Larissa.

                Depois que saímos do hospital acabamos indo almoçar, era engraçado o jeito que Bella ficava sempre que eu falava de Andressa, sabia que era ciúmes e no fundo ela estava doida para me perguntar sobre a noite. Pensei que seria melhor mostrar a ela de uma vez, para que não houvessem dúvidas. A cara que minha noiva fez quando viu a loira foi engraçada, ela estava realmente se roendo de ciúmes. Andressa foi simpática, como sempre e no fim vi a expressão de Bella suavizar ao saber que ela era casada com Adisa.

               Não demorou muito e logo ficamos sozinhas. Mantemos nossos olhares presos um no outro, e senti como se eu pudesse fazer isso para o resto da vida. Olha-la me dava uma sensação de paz. Interrompemos a troca de olhar quando o garçom chegou com nosso almoço. Nunca pensei que fosse tão difícil ficar com a mão imobilizada, acabou que Bella teve que me ajudar com a comida.

-Assim eu fico mal-acostumada. – comentei quando ela tirou o garfo da minha boca.

-Pode ficar. – sorriu corando levemente.

-Bella, o que nós estamos esperando? – ela ergueu uma sobrancelha sem entender. – O ano já está quase acabando, você já mora comigo, a construção da nossa casa já começou. Daqui a alguns meses termino a faculdade, por que não casamos logo?  

               Ela sorriu pensando no que eu disse, sabia que não havia mais motivos para ficarmos esperando, e depois dessa confusão toda não queria mais perder tempo.

-Você tem dúvidas sobre isso ainda? - questionei segurando sua mão.

-Claro que não, eu nunca estive tão certa sobre algo. Mas se casarmos e não deixarmos mamãe organizar a nossa festa de casamento é capaz de ela matar a gente. – sorriu para mim.

-Verdade, ela leva isso muito a sério, transformou um jantar simples para os amigos em um evento e tanto. – minha sogra era uma peça única, assim como a filha. – Podemos casar no civil, sem festa, só a gente e os padrinhos. Depois deixamos sua mãe fazer a festa, até podemos ter outra cerimonia se ela insistir. – conclui.

-Você acha que isso daria certo? – perguntou.

-Por que não? Você me ama, eu amo você. Nada nos impede, exceto a sua mãe. – sorri.

-Podemos dá entrada no processo, deve levar alguns dias para ser aprovado, depois disso é só agendar a data – concordou.

-Então hoje mesmo levaremos a documentação necessária. – acariciei sua mão.

-Tudo bem. – concordou.

-Falei com Milena sobre contratar Isac e Bianca para estagiarem com você. O que acha? – questionei chamando o garçom em seguida.

-Acho que no momento toda ajuda é bem-vinda. – sorriu, entregando o cartão para o homem. Olhei para ela com cara de quem diz eu pago. – Hoje é minha vez.

-Não falei nada. – dei de ombros.

-Mais pensou. – sorriu para mim.

-Talvez. –dei um meio sorriso. – Então vou ligar para os dois e saber se eles querem o estágio.

-Você e essa mania de ajudar todo mundo. – falou quando levantamos.

-A única pessoa que eu estou ajudando é você.- segurei sua mão e saímos do restaurante.

         Entramos no carro e meu celular tocou. Na tela mostrava o número de Marta.

-Oi Marta, já está com saudades de mim. – ela gargalhou ao ouvir.

-Sempre tenho saudades suas. Mas esse não é o motivo da ligação, entrei em contato com a encarregada da ONG e contei sobre sua proposta. – falou calmamente. – Ficou muito feliz, e disse que você não sabia o quanto  vai ajudar aquelas crianças.

-Na verdade eu sei sim. Quando podemos começar a obra? – questionei.

-Ela disse que tudo depende de você, basta agendar uma reunião com ela, assim vocês acertam tudo.

-Comigo não Marta, conosco, afinal não conheceria o lugar se não fosse por você.

-Larissa você é impossível as vezes. – sorriu. – Olhe sua agenda e diga quando poderemos nos encontrar com ela.

-Você sabe que eu não tenho agenda, não é? – ri divertida e vi Bella me olhar de canto de olho.

 -Sempre esqueço desse detalhe, então o dia que você quiser podemos nos encontrar no escritório lá na ONG. – concluiu. –Agora preciso ir porque meus meninos estão brigando.

            Encerrou a ligação. Fiquei com o celular nas mãos, olhando a pista. Quando as coisas estivessem encaminhadas e as crianças já morarem no novo prédio, farei questão de deixar Marta encarregada de ajudar, tenho certeza que ela vai adorar, além do mais percebi que ela já anda cansada da vida de dona de casa. Os meninos já estão menos dependentes dela.

-Que foi? – Bella perguntou.

-Marta queria me dizer que falou a senhora que cuida da ONG. O que acha de irmos lá em Ouro Preto essa semana ainda? – perguntei encarando-a.

-Porque eu preciso ir também? – questionou já colocando o carro na garagem de casa.

-Alice, quero que você conheça ela. Fora que não estou afim de ir sem você. – fiz cara de gato de botas.

-Tudo bem, só que precisa ser algo rápido e tenho que ver minha agenda. - disse tirando o cinto.

-Ótimo.- beijei seus lábios.

             Porém, logo tivemos que nos separar. O celular dela tocou:

-Espera, preciso atender. – tentava me afastar.

-Tudo bem. – disse me aquietando.

-Alô. Tudo bem chego ai daqui a pouco. – encerrou a ligação. – Preciso ir na empresa. Você vai ficar bem sozinha? – questionou fazendo carinho no meu rosto.

-Claro. Você vai levar a documentação para passar no cartório?

-Sim, passo lá se tiver tempo. – sorriu.

              Seguimos para a casa de mãos dadas, depois que Bella pegou os documentos necessários se despediu de mim.

-Meu amor eu vou indo, não esquece de tomar o remédio, e nada de beber. Qualquer coisa é só me ligar que eu venho correndo. – sorriu beijando minha testa.

-Ei, espera, isso não é beijo que se prese. – sorri segurando sua cintura e colando nossas bocas em um beijo quente.

-Uau, assim fica difícil querer sair agora. – sorriu de olhos fechados.

-Pode ir que quando voltar estarei te esperando. – sentei no sofá e as meninas logo se deitaram perto de mim.

-Tudo bem, amo você. Se comportem. – sorriu e saiu rebol*ndo aquela bunda maravilhosa.

               Passei o resto da tarde naquele sofá, não lembrava como era chato não ter nada para fazer, assisti filmes, séries, comi, brinquei com as meninas, comi de novo, e dormi.

-Você está bem? – Mile me perguntou sentando ao meu lado.

-Tô bem, tirando o fato de ter ficado a tarde no tédio.

-Onde está Bella?

-Me deixou aqui e teve que ir na empresa.

-Vai para aula?

-Sim, mesmo que seja apenas como ouvinte. – brinquei mostrando a mão.

-Então se arruma que daqui a meia hora saimos. – disse levantando.

-Tudo bem.

           Fui para o quarto e com certa dificuldade consegui tomar banho. Quando sai Bella estava no quarto.

-Oi linda. – disse beijando seu pescoço, ela estava sentada de costas entretida com o celular.

-Hum, oi meu amor. – notei que sorriu.

-O que é isso? – perguntei olhando a tela do celular.

-Isso somos nós. – mostrou.

           Na foto Bella estava bem próxima de mim, foi na hora do almoço. Site de fofocas é fogo, eles questionavam o porquê da minha mão está imobilizada. E ainda faziam comentários sobre Bella ter me dado comida na boca, quiseram insinuar que ela estava cuidando de mim só pelo interesse no dinheiro. Os desgraçados ainda insinuaram que nós já teríamos casado escondidas.

-Bella, eu...- tentei falar.

-Não se preocupa, eu já sabia que mais cedo ou mais tarde iriam questionar nosso relacionamento. Mas quanto a ter casado escondida sua sogra já me ligou indignada. – falou rindo.

-Então tudo bem para você eles dizerem isso? – enlacei sua cintura.

-Sim. Para mim o que importa é isso que temos. – olhou minha boca me dando um beijo em seguida.

          Esqueci que estava de toalha, ela acabou caindo quando a abracei trazendo-a para mais perto de mim.

-ÔH MEU DEUS! Será que você pode cobrir essa bunda branca? – Milena reclamou com as mãos nos olhos.

-Parada de frescura que não é a primeira vez que você vê ela. – provoquei pegando a toalha e enrolando em meu corpo.

-Isso não quer dizer que eu precise ver sempre, ainda mais quando vocês estão se agarrando. Já posso olhar?

-Pode Milena. – Bella disse rindo.

          Minha amiga riu se jogando na cama. Bella sentou-se ao lado dela e as duas começaram a conversar sobre algo, eu peguei minha roupa e fui me vestir no banheiro. Alguns minutos depois e eu já estava pronta.

-Vai ficar por aqui? – perguntei abraçada a minha noiva.

-Sim, vou preparar alguma coisa para comer e analisar alguns documentos, preciso recuperar a manhã de hoje. – sorriu arrumando minha camiseta.

-Tudo bem, qualquer coisa liga. Amo você. – beijei seus lábios.

-Também te amo. – sorriu.

-Deixa eu ir que já estamos atrasadas. – dei mais um selinho e fui para o carro.

         Milena iria dirigindo, quando chegamos na garagem ela disse:

-Estou afim de ostentar.- entrou na Ferrari.

-Só por que é você que esta dirigindo. – ri dela.

-Exatamente, então entra e fica ai quietinha. – piscou para mim.

       Seguimos para a faculdade, as primeira aulas foram rápidas, já era intervalo e fomos encontrar Isac na lanchonete.

-Oi amor. – beijou o namorado.

-Oi linda. – meu cunhado respondeu.

-Onde está Bianca que eu não estou no clima de ficar para castiçal hoje.- falei rindo.

-Palhaça. – Milena me jogou um guardanapo.

-O que foi isso na sua mão?- Isac perguntou.

-Qual é, até parece que Milena não te contou. – dei de ombros.

-Contou, mais queria ouvir de você. – disse rindo. – Queria ter visto a cena.

-Acredite, eu também.- Mile disse pedindo algo para comer.

-Não teve nada demais, eu só soquei a cara da sua ex cunhada.

-Nada demais? Sabe como estão chamando você na empresa? –Milena me perguntou.

-Não.

-Larissa Nocaute. – riu junto com Isac.

-Oi gente.- Bianca chegou jogando a mochila e as sentando ao meu lado.- O que tem nocaute?- me olhou. – Que diabos foi isso?

-Nocaute na Alana. – Milena e Isac responderam junto e riram.

          Claro que Milena fez questão de contar a história do princípio. Enquanto eles conversavam, eu mandei mensagem para Bella:

Nem pra me avisar que tenho novo apelido. Rssr

Que apelido? Ñ estou sabendo de nada. =(

Larissa Nocaute, segundo Mile todos estão me chamando assim.

Kkk, não ouvi nada disso.

Pois é. O que está fazendo?

Trabalhando=(. Esqueci de dizer passei no cartório.

Mesmo? E ai?

Normalmente demora 15 dias para ser lançado o edital, mas acabei cobrando um favor e ele disse que adiantaria.

Isso é ótimo, linda tenho que ir, estão reclamando aqi.Te amo

Ok, te amo.

-Sério, Alana está andado por aí com dois olhos completamente roxos. – Milena riu.

-Larissa tenho que te agradecer pela iniciativa. – Isac falou segurando minha mão.

-Não comemorem, odeio violência, mas ela me provocou. – dei de ombros.

-Falando em provocar, que rolo é esse com Sam? – Milena perguntou encarando Bianca que se engasgou com o suco que tomava.

-Não é nada gente, fico com ela vez ou outra, nada demais. – deu de ombros.

-Quer dizer que não está apaixonada por ela? – insistiu Mile.

-Não. E não vou ficar. Não quero me apaixonar, não de novo. – falou triste.

         Percebi que ela não queria tocar no assunto, ao menos não agora. Resolvi mudar de assunto:

-Tenho uma proposta para vocês.- falei olhando os dois.

-Manda. – Bia disse se animando um pouco mais.

-Bella está precisando de ajuda na empresa, então pensei que vocês poderiam ajudar ela.

-Um estágio? – Isac indagou.

-Sim, claro que remunerado, e que não atrapalhe em nada a faculdade.

-Eu topo.- Bia falou.

-Tô dentro, quando começamos? – meu cunhado perguntou.

-Amanhã.

-Tudo bem. - concordaram.

– Precisamos voltar a aula já vai começar.- Mile chamou

        Os dois caminhavam na nossa frente, resolvi puxar assunto com Bianca, tinha algo a mais naquela história e ela não me parecia feliz com o termino com Ester.

-Você está bem?

-Sim. –falou sem me olhar.

-Não comprei essa. – sorri para ela.

-Não consigo esquecer a Ester. – disse triste.

-Ainda não entendi o que houve entre vocês. – disse sincera.

-Peguei ela matando a saudade de uma amiga no banheiro. – sorriu triste.

-Não tem volta? – questionei já parando na porta da sala.

-Não, ela me traiu. – sorriu triste. – Obrigada pela oportunidade do estágio vai ser ótimo para ocupar a cabeça.

            Isac a puxou pelo braço antes mesmo que eu pudesse responde-la. Senti pena do que havia acontecido com ela, por mais que eu não tivesse sido traída sei qual é a sensação de ver alguém que você gosta nos braços de outra pessoa.

-Você está bem? – Mile me chamou atenção.

-Ah, sim. Tudo bem.

           Voltei minha atenção a aula, que parecia não ter mais fim. Não sei se eram os remédios mas dormi o caminho de volta para casa. Milena me acordou com delicadeza.

-Ei, já vi sua bunda hoje, pode acordar que não vou te carregar no colo para dentro. – riu e saiu do carro.

           Demorou alguns segundos até que eu me situasse. Peguei minha mochila e entrei, já no quarto encontrei uma Bella adormecida. Devia estar lendo pois haviam alguns papeis espalhados na cama e outro em sua mão. Juntei como deu os papeis e tentei tirar o de sua mão sem acorda-la.

-Faz tempo que chegou? – perguntou passando a mão no olho.

-Agora na verdade, não queria te acordar. – sorri deitando ao seu lado.

-Tudo bem, me deixa matar um pouco a saudade? – perguntou.

        Sem esperar resposta, ela virou o corpo ficando por cima de mim, beijou meu pescoço, mordiscou minha orelha. Eu senti doer intimamente, ela estava me enlouquecendo com tão pouco. Tirou minha blusa, em seguida foi distribuindo beijos por todo meu tronco, eu gemia, querendo que ela completasse o serviço. Parou no meu umbigo, riu quando eu suspirei. Desbotou minha calça e com agilidade se desfez dela, atirando-a em qualquer lugar.

-Quero sentir seu gosto. – sorriu retirando minha calcinha.

         Seus dedos me tocaram me fazendo gem*r, senti sua respiração forte entre minhas pernas. Passou a língua vagarosamente, me fazendo abrir mais as pernas.

-Ahhh. – ela parou o contato. –Isabella..continua. – reclamei

-Por que a pressa?- perguntou, colocando dois dedos em mim.

-Ahhhh. – gemi.

         Ela começou movimentos lentos de vai e vem, com a mão livre ela acariciava meus seios. A cada novo contato eu queria mais.

-Mais um...- pedi com a voz entrecortada.

        Fez o que pedi e um pouco mais, assim que colocou mais um ela foi com a boca de encontro ao meu clit*ris.

-Assim, vai. Mais forte. – eu pedia enlouquecida.

         Já sentia meu corpo inteiro tremer, atingi o orgasmo e ela veio junto comigo. Em um gemido sincronizado.

-Preciso passar mais noites fora. – falei brincando.

-Não se atreva. – me olhou desafiadora.

-Jamais, prometo. – sorri beijando seus lábios.

-Como foi na faculdade?

-Normal, conversei com Isac e Bianca, eles começam amanhã.

-Ótimo, preciso mesmo de ajuda. Por falar em Bianca como ela está?

-Mal, não acho que ela goste de Samantha, ela só está tentando fugir do que sente por Ester.

-Mas eu pensei que ela tinha traído.

-Na verdade foi ao contrário. Ester traiu Bianca na noite que eles foram para a boate.

-Nossa, então não devemos nos preocupar com ela e Samantha?

-Claro, se elas continuarem saindo ela vai acabar se encantado por ela.

-Podemos nos preocupar, mas não fazer nada a respeito.

-Eu sei. – falei bocejando.

-O remédio está te deixando sonolenta? – perguntou se agarrando em mim.

-É, meu sono não tem nada a ver com o que você fez comigo agora a pouco. – sorri.

 

         Ela riu para mim e dormimos em seguida.  

Fim do capítulo