Logo o cara começou a me beijar de novo.

 

-- Hey, vamos sair daqui? – ele

 

-- Vamos pra onde? – eu

 

-- Pro meu apartamento. – ele

 

Depois da cena que vi fiquei meio estranha, não tinha certeza de quem estava ficando com a Dani, mas só de imaginar que fosse quem eu supunha senti uma coisa estranha. Mas eu estava decidida a tirar tudo isso de mim.

 

-- Claro, vamos. – eu

 

Fomos andando até a porta e quando passei pela Dani olhei para a garota com ela e minha intuição estava certa, era a Beatriz, as duas ali no maior amasso, não me viram passar então eu sai com o cara.

 

Chegamos no carro dele e ele já começou a me agarrar, e eu sempre correspondendo.

 

Em poucos minutos chegamos ao apartamento dele, que por sinal era lindo e enorme.

 

Fomos direto pro quarto dele e a noite estava só começando.

 

Uma noite que era pra ser perfeita, foi frustrante, não sei por que, mas eu não queria estar ali. Foi o pior sex* da minha vida, e logo depois o cara que estava visivelmente bêbado apagou.

 

Fiquei ali deitada naquela cama desconhecida pensando no que tinha acontecido.

 

Eu, na cama de um cara estranho que eu nem sabia seu nome, depois de ter ficado com quase 30 caras pra tirar uma garota da minha cabeça e no final da noite vejo ela ficando com a minha amiga e todo meu plano vai por água a baixo.

 

Eu não posso estar gostando dela, ela é toda inocente, nem deve gostar de mim por que nunca quis nada a mais comigo, e mesmo sabendo disso ela não sai dos meus pensamentos.

 

Isso é muita coisa pra minha cabeça, eu preciso conversar com ela de novo, saber por que ela não quis trans*r comigo, deve ter alguma coisa errada.

 

E nem é só por isso, já esta me irritando esse frio na barriga sempre que passo no ponto de ônibus que ela fica e eu a vejo, e a minha decepção de quando ela não esta la.

 

Eu preciso esclarecer isso.

 

Me levantei daquela cama desconhecida, peguei minhas roupas e fui pra casa.

 

Devido ai cansaço e as 4 doses de tequila eu dormi, no outro dia acordei com o celular tocando. Nem vi quem era e atendi com a voz sonolenta.

 

-- Alô. – eu

 

-- Nat? Onde você esta?

 

-- Quem é? – eu

 

-- A Dani, onde você esta?  - Dani

 

-- Em casa. – eu disse meio grossa, pois me lembrei da noite passada.

 

-- Você foi embora ontem e nem me avisou, fiquei preocupada sabia? – Dani

 

-- É mesmo? Quando passei por você, não parecia nem um pouco preocupada comigo. – eu

 

-- Então você viu. – Dani

 

-- E não era pra eu ver? – eu

 

-- Nat...

 

-- Não me interessa Daniella, você não me deve satisfações de quem você fica. – eu

 

-- E por que esta tão brava comigo então? Você ficou com dezenas de caras e eu não falei nada, eu fiquei com uma garota e você já esta toda irritadinha comigo. – Dani

 

Fiquei em silencio

 

-- É por que é a Beatriz não é? Eu sei que você gosta dela. – Dani

 

-- Não fala besteira Daniella. – eu

 

-- Para com isso Natália, assume pra você mesma que você gosta dessa garota. – Dani

 

-- Eu não gosto da Beatriz e de nenhuma garota Daniella, eu gosto de HOMENS, entendeu? – eu

 

-- Ok então, que bom que você não gosta dela, por que eu vou pedi-la em namoro. – Dani

 

-- O QUEE? – Eu disse em um tom de voz elevado

 

-- Por que o espanto? Diferente de você eu gosto de mulheres e não tenho medo disso. Ela beija bem pra caramba, e já que você não conseguiu leva-la pra cama, acho que eu posso cuidar disso. – Dani

 

Me deu uma raiva tão grande, mas eu não sabia por que, a Dani estava certa em tudo. Mas um sentimento de traição e decepção tomou conta de mim.

 

-- Você esta certa, eu tenho que ir agora. A gente se fala segunda na aula. Tchau– eu disse desligando

 

Ainda ouvi ela chamar meu nome, mas não precisava mais ouvir nada.

 

Passei o dia no meu quarto e minha mãe foi falar comigo.

 

-- Filha, você esta bem? – mãe

 

-- Estou sim mãe, só estou com um pouco de dor de cabeça. – eu

 

-- Quer ir ao shopping fazer compras? Eu vou com você – mãe

 

-- Não mãe, obrigada, vou ficar aqui estudando um pouco. – eu

 

-- Filha, você tem certeza que esta bem? Você nunca rejeitaria ir ao shopping pra ficar estudando. – mãe

 

-- Eu só não estou afim de sair mãe. – eu

 

-- Quer conversar? – mãe

 

-- Não tenho o que conversar. – eu

 

-- Sei, esta bem então, vou te deixar estudar, se precisar estou no meu quarto.

 

Ela me deu um beijo e saiu.

 

Passei o domingo lendo e estudando, minha mãe tinha razão, eu não estava bem, eu nunca estudava assim, sempre prestava muita atenção nas aulas e sempre fui uma ótima aluna e sempre me dava bem.

 

Mas eu estava realmente estranha, e preferi me isolar.

 

A semana começou novamente e como sempre eu via a Beatriz no ponto de ônibus, a Dani me contou que a pediu em namoro, e ela aceitou.

 

A Dani parecia gostar de me torturar e vivia falando da Beatriz, e eu sempre fazia cara de indiferente.

 

A Dani falava que achava estranho o fato da Beatriz não falar muito da vida dela, era uma menina muito reservada.

 

Eu tentava de todas as formas esquecer a Beatriz, agora que ela estava namorando com a Dani, seria uma forma de esquecer esse possível sentimento que eu estava sentido.

 

Passou-se uma semana cheia de provas e o tão esperado fim de semana chegou, marquei de ir com a Dani e umas meninas da faculdade em uma boate e claro a Dani iria levar a Beatriz.

 

Fazia muito tempo que eu não a via, tentava evitar possíveis encontros, mas dessa vez seria inevitável.

 

Cheguei na boate e encontrei as meninas na frente da boate, a Dani ainda não tinha chego. Ficamos um tempo conversando até eu avistar de longe uma visão que me tirou o ar.

 

Vinha a Beatriz com um vestido tomara que caia preto lindo e uma sandália, ela estava espetacular, ao seu lado a Dani tão linda quanto a Beatriz, um vestido vermelho de matar, aquele olhar que chega a te deixar tonta e um sorrisinho nos lábios.

 

-- Oi meninas – Dani

 

-- Oi – todas disseram juntas.

 

-- Essa é a Beatriz, minha namorada. – Dani

 

Eu não sabia que a Dani já tinha falado da sua sexualidade para as meninas da sala e também não esperava elas aceitarem tão bem.

 

-- Prazer Beatriz, a Dani tem muito bom gosto. Me chamo Laura – Laura

 

-- O prazer é meu Laura, olá meninas, oi Natália. – Beatriz

 

-- Oi Beatriz, como você esta? – eu

 

-- Muito bem e você? – Beatriz

 

-- Ótima. – eu

 

-- Bom, vamos entrar então? – Dani

 

Entramos na boate e o assedio já começou, as meninas aos poucos iam de dispersando, cada uma já ia achando alguém pra ficar. Eu fui para o bar, a Dani e a Beatriz foram comigo.

 

-- Já vai comarcar a beber Nat? – Dani

 

-- Vai começar Dani? Me deixa em paz garota. – eu disse virando uma dose e indo pra pista

 

Na pista a azaração rolava solta. Uma menina muito bonita por sinal estava dando em cima de mim descaradamente, dançava bem perto de mim, fazia movimentos sensuais, mas meus olhos eram na Beatriz que dançava com a Dani, quando eu via que ela estava olhando pra mim eu disfarçava e dançava bem perto da menina que logo percebeu que estava sendo usada.

 

-- Quer fazer ciúmes pra alguém? – garota

 

-- eer, não não, eu só estava olhando pra uma amiga. – eu

 

-- Sei, e está acompanhada? – garota

 

-- Não. – eu

 

-- Interessante. – ela disse mordendo o lábio inferior e dançando cada vez mais sensualmente pra mim.

 

 

 

A Beatriz e a Dani não se desgrudavam e dançavam bem juntinhas até acontecer o inevitável, elas se beijaram.

Fim do capítulo