CapÃtulo 34 - Desejo x Amizade
“É mais fácil resistir ao primeiro dos nossos desejos do que a todos os que o seguem.” (Benjamin Franklin)
Depois que Ana Cecília saiu do apartamento da Flavia ela preparou um café e nos sentamos a mesa para comer. Ela estava em silencio e algumas vezes apenas me olhava cautelosa.
- Conversa difícil? – perguntou-me.
- Sim. – respondi.
- Quer falar sobre isso? Prometo que tentarei ser uma ouvinte imparcial. – ela disse sorrindo.
- Não. Não quero mais falar do que aconteceu. A partir de hoje estou tomando as rédeas da minha vida Flá. Essa Júlia que você conhece não vai mais existir.
- É uma pena – ela disse colocando um pedaço de pão na boca e eu a olhei curiosa – Eu sempre gostei muito da pessoa que você é. – disse de um jeito tão maroto que me fez sorrir e ela acabou abrindo um sorriso largo, belo que a deixou linda.
- Só você mesmo pra conseguir me fazer rir depois de tudo que ouvi aqui. – disse pegando um pão de queijo e me servindo de mais uma dose de café.
- Júlia – chamou-me – Eu não sei o que você e Ana conversaram aqui, mas sei que não deve ter sido fácil pra nenhuma das duas. Eu sei o quanto sua irmã pode ser uma cabeça dura às vezes, mas ela ama você. – disse olhando com carinho para mim.
- Bela forma de demonstrar! – eu respondi magoada.
- Júlia se quer apontar culpados nessa historia vai ter que começar incluindo você mesma.
- Eu? – perguntei surpresa.
- Sim você Júlia. – respondeu calma - E quer saber por quê? Por que você escolheu assumir este relacionamento, escolheu levar adiante uma relação mesmo sabendo que elas ainda não haviam superado o que sentiam e não pode agora querer por toda a culpa apenas nelas duas. Você escolheu seu próprio caminho.
- Eu me apaixonei por ela Flávia. Você nunca se apaixonou por alguém a ponto de por essa paixão acima da razão? – perguntei e ela ficou em silencio por um tempo.
- Você nem imagina o quanto. – respondeu sem olhar para mim. – Mas não posso por a culpa nos outros pelas escolhas que eu tomei. Nem você!
- Eu sei que não Flávia! – respondi baixando a cabeça. – Eu também não gostei da forma que ela que falou sobre o rolou entre nós duas. Quem a Ana pensa que é pra me dizer com que eu posso ou não dormir?
- Júlia se a Ana disse algo pra você sobre nós foi apenas para me proteger. Sua irmã é super protetora assim como você!
- Posso te perguntar uma coisa? Alguma vez vocês já... ficaram juntas? – perguntei e ela gargalhou antes de me responder.
- Ta louca Júlia. Ana e eu juntas? Seria como um incesto. – disse revirando os olhos. – Além disso eu nem curto loiras!
- Prefere as morenas então? – perguntei maliciosamente e ela pareceu pensar no assunto.
- É... na maior parte do tempo – respondeu dando de ombros e eu ri de sua resposta. Flavia conseguia ser divertida mesmo quando agia naturalmente e eu adorava isso nela.
Depois do café deitamos na cama dela e acabamos pegando no sono afinal ainda nem havíamos dormido. Depois da visita nem tão inesperada de Ana Cecília, pois eu já imagina que ela apareceria a qualquer momento, eu acabei passando resto do meu dia na casa dela. Por volta das 14:30hs da tarde eu despertei com meu celular tocando. Flavia dormia tranquila na cama coberta por um lençol fino. Levantei e segui ate sala pegando o aparelho na não. Ao foto de Patricia aparecia na tela e fiquei olhando o aparelho tocar por um bom tempo ate a chamada cair na caixa postal. O mesmo se repetiu com a segunda ligação e todas as demais que vieram.
- Se você apertar esse botãozinho verde ai na tela pode atender a ligação sabia? – ouvi a voz de Flavia e virei meu rosto em direção ao quarto. – Assim ele pararia de tocar de tocar de uma vez por todas.
- Não estou a fim de falar com ela agora – disse seca.
- Não pode se esconder dos problemas de vocês a vida toda Júlia. Além disso, ainda existe a Vavá no meio de tudo isso. Vai se afastar dela também?
- Não! Eu não pretendo fazer isso. Mas acho que nesses primeiros dias preciso de um tempo sozinha Flá. Preciso me fortalecer um pouco antes de ter uma conversa com ela. Não pense que não sofrerei por me afastar da minha menininha Flá. Você não faz ideia de como eu amo aquela princesinha! Eu acompanhei seu crescimento Flá, vi as primeiras palavras, os seus primeiros passinhos. Estive ao lado dela esse tempo todo e ela vai ser a que mais fará falta em minha vida! – disse com lágrimas nos olhos. Sentou-se ao meu lado no sofá e abracei-a.
- Você poderá ver ela sempre que quiser Júlia. Paty jamais iria querer que você se afastasse da Vavá. Você é a madrinha dela, é como se fosse uma “pilastra de sustentação” importante na vida dela. – ela disse afastando-se e fazendo aspas com os dedos.
- Eu sei. Mas me diz como eu posso ser essa pilastra na vida dela se no momento todas as minhas estão destruídas Flavia? – perguntei entregando-me mais as lagrimas.
- Tudo bem! Eu entendo você! – disse me abraçando outra vez. – Você não vai passar por isso sozinha tá bem? Eu vou estar aqui ao seu lado sempre que precisar de alguém.
- Obrigada! – Afastei-me e fitei seus olhos – Por ser essa pessoa tão incrível que você é pra mim. – Ela aproximou seu rosto do meu e acreditei que me beijaria. Senti meu coração disparar levemente ao pensar nessa possibilidade, mas ao contrario disso, ela apenas me deu um beijo na testa. Meu celular tocou outra vez e já cansada resolvi desligar o aparelho. Passei o resto da tarde na casa da Flavia. Em momento algum tocamos mais no Patrícia e nem mesmo falamos sobre o que tinha se passado entre nós. Era quase um acordo tácito, havia sido algo bom para as duas e ponto. Sem explicações. Sem expectativas. Sem promessas.
Alguns dias se passaram depois que Júlia e eu tínhamos trans*do. Ela apareceu em minha casa muitas vezes depois disso na primeira semana, mas não havia rolado mais nada entre nós. Nem mesmo um beijo ou uma simples insinuação de qualquer das partes. Na segunda semana estávamos em casa numa quarta a noite quando celular dela tocou. Vi pelo visor que era Paty, mas Júlia deixou o aparelho tocar ate cair na caixa postal. Aquilo já estava me irritando. Na segunda chamada tomei o celular de sua mão surpreendendo-a e atendi a ligação. Troquei algumas palavras com Patrícia e ela me contou que Vavá estava sentindo muito a falta de Júlia e precisava falar com ela. Já estava na hora dessas duas acertarem as contas delas de uma vez por todas. Abaixei o celular e segui ate onde ela estava.
- Paty quer falar com você! – eu disse séria.
- Não quero falar com ela!
- Você vai falar com ela Júlia! – disse brava olhando-a – É sobre a Vavá e ela não merece pagar pela sua covardia! – disse irritada – Se tá com medinho de encontrar sua ex e com isso você fraquejar o problema é seu mas ela não tem nada a ver com isso. Agora atende a droga desse celular – disse entregando o aparelho na mão dela que pegou contrariada. Voltei a sentar-me no sofá e alguns minutos depois de conversa ela sentou-se ao meu lado, mas já tinha uma expressão mais leve no rosto.
- Eu marquei de conversar com ela amanhã – disse e por um momento eu senti medo de que aquela atitude que eu tinha tomado jogasse Júlia de novo nos braços de Patrícia. Ela ainda estava machucada mais eu sabia que tinha sentimentos por ela e que eles ainda estavam ali, muito presentes.
- Já tava mais do que na hora!
- Obrigada! – ela disse – Por ser a minha razão toda vez que eu ajo como uma criança uma mimada!
- Dá próxima vez vou te dar umas palmadas pra ver se resolve – disse sorrindo e ela sorriu também.
Nosso resto de noite foi divertida. Passamos assistindo filme e jogando conversa fora. Júlia andava um pouco mais animada nos últimos dias apesar de não tocar no assunto sobre Patrícia e nem mesmo falar sobre Ana. Eu sabia pela própria Ana que as duas não estavam se falando muito. E nas poucas vezes que haviam se encontrado na casa dos pais delas, trocaram apenas poucas palavras e alguns olhares atravessados. Dois dias se passaram e finalmente o fim de semana chegou. Eu não tinha noticias de Júlia e não tinha clima ligar para Paty pra saber sobre a conversa delas, até por que nós duas ainda nem havíamos conversado sobre o acontecido.
Meu sabado não havia sido muito produtivo. Eu precisava entregar um relatório detalhado de uma nova droga que estava sendo testada na segunda feira, contudo, minha mente estava travada pela preocupação com Júlia. Ouvi o barulho do interfone tocando e segui caminhando em direção à cozinha. Já passava das 20:00 hs da noite. Quem poderia ser àquela hora?
- Oi! – disse pegando o aparelho.
- Flávia? É a Júlia – respondeu do outro lado.
- Oi Jú. Sobe aqui – apertei o botão destravando a entrada. Após algum tempo a campainha tocou. Abri a porta dando de cara com ela que estava toda arrumada, embora tinha no rosto uma expressão um pouco triste.
- Surpresa? – perguntou. Ela estava mais linda do que era possível. Os cabelos numa escova perfeita com alguns cachos nas pontas. Usava uma calça jeans branca e sandália de salto alto. Uma blusa preta de ombros de fora e uma maquiagem leve.
- Bom, considerando que você sumiu por dois dias inteiros, e que eu acredito que a conversa de vocês não foi das melhores, não muito surpresa – disse abrindo um sorriso pra ela – Entra! – abri passagem. - Você esta bem? – questionei.
- Estou – disse suspirando – apesar de tudo estou bem. Eu sinto como se tivesse tirado um peso de cima das minhas costas sabe. – disse e eu estranhei a forma que falou - Não que minha relação com ela fosse um fardo, eu a amava você sabe... e ainda existe muito desse sentimento aqui – disse apontando o peito - mais no fundo eu sempre soube que ela nunca me amaria da mesma forma que ama minha irmã. Isso ficou evidente desde o dia em ela descobriu que a Ana Cecilia tinha voltado. Eu já te contei que ela derrubou a jarra de suco no chão quando a Valentina disse a ela que tinha conhecido a tia Ana naquele dia?
- Não! – eu disse sem conter um riso ao imaginar a cena – Serio? – sentei-me no sofá e ela sentou-se ao meu lado.
- Sim. Naquela hora eu percebi o quanto minha irmã ainda mexia com ela. E sabia que seria impossível lutar contra isso.
- O que importa são os momentos bons que tiveram Jú! – disse segurando sua mão e o toque simples fez meu corpo arrepiar.
- Sim eu sei. Mesmo assim não foi fácil terminar tudo. Não tem sido fácil esses dias, mas você tem me ajudado muito. A parte boa disso tudo é que poderei ver Valentina sempre que eu quiser! Eu estava com tanta saudade dela!
- Que bom! - sorri sincera. Eu sabia que Júlia amava muito a Vavá, todas nós amávamos aquele anjinho. – Sabe do que você precisa? Sair! - disse me levantando e puxando-a até o meu quarto.
- Como assim sair? - Perguntou surpresa.
- Sair oras. Eu só preciso me trocar e vamos dar uma volta. – sentou em minha cama enquanto ela escolhia uma roupa. A noite estava agradável então escolhi um vestido florido e uma sandália de salto. Eu percebia seus olhares admirando meu corpo. Sem pudor nenhum, retirei a roupa na frente dela, ficando apenas com um conjunto de calcinha e sutiã preto, que alias deixava as curvas de meu corpo ainda mais perfeitas. Eu adorava aquele conjunto.
- Acho melhor eu te esperar la na sala – falou corando ao me ver apenas naqueles trajes tão intimo e provocante.
- Ta tudo bem? – eu questionei.
- Ta sim. Eu vou só pegar uma agua. Estou morrendo de sede. – disse e levantou-se.
- Ah tudo bem. Fica a vontade – saiu do quarto mais rápido que um foguete em direção a cozinha.
“Eu não posso misturar as coisas entre nós. Acabei de terminar meu namoro e Flavia merece alguém melhor do que, alguém que possa estar inteira para ela. Não posso pensar assim somos amigas, só isso” – pensei tomando a agua toda em um só gole. – “Como posso resistir aquele corpo depois de tê-la sentido em minhas mãos. Como separar o desejo da amizade?” – pensava perdida em meus pensamentos.
Após algum tempo Flávia retornou para a sala. Ela estava linda, usando uma maquiagem leve e um perfume que invadiu todo o lugar. O cheiro doce e marcante combinava perfeitamente com ela.
- Ta bom assim? – perguntou sorrindo. Mesmo simples, ela estava perfeita.
- Tá linda! – respondi olhando-a da cabeça aos pés - Então vamos? No seu carro ou no meu?
- Vamos no meu. Hoje a senhorita ficará a mercê dos meus gostos – disse me puxando-me em direção a porta.
- Ai meu Deus isso não vai dar certo – falei sorrindo.
- Ei! – me deu um tapa leve no ombro – eu tenho um ótimo gosto tá.
- Mas eu nem disse nada – me defendi.
- Mas pensou que eu sei. – disse fazendo uma carinha de brava que ficou linda nela e eu sorri.
Descemos pelo elevador em silencio. As vezes eu a olhava e sorria discretamente. O retorno de Ana e o fim do meu namoro fez com que Flávia e eu nos aproximássemos mais nos últimos dias. Ela era uma garota divertida, tinha um ar leve e jovial e sabia me enfrentar como ninguém. Acho que no fundo isso era o que eu mais gostava nela, essa impetuosidade dela em falar a verdade na minha cara sem medo do que possa acontecer. Flávia tinha algumas atitudes que muitas vezes me lembravam da Larissa, sempre disposta a ajudar e tornar as coisas mais “felizes”, como ela dizia. Estar na companhia dela era sempre agradável. E ultimamente, eu me sentia muito bem ao seu lado.
- Aonde vamos? Perguntei enquanto ela dirigia.
- Gosta de cantar né? Você cantou aquele dia na praia. – disse me olhando de canto de olho.
- Na frente dos outros eu detesto – disse fazendo careta, o que fez ela abrir um sorriso e logo em seguida gargalhar.
- Vai aprender a gostar hoje! – afirmou me encarando com um sorriso arteiro.
- Serio mesmo que vai levar pra um karaokê? – perguntei revirando os olhos.
- Quem canta seus males espanta! Já ouviu isso? - ela disse sem tirar os olhos da rua.
- Não tinha uma frase menos clichê não? – sorri.
- Ta legal. – disse encostando o carro e me olhando - Você sempre reclamou das minhas apostas com sua irmã né?
- Sim... por que nunca acabam bem.
- Vamos fazer uma aposta? – perguntou e eu neguei com cabeça - Tem medo de perder? - zombou. – Eu nem disse qual era a aposta e já ta com medinho. Sua irmã costuma ser mais corajosa. – alfinetou-me.
- Qual? – perguntei e ela sorriu vitoriosa.
- Vou cantar 3 musicas pra você! Se a ultima musica acabar e você não me der um sorriso, desses que você sempre dá quando está feliz, e você me disser que não se divertiu nem um pouquinho eu te levo pra qualquer lugar que queira ir, te deixo beber tudo que quiser, e ainda serei sua babá quando estiver de ressaca amanhã. Topa?
- Parece bom. E se você conseguir me fazer sorrir o que eu perco?
- Vai ter que cantar comigo na frente de todo mundo. Topa? – perguntou estendendo a mão e eu aceitei.
- Fechado.
- Ótimo. Mais eu escolho as musicas. – disse fazendo uma cara travessa.
Chegamos no tal lugar que fica no bairro de Santa Cecilia e se chama Siga La Vaca. Havia uma pequena fila de espera então ficamos alguns minutos ali fora conversando. Flávia me contava sobre o tal relatório que teria que fazer. Após algum tempo fomos chamadas à entrar. O ambiente era bem agradável e estava lotado. Havia varias saletas onde se podia cantar. Era só escolher onde havia um lugar e entrar. Assim que achamos lugares disponíveis Flávia pegou o livro de musicas e começo a folhear, escolhendo-as. Depois de separar as músicas ela foi ate o monitor e programou, agora era só esperar ate chegar a vez dela.
- Quer beber alguma coisa? Comer alguma coisa? – perguntou.
- Acho que vou pedir uma cerveja e você?
- Vou de coca-cola já que estou de motorista hoje.
- Que menina responsável! – disse sorrindo para ela.
- Bom nem sempre... As vezes eu resolvo fazer algumas coisas meio irresponsáveis também. – disse pensativa – você sabe né... só pra variar. – sorriu.
Flávia nem teve muito trabalho para me ganhar. A primeira música que ela escolheu foi suficiente para isso. Ela cantava Robocop Gay dos Mamonas Assassinas mas o que matava de rir mesmo era sua performance durante a musica. Ela fazia gestos engraçados e poses ridículas enquanto cantava e eu ria demais de seu jeito. Ela era totalmente desinibida e a galera cantava e dançava junto dela. Teve até umas meninas que subiram para dançar juto com ela. Ela era incrível mesmo e o tempo todo ela olhava para mim. Assim que a musica acabou ela desceu do pequeno palco e veio até mim. Eu ainda mantinha um sorriso nos lábios quando ela se sentou ao meu lado.
- Divertindo-se moça? – perguntou.
- Ta bom... você ganhou! Eu canto com você.
- Eu ia te fazer cantar comigo mesmo se você ganhasse! – ela disse naturalmente bebendo um gole de seu refrigerante.
- Eu não duvido disso – respondi.
A noite foi engraçadíssima. No fim das contas eu realmente cantei muitas musicas junto dela. Flávia me fazia muito bem. Ela era tipo uma luz no meio da escuridão. Uma paz em meio ao mar revolto. Eu me senti renovada ao lado dela, eu sentia que as coisas acabariam melhorando e tinha uma coisa em mim me dizia que ela seria essencial na minha reconstrução. Nós saímos do barzinho por volta da uma da manhã. Flavia colocou um pen drive no som do carro e seguimos o caminho em silêncio apenas ouvindo as musicas que tocava. Ela gostava muito de sertanejo universitário e estava tocando algumas.
Quando já estávamos a alguns quarteirões da casa dela, eu passei a sentir um pequeno aperto no peito, um vazio estranho por ter que deixa-la já que sua presença estava me fazendo tão bem. Eu não queria deixa-la ainda, eu queria mais tempo ao seu lado. Uma musica lenta e gostosa começou a tocar e eu comecei a prestar atenção na letra. Flávia cantarola a musica baixinho olhando atenta para a rua enquanto eu fitava sua boca se movendo a cada palavra dela. A letra da musica era bonita e por um momento pareceu se encaixar exatamente com o que eu queria dizer a ela. Ela parou o carro na garagem e descemos. Entramos no elevador e eu apertei o botão do térreo. Quando as portas se abriram para eu sair minhas pernas travaram.
- Não vai sair? – disse me olhando curiosa.
- E se eu te disser que não quero ir? – respondi buscando seus olhos
- Quer dormir aqui em casa? – convidou-me.
- Não quero dormir! – respondi.
- E o que quer fazer? – perguntou-me naturalmente e sem pensar duas vezes avancei sobre sua boca roubando-lhe um beijo quente que foi correspondido de imediato. Minhas mãos agarraram sua cintura e apertei seu corpo contra a parede do elevador. Suas mãos envolveram meu pescoço e pressionei ainda mais minha boca contra a sua. Em seguida ela as desceu pelo meu corpo até tocarem minha bunda e apertou puxando-me mais ainda contra ela. Gemi em sua boca ao sentir seu toque atrevido, ousado e levei minha boca até seu ouvido.
- Eu quero ficar com você! – sussurrei baixinho. Ela suspirou. - Fica comigo essa noite?
- Fico! – respondeu num sussurro – Todas as noites que quiser! – disse de um jeito sensual que fez meu corpo se arrepiar inteiro. E confesso que eu gostei de ouvir aquilo. Ela afastou seu corpo do meu e apertou o botão para o andar de seu apartamento. Nossos beijos começaram quentes ainda no elevador e terminaram incendiando cada parte dos nossos corpos assim que entramos em sua casa. Assim que entrei a encostei na porta e voltei a beija-la com desejo. Minhas mãos passaram a explorar sem pudor cada parte do seu corpo, descendo por suas pernas e subindo por dentro do vestido que ela usava. Em questão de segundos, nossas roupas ficaram espalhadas pelo caminho da casa. Nossos corpos nus rolavam sobre seu colchão, se provando, se sentindo, trocando prazeres à noite inteira, até que finalmente adormecemos exaustas, uma nos braços da outra.
Fim do capítulo
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Esther Maria
Em: 28/04/2016
Atualizando de 5 em 5 min pra ver se já tem os capitulos novos ...
Resposta do autor em 29/04/2016:
Oi Esther
Bom ja tem mais um pra vc ler
Bjos
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Mari Brandao
Em: 28/04/2016
Ainda bem que a Flavia sabe que se a Ana falou algo foi por se preocupar com ela, porque elas sim tem uma verdaideira relção de irmãs.
Resposta do autor em 29/04/2016:
Oi Mari
Flavia e Ana são muito amigas mesmo... são irmãs da vida! uma amizade sincera e verdadeira.
Bjos
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Naiane Lins
Em: 28/04/2016
Eu adoro a amizade da Flavinha com a Ana, bem parceiras mesmo!
Resposta do autor em 29/04/2016:
Oi Naiane
Também adoro a relação de amizade das duas!
Bjos
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Ana_Clara
Em: 27/04/2016
Eita que sou fã da Flavinha, ela consegue ser perfeita sempre! Consegue trazer todas as meninas a realidade com suas palvaras sinceras e sua amizade verdadeira. Amo!
Resposta do autor em 29/04/2016:
Oi Ana
Pois é ne Flavianha da show até nos momentos mais simples! Amo ela...
Bjus
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Baiana
Em: 27/04/2016
A Flávia está conquistando mais e mais espaço no coração da Júlia, que elas sejam muito felizes.
Resposta do autor em 29/04/2016:
Oi Baiana
Pois é Flavia ta chegando devagar, de mansinho, e ta cada vez mais ganhando eapaço na vida da Júlia... será que sai namoro dai?
Bjus
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Mille
Em: 27/04/2016
Julia gosto de você mais as vezes tem horas que da raiva acorda para vida, olha essa mulher que esta ao seu lado sente por ti.
Bjus e até o próximo
Resposta do autor em 29/04/2016:
Oi Mille
kkkkkk Júlia é terrivel né.. meu deus vou por oculos nela pra ver se enxerga melhor né?
Bjus
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Carol Maria Leal
Em: 27/04/2016
Flavia é maravilhosa, conquista qualquer uma fácil!
Resposta do autor em 29/04/2016:
Oi Carol...
Tem razão Flavinha é tudo bem de bom!
Bjos
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Lais Helenna
Em: 27/04/2016
Falou tudo, Flavinha. Julia sempre querendo culpar os outros e principalmente a Ana mas ela é uma das mais culpadas. Vem querer dar uma de magoadinha! Só quero que agora ela faça a Flavinha feliz
Resposta do autor em 29/04/2016:
Oi Lais
Flavinha é a rainha das indiretas diretas né kkkkkk
Bjos
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Meirecris
Em: 27/04/2016
Pri, muito obrigada por dividir seu precioso tempo e talento comigo!
Estou vislumbrada com cada capítulo.
Resposta do autor em 29/04/2016:
Oi Meire
Poxa eu que agradeço você por dedicar seu tempo a ler o que eu escrevo...
E fico muito feliz por saber que está gostando!
Bjos
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