Isabella

                 Depois do almoço passei no fórum, resolvi tudo o que precisava, nem demorou tanto quanto eu esperava. Em seguida, voltei para a empresa. Bianca e Isac já estavam trabalhando, os dois me surpreendiam mais e mais a cada dia. Analisamos todos os contratos, cada processo. Me preocupei quando Lari mandou mensagem dizendo que estava no pub com Milena, logo, percebi que algo estava errado.

                 Ela me tranquilizou, sabia que ela me contaria o que havia acontecido depois, o resto da tarde voou e quando percebi já era hora de ir embora. Olhei meu celular e nenhum sinal de Lari, me preocupei.

-Milena falou com você? – perguntei ao meu irmão.

-Não, desde cedo. – olhou o celular. – Aconteceu alguma coisa? – questionou preocupado.

-Lari me disse hoje à tarde que estava com ela no pub, acho que ela conversou com o pai hoje. – contei.

-Tudo bem, vou ver se elas estão lá. – disse e saiu.

                 Terminei de arrumar minhas coisas e vi Samantha e Bia no elevador. As duas estavam rindo, era nítido que elas estavam se pegando ali.

-Se querem disfarçar é melhor tirar essa marca de batom do pescoço. – disse rindo e Bianca ficou sem graça.

-Ela só está brincando, adora fazer isso. – Sam me disse e eu logo lembrei do que fiz com ela, dizendo que as marcas eram evidentes.

-Até amanhã. – falei e sai, as duas caminhavam um pouco atrás de mim.

                  Aproveitei o percurso e liguei para Dona Helena.

-Oi filha...- de repente já falou para o meu pai. – Antônio você vai machucar essas costas seu velho.

-Mamãe, meu pai ainda está em forma.

-Pode até esta, mas não tem mais idade para colocar Alice nas costas e brincar de cavalinho. – disse rindo.

-Ai meu Deus, cuidado porque não preciso de um Antônio quebrado e muito menos uma Alice com mais um gesso. Estou indo pegar ela.

-Não precisa, seu pai e eu vamos deixa-la. – respondeu.

-Tudo bem, estou indo para casa então. – resolvi não contestar.

-Até mais tarde. – desligou sem esperar resposta.

                     Dirigi até em casa, e encontrei uma mulher junto de Suse.

-Isa, essa é Maria ela ficará no meu lugar.

-Como vai Maria?

-Muito bem Doutora. – sorriu apertando minha mão.

-Sem o doutora, apenas Isabella. – sorri.

-O jantar já está quase pronto. – Suse disse.

-Tudo bem, vou tomar um banho. Daqui a pouco meus pais virão deixar Alice. Larissa já chegou ou Milena? – perguntei.

-Não, nenhuma das duas.

-Ok. Vou tomar meu banho. – disse e sai.

                Entrei no quarto e deixei minhas coisas em cima da cama, procurei pelas meninas, porém, elas não estavam ali. Tomei meu banho e vesti algo leve, desci e ouvi Suse conversar na cozinha com Zé e Maria.

-Ninguém chegou ainda?

-Não. – Su respondeu e logo ouvimos a voz de Alice.

-Mama. – me chamou.

-Na cozinha anjo. – respondi.

-Mama...- correu se pendurando em mim.

-Oi princesa, como foi na casa da vovó?

-Divertido, eu comi bolo de chocolate, o vovô brincou comigo de cavalinho. Eu dormi no seu antigo quarto. – disse me olhando sapeca.

-Foi mesmo? E você obedeceu a vovô direitinho?

-Mais é claro, ela é uma mocinha comportada. – mamãe respondeu rindo. 

-Onde estão minhas noras? – meu pai perguntou beijando minha cabeça.

-Devem estar chegando. – respondi apenas. –Vamos tomar um banho? – perguntei olhando Alice.

-Mas eu já tomei. Tô cheirosa, o vovô falou. –disse rindo.

-Tudo bem, então vamos para a sala esperar o jantar ficar pronto.

               Todos concordaram e sentamos no sofá. Alice pediu meu celular e foi jogar, sentada em meu colo. Meus pais conversavam sobre meu cunhado está interessado em morar fora do país.

-Eles mal nos visitam morando no mesmo país, imagina se forem mesmo para a Itália. – minha mãe dizia revoltada.

-Querida eles são ocupados, e essa é uma oportunidade boa para eles. Você só está reclamando porque toda mãe quer os filhos perto. – meu pai tentava amenizar.

-Tony, não sei como consegue ficar nessa tranquilidade. – encarou meu pai, e percebi que ela já estava irritada, diferente das pessoas normais, minha mãe só usava apelidos quando estava irritada.

              Olhei a porta e vi Lari entrando.

-Boa noite. – cumprimentou meus pais. – Oi meus amores. – me abraçou junto com Alice.

-Oi mammy. – beijou seu rosto e voltou a atenção ao celular.

-Desculpa a demora. – falou me olhando.

-Onde está Milena? – minha mãe questionou.

-Está com Isac. – respondeu e me olhou.

-Vai tomar um banho que o jantar já está quase pronto. – falei.

-Vou sim, se me dão licença. – sorriu e subiu as escadas.

             Não demorou e fomos avisadas que o jantar estava pronto, Alice largou o celular e saiu em disparada para a mesa. Meus pais riram e acompanharam a pequena. Eu subi para chamar Lari, encontrei ela terminando de se vestir, usava um short curto, com havaianas brancas, ainda estava só de sutiã, os cabelos molhados e bagunçados.

-Pode se aproximar, sei que está ai. – falou ainda de costas para mim.

-Eu vim te chamar para jantar. – sorri sem graça. – O que aconteceu com Milena?

-Estava bêbada, Isac achou melhor levar ela para o apartamento. – colocou a camiseta preta.

-Ela está bem? – perguntei tentando não reparar no abdômen sarado a minha frente.

- Vai ficar. – se aproximou. Segurou minha cintura e roçou o nariz no meu pescoço. – Amo seu cheiro e o jeito que você fica quando eu estou perto de você.

            Eu sorri, ela aproximou sua boca da minha e me beijou. Minha mão tocou sua pele por baixo da camisa, eu aprofundei ainda mais o beijo. Ouvimos a seguinte frase:

-Criança no ressinto e ela está morrendo de fome, deixem os beijos para depois.

           Quando nos separamos procuramos por Alice, mas, ela já havia sumido. Nós olhamos rindo e descemos de mãos dadas. Todos já estavam na mesa, sorri ao ver minha família ali, a mulher que eu amo ao meu lado, tocando minha perna por baixo da mesa e a pequena Alice que tornou nossos dias mais divertidos. Meus pais que além de serem ótimas pessoas tratavam as duas mulheres da minha vida muito bem e com carinho, fazendo com que elas se sentisse em família. Alice me olhou e sorriu, logo voltou sua atenção ao prato, é comilona igual a Lari. Meus pais falavam sobre o natal, onde seria a comemoração desse ano.

-Lá em casa, e isso não está aberto a discursão. - minha mãe disse séria.

-Acredito que ninguém queira entrar em discursão com a senhora mamãe. – falei rindo.

-Verdade. – meu pai completou.

         Terminamos de jantar e logo depois meus pais foram embora. Alice se despediu dos dois. Mesmo indo para lá no dia seguinte de novo.

-O almoço amanhã é lá em casa. Quero minha neta, meus filhos e noras, todos reunidos. – disse olhando Larissa.

-Claro, eu irei. – sorriu com Alice no colo.

-E eu quero meu bolo de chocolate de sobremesa. – Alice falou olhando minha mãe.

-Eu farei anjo. – beijou sua testa e foram embora em seguida.

        Ficamos esperando que eles saíssem. Alice já estava sonolenta.

-Alguém precisa de um banho e cama. – falei arrumando seus cabelos que o vento bagunçou.

-Vão me contar uma história? – perguntou bocejando.

-Claro.

          Caminhamos para dentro de casa, Larissa foi para o quarto com Alice eu procurei meu celular, estava no sofá. Peguei o aparelho e subi as escadas, Larissa vestia o pijama em uma Alice sonolenta. Nikki e Lupi observavam as duas. A pequena deitou e as duas subiram na cama deitando perto dela.

-Boa noite meu anjo. – Lari beijou sua testa. E ela sorriu e apagou.

           Eu me aproximei e fiz o mesmo, logo depois saímos do quarto. Larissa segurou minha mão e fomos em direção a cozinha. Pegou duas taças e nos serviu vinho, me estendeu uma das taças e caminhamos para a varanda. Ela deitou na rede, depositando a taça em cima da mesinha. Me puxou para perto, me fazendo deitar em seu peito.

-A melhor parte do meu dia. – sorriu fazendo carinho em minhas costas.

-É mesmo? – perguntei levantando minha cabeça para olha-la.

-Sim, vir para casa, encontrar você, e agora a Alice. Fazia tempo que eu não me sentia tão feliz. – deu um longo suspiro.

-Eu me sinto exatamente assim, feliz o tempo inteiro. – fiz carinho em sua mão.

          Ela me prendeu ainda mais em seus braços, me fazendo escutar as batidas compassadas de seu coração. Fechei meus olhos sentindo o cheiro que vinha de seus cabelos loiros.

-Está quase no fim do ano. Milena hoje comentou sobre nossa viagem para Nova Iorque. – disse pausadamente. – O que você acha? – questionou.

-Eu acho que Alice vai ter sorte por já conhecer outro país, e esse será nosso primeiro Ano Novo juntas. – sorri. – Espero que casadas já e Alice já sendo nossa filha legalmente.

-Eu quero exatamente isso. – me apertou.

           Ficamos em silêncio por algum tempo. Ouvimos passos e Zé caminhava tranquilo pelo jardim. Lari viu que era ele e me disse que precisava conversar algo com ele.  Observei os dois se afastarem e nem percebi quanto tempo demorou a conversa deles, Lari voltou e deitou ao meu lado. Meu celular indicou uma nova mensagem. Henri o homem a quem eu havia cobrado o favor me mandou a seguinte sms:

“Dra, Isa tive trabalho, mas consegui, amanhã mesmo saíra o edital confirmando que vocês podem casar. Depois disso é apenas escolher a data.”

           Sorri bloqueando a tela do celular, Lari me fitou sem entender nada. Com uma sobrancelha arqueada. Me prendeu em seus braços.

-O que foi o motivo desse sorriso tão lindo? – Perguntou.

-Nada não. Só que se você quiser amanhã podemos ver a data do nosso casamento. – falei e ela me levantou olhando sorrindo.

-Isso é sério? – perguntou.

-Claro. – confirmei.

-Então vem cá, e me beija. – me puxou colando sua boca na minha.

            Suas mãos buscando um contato em minha pele por baixo da blusa, fazendo cada parte do meu corpo arrepiar. Nossas línguas travavam uma deliciosa batalha, que me fazia gem*r. Sem desgrudar nossas bocas ela começou a tirar minha blusa. Interrompeu o beijo para tira-la por completo, encarou meu busto por um tempo, mordendo o canto da boca.

-Você é linda e minha, fala que é minha? – apertou minha cintura, e segurou meu cabelo com força.

-Eu sou sua. – ela abriu um largo sorriso safado.

             Puxou minha nuca, trazendo minha boca para a sua. Sua mão me prendendo a cintura, subiu a lentamente tocando o meio das minhas costas desprendendo meu sutiã. Sem interromper o beijo ela o retirou, e suas mãos logo foram de encontro aos meus seios. Gemi com minha boca ainda colada a dela,

Lari acariciou meu mamilo já enrijecido. Me movimentava em cima dela, gem*ndo a cada vez que sentia a língua dela tocando a minha e explorando minha boca com maestria. Apertou minha bunda sussurrando em meu ouvido:

-Você me enlouquece Dra.- seus olhos cintilavam de desejo.

            Eu sorri e ela inclinou minha cabeça para trás beijando meu queixo passando a ponta da língua vagarosamente, com uma mão apertava meu seio e a outra segurava minhas costas apertando vez ou outra. Posicionou minha cabeça um pouco para o lado, me arrepiei ao sentir sua respiração em meu ouvido. Se antes eu já estava molhada nesse instante meu nível de excitação foi nas alturas.

-Ahhh, amor....

-Hum? – disse sem parar de beijar meu pescoço.

-Entra em mim..ahh...

-Você quer isso? – perguntou já com a mão no botão da minha calça.

-Sim, por favor. – implorei.

              Sem pressa abriu o zíper da minha calça. Colocou uma perna de cada lado da rede e ficou em pé, me segurando no colo, suas mãos apertando minhas coxas. Seus olhos presos nos meus, ela saiu da rede e me carregou até o sofá que ficava no canto perto da porta e entrada. Senti minhas costas tocarem o couro escuro, Lari me encarou retirando sua camiseta lentamente, mordi o lábio assim que meus olhos viram aquele corpo perfeito. Pressionei minha perna contra a outra sentindo uma pontada no meu sex*.

              Segurei o cós de sua calça, e a puxei fazendo com que seu corpo ficasse em cima do meu. Acariciei suas costas com as pontas dos dedos e ela deu um sorriso, mordendo a boca em seguida. Eu enlouqueci com o gesto, colei meus lábios aos dela em um beijo intenso demorado e abrasador. Senti suas mãos se desfazerem de minha calça, sem interromper o beijo, mas logo ela se afastou retirando a sua. Senti seu corpo se encaixar no meu perfeitamente, abri minha perna colocando na lateral de seu corpo. Ela sorriu e começou a beijar meu pescoço, algumas vezes passando apenas a ponta do nariz o que me causava arrepios e alguns suspiros.

              Mantive meus olhos fechados, me deliciando com seu jogo. Ela colou sua coxa entre minhas pernas me fazendo arranhar suas costas.

-Você está deliciosamente molhada, - encarou meus olhos.

-Eu-eu sei. – gaguejei.

-Isso tudo só por conta de uns beijos? – sorriu de canto pressionando ainda mais a perna contra meu sex*.

-Ahhh. Meu amor, por favor. – rebolei tentando aumentar o contato.

              Ela não quis me provocar mais, segurou minha cintura e começou a me estimular enquanto eu rebol*va em sua perna. Puxou meu cabelo para trás me fazendo levantar o queixo, mordeu e desceu pelo meu pescoço, deixando um rastro quente de beijos. Já em meu seio passou a ponta da língua no bico enrijecido, depois começou a ch*pa-los me levando a loucura. Senti seus dedos na parte de cima de minha calcinha e logo se desfazendo dela. Passou o polegar de cima a baixo.

-Ahhh, como você está molhada. – sussurrou em meu ouvido. – Abre as pernas pra mim. – mandou e eu obedeci.

         Seus dedos deslizaram com facilidade. Ela iniciou um vai e vem com intensidade, segurando minha perna com força, me beijando em meio a gemidos. Com o polegar passou a estimular meu clit*ris me deixando ainda mais ensandecida. Sem ter controle algum de meu corpo eu já rebol*va descontrolada em seus dedos, ela parou de me beijar e desceu por meu pescoço até chegar em meu sex*, que já pulsava, passou a língua me ch*pando com intensidade sem parar de me penetrar. Eu gemi quando a língua dela deslizou junto com o dedo me preenchendo, não demorou muito e meu corpo explodiu em um intenso orgasmo.

         Ela sugou cada gota que saiu de mim, em seguida deitou-se ao meu lado. Eu me acolhi em seu peito e ela acariciou meus cabelos. Observei sua respiração alterada, ela sorriu e fechou os olhos.

-Podemos casar semana que vem?

-Dona Helena mataria nos duas. – sorri prendendo meus dedos nos seus.

-Verdade, mês que vem? – me olhou arqueando a sobrancelha.

-Quando você quiser.

-Te amo dra.

-Te amo anjo.

            Ficamos em silencio por um tempo, apenas curtindo o carinho uma da outra. O vento fez com que um arrepio percorresse meu corpo.

-Vamos entrar, você está com frio. – Ela falou e sorriu me beijando.

          Nos vestimos e fomos para o quarto, antes olhamos Alice dormindo tranquila em sua cama. A vida seguia mais que perfeita, a cada dia minha certeza em relação a Larissa aumentava e meu amor e encantamento só se fortaleciam.

-Que foi? – questionou me olhando sorrir.

-Só estou feliz. – me aproximei enlaçando sua cintura. – Tenho a mulher mais linda do mundo ao meu lado, tenho uma filha que é um doce. Que outro motivo teria para estar tão feliz.

-Casar comigo? – sorriu beijando meu pescoço.

-Logo faremos isso. – respondi. – Vem vamos dormir. – puxei ela em direção a cama e adormecemos.

             Acordamos com Alice pulando em cima de nós, a pequena ria sem parar a cada pulo.

-Acordem, está na hora.

-Linda você vai se machucar. – ouvi a voz de Lari, permaneci de olhos fechados.

-Tá. – parou de pular e pelo barulho. – Bom dia mammy e mama. – deitou entre mim e Lari.

-Bom dia princesa. – sorri e nos abraçamos a pequena fazendo cocegas.

-Parem, parem. Vou fazer xixi na roupa. – falou de uma vez só.

          Ela respirou aliviada quando nos afastamos. Larissa me deu um beijo de bom dia e levou nossa menina para o banho. Parou na porta do quarto e disse:

-Dou banho e quando for para arrumar o cabelo eu te chamo. – sorriu e Alice me encarou rindo baixinho.

-Tudo bem. – concordei e as duas saíram.

           Entrei no chuveiro e tomei um banho rápido, me arrumei para o trabalho e fui ver como Larissa estava se saindo arrumando Alice. Abri a porta lentamente e as duas dançavam uma música bem animada, Lari fazia que tocava uma guitarra e Alice cantava usando a escova de microfone. Eu é claro, fiquei babando da cena. As duas nem perceberam minha presença. Quando a música parou eu aplaudi e as duas viraram me olhando.

-Estava ai a muito tempo? – perguntou uma Larissa cansada.

-Suficiente. – ri para as duas. – Vai lá tomar seu banho que eu termino aqui.

-Tudo bem. – concordou. – Hoje sou eu que levo ela e você vai busca-la. – disse e saiu.

-Ela pensa que manda? – Alice disse sentando na cama.

-Como assim? – perguntei me aproximando e arrumando a cabeleira loira.

-Tá na cara que quem manda aqui é você mama. – sorriu sapeca. –Só não fala para mammy que eu disse isso. – me encarou apreensiva.

-Tudo bem, será nosso segredo. – sorri para ela.

          Passados alguns minutos nos já tomávamos café. Alice já estava atrasada para a aula. Larissa me deu um beijo e saiu apressada com a pequena. Eu ainda tinha alguns minutos então me permiti tomar café sem pressa. Ao Chegar na empresa e Isac e Bianca já estavam lá.

-Bom dia. –cumprimentei os dois.

-Bom dia. Pelo visto sua noite foi tão boa quanto a de Bia. – meu irmão falou sorrindo.

-Isac. – repreendeu Bianca.

-Só estou fazendo uma observação. Você chegou cheia de sorrisos e marcas. – apontou para o pescoço dela. – E Isa chegou cheia de sorrisos também, prefiro não procurar por marcas. – sorriu divertido.

-Vamos trabalhar que estamos aqui para isso. – Bianca disse de cara fechada.

-Muito bem, vamos. – falei e em seguida começamos mais um dia de trabalho.

 A manhã pareceu voar, já era quase o horário de ir buscar Alice na escola quando meu celular tocou:

-Amor você já saiu da empresa? – perguntou com a voz ofegante.

-Não, mas já estou indo. Você está bem? – questionei e acenei para os dois e sai da sala.

-Estou sim, só vi a hora e corri para pegar o celular. – falou com a voz um pouco melhor.

-Tudo bem, Milena está com você? – perguntei já chegando ao estacionamento.

-Não, ela não estava bem, pensei que Isac tinha falado algo.

-Larissa, podemos ver o terceiro andar? – ouvi uma voz de mulher.

-Claro, me dá só um segundo. – respondeu Lari.

-Isac não me falou nada. Bom, preciso ir, já estou no carro, posso pegar você ai pra gente almoçar junto? – perguntei já dando partida no carro.

-Não vai dá meu amor, sinto muito, Camilla está aqui na obra hoje e o pai dela veio pra cidade e quer almoçar comigo. – falou calmamente.

            Claro que conhecia aquela voz, era a talzinha da Camilla, respirei fundo tentando não deixar meu ciúme transparecer.

-Tudo bem, bom almoço linda, amo você.

-Te amo, nos vemos a noite?

-Claro.

-Ótimo, até mais tarde, dá um beijo na pequena por mim.

-Pode deixar.

             Encerramos a ligação e eu dirigi calmamente até a escola de Alice, volta e meia me pegava pensando em Larissa almoçando com aquela mulherzinha atirada.

-Isabella, deixe de paranoia, Larissa ama você, vocês tem uma família juntas e vão casar. – fiquei quieta um segundo. – Ótimo agora eu falo sozinha. – balancei a cabeça e sai do carro.

             Caminhei em direção a escola e encontrei a pequena brincando com os amiguinhos, haviam algumas mães ali conversando. Assim que me viu ela correu em minha direção, se jogando em meus braços.

-Oi meu amor, como você está suada. – beijei seu rosto vermelho.

-É que eu tô brincando. – deu de ombros.

-Tudo bem linda, pega sua mochila para gente ir embora. – soltei e ela correu.

-Oi prazer, sou Cecilia mãe de Ana. – a mulher me estendeu a mão com um sorriso, ela tinha cabelos negros longos, pele branca e olhos apertados.

-Sou Isabella. – retribui o gesto. – Mãe de Alice. – sorri, era a primeira vez que eu dizia isso em voz alta.

-Imaginei, Aninha falou muito sobre Alice, me pediu até para ir brincar com ela em sua casa. – sorriu.

-Ah! Claro, acho que Lari comentou comigo sobre Alice ter perguntado se podia levar os amigos em casa. – me virei olhando para Alice, ela abraçava uma menina que pela cabeleira negra só podia ser a Ana.

-Então, você é mesmo a esposa de Larissa Rodrigues? – a mulher perguntou curiosa.  Eu a encarei sem entender o porquê da pergunta.

-Ainda não casamos. – respondi.

-Pronto, cheguei. – Alice segurou minha mão.

-Bom, precisamos ir. Foi um prazer.

-O prazer foi meu, tchau Alice. – bagunçou o cabelo da pequena.

-Tchau tia Ceci. – sorri e nos saímos.

         Coloquei ela na cadeirinha e liguei o som baixinho.

-Como foi a aula hoje?

-Legal, eu fiz um desenho. – sorriu.

-É mesmo? Vai me mostrar depois?

-Sim, mas só quando a mammy tive junto. – sorriu sapeca.

-Tudo bem. Você quer levar seus amigos lá em casa?

-Sim, se vocês deixarem. O João é legal e a Aninha também, as outras crianças não gostam muito da gente. – falou baixinho. – Mas também não me importo, prefiro ter só eles dois de amigos.

-Ainda é cedo, eles vão acabar gostando de você.

          Ela sorriu amarelo e voltou a atenção aos carros que passavam ao nosso lado. Não demorei e estacionei o carro na garagem da casa dos meus pais. Alice acabou cochilando, peguei ela no colo e levei para dentro de casa. Mamãe sorriu ao nos ver, segui com a pequena até o quarto e coloquei ela na cama. Tirei seus tênis e sai do quarto.

-Nunca pensei que um dia eu iria ver isso. – mamãe disse emocionada.

-Não exagera dona Helena. – sorri para ela.

-Não é exagero. – sorriu. – Vamos para a sala. – mudou de assunto.

           Nos sentamos e ela logo começou a falar de casamento e mais filhos.

-Mamãe, uma coisa por vez, já temos Alice e agora já podemos marcar a data do casamento.

-Co-mo? – perguntou assustada.

-Pois é, já podemos marcar a data. Só não tivemos tempo de fazer isso ainda.

-Eu não acredito, pois arranjem tempo. Porque um casamento não pode ser organizado da noite pra o dia....

           E no mesmo instante eu me arrependi de ter contado, ela ficou o almoço inteiro falando de casamento. Alice parecia empolgada com a ideia de carregar as alianças. E mamãe empolgada em organizar o casamento dos sonhos, dos sonhos dela, claro. Se dependesse de mim e Lari faríamos algo simples, mas, nenhuma das duas tinha coragem de ir contra a Dona Helena.

-Se comporta, que depois que eu sair da empresa eu venho te buscar. – disse olhando a pequena com carinho.

-Vou me comportar sim, pode deixar. – sorriu para mim.

-Me dá um beijo que a mamma precisa ir. – e assim ela o fez, correu escada a cima em seguida. – Obrigada por ficar com ela. – agradeci a mamãe.

-Não me venha com essa Isa, a menina é um anjo e minha neta. Então pare de agradecimentos. – me abraçou e seguimos para a garagem. – Me faça o favor de ir ao cartório e marcar logo uma data para esse casamento.

-Tudo bem mamãe, pode deixar. Mais tarde passo para pegar ela.

-Ótimo, vai lá.

          Nos despedimos e segui mais uma vez para a empresa. Por coincidência passei em frente ao cartório. Lembrei que faltava uma mês para o aniversário de Larissa, então porque não marcar a data do casamento para esse dia? Desci do carro e fiz isso, marquei a data e mandei logo uma mensagem para mamãe e nossos amigos. Quando cheguei na empresa resolvi ligar para ela.

-Oi meu amor.

-Oi linda, cheguei agora na empresa, como foi seu almoço?

-Bom, e o seu?

-Ótimo, mas não foi por isso que te liguei.

-Não?

-Eu marquei a data do casamento. – por mais que eu não a estivesse vendo seu rosto eu sabia que ela estava sorrindo.

-Mesmo? Para quando?

-O dia do seu aniversário. Só para você saber, esse vai ser seu presente. – resolvi brincar.

-Melhor presente do mundo. – sorriu e eu corei.

-Então, tudo bem por você?

-Mais que perfeito linda.

         Isac entrou na sala, mostrando uma pasta na mão e falou a palavra reunião. Eu acenei e ele saiu.

-Ótimo, amor preciso ir agora, aparentemente, tenho uma reunião.

-Tudo bem meu amor, vai lá. Te amo muito.

-Também te amo muito. – sorri aberto.

         Encerramos a ligação e eu fui para a reunião. Apenas Samantha, Isac, Bianca e mais alguns outros funcionários estavam lá. O restante da tarde foi passada ali, entre debates sobre como melhorar os resultados da empresa, e como diminuir o número de processos.

 

 

Fim do capítulo