O dia na DP foi corrido, mal as mulheres tiveram tempo de conversar, Tereza louca como sempre só faltou matar Carlos de medo no interrogatório, Gabriel teve que se meter. O jovem professor não deu nenhuma escorregada, era realmente inocente. Tereza e Gabriel combinaram com Alexia e Samuel que queriam ficar de olho em Thiago, algo dizia que naquele mato tinha cachorro.

***

Sábado

- Porque você está tão ansiosa, posso saber – Gabriel falava vendo o nervosismo da amiga, estavam na sala e de folga também.

- To esperando a Layla – Disse por fim.

- Mentiraaa que você pediu a ajuda da Layla, to passado – Gabriel gargalhava.

- Quer parar senhor gay, preciso que fique com a Amora hoje e amanhã, minha priminha vai ficar dois dias e depois vai para o Maranhão.

- Essa Layla não tem jeito, a Marisa vem também?

- Claro né criatura – Disse impaciente.

- Ixi, então acho melhor você fazer logo essa casa de motel, porque aquelas duas são fogo – Gabriel só sabia rir.

- Quer parar, vou te dar umas belas porr*das.

- Nossaaa morrendo de medo – Disse debochado, teve que correr para se livrar da almofada que voava em sua direção.

***

   Layla chegou com Marisa, as duas era só chamego, Marisa preferiu ficar em um hotel para não incomodar Tereza.

- Amor, você acha que dois dias é suficiente? – Marisa perguntava enquanto tirava a rouba para entrar no banho, Layla apenas obervava. – Amor, terra chamando – Riu.

- Hein? Que foi? – Layla despertou de seus devaneios e Marisa gargalhava – Tá rindo né, quero ver se vai rir quando eu te amar loucamente no chuveiro – Nem esperou a outra responder, avançou em sua direção a carregando para o banheiro.

***

- Layla que demora, estou a quase duas horas esperando – Tereza falava no telefone.

- Calma marmota, vou te encontrar daqui a meia hora naquela sorveteria que íamos quando éramos ricas e bem novinhas – Riu.

- Te espero lá sua paçoca sem gosto – Gargalhou.

- Olha como fala com sua conselheira, se brincar muito faço a mulher correr de você e não para você – Disse fingindo estar chateada.

- Faz isso que te mato enforcada no pé de melancia – Gargalhou.

- Tchau marmota, te encontro já já – Desligaram, nessas alturas, Gabriel tinha saído com Amora, passou na casa de Alexia para pegar Samuel, a delegada ainda dormia e por isso não conseguiu ver os amigos, apenas um bilhete a esperava perto de um bolo que o Samuka tinha comprado.

***

Meia hora depois

   Tereza estava impaciente sentada em uma mesa perto da janela, dava para ver a movimentação da rua, balançava a perna em sinal de ansiedade. Estava tão distraída que não viu a prima chegando.

- Eu posso ganhar um abraço ou tenho que implorar? – Layla chegou perto.

- Se você implorar eu posso pensar no assunto – Tereza riu, levantou e deram um abraço apertado.

- Hummm que cheirinho gostoso, vontade de morder, sua bunda aumentou ou é impressão minha – Layla falou no ouvido de Tereza, que quando sentiu empurrou a prima.

- Vá procurar o que fazer, se a Marisa souber que está soltando as asinhas, tu tá é lascada – Gargalhou. As duas sentaram ao mesmo tempo.

- Então marmota, me diz tudo – Layla já ganhava um ar serio. Em minutos Tereza contou tudo, bem do inicio. Quando terminou deixou Layla pensativa – Acho que eu deveria ter ido direto para o Maranhão, amoré essa daí é caso perdido – Gargalhou – Brincadeiraaa priminha, é o seguinte, quero que ligue pra ela agora a chamando para sair, ela vai recusar, ai vamos na casa dela, seja macho criatura – Riu do jeito que Tereza a olhava, dito e feito Tereza ligou, Alexia só faltou desligar na cara dela.

- Ela só faltou tirar meu coro, poxa Layla, não tá ajudando – Disse triste.

- Que marmota mais marmota – Riu sapeca – Para com isso, eu sei o que estou fazendo, paga a conta que te espero no carro – Disse se levantando e saindo.

- Aff, e ainda tenho que pagar – Tereza resmungou revirando os olhos.

***

- Que atrevimento, não tem o que fazer e fica me ligando – Alexia quase joga o celular na parede pela insistência de Tereza em sair com ela. Se jogou na cama pensando na policial.

***

- Eu devo dizer que você mandou muito mal hein priminha – Layla dizia enquanto a prima dirigia.

- Eu sei tá, não precisa pisar – Disse triste.

- Calma criatura, vamos resolver, não fica triste.

- E a Marisa cadê? – Mudou de assunto.

- Me dando um prejuízo com cartão de crédito – Gargalhou – Nunca vi comprar tanto, deve estar comprando a loja de brinquedos toda para os gêmeos.

- Ah por falar em gêmeos, ganhei uma filha – Disse orgulhosa.

- Como assim? Vai me dizer que jogou na loteria e saiu uma criança – Gargalhou. Tereza olhou feio, explicou toda a história.

- Vamos sair todos juntos no final do ano, quero conhecer a Amora antes de ir – Layla disse empolgada.

- Claro, ela vai puxar todos os seus cabelos e te deixar careca – Tereza ria lembrando da pequena.

- Essa sua paquera mora longe hein – Layla falou.

- Deixa de reclamar, chegamos – Tereza disse, estacionou o carro do outro lado da rua, mas dava pra ver bem a casa.

- Escuta, você sabe o modo como trabalho, nada de frescuras se não deixo você sozinha – Layla disse firme. – Coloca isso aqui no ouvido – Falou colocando o ponto no ouvido da prima – Repete tudo que eu falar, mas pelo amoooor, escuta primeiro e depois fala. – Disse piscando o olho.

 ‘’Calma Tereza, vai mais devagar, parece até um jumento desembestado’’ – Layla ria no carro.

‘’Queria ver se fosse você, cabeçuda’’ – Tereza estava caminhando rápido, com o toque da prima andava mais devagar.

‘’Para Tereza’’ – Layla quase gritou e Tereza estacou.

‘’Se me deixar surda pode ter certeza que irá pagar o tratamento, que foi que eu fiz hein?’’

‘’Será possível que tenho que ensinar tudo, Terezinha linda meu amor, cadê a rosa?’’ – Layla dizia com deboche.

‘’No jardim oras, que pergunta descabida’’ – Tereza rebatia.

‘’Eu vou arrancar sua perereca, na casa vizinha tem uma roseira, pega uma rosa agoraaaa’’

‘’Isso é roubo sabia’’ – Tereza falava.

‘’Você é policial, no mínimo pegara dois anos de prisão’’ – Gargalhou – ‘’Para de resmungar, parece uma véia, pega logo essa rosa criatura’’. – Tereza teve que desviar o caminho, pegou a rosa, colocou atrás de si a escondendo, voltou para o caminho e já estava na frente da casa de Alex. ‘’Tá esperando o que pra bater nessa porta marmota?’’ – Layla ria horrores no carro.

‘’Se você parar de rir talvez eu consiga alguma coisa’’ – Tereza já estava irritada, se sentindo boba naquela situação.

‘’Calma, vai dar tudo certo, bate de leve na porta’’ – Layla mandava. – ‘’Esperaaaa’’ – Quase gritou.

‘’O que foi agora prejura?’’ – Tereza parou quando ia bater na porta.

‘’Lembrei de uma música’’ – Layla gargalhava e Tereza revirava os olhos – ‘’ Desce e sobe mexendo a cinturinha...Bunda la bunda ela mexe com a bunda’’ – Layla cantava enquanto Tereza bufava.

Fim do capítulo