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Foi o Fim ou só mais um Começo? por Anonimo 403998

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Palavras: 4613
Acessos: 3617   |  Postado em: 00/00/0000

Cap 51 – Epílogo

Já fazia muito tempo que Jodie caminhava sozinha, tanto que ela perdeu a conta. Já não tinha mais companheiras físicas, mas Charlie e Sam lhe acompanhavam em sua memória e eu seu coração. Durante anos ela e a mulher que amava seguiram caminhando a procura de respostas, a fiel amiga de ambas se despediu delas logo no começo da viajem, tendo como causa de sua morte a velhice. Nesse tempo todo acharam diversas pistas, muitas sugestões e inúmeros becos sem saída. Havia apenas mais um lugar a se visitar ainda quando a médica também se foi.

 

Charlie tinha chamado aquilo de laboratório central do CDC, Jodie conhecia a sigla, mas não lembrava seu significado. A médica quem lhe contou que aquilo significava Centro de Controle de Doenças; uma agência governamental especializada em analise e combate à enfermidades. Muitas das pistas às levavam àquele lugar desde o início das buscas. Era um prédio que ficava no ponto mais ao norte que era possível ainda dentro dos limites dos EUA. Mas lá também não haviam respostas, entretanto, Jodie encontrou o caminho a seguir para acha-las.

 

Diversos documentos que ela encontrou no laboratório faziam referencia à um local no Alasca próximo a fronteira com o Canadá. Pelo que ela pode entender, quando o surto saiu do controle, o governo recolheu os maiores especialistas e todos os políticos mais importantes e os levou para essa base secreta do exército junto com canadenses que trabalhavam em conjunto com o governo americano. Todas as informações à respeito do que aconteceu antes e depois foram redirecionadas para lá. As unidades do exército restantes também se deslocaram naquela direção. Pelo que descobriu, todas as respostas que precisaria estariam ali.

 

Jodie demorou um bom tempo para chegar até lá, teve que parar em diversos pontos no caminho para procurar suprimentos e roupas mais adequadas. Conforme se aproximava do lugar, cortando caminho por dentro do território do Canadá, mais frio ela sentia. Para seu azar já estava perto do fim do verão e o outono já começava dando sinais de que o inverno seria rígido, muito mais do que o último. A neve dificultava ainda mais o caminho rochoso por entre diversas montanhas, o progresso era lento, muito lento.

 

O inverno começou antes que Jodie conseguisse encontrar a base, mas ela estava próxima. Ela sabia que a entrada deveria estar escondida em algum canto da floresta gelada na qual ela estava. As noites eram solitárias e frias, mas ela agradecia por não ter mais ninguém ali com ela, seria difícil demais para mais alguém além dela. Em várias noites ela sonhava com Charlie enquanto se escondia dentro de cavernas pequenas ou se abrigava contra uma parede de pedra com uma lona cobrindo o outro lado. Todas as noites antes de fechar os olhos ela pensava na mulher de sua vida; lembrando os bons momentos, os nem tão bons assim, mas lembrando, principalmente, dos detalhes que apenas ela poderia saber.

 

Jodie sabia que a travessia seria dura, mas ali, fazendo aquele percurso, ela se dava conta de que Charlie não conseguiria suportar. Depois de anos juntas, mais de duas décadas, Jodie, mais do que ninguém, notava os efeitos da idade que Charlie tão calmamente conseguia esconder de todos os outros. Seus músculos já não eram tão fortes, suas mãos não tão firmes, sua resistência havia diminuído muito. Apenas três coisas nunca mudaram, sua visão precisa como sempre, sua audição aguçada como nenhuma outra e sua mente que se manteve afiada e rápida por todos os anos desde que a havia conhecido.

 

O corpo de Charlie não resistiria ao frio, a própria Jodie quase não o suportava, mal conseguia dormir e, mesmo com toda proteção que encontrou, ainda sentia o corpo tremer sempre que parava de se mover. Apesar da saudade imensa que sentia daquela médica, ela sabia que Charlie morrendo no meio de uma luta tinha sido muito melhor do que ela morrendo pouco a pouco enquanto perecia frente aquele inverno. Mas a necessidade que ela tinha em saber dos porquês impulsionava Jodie a não desistir. Por Charlie ela iria até o final para descobrir o que tinha causado tudo aquilo.

 

------xxx------

 

O metal da construção brilhava de uma forma diferente da neve ao seu redor, foi graças à isso que Jodie encontrou a base. Estava coberta de neve, quase 4 metros de gelo impediam a entrada dela no complexo que se estendia por mais de 10 metros para cada lado do local onde deveria estar a porta. No topo do prédio ela conseguia ver o sol refletir em dezenas de painéis solares. “Chris ficaria louco com isso tudo” ela pensou enquanto sorria ao olhar a quantidade de painéis, cabos, fios e antenas.

 

Duas horas depois de procurar outra entrada ela acha uma janela com uma rachadura grande, olhando para dentro ela podia ver um grande saguão e não pareciam haver muitas coisas ali além de bancos. Ela pulou as grades que circulavam aquele nível da construção e desceu escorregando pela neve acumulada em volta. Depois de achar um grande pedaço de madeira ela voltou a subir, depois de algumas pancadas fortes o vidro finalmente se quebrou deixando uma abertura suficiente para que ela passasse.

 

Lá dentro parecia um labirinto, se não fossem as placas Jodie teria se perdido nas primeiras curvas, mas mesmo assim ela andou horas sem encontrar nada do que procurava. Dormiu dentro de uma das salas do térreo, pela primeira vez em meses não tremeu a noite inteira nem teve o som do vento cortante durante a madrugada para lhe acordar. Ao despertar ela se sentou e, enquanto comia o restante de sua carne seca, pensou onde procurar.

 

O lugar tinha se tornado uma base quase militar, as contenções no que deveria ser a porta de entrada do prédio diziam isso claramente, além também da sala trancada no térreo em que ela encontrou um pequeno arsenal, provavelmente armas reservas. Mas a estrutura era mais adequada a ter sido uma estação de pesquisa ou coisa mais simples assim, um lugar onde não deveria haver níveis subterrâneos. Jodie precisava descobrir se eles existiam ou não, mas antes ela buscaria respostas nos níveis mais altos. 

 

Horas procurando de sala em sala do mais alto andar até, novamente, ao térreo sem nenhum resultado. Jodie já estava exausta e teve que voltar a mesma sala para dormir. Ao acordar ela voltou a pensar, se haviam níveis subterrâneos onde a entrada deles seria? Só havia uma resposta para isso: elevadores. Sem energia ela teria que dar sorte de achar o certo e dele não estar no térreo. Haviam duas portas nos andares, não seria fácil abri-las, mas Jodie tinha todo o tempo do mundo para fazer isso.

 

Ela demorou três horas para conseguir abrir a primeira porta, sozinha foi preciso que ela achasse algumas ferramentas e, metade do tempo gasto nisso, foi para procurar algo que serviria de alavanca. O primeiro elevador estava no térreo, Jodie o examinou antes de seguir para o próximo, os números não indicavam andares inferiores. A segunda porta deu menos trabalho e mais esperança, o elevador estava em algum andar superior e Jodie se preparou para descer.

 

Uma tocha serviria de iluminação, ela não queria gastar o restante das pilhas que tinha para a lanterna. O dia estava para acabar quando ela chegou ao fundo do poço daquele elevador. Não havia mais nada, nenhuma outra porta, nenhuma entrada, apenas 6 metros de absoluto nada após o piso do térreo. Raiva e frustração não eram os únicos sentimentos dela naquele momento, havia também cansaço e tristeza. Jodie dormiu naquele poço de elevador naquela noite, no dia seguinte ela subiu de volta e, ao alcançar o térreo, sentou-se no chão com as costas contra uma parede.

 

Ela estava de olhos fechados, com a cabeça baixa e apoiando um braço sobre o joelho da perna esquerda que estava dobrada quando aquele pensamento lhe ocorreu: Por que escolher aquele lugar dentre tantos outros?

 

Estudando mapas que achou no CDC ela tinha visto mais 4 bases de pesquisa pertencentes aos Estados Unidos na região do Alasca, algumas com acesso ainda mais difícil do que aquela em que ela se encontrava agora. Outras eram até maiores e com mais espaço para acomodar pesquisadores e as forças do exército remanescentes; então porque vieram para essa?

 

Jodie então abriu os olhos e olhou em volta, não havia nada que demonstrasse que aquele lugar tinha algo a mais. Ela olhou em todos os cantos e, pela primeira vez desde que chegara ali, ela olhou para o teto. O que viu lhe trouxe mais um fio de esperança. O teto do térreo estava riscado por diversos fios e cabos que pareciam sair de todos os cantos do grande salão e seguir em uma única direção. Mas o que mais lhe chamou a atenção e a fez levantar rápido foi que aqueles cabos eram idênticos aos que ela havia visto no topo do prédio interligando e ligando as placas solares aos receptores e transmissores de energia.

 

Jodie seguiu os cabos, iam até o fundo da grande salão. Ela já havia ido até lá, não havia nenhuma sala, nenhum elevador, mas mesmo assim ela seguiu os cabos. Num ponto perto de um balcão de informações um dos fios se separava e seguia até uma parede que formava o semicírculo do balcão. Era uma parede toda vermelha na frente e com quase um metro e meio de largura recoberta de espelhos nas laterais e na parte de trás. O fio seguia pelo teto até a parte de trás da parede e então entrava por uma abertura e, aparentemente descia.

 

Ela parou em frente ao ponto onde o fio descia para a parede de espelhos e encarou seu reflexo na luz amarela da tocha que ainda brilhava em frente ao elevador. Jodie colocou a mão no vidro sem sentir nada diferente, então escorregou a mão para cima até a altura de seu rosto. Nada acontecia e ela suspirou se aproximando do espelho e encostando sua testa no vidro frio, escorregou a mão para baixo novamente já sentindo outra vez aquela sensação de derrota. Uma luz azul fraca brilhou quando a mão dela tocou um ponto perto da altura de sua cintura, quando abriu os olhos Jodie se assustou e deu um passo rápido para trás sem acreditar no que via. A luz logo se apagou. Ela voltou a tocar o mesmo ponto e, novamente, um painel numérico apareceu junto à um sensor infravermelho.

 

- Fala sério – ela sussurrou para si mesma enquanto forçava um som de riso – Até parece aqueles filmes policiais de antigamente.

 

Jodie não tinha ideia de que tipo de combinação seria necessária para aquele teclado, mas o sensor era como os dos filmes que ela costumava ver quando ainda era uma garotinha. O tipo que lia cartões de acesso. Ela poderia apenas tentar combinações aleatórias, mas não sabia se haveria algum mecanismo de travamento em caso de erro do código. Decidiu procurar um cartão de identificação, mesmo que parecesse absurdo que ela ainda pudesse encontrar algo assim.

 

Ela saiu procurando do mesmo jeito, começou pelos andares superiores, ia de porta em porta, olhava de mesa em mesa, e nada. Até que ela finalmente voltou ao saguão do térreo, estava irritada e com raiva, andou direto para o espelho no meio do caminho puxou a espada que tinha nas costas, presente de despedida de Chris quando elas partiram. Jodie sequer parou em frente ao espelho, assim que estava próxima o bastante golpeou a superfície de vidro na altura de seu rosto com raiva. O espelho se quebrou revelando metal por trás, uma porta de elevador recoberta por vidro espelhado. Jodie caminhou para trás até encostar na parede e deixou o corpo escorregar até o chão.

 

Ela ergueu o olhar para aquilo, com certeza não conseguiria abrir como as outras, se essa tinha uma chave de acesso ela teria um mecanismo que impedisse a abertura forçada. Cansada ela se levantou e foi até o balcão, único lugar onde ela não esperava encontrar nada, único em que ela mal havia se interessado. Ela parou olhando para a mesa de mármore, havia gaveta e armários, duas cadeiras e alguns papéis espalhados por cima da mesa.

 

Em cima de uma cadeira estava um casaco, uma roupa para se andar na neve. Jodie se aproximou dessa cadeira e pegou a roupa, não havia nada de informação nela, nem nome, nem nada nos bolsos, mas em cima da cadeira havia um envelope. Dentro do envelope estava um cartão de identificação. Ela mal conseguia respirar de ansiedade quando se aproximou do painel e colocou o cartão em frente ao leitor. A porta se abriu ao som de mais vidro se quebrando e, em frente à Jodie, apareceu o espaço apertado de um elevador.

 

Não havia muitos botões, apenas dois na verdade, uma seta para cima e outra para baixo. Jodie apertou a seta que apontava para baixo e as portas se fecharam. Por dois segundos ela teve medo daquilo não funcionar e ela ficar trancada ali dentro pra sempre, mas o elevador logo se moveu e desceu. Ela não saberia dizer quanto ele desceu, há muito não entrava num elevador para saber o tempo que ele levaria para ir de um andar a outro. Mas quando as portas se abriram novamente ela estava em um espaço escuro iluminado apenas pela fraca luz vinda da lâmpada de dentro do elevador.

 

Jodie ligou sua lanterna e se deparou com um corredor, ao final dele havia uma cadeira e uma mesa, atrás delas uma porta. Não foi preciso usar o cartão de acesso, a porta estava aberta e, assim que colocou os pés dentro do lugar luzes se acenderam. Era uma sala cheia de computadores no centro, ao fundo havia uma tela muito maior e, mais à direita, outra porta onde era possível ler a palavra ‘laboratório’ numa placa acima da entrada.

 

Ela olhou em volta, havia papéis espalhados em várias mesas, algumas telas quebradas, uma caneca branca de café caída no chão. Todos os monitores estavam desligados, fora da tomada, menos um deles. Jodie se aproximou da mesa mais ao centro, o monitor que estava diretamente à frente da tela maior pendurada na parede. A luz do monitor piscava vermelha indicando que ele estava na tomada. Ela apertou o botão de iniciar ligando o computador e respirou fundo esperando não ter se esquecido de como aquelas coisas funcionavam, afinal, fazia quase 30 anos que ela não via um computador.

 

A tela inicial não mostrava absolutamente nada, exceto uma pasta de arquivos, era o único ícone. Jodie abriu a pasta e uma barra de carregamento apareceu e iniciou alguma coisa. Logo depois do carregamento completo a tela da parede brilhou e letras apareceram, mas Jodie não teve tempo de ler. Logo depois a imagem da sala apareceu, mais iluminada, e com computadores ao fundo ligados, era uma imagem feita do lugar onde Jodie estava sentada. Um homem entrou na frente da câmera e se sentou. Ele deveria ter por volta de 40 anos, o cabelo preto começava a ter fios brancos, a barba estava por fazer e deixava o rosto de pele branca coberto por uma espessa camada de pelos negros. Seus olhos eram castanhos e ele usava um jaleco branco sem identificação por cima de um uniforme militar do exército, também tinha uma caneca de café branca na mão.

 

- Acho que é loucura deixar esse registro, mas sei que nem todos vão morrer. Talvez um dia alguém venha atrás das respostas – ele colocou uma mão sobre o rosto, parecia transtornado, com raiva e frustrado ao mesmo tempo – Eu sequer posso dizer se algum dia alguém vai descobrir que as respostas estão aqui, mas me sinto na obrigação de deixar elas para trás – ele voltou a encarar a câmera – Ok. Se alguém ver isso saiba que nós tentamos, mas foi impossível. Não é importante quem eu sou...eu era...Eu fui o responsável por essa ultima base de pesquisa, nossos experimentos ainda estão no laboratório, não valeram de nada. Não foi fácil descobrir a raiz do problema, não houve paciente zero para o CDC procurar. Eles eram uma empresa, um grupo na verdade, que trabalhavam para o governo às vezes. Mas faziam também todo o tipo de pesquisa na área médica e outras. Não fomos capazes de descobrir quem nem o porque, o que sabemos é que, em um desses experimentos, eles criaram um tipo de prion, era a grande esperança dos cientistas de curar algumas doenças que tinham caráter genético predominante. Aquele prion foi inserido no programa de nano-robôs. Era uma tecnologia restrita, ainda em faze de teses, e completamente sobre supervisão do governo. Criaram apenas uma micro-experiência, usaram células de cultivo, o resultado foi catastrófico e eles não souberam atribuir ao prion ou aos nano-robôs. A pesquisa foi descartada, mas, aparentemente, não antes de alguém se apoderar dos dados. De alguma forma essa ‘pessoa’ conseguiu descobrir como fazer o prion funcionar sem os nano-robôs, descobrimos algumas alterações na sequencia gênica do agente, mas não concluímos se isso era causado pelo contato com os sistemas humanos ou por manipulação genética do prion. Sabíamos que dependia de cada pessoa o tempo até o desenvolvimento dos sintomas, foi só quando descobrimos que alguns não adoeciam que pudemos encontrar o motivo. Algumas pessoas tem uma sequencia específica de genes em seu DNA, um fragmento relativamente longo formado por 287 pares de bases, que interagia com o prion alterando-o e fazendo com que ele deixasse de ser nocivo. Tentamos descobrir o que essa sequencia produzia, mas ela pertence a um fragmento de DNA que não é ativo em sínteses. Aparentemente o prion tinha uma sequencia de inicialização na região dessa sequencia genética e era isso que provocava a ativação dos sintomas, quem tinha os genes desses 287 pares de bases em determinada ordem desativava o agente.....quem não tinha o ativava – ele bebeu o resto do que havia na caneca e a colocou sobre a mesa – O ponto foi que alguém descobrir sobre o prion, produziu a quantidade necessária e o espalhou pelo mundo. Depois de entrar em contato com seres humanos o prion conseguia se replicar em nossos organismos e então se espalhou entre as pessoas. Quando descobrimos que algumas pessoas não adoeciam conseguimos descobrir e isolar o prion com sua configuração alterada, fizemos o teste rápido que identificava a alteração. O teste era para saber se a pessoa infectada tinha alterado o agente ou não, e não para identificar se a pessoa possuía o gene para tal. Quem ainda não havia entrado em contato com o agente foi trazido para cá – ele olhou em volta e deu uma risada forçada ao encarar o local vazio – Nós não tínhamos como saber quem era imune ou não sem que a pessoa se infectasse. Um total de 50 pessoas foi trazida para cá, com suprimentos esterilizados, comida a vácuo vinda da NASA, tudo o que precisaríamos para descobrir uma cura. O problema foi que as coisas saíram de controle muito rápido. As pessoas saíram do controle, e não foi apenas aqui, de todos os países do mundo chegavam notícias de que os governos se desmantelavam. Nós e os russos resistimos por mais tempo, os Japoneses caíram logo antes da gente. O que sobrava do exército se rebelou, os 20 militares que estavam aqui foram embora, queriam tentar salvar suas famílias. Um grupo de sobreviventes de uma base de pesquisa nos encontrou algumas semanas depois. As pessoas aqui surtaram, não queriam deixar eles entrarem, uma parte queria mata-los antes que tentasse. Estavam com medo de não serem resistentes e eles estarem contaminados. Eu os controlei, joguei para eles um kit com os testes, estavam todos contaminados, eles adoeceram e morreram em frente a base. A neve cobriu seus corpos a vários meses – o homem do vídeo fez uma pausa longa e olhou para o teto, parecia prestes a chorar – Nos odiamos por termos deixado isso acontecer. Éramos 15 cientistas, mas depois desse incidente três de nós enlouqueceram, saíram andando pela neve e sumiram. No dia seguinte ao sumiço do terceiro quase todos os que ainda estavam aqui decidiram ir embora. Não sei o que houve com eles. Só restou aqui 5 pessoas; eu, mais dois colegas cientistas, um responsável pela manutenção dos painéis solares e uma assistente de laboratório. Nós desviamos toda a energia dos painéis para esse laboratório subterrâneo, eu e os outros cientistas tentamos de tudo para descobrir uma cura. Não há cura, não há uma forma de descontaminar o mundo todo, é impossível de ser feito. Nos últimos 15 meses tentamos estabelecer uma linhagem para os imunes com os dados que recebemos dos soldados que não adoeceram, não entendemos a correlação.....é algo...completamente aleatório. Foi quando percebemos que fomos inúteis, então decidimos que não valia a pena continuar aqui. Esse prédio, no andar inferior a esse em que estou agora, possui um sistema de armazenamento de informação. Os códigos de acesso para isso estão nesse computador, o comando para exibi-los é: F1 Crtl+A F12. Tudo o que ainda tínhamos acesso foi guardado e organizado nesse sistema. Os painéis solares garantem que tudo permaneça acessível. Um sistema de armazenamento de energia vai garantir que, se necessário, isso se mantenha aqui por séculos. Apenas 0,05% da energia coletada pelos painéis vem para a rede de computadores, o suficiente para esse permanecer ligado o tempo que for preciso. Nós deixamos tudo pronto para isso permanecer por um tempo indeterminado aqui. Depois todos nós fomos para a o laboratório e nos infectamos, pensávamos que todos morreríamos aqui, mas eu não morri ­– ele deu um sorriso triste e olhou na direção da porta do laboratório – Eu sinto muito não ter todas as respostas, a forma como aconteceu....acho que nunca vão haver respostas. Sabemos que não foram os governos, mas o fato é que não importa mais. O mundo todo tem o prion hoje, nada pode mudar isso. Minha esposa e eu...Nós especulamos que nunca mais existirão pessoas sem os genes que modificam o agente. Um ser humano gerado, mesmo que ainda durante a gestação, sem os genes corretos não será capaz de se desenvolver até o nascimento, apenas crianças com a sequencia genômica correta serão capazes de nascer. Não sabemos dizer até que ponto esse prion será capaz de afetar outras espécies, não sabemos o bastante sobre esse tipo de agente, mas todos os outros prions conhecidos parecem interagir com diversos organismos vivos. Ainda na base da especulação, cremos que o mundo irá se adaptar a presença do prion e conviver com ele a partir de agora ­– o homem se recostou na cadeira e olhou o teto novamente – Está para começar o inverno lá fora e eu estou sozinho aqui, meu suprimento de comida e água ainda pode durar cerca de 6 meses sem racionamento, mas não me vale de nada esperar para voltar.....eu não tenho para o que voltar. Vou enterrar os corpos que ainda estão no laboratório...eles merecem isso....então, bem, os militares deixaram várias armas, vou me colocar na minha própria cova, a neve vai fazer o resto do serviço quando o inverno chegar. Eu realmente espero que alguém encontre esse lugar, que descubra que tentamos tudo o que conseguimos com o que tínhamos aqui. Quem sabe um dia o conhecimento que guardamos aqui ajude a humanidade a voltar aos seus antigos padrões tecnológicos, mas a verdade é que não sei realmente se o nosso modo de vida anterior era realmente bom para todos. Nós estávamos quase destruindo o planeta. Se eu fosse religioso diria que isso aconteceu porque a natureza não nos sustentava mais e quis nos retirar do mundo, mas que Deus nos deu uma nova chance escolhendo algumas pessoas. Mas eu não sou religioso e sei que os imunes não foram escolhidos por alguém por merecimento, se fosse assim o mundo não teria se tornado o caos que se tornou. O fato é que eu não sei se isso fez bem a alguém. A mim é que não fez.

 

- Pode não acreditar, mas a mim fez – sussurrou Jodie quando a tela voltou a ficar preta.

 

Ela olhou para os lados e respirou fundo, tinha tomado uma decisão. Andou pelas mesas até encontrar papel e caneta e então começou a escrever.

 

 

 

                                   “Para quem chegar aqui primeiro.

 

 

                   Meu nome é Jodie Foster, no momento eu devo ter algo perto dos 50 anos. Faz algumas semanas que eu cheguei até aqui. Hoje eu achei o vídeo do doutor, está no computador central da sala subterrânea. Vou deixar esse bilhete do lado de fora dela, junto com o cartão de acesso ao elevador. Eu nem sei se conseguirei chegar a um lugar onde possa contar a alguém o que existe aqui, mas acho que não voltarei nunca mais depois de sair. Só tenho que deixar isso registrado.

 

                   O doutor disse que não sabia se o ocorrido fez bem a alguém, isso porque não fez bem à ele. Mas a mim fez.

 

                   Sei que perdi meus pais, eu tinha só 15 anos quando tudo aconteceu, sinto falta do meu pai, minha mãe não gostava muito de mim pelo que eu era. Sempre gostei de meninas, só meu pai entendia. Quando o mundo acabou eu decidi esconder isso, não queria ser julgada.

 

                   Mas foi o fim do mundo que me fez conhecer a mulher da minha vida, de outra forma eu nunca teria encontrado ela. Charlie, Charlote Hams era o nome dela, a minha Charlie. Ela era médica e boxeadora, uma combinação muito louca na minha opinião, mas perfeita nela. Ela me salvou diversas vezes desde o dia em que nos encontramos. Era bem mais velha que eu, mas eu me apaixonei pela mulher que ela era. Ela fez muitas coisas boas para muitas pessoas, ela fez bem ao mundo que temos agora, foi alguém incrível que morreu fazendo o que mais fez a vida toda: salvando alguém.

 

                   Eu sinto falta dela, mas sei que ela continua comigo e a parte mais difícil é a saudade. Mas eu aprendi a lidar. Não vou viver pra saber se a humanidade se reergueu, mas vou fazer minha parte para que ela faça isso da forma certa.

 

                   Assim que o inverno acabar eu vou fazer o caminho de volta para a vila que ajudei a manter nos últimos anos, vou deixar equipamentos em algum abrigo bem escondido para alguém achar e vir para cá, vou mandar a mensagem para alguém que vai poder usar o conhecimento existente aqui. Talvez não seja ele quem vá chegar a esse lugar, mas garanto que ele irá preparar pessoas capazes para vir.

 

                   À quem chegar eu deixo essa nota para marcar a minha presença nessa parte da história, a minha e a de Charlie. Provavelmente será um dos sobrinhos netos dela quem vai aparecer.

 

                   Se você conhece a história da Charlie, então honre-a. Se não conhece vá até New York descobrir, vai achar o caminho com um mapa que vou deixar junto ao computador certo.

 

                   Só deixo aqui registrado também que eu amei Charlie, que fui feliz ao lado dela e que não posso me entristecer com o fim do mundo. Foi o fim do mundo, mas o começo da minha felicidade, o início do período mais feliz de toda minha vida. ”

 

 

 

FIM

Fim do capítulo


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Comentários para 51 - Cap 51 – Epílogo:
Joannarodriguez
Joannarodriguez

Em: 24/07/2022

Fui obrigada a me cadastrar neste site, pois não poderia ter lido essa obra e não comentar. Quero deixar registrado que essa foi uma das melhores histórias que encontrei por aqui. Bem escrita. Com um enredo altamente viciante e diferente do que estamos acostumados a ler. Uma história que te faz sentir os dramas como se nossos. O drama de Charlote me conquistou bastante. O início da história com Izzy foi descrita de forma muito real, coisas que passamos, que estamos propícios a passar. A autora se manter em anonimato é um verdadeiro pecado. Essa história é digna de publicação. Se eu fosse você investiria. Parabéns. Excelente obra.

Responder

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Lea
Lea

Em: 22/11/2021

Vamos dizer que não gostei da morte da Charlote, porém entendo que não foi algo isolado,foi fazendo o que ela sempre fez de melhor, morreu SALVANDO um outro ser. Ela foi incrível até o último momento,foi feliz, apesar de tudo o que aconteceu. Encontrou mais que o amor da vida dela( não tem nem como descrever em palavras), reencontro parte da família que nem ela tinha conhecimento,e mesmo que tarde soube que o irmão a idolatrava.

Cada personagem vai ficar guardado na memória,pela luta,pelo o amor e pelo poder da reconstrução....por tantas coisa boas.

Parabéns autora Alini!!!

Me fez chorar,mas também me fez rir com sua  estória!!!!

Responder

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Nenete
Nenete

Em: 07/10/2020

Muito boa a história. Ficção sem sombra de dúvidas. Parabéns pela imaginação. Bjuss linda!


Resposta do autor:

Muito obrigada *-* 

Eu adoro essa ambientação de ficção kkkk, feliz que consegui criar o clima hehe. 

 

;] 

Responder

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rhina
rhina

Em: 18/03/2018

 

Boa noite Autora.

Max

Izzy

Jodie 

Charlie. 

Rhina


Resposta do autor:

Boa noite 

Espero que essas personagens continuem na sua memória como continuam na minha. 

 

Até a próxima 

 

;] 

Responder

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LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 09/10/2017

Querida autora Anônima (muito estranho escrever isso rsrs)

Li sua história agora, muito depois de terminada, e quero te dar os parabéns.

Ficção científica não é meu assunto favorito mas vc soube fazer um enredo tão bom que me prendeu até o final. Triste saber que não estamos longe de uma catástrofe assim acontecer, infelizmente... Nossa querida e sofrida Charlie lutou e muito, pelo que restou da humanidade, fica como exemplo. Final triste, mas concordo que não poderia ser diferente. O legado de Charlie e Jodie está consolidado. 

Agora procurar outros contos seus. Parabéns novamente, grande beijo!


Resposta do autor:

Olá =D 
Pode me chamar de Alini kkkkkkk, mas gosto de Anônima tbm =] 

 

Fico incrivelmente contente que tenha lido, mesmo após eu finalizar essa história a tanto tempo. 

Eu particularmente adoro ficção científica (mas essa foi a minha primeira tentativa na área kkkkk) que bom que consegui prender os leitores. 

Realmente, nos nossos tempos atuais a qualquer instante uma catástrofe pode acontecer, acho que tendo isso em mente Charlie é um grande exemplo de como se enfrentar algo tão gradioso e difícil sem se perder a própria humanidade. Fico muito feliz que elas tenha criado um legado tão importante na vida de quem leu (e principalmente na minha).

 

Um beijo e espero vê-la em meus outros projetos (tenho mais alguns por aqui hehe) 

;]

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Vallery Pimenta
Vallery Pimenta

Em: 31/07/2016

Estoria fantastica! Parabens! Adorei! Continue escrevendo, por favor ;)


Resposta do autor:

Obrigada *-*

Continuarei a escrever sim (mesmo que esteja difícil achar tempo hehe)

;] 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Ana_Clara
Ana_Clara

Em: 17/07/2016

Ah, esqueci de mencionar que este final foi incrível! Parabéns autora *.*


Resposta do autor:

Obrigada >//< Muito obrigada mesmo por ler e comentar; fico muito feliz =] 

Bjs moça

;] 

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Ana_Clara
Ana_Clara

Em: 17/07/2016

Normalmente a gente costuma a ler histórias onde as mocinhas acabam juntas e felizes. Casadas, com filhos, vivendo momentos incríveis em suas carreiras. Bom, só quero dizer que de uma maneira diferente vc traduziu tudo isso nessa história. Feliz por te tido a oportunidade de ler sobre Charlie e Jodie.


Resposta do autor:

Realmente, a maioria das histórias acaba assim kkkk, mas eu achei que seria pouco pra Charlie e Jodie. Elas não tiveram um caminho comum (estavam num mundo apocalíptico afinal). 

Fiquei feliz com o final quando consegui escrever ele =] 

Eu que fico feliz por ter dado uma oportunidade à Charlie e começado a ler 

;] 

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FernandaPRF
FernandaPRF

Em: 01/06/2016

QUERIDA AUTORA, parabéns.

Linda estória. 

Estive acompanhando.

 

BJ.

Fernanda.


Resposta do autor:

Muito obrigada por acompanhar *-* 

Bjs ;] 

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Vanessa
Vanessa

Em: 27/05/2016

Lindo.

Obrigada autora por esta linda e emocionante história Charlie e Jodie personagens serão imortais na minha memória. 

 


Resposta do autor em 29/05/2016:

Eu é que agradeço por alguém ter lido. Nas nossas imaginações todos os nossos personagens preferidos serão sempre imortais =] 

;] 

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AMANDA
AMANDA

Em: 27/05/2016

O fim pode ser um começo. Perfeita a história somos seres adaptáveis,

nos moldamos ao nosso habitat, mas os sentimentos o amor em qualquer época será 

sempre igual forte e destemido como elas e nem mesmo o tempo pode apagar.

Perfeito o conto parabéns!!

 

 


Resposta do autor em 29/05/2016:

O ser humano está em constante mudança, pra melhor ou pior depende de cada um, mas estamos sempre mudando. Entretanto amor é uma das coisas que nos fazem melhorar a cada dia. 

Obrigada por ler 

;] 

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mtereza
mtereza

Em: 24/05/2016

Perfeito adorei a sua história emocionante e muito coerente o final vc realmente sabe contar uma história parabéns e obrigada por compartilha- la. connosco bjs


Resposta do autor em 24/05/2016:

Obrigada *-*

Essa foi uma das poucas vezes que comecei um texto sem saber o final dele hehe, fiquei um tanto receosa em deixar pontas soltas por isso, mas acho que dei conta.

E eu é que tenho que agradecer por tantas pessoas terem dado uma chance pro que eu escrevia. 

Bjs ;] 

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lay colombo
lay colombo

Em: 24/05/2016

Chris e Max ♥ Charlie </3 Jodie </3 ♥ amei sua história é muito muito boa e esse final deixa em aberto pra vc fazer uma nova história com a pessoa q pode encontrar o recado da Jodie,  oq eu iria amar.

Bom td tem um fim não é mesmo, só qria dizer q vc é incrível e q eu agradeço a honra de ler uma história tão foda, parabéns mulher vc tem talento. 


Resposta do autor em 24/05/2016:

Deixa em aberto kkk, mas não prometo nada, não tenho intenção de uma segunda temporada ainda (muitas outras ideias na frente p pensar nisso hehe).

Obrigada e a honra é minha de leitores terem dado uma chance pra Charlie.  =] 

;] 

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Mag Mary
Mag Mary

Em: 23/05/2016

:*( ain chorei muito com esse epílogo.

Foi linda essa história, amei tudo!

Espero que você escreve outra história logo.

Bjus!


Resposta do autor em 24/05/2016:

Não pretendia que ninguém chorasse >< mas acho que foi inevitável 

Eu tenho vários projetos, mas não sei dizer quando uma nova vai surgir, tbm espero q seja logo

Bjs ;] 

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