoas e quero aproveitar muito a presença da minha flor e de sua adorável amiga italiana.
 
As jovens começaram a rir e Mariana logo falou:
 
- Ai Fred, você é muito gay mesmo, mas, eu adoro essa sua "gayzice".
- "Gayzice"??? Hahaha, que palavra é essa, meu amor?? Aprendeu na Itália?
- Acabei de inventar. - Respondeu a loira, também rindo e fazendo Chiara rir junto com ela.
- Já vi que eu vou rir muito com vocês dois.
- Vai mesmo, o Fred é muito palhaço, não tem como não rir perto dele.
- Que afronta, gente!! Me chamando de palhaço na cara dura, vê se pode Chiara??
 
A italiana olhava para Fred e Mariana e ficava ainda mais admirada com a amizade entre os dois e com a alegria que eles conseguiam transmitir quando estavam juntos. Rapidamente a jovem esqueceu a tristeza que estava sentindo e começou a entrar nas bobeiras que Fred e Mariana contavam. Porém, mesmo diante de toda aquela descontração, Chiara reparou que Mariana não parava de olhar para o celular. Sabia como era a sensação de não ter respostas, sabia também que a loira não iria ficar em paz, enquanto não resolvesse aquela questão, assim, já no meio da noite a jovem italiana falou:
 
- Mari, o que você gostaria de fazer agora, nesse exato instante?
 
A pergunta da italiana fora simples, porém mexera profundamente com o interior de Mariana, pois automaticamente a jovem se recordara do momento que antecedera seu primeiro beijo em Clara. Fora exatamente essa frase que a jovem perguntara para a morena, antes de beijá-la pela primeira vez: "Diz Clara... diz o que você quer nesse exato instante?"
 
- Eu... eu quero a Clara. - Respondeu a loira, impulsionada pela emoção que aquela lembrança lhe trazia. - Eu quero resolver isso, não aguento esperar.
- Calma meu amor, por que você ficou assim de repente?? - Perguntou Fred.
- Ai, me desculpa Mari, não devia ter feito essa pergunta.
- Não, não me peça desculpas, Chiara, vocês não têm culpa de nada, estão só tentando me ajudar. Mas não dá gente, eu sou assim, preciso resolver isso, não vou aguentar ficar esperando, pois se a Clara não voltar a me ligar, eu jamais me perdoarei, preciso saber o que ela quer.
 
A loira se levantou da mesa e disse com convicção:
 
- Eu sei que vocês não querem me deixar fazer isso, mas eu não posso esperar mais, vou atrás da Clara, preciso vê-la, preciso entender o que está acontecendo.
- Mari acho que...
- Não... - Interrompeu a loira, antes que Chiara conseguisse terminar a frase. - Por favor, não me impeçam de fazer isso, vou até a casa da Clara sim, hoje resolvo isso.
 
Fred e Chiara se entreolharam, mas não trocaram nenhuma palavra.
 
- Chiara, você se importa de ficar com o Fred?
- Na-não, claro que não.
- Fred, tem como você levar a Chiara lá para casa depois?
- Levo Mari, se você acha que vai ser melhor assim, eu levo. - Respondeu o amigo, sem conseguir mais impedir a loira de ir atrás de Clara.
- Obrigada, eu amo vocês, torçam por mim.
 
- Te amamos também, boa sorte. - Falou Fred, tentando não mostrar sua preocupação com o desfecho da história.
 
Sem olhar para trás, a loira saiu em direção ao seu carro e de lá dirigiu até a casa de Clara. Seu coração estava acelerado, mas também estava se sentindo feliz por poder ver novamente sua amada. Quando chegou até a rua de Clara, todas as lembranças boas que vivenciou ali, com a morena, lhe veio à mente, deixando seu coração ainda mais saudosista e ansioso por vê-la novamente.
 
- É agora, hoje minha vida se acerta. - Falou, de maneira firme. Porém suas mãos trêmulas já denunciavam o quanto estava nervosa e insegura com aquele encontro.
 
A loira já estava abrindo a porta do carro, quando pensou:
 
- Espera aí!! - Disse Mariana, voltando a fechar a porta. - Eu vou chegar lá na casa dela e exigir que ela me peça desculpas??? Que ridículo, isso é humilhante.  Ai meu Deus, me ajuda a organizar minhas ideias.
 
A loira encostou-se no banco do carro, levou a mão à cabeça e ficou pensando no que iria falar inicialmente para Clara.
 
- Tá, tudo bem, vou chegar e perguntar por que ela me ligou, vou dizer que precisamos conversar, que só vim aqui para saber como ela estava.
 
A loira pensou um pouco mais, depois voltou a encostar a cabeça no banco e disse em voz alta.
 
- Ridículo!! Está na cara que vim para fazer as pazes com ela, está na cara que eu a amo, que a quero de volta. - Respirou fundo e voltou a dizer: - Vou ser verdadeira, sempre fui assim e não será diferente agora.
 
A loira saiu como um foguete do carro, chegou até o portão do prédio e antes de tocar o interfone do apartamento de Clara, Sr. João, o porteiro do prédio, atendeu todo sorridente, por ver a loira novamente.
 
-  Boa noite Srtª. Mariana, quanto tempo não a vejo!!
- Boa noite Sr. João, er... muito tempo mesmo, tudo bem?
- Tudo sim minha jovem e você?
- Tudo bem também - Respondeu ansiosa. - Er... Sr. João, eu queria falar com a Clara, o senhor sabe se ela está em casa?
 
O porteiro olhou para o relógio e sorriu para a jovem.
 
- É minha filha, acho que ela já está dormindo, já são quase 2 horas da manhã.
- Ai meu Deus, me desculpa Sr. João, eu estava num barzinho com alguns amigos e acabei me esquecendo da hora.
- Tudo bem, Srtª Mariana, não precisa se desculpar, vocês jovens não tem hora para dormir não é mesmo? - Disse Sr. João, ainda sorridente. - Acho que eu posso fingir que não vi você chegar, pode ir lá, acho que a Srtª Clara não vai achar ruim a sua visita.
 
O porteiro piscou para a jovem e esta apenas sorriu em retribuição ao favor e subiu em direção ao apartamento da morena. No elevador a jovem sentiu um frio invadir sua barriga, como se estivesse se encontrando com Clara pela primeira vez.
 
- "Ai Meu Deus, quanto tempo que não vejo a Clara, como será que ela está? Por que será que me ligou? Por favor, que seja algo bom, eu preciso dela de volta em minha vida" - A loira pensava na morena, com os olhos fechados, até que sentiu o elevador parando no andar de Clara. - "É agora!"
 
Caminhou vagarosamente até a porta da morena e tocou a campainha, ainda sentindo seus dedos tremerem. Para sua surpresa, a jovem não demorou para atender e logo Mariana escutou o barulho da chave, girando na fechadura. Seu coração já estava quase saindo pela boca, quando de repente, a bela morena lhe apareceu na porta com uma expressão de espanto, como se jamais esperasse por aquela presença ali, em sua porta.


Fim do capítulo


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Comentários para 38 - Capítulo 38:
Lana queen
Lana queen

Em: 25/09/2016

Aí meu coração...


Resposta do autor:

rsrs... aguenta!

Responder

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Val Maria
Val Maria

Em: 27/07/2016

Este capitulo mexeu demais comigo. que historia linda.


Resposta do autor:

Ei Val!!

 

Que bom que o capítulo mexeu com vc. Obrigada por comentar viu... obrigada pelo carinho.

 

Um beijo

Responder

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lucy
lucy

Em: 11/01/2016

tomara que esclareçam essa confusão aff

bjs 

nota mil


Resposta do autor em 13/02/2016:

Lucy,

 

Dizem as más linguas que essa autora que vos gosta de um drama... não sei se é verdade, mas, uma confusão faz parte do processo literário né? kkkkk

 

Beijos

Responder

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