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Entre olhares e sorrisos: encontrei você por Gi Franchinni

Ver comentários: 5

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Palavras: 3572
Acessos: 11191   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 10

 

Já no carro, Clara volta a tocar no assunto que ainda lhe incomodava um pouco.


- Er... Mari... mas voltando àquele assunto, antes de mim você realmente nunca olhou diferente para uma mulher?

- Não Clara... como te falei, isso era algo que eu considerava extremamente proibido. Digamos que somente depois que eu entrei para faculdade que passei a olhar isso com naturalidade, mas nunca havia olhado para uma mulher. Clarinha, embora eu saiba da dificuldade que é se relacionar com pessoas do mesmo sex*, acredito que não devemos nada a ninguém e temos que procurar ser feliz do nosso jeito. O Fred me falou algo verdadeiro... ele disse que as pessoas sempre irão arranjar um jeito para falar da nossa vida, por isso, me desculpa a expressão, mas eu prefiro "ligar o foda-se". -Mariana demonstrava muita segurança em sua fala.

- Nossa Mari, você é tão decidida. Você não tem medo do que as pessoas vão falar?

- É como acabei de te falar Clarinha... as pessoas irão falar de qualquer jeito, então prefiro seguir minha vida à minha maneira. Mas, e você Clara, tem medo do quê? - Perguntou olhando para a morena.

- Aii Mari, tenho medo de perder as pessoas que amo, sei lá... medo de ser rejeitada.

- Quem te ama certamente irá entender suas opções Clarinha. Talvez leve um tempo para a pessoa aceitar a ideia... ou pode acontecer de a pessoa não concordar com você, mas continuará ao seu lado porque te ama. - Mariana falava convicta.

- É.. pode ser...  - Clara tinha alguns receios quanto ao que Mariana acabara de lhe falar. - Mas vamos mudar de assunto. Como vai ser sua semana? Você estará muito apertada?

- Ah, acho que nesta semana estarei mais tranquila, pois já passou a semana de prova. Só preciso ler alguns artigos, pois estou terminando meu trabalho de conclusão de curso.

- Nossa, é verdade... você está formando né? Você tem cara de ser aquelaaluna certinha, que entrega tudo no prazo certo e que estuda muito. - Falou Clara lançando um olhar esperto para a loira.

- Ah não Clarinha... não começa você também... já basta meus amigos me enchendo o saco com esse papo de nerd.

- Ahhhh... eu acho tão lindo... você precisava ver a carinha que você faz quando fica irritada. Mas calma... antes que você brigue comigo já vou parar de te encher o saco está bem? E a gente já está chegando.

- Ainda bem que você tem medo do perigo - Falou Mariana presunçosa.

- Morro de medo. - Retrucou Clara brincando com a cara da loira. - Chegamos, deixa eu pegar o controle do portão.


Clara aproximou-sedo corpo da loira, da mesma forma que já fizera uma vez. Mariana colocou a mão no rosto da morena e perguntou:


- Isso te lembra alguma coisa? - Fazia carinho no rosto de Clara.

- Lembra... - Clara fechou os olhos - Me lembra o quanto eu fui forte para conseguir não te beijar naquela hora.

- Se bem que tinha um louco buzinando para gente dar passagem né? - Mariana falava dando um leve sorriso.

- Verdade... melhor entrarmos logo antes que a cena se repita de fato. - Clara pegou o controle da garagem e seguiu com o carro para dentro do estacionamento. Sem demora, subiu com Mariana para seu apartamento, pois temia não conseguir evitar beijar a loira ali mesmo. Assim que entraram pela porta da sala Mariana já olhava para Clara com um olhar devorador, deixando a morena com o coração acelerado.


- Então agora vou poder fazer o que eu quiser? - Disse a loira caminhando vagarosamente até Clara.

- Pode... agora somos só nós duas Mari... vem... - A morena chamava Mariana apenas com um dos dedos - vem matar minha vontade e fazer o que você quiser...


Sem mais enrolar Mariana colou seu corpo ao de Clara beijando-a calorosamente. Já estava com tanta saudade do corpo da morena que nem parecia que não o sentia há apenas algumas horas. A advogada também tinha a mesma sensação, pois apertava o corpo de Mariana como se quisesse compensar o tempo que ficou sem tocá-la.


- Aii... o que é isso que você me faz sentir Mari? Ficou louca com seu corpo... com seus beijos... - Clara não conseguia parar de expressar em palavras o quanto desejava Mariana.

- Clarinha, isso que estamos sentindo é a descoberta de como é a sensação de dois corpos se completarem de verdade. - Mariana beijava e tocava a morena enquanto falava. - Agora chega de papo... vem... não quero perder mais tempo... vem ser minha de novo.


Mariana puxou Clara para o quarto. Parecia até que estava em sua casa, de tanto que estava se sentindo à vontade no apartamento da morena. Chegando ao quarto, Mariana jogou Clara em cima da cama e ficou um tempo ainda em pé admirando aquela beleza. Dava para perceber a respiração rápida da morena pela forma como seu peito se enchia e se esvaziava de ar. Clara encarava a loira que continuava de pé à sua frente, logo percebeu que ela começava a tirar a blusa.... A jovem enlouqueceu ao ver Mariana com um sutiã rosa balançando a blusa para o alto e arremessando-a para longe. Tentou se levantar da cama e agarrar a loira, porém esta empurrou a morena novamente obrigando-a a apenas olhar para ela.


- Aiiii Mari...  que crueldade... vem... deixa eu te tocar.

- Eu posso fazer o que eu quiser lembra? - A loira descia a mão por entre os seios enquanto falava - E hoje, eu quero te deixar louca... bem louca... até não aguentar mais.


Clara ficou completamente impressionada com a capacidade que Mariana tinha de ser sedutora. A loira parecia ser tão tímida, que era difícil de imaginá-la agindo de tal forma. Porém, tudo nela transpirava sedução... conseguira em poucos minutos se transformar em uma mulher incrivelmente sexy, deixando Clara abismada e inteiramente absorta naquele corpo perfeitamente delineado.


- Quer que eu tire mais? - Continuava a loira a tentar Clara, com as mãos no zíper da calça.

- Quero... quero... tiraaa... tira mais, Mari.


Mariana abria o zíper da calça enquanto olhava para a expressão excitada de Clara. E sob o olhar devorador da morena, desceu a calça ficando apenas de calcinha e sutiã, para a felicidade da outra. Clara percebera que até a sua calça já se encontrava molhada, de tão excitada que estava. Nunca ninguém havia a deixado dessa forma, fazendo-a se sentir como se estivesse redescobrindo o prazer.


- Agora já está bom né gatinha? Não preciso tirar mais nada... - Mariana continuava passeando com a mão pelo seu próprio corpo, deixando Clara no limite de seu controle.

- Maiss... tira tudo... tudo Mari... quero você sem roupa nenhum... tira... - Clara nem disfarçava seu estado descontrolado. Praticamente implorava para que a loira tirasse o restante que a impedia de vê-la por completo.

- Pedindo desse jeito eu tiro tudo... - Mariana foi abrindo o fecho de seu sutiã enquanto Clara acompanhava seus movimentos. Assim que terminou de tirar a peça, jogou-a em cima da morena, que definitivamente não estava mais se aguentando.

- Meu Deus... como você é gostosa... não vou aguentar Marii... tira tudo... tira logo e vem pra mim... - Clara estava em um estado de excitação tão profundo que mal conseguia se mover na cama. Permanecia apenas com os cotovelos apoiados e o corpo semilevantado, de tal forma que conseguia olhar para cada parte de Mariana. Percebendo que a morena não aguentaria por mais nenhum minuto, a loira tirou a calcinha e desceu a mão em seu sex*.

- Nossa... acho que você vai gostar de sentir isso aqui... - Foram as últimas palavras que Mariana conseguiu pronunciar. Clara levantou enlouquecida e jogou a loira na cama... começou a ch*par todo seu corpo com uma pressa de quem sabe muito bem o que estava perdendo. Era torturante apenas olhar para o corpo da loira, assim não conseguia parar de ch*par, lamber e beijar Mariana. A loira apenas gemia, sentindo o maravilhoso toque da morena e a forma como esta lhe desejava. Não demorou muito para a morena se posicionar por entre suas pernas e colocar a boca no ponto sensível de Mariana. A loira arqueou o corpo e começou a rebol*r na boca da morena, fazendo com que esta a ch*passe ainda mais forte.

- Aii que delícia... aii... continua... não para Clarinha... não para... - Mariana sentiu os espasmos tomarem conta de seu corpo e sem mais demoras soltou um grito intenso de prazer, revelando o quanto o toque de Clara havia sido perfeito.


A morena ao escutar o grito de Mariana sentiu uma latência muito forte por entre suas pernas e, para sua surpresa, gritou logo após a loira ao sentir que o orgasmo também viera para ela. Clara teve forças apenas para deitar a cabeça na barriga de Mariana, enquanto a jovem permanecia com as mãos jogadas acima da cabeça. Ficaram assim até recuperarem as forças para novamente começarem com um momento de prazer.

 

 

-----------

 

 

As jovens passaram a tarde toda nesse enlace de desejo, sedução, carinho e ternura. Ao mesmo tempo em que as duas vivenciavam furacões de desejo, as brisas suaves se faziam presente na docilidade dos beijos trocados. Era o momento em que nenhuma das duas pensava em outra coisa, a não ser estar ali... sentindo... vivendo. Aquela sensação era tão nova para ambas que nenhuma delas conseguia expressar exatamente o que significava. Afinal, como se explicar algo que é verdadeiramente bom?


Era exatamente assim que elas se encontravam, ou seja, não conseguiam exteriorizar verbalmente o que aquelas sensações representavam, apenas permaneciam abraçadas e trocavam carinhos, deixando os próprios corpos falarem aquilo que as palavras não conseguiam explicar.


Quando já estava anoitecendo Clara chamou Mariana para tomar um banho. As duas seguiram para o banheiro com os corpos ainda colados, como se temessem ficar longe uma da outra. Já no chuveiro a duas trocavam carícias enquanto a água quente caia sobre elas. Clara abraçava a loira enquanto esta lhe ensaboava as costas. A morena ficava reparando como o toque de Mariana era delicado e calmo, muito diferente do toque de seu ex. Na verdade ela não gostava de ficar fazendo comparações desse tipo, mas era inevitável não pensar na diferença. Mariana a tocava não apenas para si, mas também para que a morena se sentisse tocada e valorizada... aquilo era simplesmente perfeito.


Assim que terminaram o banho as duas retornaram para o quarto e ficaram na cama, abraçadas, sentindo o maravilhoso cheiro de banho tomado. Até ficar tarde o bastante para que Mariana precisasse retornar para sua casa.


- Linda... preciso ir... já vai dar 22h. Amanhã tenho aula cedinho e você tem que trabalhar. - Disse Mariana toda carinhosa.

- Ai Mari... você bem que podia ter trazido uma peça de roupa... ai você dormia aqui hoje... abraçadinha comigo. - Clara falava de uma forma tentadora que deixava Mariana morrendo de vontade de ficar.

- Clarinhaa, não fala assim... nem posso sonhar em ficar aqui hoje, meu pai me mata. Ele pegou demais no meu pé hoje de manhã. Preciso mesmo voltar para casa. Mas quero te ver durante a semana... não vou aguentar ficar a semana toda sem te ver. - Mariana beijava o rosto da morena enquanto falava a última parte.

- Nem eu vou conseguir ficar sem te ver. Dorme aqui algum dia dessa semana, Mari. Acha que teria problema?

- Acho que não... bem... vamos ver se meu pai vai estar tranquilo. Mas como ele te conhece acho que vai dar sim. Agora tenho que ir, você me leva? - Mariana fazia cara de dengo.

- Claro que te levo... mas minha vontade era de te prender aqui comigo. - Clara abraçava forte a loira procurando aproveitar aqueles últimos minutos do domingo, ao lado dela. - Vamos então... antes que eu não deixe mais você ir.


As duas se levantaram da cama e beijaram-se longamente, pois sabiam que só poderiam fazer isso lá no apartamento de Clara. Depois seguiram para o estacionamento e antes de Clara arrancar com o carro Mariana diz:


- Clara... eu tô... er.. eu estou gostando muito... de ficar com você - Aquele frio na barriga do primeiro encontro havia voltado de forma intensa.

- Er.. eu também Mari... estou adorando ficar com você - Clara também sentiu o mesmo frio na barriga. -  Er... vamos então?

- Vamos...


Durante o caminho as duas jovens perceberam que havia se instaurado um clima diferente no carro. Até o momento nenhuma delas tinha pensado no futuro, apenas conversaram sobre as dificuldades de se relacionar com pessoas do mesmo sex* e sobre a novidade que esse assunto representava para ambas. Porém, quando Mariana sentiu um impulso para falar o quanto gostava de Clara, o medo do que ainda estava por vir abateu seu coração.


Na verdade, ela sabia muito bem o que queria, mas começou a se lembrar das perguntas de Clara e da preocupação desta quanto ao que as pessoas falariam sobre um relacionamento deste. Assim, sentiu medo de Clara não querer enfrentar tudo isso. As dúvidas de Mariana aumentavam ainda mais diante do silêncio que predominava o ambiente.


- "Será que ela se assustou quando disse que estava gostando dela? Quer dizer... não disse isso... eu falei que estava gostando de FICAR com ela... aiiii... acho que dei muito na cara que estou apaixonada. E se eu tiver assustado ela?" - Os pensamentos de Mariana estavam tensos e a mil por hora. - "Meu Deus... estávamos bem até alguns minutos... Para com isso Mariana... você é muito cismada... afinal ela também disse que está adorando ficar comigo. Eu e essa minha insegurança... relaxa Mariana... relaxa".


Ao mesmo tempo em que Mariana se perdia em seus pensamentos, Clara igualmente enchia sua mente de perguntas.


- "Meu Deus, o que foi aquilo que a Mari quis dizer? Ela...ela gosta de mim isso está na cara... e eu também gosto dela... mas... ela gosta como?? Será que ela está apaixonada por mim? AIIIII MEU DEUS, o que isso significa? E quanto a mim?? Eu só penso nela... quero estar com ela o tempo todo. Isto também quer dizer alguma coisa... quer dizer que eu estou apaix... Não não não não... não pensa nisso agora Clara.. você não está preparada para isso. Calma... não estraga esse momento gostoso... pensa apenas no hoje. Tenho certeza que a Mari também está fazendo isso."


Os pensamentos da morena também estavam nervosos. Sentia que ainda não estava preparada para encarar o que de fato estava acontecendo, mas não queria perder aquela sensação boa de estar ao lado de Mariana, por isso mais uma vez decidiu fazer o que sempre fazia... não pensar.


Olhou para o lado e viu que Mariana também parecia bem tensa e na tentativa de quebrar aquele clima estranho, voltou a puxar assunto com a loira.


- Er... Mari... você me disse que seu aniversário estava chegando, vai fazer festa? -   Clara ficou feliz por ter se lembrado deste fato e poder falar algo relevante naquele momento.

- Nossa, você se lembrou disso. -Mariana ficara feliz por Clara ter se lembrado de seu aniversário. -Meu aniversário vai cair no domingo que vem, mas estava pensando em comemorar no sábado. Tem um barzinho que eu costumo ir com meus amigos, fica lá em Pinheiros. Vou tentar fazer uma reserva para o sábado, aí comunico a galera. E você Clarinha, está intimada a ir!!

- Ah.. com certeza eu irei Mari... acha que perderia seu aniversário? No meio da semana você confirma direitinho comigo. Mas independentemente do que você for fazer, eu estarei lá.

- Own.. você é linda, Clarinha. Obrigada, sua presença vai fazer toda a diferença -Falou a loira um pouco sem graça. -Mas falando em aniversário, que dia é o seu Clara?

- O meu foi no mês passado, dia 17. Mas não tenho costume de comemorar não, o que acontece geralmente é apenas uma reuniãozinha com minha família.

- Seus pais moram perto de você? -   Perguntou Mariana interessada em saber mais sobre a morena.

- Não Mari... inclusive esse foi um dos motivos que me fez sair de lá. Eles moram mais para o interioraí ficava bem difícil para eu ir e voltar do trabalho. Mas sempre que posso vou lá para visitá-los. Às vezes sinto falta dos mimos da minha mãe, mas já me acostumei tanto com minha independência que não conseguiria morar com eles novamente.

- É verdade... sei bem como é isso. É bem ruim ter que ficar dando satisfação o tempo todo. Aii, sonho toda noite com um apartamento só para mim... onde eu possa levar quem eu quiser e chegar na hora que quiser. -Mariana falava sonhadora.

- Nossa, mas tem tantas pessoas assim que seu pai não deixa você levar para casa? - Perguntou Clara sem perceber que sentira um pouco de ciúmes. Mariana não pode conter o riso.

- Claro que não, linda. Mas meu pai tem alguns pensamentos extremamente tradicionais. O Fred, por exemplo, já foi lá em casa algumas vezes, mas quando meu pai não estava. Por que uma vez meu pai o viu e estranhou aquele jeito alegre de ser dele. Aí você imagina né... ele começou a pensar um monte de coisas e vive falando que o Fred não é boa companhia para mim. - Mariana não queria falar aquilo para Clara, mas ao mesmo tempo queria deixar claro para ela que não iria ficar à mercê do preconceito de seu pai. - A gente vive brigando por causa disso... meu pai não tem o direito de julgar ninguém, e se eu também escolher isso para minha vida, ele terá que aceitar.


Clara engoliu seco ao refazer a frase de Mariana em sua cabeça "e se eu também escolher isso para minha vida, ele terá que aceitar" - "Meu Deus, escolher o que?? Ser lésbica?"


- Clara... Clarinha... você ouviu o que eu falei? - Mariana interrompera o pensamento angustiado da morena.

- Hã? Er... estou... claro que estou te ouvindo Mari. O que você acha que aconteceria se seu pai descobrisse sobre... er... a gente? - Clara não queria pronunciar o "a gente", mas não sabia como definir o que acontecia entre as duas.

- Ai Clara eu nem conseguiria imaginar a reação dele. Não seria nada agradável, mas eu já te disse, não vou deixar de viver minha vida por causa da falta se bom senso do meu pai. - Mariana demonstrava preocupação com o que Clara estaria pensando. - Clarinha, vamos fazer o seguinte... não vamos pensar no meu pai, ok? A gente está vivendo algo tão gostoso, para quê estragar com esses pensamentos?

- Er... está bem... você tem razão Mari... minha filosofia é esta mesmo: não pensar. - Clara tentava mostrar que não estava preocupada, mas sua voz saíra vacilante. Ficou feliz ao adentrar a rua de Mariana, pois não precisaria evitar um outro clima chato dentro do caro. - Bem... chegamos, está entregue mocinha.


A morena parou o carro em frente à casa de Mariana e involuntariamente desligou o motor.


- Er... quer entrar um pouco Clarinha? - Mariana não queria se separar da morena.

- Na-não Mari... obrigada, já está tarde. Nem devia ter desligado o carro... er... força do hábito. - Clara sentia um aperto no coração. Mesmo diante de todo o medo que sentia daquela situação, ficar longe de Mariana acabava deixando um vazio em seu coração.

- Clarinha - Chamou a loira virando-se para a morena. - Você é muito especial para mim... o fim de semana foi perfeito... er... eu.. eu vou sentir saudades.

- Aii Mari... também vou sentir saudade, mas a gente vai dar um jeito de se ver no meio da semana. E você pode me ligar a hora que quiser. - Clara abaixou a cabeça e respirou fundo. -Realmente vai ser ruim ficar longe de você sabia? Você me deixa tão em paz, Mari.

- Clara... -Mariana encostou a cabeça no banco do carro e voltou a chamar a morena levantando-lhe o rosto com a mão em seu queixo.- Queria tanto poder te beijar aqui... agora... sem me importar com que os outros vão pensar.


O coração de Clara batia acelerado. Era incrível como Mariana conseguia fazê-la se esquecer de suas preocupações com apenas algumas palavras.


- Eu também daria tudo para poder te beijar agora Mari... - As palavras de Clara tiveram um efeito encorajador sobre Mariana que, sem pensar puxou a morena pelo pescoço beijando-lhe a boca.


Clara nem pensou em esquivar do beijo, pois queria isso tanto quanto Mariana. As duas ficaram alguns segundos se beijando até retornarem à realidade ao se lembrarem de onde estavam. Mariana sentiu Clara desgrudar a boca da sua e antes que a morena se afastasse dela, deu-lhe mais dois selinhos na boca.


- Agora acho que posso entrar em casa. Obrigada por me trazer aqui... obrigada pelo fim de semana maravilhoso... mas principalmente, obrigada por estar me fazendo sentir tudo isso. - Disse com um olhar tão brilhante quanto à luz da lua que atravessava o vidro do carro. - Boa noite Clarinha. Durma bem!


Mariana saiu do carro, deixando Clara com o coração descompassado e completamente atordoado por causa das atitudes e das palavras da loira.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 10 - Capítulo 10:
Anastacia
Anastacia

Em: 10/05/2016

Ei Gi, 

 

Saudades de você! Continuo na expectativa de um novo trabalho seu, mas enquanto ele não vem, vou matando as saudades da sua escrita relendo essa história linda. Sempre irei lamentar o fato do extinto ABC Les não ter preservado os comentários que foram feitos lá. Muitas de nós começamos a comentar a história aqui no Lettera a a partir do capítulo 40, salvo engano. Ou seja, 40 comentários meus e de tantas outras feitos na sua história ficaram perdidos, :(

Bem, não sei se é possível resgatar toda a emoção da primeira leitura, mas certamente o melhor entedimento de um segundo olhar, podemos partilhar com você. Venho tentando fazer isso. Talvez não consiga na velocidade que gostaria, mas certamente vai ser delicioso deixar minhas impressões dos capitulos que foram comentados lá no extinto ABC.

Estava relendo esse capítulo e pensando no quanto essa fase de querer mostrar para o mundo o que sentimos pode ser sufocado pelos medos e convenções. E não dá para fazer julgamentos nessas formas de encarar essas descobertas, não é mesmo? Cada pessoa enfrenta essa fase de uma maneira diferente. A Clara e a Mariana representam-nos, cada uma a sua maneira, nesses primeiros véus que são retirados.

Reapaixonando-me pela sua história... 

 

Beijos, MUITOS.

Anastácia Salles.


Resposta do autor:

Ei minha querida Anastácia,

 

Saudades de você também! Sabe que estou sedenta por um novo trabalho também? Sinto falta daqui, da nossa interação por aqui. Mas, me alegro muito por saber que está relendo minha história e que ainda assim continua a gostar dela.

 

Eu também sempre lamento por não poder mais visualizar os antigos comentários do ABCles, foram tantos comentários lindos e de incentivo, ah... uma pena! Mas, como não me sentir especial ao me deparar com o esforço que algumas leitoras, especialmente você, têm feito para resgatar esses comentários aqui? Fico muito feliz e com vontade de dar aquele abraço de urso, sabe como é? rsrs

 

Sobre o capítulo, realmente o mundo exterior pode frear um pouco os nossos sentimentos... não os que sentimos, mas a forma como os demostramos. O medo da não aceitação pode impedir tantos te viverem um grande amor, uma grande história... E na verdade é isso que você colocou, cada um reage de um jeito, sendo assim cabe ao casal misturar essas diferentes formas de encarar a realidade e saber conviver com as limitações de cada um, para que uma linda história não se perca antes mesmo de começar. O certo é que medo nenhum deveria causar a perda de um grande amor, nem limitar nossas ações.

 

Você está certa, meu bem, Clara e Mariana nos representam... não foi por acaso que elas surgiram em um momento de grande angústia e medo, rsrs.. Obrigada por enxergar isso... obrigada por estar aqui.

 

Beijos, MUITOS!

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Lana queen
Lana queen

Em: 16/04/2016

Oi linda, realmente Mari está decidida a pagar o preço, mais é Clara, eu entendo esse medo, essas dúvidas, essas perguntas todas, Clara não sabe lidar ainda, nem com o que sente e nem com o que quer, me vejo muito nela...Beijos 


Resposta do autor em 02/05/2016:

Pois é, como falei no comentário anterior, cada pessoa possui um tempo de reação/ação. A Clara tem muitos medos, muitos questionamentos e realmente não sabe lidar com essa avalanche de novas sensações. Já a Mari é mais decidida e convicta...

 

Vamos ver o que acontecerá... bjs

Responder

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Glaucia
Glaucia

Em: 25/01/2016

Oieeee olha eu aqui pra comentar mais um capítulo.kkkkk

Clara tadinha que martírio esse que ela vive ne.kkkkk essas incertezas esses pensamentos te tirar o socego de qualquer um.kkkk e o pior é que não tem com quem dividir isso tudo essa fase na vida dela.Mari já sabe o que quer nem que pra isso tenha que bater de frente com o senhor Augusto.Esses momentos em que uma fica tentando descobrir o que a outra quer e pensa é uma fase bem gostosa de se ler.kkkkk a fase do será do adivinhar.kkk

Essas duas juntas e muito fofo ne.Uma cicronia os mesmos desejos os mesmos sentimentos.Uma reciprocidade quando estão juntas.Gio reler essa história tá mara demais.kkkkk velhas e novas sensações.kkkk 

Beijos vamos que vamos ao próximo🙏😘


Resposta do autor em 01/03/2016:

Ei Glaucia,

 

Clarinha sofreu muito nessa história... apesar de muitas meninas terem pegado raiva dela, cada pessoa sabe onde o calo aperta... Clara teve muitas dificuldades de encarar essa sua nova condição sentimental, enquanto a Mari mergulhou de cabeça. Como falei anteriormente, cada pessoa encara a mesma situação de uma forma que lhe é peculiar, por isso sempre devemos respeitar o tempo de cada um.

 

Ah, também curto essa fase em que ficamos tentando imaginar o que o outro tá pensando, rsrs...

 

Obrigada, minha querida. Beijos

Responder

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Maria Flor
Maria Flor

Em: 22/09/2015

Oi, Giovanna!

O comentário desse capítulo será sobre a Clara!

Arranjei dois novos motivos pra gostar muito dela: ela faz aniversário no mesmo dia que eu e essa mania dela de ficar pensando em mil e uma coisas enquanto os outros estão falando é muito eu, hahahahaha. 

Amei, como sempre!

Beijooo


Resposta do autor:

Sabia que eu adoro ler os comentários sobre a Clara? Pq ela é uma persongem que desperta amores e ódios entre as leitoras, por isso, quando alguma leitora se identifica com ela fico muito contente, rsrsrs...

 

Olha que coincidência, rsrs, vc faz dia 17 tb? E também tem essa mania de ficar pensando tudo ao mesmo tempo? kkkkk... curioso, muto curioso, rs

 

Obrigada.

 

Beijos

Responder

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Duda86
Duda86

Em: 11/09/2015

Acho que nunca vou cansar de ler essa história. Sempre releio os capítulos é muito lindo, gostoso de ler


Resposta do autor:

Ei Duda,

 

Ah, obrigada, meu bem.

 

Beijinhos

Responder

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