-- hahaha verdade, pra onde você esta indo? – Beatriz

 

-- Estava indo pra casa, mas agora que te encontrei, quer dar uma volta? – eu

 

-- Mas é claro. Ela disse entrando no carro

 

Fomos para uma cafeteria e ficamos la conversando, ela me contando sobre suas aventuras de skate, seus tombos, hematomas.

 

-- Nossa, você tem história pra contar heim. – eu

 

-- Você nem imagina, mas e você, fala um pouco de você – Beatriz

 

-- Ah, não tem muito a dizer, você já sabe o básico. Não tenho uma vida emocionante como a sua. – eu

 

-- Me diz então, desde quando fica com meninas? – Beatriz

 

-- Faz pouco tempo, eu nunca tinha ficado, sempre preferi homens, ai um dia resolvi tirar a curiosidade com a minha amiga da faculdade. – eu

 

-- E essa amiga é lesbica? – Beatriz

 

-- É sim – eu

 

-- E é aquela do cabelo curto? – Beatriz

 

-- Ela mesma – eu

 

-- Hum, sabia que tinha rolado alguma coisa. – Beatriz

 

-- E você, fica com meninas desde quando? – eu

 

-- Eu nunca fui de ficar com muita gente, a Bruna tinha sido a primeira, sabe, paixãozinha, mas depois vi que ela era uma louca ciumenta e cai fora. – Beatriz

 

-- Eu notei o quanto ela era histérica rsrs – eu

 

-- Naquele dia que eu deixei meu celular no seu carro, você não tem noção do quanto ela falou. – Beatriz

 

-- Eu imagino haha – eu

 

Ficamos ali conversando e quando vimos já era quase noite.

 

-- Nossa o tempo passou rápido, quer ir pra outro lugar? Vamos na minha casa? A gente pede uma pizza. – eu

 

-- Desculpa, mas eu vou ter que recusar, tenho uma entrevista de emprego amanha e tenho que arrumar algumas coisas ainda. – Beatriz

 

-- Que legal, vai trabalhar com o que? No Escritório do seu pai? – eu

 

-- aaah, é, é la mesmo. – Beatriz

 

-- Mas se o escritório é do seu pai, por que precisa entrevistas? – eu

 

-- É que não é ele quem contrata as pessoas, e eles são bem rigorosos com a qualidade dos empregados e exigem uma entrevista. – ela disse meio nervosa

 

-- Então ta, boa sorte amanha – eu

 

-- Obrigada.

 

Saímos do café e fui em direção ai meu carro.

 

-- Posso pelo menos te dar uma carona? – eu

 

-- eer, não precisa, eu tenho que passar no mercado pra comprar algumas coisas pra casa ainda. – Beatriz

 

-- hum, então ta. A gente se fala. – eu disse entrando no carro

 

Ela abriu a porta se sentou ao meu lado e disse

 

-- Não vai embora antes disso.

 

Me puxou para um beijo, aquele beijo que só ela dava, de um jeito que só ela sabia, que me deixava de um jeito que só ela deixava.

 

Ficamos muito tempo nos beijando, as minhas mãos já percorriam o corpo dela todo.

 

Tirei sua blusa devagar e olhei aqueles seios lindos, não muito grandes, nem muito pequenos. Tirei seus sutiã e comecei a beijar, morder, sugar seus seios e ela gemia baixo em meu ouvido.

 

Os gemidos dela me deixavam excitada de um jeito, tudo nela me excitava demais.

 

Quando abri o zíper da calça dela pra tirar ela tirou minha mão

 

-- Melhor a gente parar por aqui.

 

-- Por quê? – eu

 

-- A gente esta em um estacionamento. – Beatriz

 

-- Ta bom, vamos pra minha casa então. – eu

 

-- Não da, tenho que ir – ela disse colocando a blusa

 

-- Você ta falando sério? – eu

 

-- Tô, eu já tinha te falado que tenho coisas pra fazer. – Beatriz

 

-- Ok – eu disse contrariada

 

Ela me deu mais um beijo e foi embora.

 

Fui pra casa, tomei um banho e me deitei. Comecei a pensar no rolo que estava a minha vida.

 

A um mês atrás eu nem pensava em ficar com mulheres e agora fico com duas ao mesmo tempo, uma delas é minha amiga e no outro dia eu transei com a ex dela.

 

Eu queria mais é aproveitar, estava feliz com isso então deixei rolar.

 

Uns 3 meses se passaram, eu me encontrava com a Beatriz frequentemente, mas ela sempre dava um jeito de fugir de mim e nunca vinha pra minha casa e nunca me convidou pra ir na casa dela.

 

Nunca fiquei com alguém por tanto tempo sem ter sex* no meio.

 

Essa garota realmente tinha alguma coisa. Em outros casos eu já teria caído fora.

 

Mas ela era diferente, quando eu estava com ela eu era diferente, eu agia diferente, queria agrada-la e eu nunca me importei em agradar ninguém. Mas eu queria ela perto de mim só que meu desejo por ela já estava muito grande e ela sempre fugia e eu não entendia por que.

 

Mas por outro lado, eu dormia algumas vezes na casa da Dani e ela aqui, e sempre rolava alguma coisa.

 

Nossa amizade era sempre a mesma, ela já sabia da Beatriz, nunca questionou nada, tínhamos uma amizade normal, mas a diferença era que a maioria das vezes que nos víamos fora a faculdade a gente trans*va.

 

A verdadeira amizade colorida.

 

Claro que a Beatriz não sabia de nada daquilo.

 

Um dia a Beatriz me convidou pra ir pra praia, me arrumei e ela pediu que eu a encontrasse na praçinha.

 

Fui busca-la depois fomos pra praia.

 

Era uma praia que eu ainda não tinha ido, não tinha muita gente, fomos para um canto que tinham algumas pedras e ficamos ali mesmo.

 

Pedi para a Maria preparar uma cesta com água, sucos e frutas para comermos la.

 

Ficamos conversando sobre varias coisas, ela me contava sobre a sua faculdade dos seus amigos, mas nunca me falava sobre a família dela.

 

Eu contava sobre a faculdade, sobre minha família, o quanto meu pai nunca estava em casa.

 

-- Sua mãe também faz muitos plantões? – eu

 

-- eer, mais ou menos, mas geralmente esta em casa. – Beatriz

 

-- Sorte a sua, vejo o meu pai raramente, quando eu era pequena eu sofria mais com isso, mas hoje já me acostumei. – eu

 

Ficamos ali a tarde toda, já estava escurecendo e as pessoas já estavam saindo, só sobrou eu e ela na praia.

 

-- Vamos? Só tem nós aqui. – Beatriz

 

-- Vamos ficar mais um pouquinho – eu disse chegando mais perto

 

Começamos a nos beijar, as mãos já ousavam.

 

Eu já não aguentava mais, queria poder sentir seu corpo todo, e queria sentir seu corpo no meu.

 

Fui tirando sua blusa e ela não gostou muito.

 

-- A gente ta no meio da praia – Beatriz

 

-- E dai? Não tem ninguém aqui – eu disse intensificando meus toques

 

Notei que ela ficou meio incomodada, mas continuamos, quando fui tentar tirar seu short ela interrompe mais uma vez.

 

-- Natália, acho melhor a gente ir pra casa. – Beatriz

 

-- Caramba Beatriz, qual é a sua? Estamos a meses ficando e você sempre foge quando o negocio começa a esquentar. – eu

 

-- Aqui não é o lugar apropriado pra isso. – Beatriz

 

-- E qual é o lugar apropriado? Você nunca quer ir para a minha casa, nunca posso ir na sua, assim não da. – eu

 

-- Poxa, tenta me entender. – Beatriz

 

-- O que você quer que eu entenda? Que a gente fique de beijinhos por mais 3 meses? Eu quero mais que isso Beatriz. Só não entendo por que você não quer. – eu

 

-- É complicado – Beatriz

 

-- Então me explica. – eu

 

-- Deixa pra la, eu vou pra casa. – ela disse se levantando

 

-- Ta louca? A praia é mega longe. – eu                                  

 

-- Não faz mau. Pensei que você fosse diferente Natália, mas é como todas as outras - Beatriz

 

--  Sinto muito, é assim que eu sou Beatriz, eu nunca fiquei com ninguém só de beijinhos por mais de uma semana, não preciso de alguém como você. – eu

 

Ela ficou me olhando com lagrimas nos olhos fez um sinal negativo com a cabeça e saiu correndo.

 

Claro que me arrependi  horrores de ter falado daquela maneira com ela. Mas no calor do momento eu fiquei nervosa e não pude evitar.

 

Outras pessoas não esperariam nem uma semana pra trans*r comigo, eu tenho dinheiro, sou bonita e posso arrumar outra pessoa a qualquer hora.

 

Fui pra casa, a Dani me ligou no caminho.

 

-- Nat, onde você esta? Estava te ligando e seu celular estava fora de área o dia inteiro. – Dani

 

-- Eu estava na praia com a Beatriz – eu

 

-- hum, e ai como foi? – Dani

 

-- Cansei dela. – eu

 

-- Vocês não vão mais ficar? – Dani

 

-- Não, ela é muito certinha pro meu gosto. – eu

 

-- Acho que esse lance de vocês durou bastante, pelo que eu conheço você. – Dani

 

-- Pois é, também acho, mas agora eu quero me divertir, e aproveitar muito. – eu

 

-- Como se antes você não fizesse isso hahaha – Dani

 

--Onde você esta? – eu

 

-- Em casa. – Dani

 

-- Estou indo ai – eu

 

-- Ta certo, até depois, beijos. – Dani

 

-- Beijos. – eu

 

Mudei o caminho e segui para o apartamento da Dani

 

Quando cheguei, toquei a campainha e ela abriu a porta com um micro short e uma blusinha bem decotada e apertada, modelando seu lindo corpo.

 

Ela ficou ali parada encostada na porta com um sorriso muito convidativo, parecia ter feito aquilo tudo pra me provocar, e conseguiu.

 

Fui andando devagar em direção a ela, entrei no apartamento, fechei a porta e até então nenhuma palavra tinha sido dita.

 

-- Você esta tentando me provocar? – eu disse chegando mais perto dela

 

-- Estou conseguindo? – ela disse no meu ouvido

 

-- Com certeza.

 

Fim do capítulo