Capítulo 14
(Bruna)
Estava no estacionamento conversando com a Luiza e a Gabriela, até que Vi um pequeno tumulto bem lá no fundo, fomos até lá ver o que estava acontecendo. Grabriela estava empolgada querendo ver se era alguma briga de aluno e eu acabei me empolgando também.
Ao chegar lá o sorriso que estava em meu rosto simplesmente desapareceu ao ver que era a Paula que estava envolvida naquela briga. fiquei totalmente irada de ver aquele desgraçado daquele Fernando discutindo com ela. Todo mundo que estava por ali parou pra ver a briga com risadinhas e comentários que estava deixando a Paula completamente constrangida.
Fiquei observando aquela discussão por alguns segundos, pensei que ele iria ir embora por estar cercado de pessoas, mas eu me enganei, a discussão continuou e ele acabou dando um tapa no rosto da Paula e depois a sacudiu com força. nossa que ódio que eu senti, tive vontade de matar ele com um soco, e foi isso que eu fiz, dei um soco em seu rosto o fazendo ficar desnorteado, mais infelizmente com um soco não dava pra matar aquele desgraçado, mais como eu tive vontade.
-- olha o que temos aqui.. a menininha lésbica.- sorriu sarcástico limpando o sangue da boca com o dorso da mão.
-- você não aprendeu né seu otário, você vai querer apanhar de novo?
-- quem você pensa que é você não pode comigo.
-- ah.. é eu não posso com você? Deve que da outra vez que eu te bati você caiu com a cabeça tão forte no chão depois de eu te nocauteado e acabou esquecendo da maior surra que eu te dei.
-- você quer brigar comigo de novo? Pra ver quem vai ganhar dessa vez?
-- você tem certeza que você quer brigar comigo? Acho melhor você pensar duas vezes.- sorri com extremo deboche. ele se irritou e se aproximou de mim tentando me empurrar, mais eu me esquivei e dei alguns passos para trás.
-- não precisa arregar, fica tranquila que você não vai ser expulsa do Colégio, a sua gostosa diretora não irá fazer nada contra você.
-- cara eu já cansei de você..- o empurrei com força fazendo o perder o equilíbrio e quase cair.
-- é só isso que você sabe fazer?- Veio pra cima de mim novamente.
-- eu só comecei, você vai sair daqui em uma cadeira de rodas e vai se arrepender por ter batido na Paula.
-- quero só ver.- gargalhou.
-- você está morrendo de medo, eu consigo ver isso nos seus olhos.- o fuzilei com o olhar.
-- vamos ver então quem está com medo. Me acertou com um primeiro soco fazendo os alunos vibrarem, não deixei barato, revidei dando um soco ainda mais forte em seu nariz fazendo todos vibrarem ainda mais, alguns gritavam o meu nome falando pra mim acabar com ele, e outros apenas comentavam sobre tudo aquilo que estava acontecendo.
Paula observava aquilo tudo quase sem piscar, ela aparentava estar com medo. Eu não sei o que deu em mim, eu fiquei estática olhando pra ela como se quisesse ir até lá e falar que iria ficar tudo bem, acabei esquecendo que estava no meio de uma briga, acabei levando um sono na cabeça. Senti tudo rodar fiquei um pouco desnorteada, mais logo voltei ao normal.
Depois de tantas agressões e socos acabei nocauteando o Fernando, ele caiu no chão e os alunos foram ao delírio. É tão bom ganhar dele, saber que não é só por eu ser mulher que eu não tenha capacidade de vencer uma luta com um homem.
Gabriela e Luiza me olhavam com a boca aberta como se não estivessem acreditando no que tinham acabado de ver.
Fui até a Paula que estava encostada em seu carro com lágrimas nos olhos.
-- não fica assim meu anjo, por favor não chora, eu não aguento ver você chorar.
-- eu não posso evitar Bruna.- ela me abraçou tão rapidamente que eu até levei um pequeno susto. eu não imaginaria que ela iria me abraçar na frente daqueles alunos.
-- olha Paula hoje você não vai dormir na sua casa, eu vou alugar um hotel pra gente.- sussurrei em seu ouvido
-- eu não posso Bruna e arriscado de mais o Fernando vai desconfiar.
-- pensa bem, o Fernando não tem provas contra a gente, ele pode até te acusar, mais ele não tem prova de nada.
-- não sei não Bruna, acho melhor não.
-- você vai e está decidido assim. Eu não vou deixar você passar essa noite sozinha, com o risco daquele cara te bater de novo. Eu vou com você até a sua casa você escolhe algumas peças de roupas e a gente vai pro hotel.
-- tudo bem, e pra qual hotel a gente vai?
-- daqui a pouco eu te digo, me encontra ali na esquina pra gente ir.
--ok. Ela adentrou o carro e deixou a escola. Fui falar com a Luiza.
-- Luiza eu preciso da sua ajuda, essa noite eu vou dormir com a Paula, eu vou falar pra minha mãe que eu vou dormir na sua casa, se ela ligar você confirma a história, mais eu tenho certeza que ela não vai ligar, é só uma garantia que eu quero ter, você pode fazer isso por mim?
-- claro Bruna. Que luta foi aquela em, adorei você defendendo a Paula, foi tão fofo. esse cara apagou mesmo em, o que você vai fazer com ele?
-- por mim ela fica aí pro resto da vida, agora eu tenho que ir a Paula está me esperando.
-- tá.. vai lá encontrar a sua princesa encantada.
-- tá bom, tchau. Sai dali praticamente correndo estava precisando ver como a Paula estava, eu não queria deixar ela sozinha, mesmo sabendo que o Fernando estava lá no estacionamento da escola desmaiado.
(Paula)
Alguns minutos atrás.
****
Eu não estava acreditando que o Fernando tinha vindo aqui, o que será que ele quer? Ele não me deixa em paz de jeito nenhum, nem no meu local de trabalho. Ah.. Eu mereço.
-- o que você quer aqui Fernando.- fui curta e Grossa.
-- oi coração.- me beijou a força me deixando totalmente irada.
-- você não pode chegar aqui me beijando assim.
-- eu sou seu namorado não só.
-- queria que não fosse.- desativei o alarme do carro.-- eu tenho que ir.- tentei abrir a porta do carro mais ele me puxou pelo braço me fazendo ir de encontro a ele.
-- espera, eu vim aqui pra te convidar pra jantar naquele restaurante que você adora.- me beijou com um selinho e em seguida o meu pescoço.-- hei.. espera ai.. mais que cheiro é esse, ah.. Paula eu não acredito nisso.
-- como assim Fernando? Do que você está falando?
-- você sabe muito bem do que eu estou falando, você estava com aquela menina não estava.
-- que? Você só pode estar louco eu não estava com ela.
-- ah.. não? Então por que você está com o cheiro dela?
-- Você está absolutamente doido só pode.- tentei entrar no carro, mais ele me puxou pelo braço com força.-- me solta Fernando, você está me machucando.
-- cala a sua boca, eu não esqueci o cheiro daquela vadia. Eu sei que você estava com ela.
-- não fala assim dela.
-- eu falo do jeito que eu quiser, e eu vou falar desse mesmo jeito quando eu te entregar para secretaria de educação.
-- eu já te disse que eu não estava com ela, eu fiquei longe dela como você me pediu.
-- não mente pra mim sua vagabunda, eu não sou indiota.
-- você não é indiota? Pra mim você é.
-- não fala assim comigo. isso aqui é pra você aprender a me respeitar.- me bateu com um tapa no rosto, logo senti a pele arder.-- você vai aprender a me respeitar por bem ou por mal.- me sacudiu segurando em meus ombros, por pouco eu não perdi o equilibrou e cai. Aos poucos os alunos foram chegando fazendo uma grande algazarra, eu estava nitidamente envergonhada.
-- Fernando vai em embora, por favor, todos estão olhando. Depois a gente conversa tá bom, mais vai embora por favor.
-- eu não vou embora, e hoje que a casa vai cair, você já teve a sua chance, eu não falei que era pra você ficar longe daquela menina, pois é você não me obedeceu agora você vai sofrer as consequências.- me puxou pelo braço tentando me levar para algum lugar contra a minha vontade.
-- pra onde você vai me levar me solt..- perdi a voz quando vi a Bruna encarando o Fernando, meu Deus isso não vai prestar.--me solta agora Fernando.
-- cala a sua boca e faça o que eu digo ou as coisas vão ficar feias pra você.
-- eu não vou em lugar algum, solta o meu braço agora.
-- cala a porr* da boca.- me deu mais um tapa no rosto. fechei os olhos, queria sumir dali. Quando abri os olhos só tive tempo de ver a Bruna atacando o Fernando, ela deu um soco bem dado no rosto dele. fiquei feliz por ela estar ali me defendendo, mais ao mesmo tempo senti medo de acontecer algo com ela.
Depois de alguns minutos de briga, o Fernando caiu desmaiado, se não fosse a Bruna para me ajudar eu nem sei o que seria de mim, eu tenho quase toda certeza que ele iria fazer alguma loucura comigo.
Eu e Bruna conversamos por poucos minutos, ela me propôs que nos fossemos passar a noite em um hotel para minha segurança, a princípio eu não achei a ideia muito boa, mas eu pensei um pouco mais e achei que não seria uma má ideia, aceitei. Ela me pediu para que eu a esperasse na esquina e foi isso que eu fiz.
(Bruna)
Adentrei o carro da Paula e ela me surpreendeu com um caloroso beijo.
-- eu não sei o que eu seria sem você.- segurou o meu rosto com as mãos e me olhou nos olhos.
-- eu também não sei o que eu seria sem você, você é o amor da minha vida.
-- muito obrigada por ter me ajudado meu amor.- fiquei estática olhando pra ela, eu até tinha me esquecido de piscar.
-- o que foi Bruna?
-- você me chamou de amor.- sorri.
-- você é o meu amor e sempre será.- me beijou e em seguida colocou o sinto.-- e melhor a gente sair daqui.
Fomos para a casa da Paula. ela estacionou o carro na garagem e nos subimos para o seu apartamento, ela escolheu algumas peças de roupas e nos voltamos para o seu carro.
-- vou te falar o endereço do hotel.
-- você também tem que ir na sua casa pegar algumas roupas ou você vai passar a noite inteira com o uniforme da escola.
-- ah é.. eu me esqueci você pode me levar até lá? é aqui pertinho.
-- claro, me diz onde é.- expliquei pra ela onde era e logo ela estacionou o carro na porta da minha casa.
-- eu não demoro.- Sai do carro e fui em passos largos até o portão.
Entrei em casa e fui direto para o meu quarto. Escolhi algumas peças de roupas bem rapidamente, peguei um Boa quantia de dinheiro que estava no meu guarda roupa e coloquei na minha carteira.
Sai do meu quarto e fui direto para a saída, quando eu cheguei no portão, me lembrei que eu não tinha falado com a minha mãe, voltei lá pra dentro pra falar com ela.
Fui até a cozinha, ela estava lá preparando o jantar.
-- oi mãe.
-- oi minha filha já chegou da escola? Eu nem vi você, chegando.
-- é.. eu fui pro meu quarto, eu tive que arrumar algumas por eu vou ter sair agora.
-- aonde você vai?
-- eu vou dormir na casa da Luiza.- ela me olhou com um olhar de desconfiança. Eu tenho certeza que ela pensa que eu e a Luiza temos um caso.
-- tudo bem.você vai dormir lá?
-- vou sim. Eu tenho que ir já estou atrasada. tchau.- beijei seu rosto.
Sai de casa as pressas e entrei no carro da Paula.
-- demorei?- perguntei me ajeitando no banco.
-- não, você foi bem rápida. A sua casa aparenta ser bem bonita.
-- um dia eu ainda vou te trazer aqui pra você conhecer a minha família.
-- eu não sei não Bruna, acho melhor não.
-- de tempo ao tempo ok?
-- ok. E ai pra onde nos vamos?
Dei o endereço pra ela e rumamos para o hotel. Chegando lá fizemos o cadastro e fomos para o nosso quarto.
Me deitei na cama enquanto a Paula admira a vista pela janela.
-- tudo aqui é muito bonito.- se aproximou e se sentou do meu lado.- eu só não gostei de você ter pagado tudo sozinha.
-- fui eu que fiz o convite, não foi meu anjo.
-- foi mas..
-- mais nada, Esqueci isso e deita aqui comigo.- ela, concordou com a cabeça e retirou os seus sapatos e se deitou no meu peito.-- eu nem acredito que eu vou passar a noite inteira com você.- fiz cafuné em sua cabeça enquanto ela fazia carícias na minha barriga.
-- eu também não estou acreditando meu amor.
-- e eu quero que isso dure pra sempre, toda noite eu quero você aqui do meu lado meu anjo.
Fim do capítulo
Espero que vcs tenham gostado. desculpem pela demora. bjos e até o proximo.
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]