Clarissa estava  nervosa, afinal desde o momento que Cibele disse que encontrou Katarina, não teve mais noticias das duas, ia se levantar para o ultimo local que teve noticias de Cibele quando a porta do castelo é aberta e entra Katarina completamente ferida graças aos ferimentos causados pelo torturador, carregando uma Cibele desacordada.

A equipe medica da resistência, logo foram ajudar as duas, apesar dos protestos de Katarina dizendo estar bem e que precisava contar imediatamente o que tinha acontecido, antes que as coisas piorassem.

-Kat, como estas amiga?-Falou um Carlos preocupado- Se eu não soubesse que Falcão estava morto, diria que foi ele que tinha feito essas feridas, afinal só um profissional em tortura saberia ferir alguem desse jeito, sem deixa-la desacordada ou mata-la

- Carlos, quanto tempo? Achei que você tinha errado algo no código, afinal você demorou muito para aparecer de novo- Falou Katarina feliz ao ouvir a voz e a cabeça do amigo de novo-Se eu te disser que Falcão está bem vivo, e é a pessoa que pedimos para Cibele investigar, você vai me achar louca.

- Falcão está vivo?- Perguntou Camila- Como assim? Laura disse que não teria como pelo que você disse a ela de como terminou a batalha de vocês. Então quer dizer que mandamos Cibele para uma missão suicida maior do que imaginavamos.

- E agora ela corre riscos de morte- Falou Katarina

-Como assim? Quem é Falcão?- Perguntou Clarissa, que estava calada ouvindo o dialogo entre os três.

- Antes de mais nada, só tem um jeito de salvar Cibele, retirando a chava que está dentro de meu corpo e dando a Falcão e a Antônio, sei que não poderiamos fazer isso, afinal nós estariamos entregando um poder imenso nas mãos de nosso maior inimigo, mas ao mesmo tempo estariamos matando alguem muito importante para min. Temos que arranjar um jeito de salvar Falcão, o mundo e Cibele.

- Eu ouvi direito Kat?- Perguntou Carlos- Você quer salvar Falcão? Por que quer fazer isso?

- Por que ela foi o primeiro amor de minha vida, talvez até o unico.

- Ela? Falcão é mulher- Os três olharam perplexos em unisom falaram-E pior ainda foi o amor de sua vida?- Completou Carlos

- Calem a boca para eu poder contar o que aconteceu- Falou Kat- Eramos amigas de infancia...

Flashback(Contado por Kat)

A familia de Nat, que futuramente pela KGB teria o codinome Falcão, era a maior familia real da Russia, claro antes das quedas da monarquia mundias, e antes até da queda dos reis de Portugal. Meu pai era um homem de grande influencia na familia real russa, e junto com ela, reabriu a antiga KGB, que depois de muitos anos com a famila de Nat comandando a Russia, destituiu a KGB, pois ela era pró-democracia, e os reis obviamente não iriam querer isso.

Mas meu pai com muita labia conseguiu convencer a todos que era a melhor coisa a ser feita, e que iria proteger os russos de qualquer invasão. O que ninguem sabia, ou esperava era que a partir daquele tratado, a queda dos monarcas já estava para acontecer.

O problema era que meu pai era ambicioso, e com o dinheiro que os monarcas davam a ela, o escritório da KGB tinha filiais por toda a Russia e tecnolofia de ponta, o que dava acesso a tudo.

Quanto mais meu pai tinha, mais ele queria, comessou a treinar um grupo de assassinos  secretamente, e incluiu eu e a Nat nisso, afinal precisavamos proteger nosso pais sermos patriotas, era a desculpa que ele dava.

Alguns anos depois, nós duas já tinhamos 15 anos, eramos bem treinadas, eu como vocês sabem na arte de matar, já a Nat na arte da tortura, ela conseguiu o codinome de Falcão, por que como a ave, ela sabia ser precisa quando tinha que ser. Faziamos varias missões pelo mundo tomando reinos, pois os monarcas russos não esperavam serem atacados, eles atacavam sem se preocupar com o que poderia acontecer.

Comecamos a namorar, as coisas estavam calmas, teve um tratado de paz em todo o mundo, pois a guerra tinha deixado milhares de mortos, foi considerada uma terceira guerra mundial, vocês já devem ter estudado isso nos seus livros de história.

Depos de um tempo, decidimos ter um filho, fizemos todo o plano de fugir da Russia, pois a Europa estava outra vez em pé de guerra, e dessa vez pareciam os monarcas que iam cair.

Fugimos para o Brasil e nos escondemos por lá, até ter a nossa filha(Sim descobrimos que seria uma filha), colocamos o nome da mãe de Nat, que não era russa, e caso acontecesse algo com a gente, não iriam descobrir que ela teria um sangue real como o pai de Nat dizia.

Quando Clara estava faltando dois meses para nascer, Nat recebe uma ligação de seu pai, mandando ela ir urgente para Russia pois ele precisava dela. Tentei fazer de tudo para ela ficar, afinal nossa filha ia nascer e não iria conhecer a sua outra mãe, mas ela nunca conseguiu dizer não ao pai,foi e nos deixou sozinha.

Um mês depois Clara nasceu, ela era a bebe mais linda que eu já tinha visto em toda a minha vida e ela estava lá com aqueles olhos de Nat me olhava como se conseguisse enxergar a minha alma por aquele olhar. 

Eu tinha feito amizade com uma senhora que não podia ter filhos, e quando Clara fez um ano, fui chamada para a Russia por meu pai, era uma missão importante da KGB e eu era a unica agente de lá que poderia completar esta missão com mais facilidade que o resto. Lá no Brasil já tinha ouvido rumores da armação da KGB para o governo russo, afinal meu pai, o lider deles era mercenario, logo tinha recebido propina de outras monarquias para acabar com os reis da Russia, e segundo os boatos, só faltava uma familia.

Eu teria que enfrentar a Nat e o pai dela, na verdade o pai dela para min nunca foi um problema enfrentar, já que ele sempre bateu na Nat e muitas outras coisas por ela ser uma sobre-humana, com uma habilidade de visão incrivel, além de uma ótima mira, por isso o Falcão também.

Falei com minha nova amiga, deixei Clara com ela, Nat não sabia da existencia dela, e iria esconde-la enquanto eu podia. Pedi para que mudasse o nome da menina como ela quisesse, pois assim ninguem procuraria por ela dei um beijo na testa na minha pequena, e com lagrimas nos olhos sai sem olhar para trás.

Fim do Flashback

- Já encontrou sua filha Kat?- Perguntou Camila e Clarissa em unissom curiosas com a história.

- Se me deixarem terminar de contar a história vocês duas saberão- Falou Kat fingindo estar brava por ter sido interrompida- Voltando para a história...

Flashback

Voltei para a Russia, e aquilo não parecia o país que um dia eu tinha morado, castelos caídos, chão remexido por todos os lados como se corpos tivessem sido enterrado ali. Ví a desgraça que meu pai causou a seu proprio país, se ele chama aquilo de patriotismo, eu não sei o que é ser patriota. E enquanto a KGB nas mãos dele, aquela seria a minha ultima missão. Entrei no quartel genral, o ultimo que restou daquela guerra civil.

Quando ia entrar no escritório de meu pai, recebo uma ligação que iria mudar minha vida para sempre. 

Era Pablo me ligando, dizendo que aquela era minha ultima missão como filha do lider da KGB, pois depois dela ele iria tomar aquela organização e me queria como o braço direito. Chamei aquele cara com sotaque portugûes de louco e fui me encontrar com meu pai. 

Quando abri a pora, ví meu pai morto com um tiro na testa, e varios papeis na mesa, meu pai era um miseravel, mas nem por isso merecia morrer. Aquela era a certeza que eu precisava, eu estaria sozinha, mas lutaria até a minha morte, ou a morte do rei, e de quem aparecesse em meu caminho.

Sabia que a tecnologia que meu pai tinha, poderia desligar a energia dos castelos, e o tempo para ela voltar era de mais ou menos 1 minuto. Era do que eu precisava para matar todos da guarda real e o rei se não encontrasse a Nat no meio do caminho.

Foi o que eu fiz, cortei a energia, e como eu conhecia aquele castelo passo a passo, matei todos silenciosamente em 15 segundos. Eu não fui tão rapido quanto imaginei.

Subi as escadas até o escritorio do rei. Pelas minhas contas ainda faltavam 20 segundos. Mas as luzes foram acesas quando abri a porta.

- Ora se não é a boneca russa?- Falava o rei- Meus parabens, Em 35 segundos conseguiu chegar aqui e matar toda a minha guarda real.

- Eu vim para te matar.

Puxei a arma quando eu apontei para mata-lo, um tiro em minha mão fez a arma cair no chão. Fingi que o tiro fez um estrago, puxei uma faca que estava escondida na minha bota e a joguei. 

Como Nat não esperava por isso, não deu tempo de salvar seu pai e logo ele estava morto, com uma faca enfiada no pescoço.

- Miseravel, você matou meu pai- Falava Nat com raiva, naquele momento não a reconheci, afinal ela sempre o odiou.- Primeira missão que eu falho,mas na segunda não irei falhar Katarina.

Foi a batalha mais dificil que eu já enfrentei em minha vida, afinal ela não era só junto comigo a melhor agente da KGB, ela também era o amor de minha vida.

Foi intensa aquela batalha e por um momento ela estava dominando. Eu estava caida no chão, quase sem forças para lutar, e ela em cima de meu corpo tentando empurrar a faca em meu pescoço.

Com um pouco de força que ainda me restava joguei meu corpo todo para o lado, afinal em luta corporal sempre fui melhor que Nat, a tirando em cima de min, e fazendo com que ela batesse a cabeça e desmaiasse, se aquilo não tivesse funcionada quem teria morrido era eu, já que eu não tinha mais força para lutar.

Algumas horas depois, acordei no QG da KGB com Pablo olhando para min e me dando as boas vindas. Me explicou que não tinha mais sobriventes, o castelo tinha pegado fogo, e ele acreditava que era impossivel alguem sobreviver por muito tempo.

Fim do Flashback

- E foi assim que eu me tornei braço direito de Pablo- Terminou Katarina

- O mais importante, vocÊ encontrou sua filha?- As meninas perguntaram mais uma vez

- Sim, ela encontrou- Falou Carlos- e o nome da filha de Katarina é

- Sou eu- Uma voz fraca foi- se ouvido e todos olharam para a pessoa que falou.

Continua...

Fim do capítulo