Um Amor Antigo por A_T
Capítulo 2
Durante o jantar, basicamente, falaram sobre trabalho. Vivian tem 25 anos e é arquiteta. No momento, estava trabalhando na construção de uma casa particular, no Rio mesmo. Ela dizia que os donos são indecisos, sempre mudam de idéia quanto ao que querem na casa, o que dificulta bastante o trabalho dela.
--Alê... você não vai acreditar, semana passada nós já tínhamos acertado tudo em relação ao banheiro, mas ontem eles me ligaram dizendo que tinham outras idéias. Sinceramente eu só trabalho para eles ainda, porque pagam muito bem.
--Coitados Vi, é a casa deles poxa! … é difícil, eles querem viver a vida deles lá, tem que ser um ambiente agradável, que eles gostem!
--Eu sei, concordo com você! Mas é que para mim seria tão fácil! Eu sei exatamente como eu quero minha casa. – Vivian apesar de ser arquiteta, ainda morava com os pais. Não por falta de dinheiro, é porque realmente não via necessidade e porque também não queria morar sozinha. Pelo menos com os pais em casa, tinha alguma movimentação, algum barulho. Vivian sempre teve medo de se sentir sozinha.
--Ah é? Então por que ainda não tem a sua casa? – disse Alê se esquecendo da comida que tinha no prato.
--Porque não vejo graça nenhuma em morar sozinha.
--Entendi. Mas me diz, como você gostaria que fosse sua casa? – esqueceu a comida de vez e só prestou atenção em Vivian.
--Nada muito luxuoso sabe!? Gosto de coisas simples. Quero que os móveis do meu quarto e os da sala sejam brancos, a cozinha e o banheiro, preto e branco. E a cozinha tem que ser aquelas que têm uma bancada no meio sabe? Acho muito elegante aquilo. – disse Vivian também esquecendo a comida, e só bebendo e prestando atenção em Alê.
--Sei sim! Exatamente como eu queria que fosse o apartamento, principalmente a cozinha. Gostaria muito de cozinha em uma daquelas bancadas.
--Pois então porque não fez isso? Esse apartamento é seu, só fazer as reformas necessárias. E eu te garanto que do jeito que você cozinha bem, não iria se arrepender nem um pouco de tem uma cozinha assim.
--Porque Dani não gostava muito de obras. Mas agora que ela se mudou, acho uma boa idéia uma reforma aqui – disse colocando mais vinho na sua própria taça – Quer mais vinho?
--Não, obrigada. Então quando quiser começar a reforma, só me avisar que eu te ajudo, se você quiser é claro. – Vivian queria tanto morar com Alê. Ainda mais agora que descobriu que elas tinham os mesmos sonhos para as casas delas. O único motivo que a faria sair da casa de seus pais, tão rápido, seria para morar com Alê, como namoradas.
--Claro que quero, você é arquiteta e minha amiga. Ninguém melhor do que você para me ajudar. – disse levantando da mesa e recolhendo os pratos.
--Ótimo! Deixa que eu te ajudo.
Quando Vivian pegou em seu prato, as mãos sem querer tocaram as de Alê, e se olharam. Nessa hora subiu um calor no corpo de Vivian, ao perceber que Alê tinha ficado envergonhada, pois suas bochechas estavam rosadas.
Alessandra não sabia o que fazer quando seus olhos se encontraram com os de Vivian. E nem saberia dizer quanto tempo durou essa troca de olhares, só sabia que tinha se perdido naquela imensidão azul. O calor invadiu seu corpo e por um segundo tudo parou, como se só as duas existissem no mundo naquela hora. E o coração da loira pulava, quase saindo pela boca. Quando percebeu que ela era olhada também, ficou com vergonha.
--Não, deixa que eu levo! A aniversariante não faz nada hoje. – disse indo em direção a cozinha.
Vivian enquanto seguia Alê até a cozinha olhava para aqueles cabelos loiros longos que ela queria tanto saber o cheiro e a textura deles. Pensou pela primeira vez que aquele mínimo de esperança que tinha, se multiplicou. Porque viu nos olhos de Alê, o que jamais tinha visto: desejo.
Alê sentia Vivian lhe seguindo. Pensou naquela troca de olhares, nunca tinha visto aqueles olhos azuis daquela maneira, intensos, exalando paixão. Percebeu nos olhos de Vivian, desejo, o que nunca imaginou ver. Mas que lá no fundo, era seu maior sonho. Colocou os pratos na pia e começou a lavá-los.
--Eu vou enxugar a louça pelo menos! – disse Vivian ao lado de Alê.
--Tudo bem! Liga o som pra mim, por favor, Vi!
Enquanto Vivian foi na sala, a loira respirou fundo e fechou os olhos, implorando pra ter forças de resistir àquela mulher. A música que estava tocando na rádio era In theses arms – Bon Jovi. Logo aquela música, que quando ouvia só a fazia pensar em Vivian. Pensar em tudo que sempre sentiu por ela.
Vivian não acreditou quando ligou o rádio e ouviu a música que tocava. Aquela música, a fazia lembrar de tudo que sempre sentiu e sentia por Alê. Desde da adolescência, desde de que se conheceram. Voltou para a cozinha e se posicionou atrás de Alê, assim poderia olhá-la sem medo de que ela percebesse.
Alê virava para trás e a olhava, cada vez que ela se virava para guardar a louça. E pensava que por tudo na vida, ela era de longe a mulher que amava. Não conseguia imaginar o quanto se enganou, quando achou que amava Dani, nada do que sentira por ela poderia ser comparado a isso, que sentia por Vivian.
Vivian parada atrás de Alê, admirava o corpo desta. Aquelas pernas, os braços, cada movimento. Quase não conseguindo controlar a vontade que tinha de abraçá-la, beijá-la, dizer que sempre a quis. Mas Vivian resolveu, tinha que ser hoje, não aguentava mais o peso daquele amor imenso, guardado no seu coração há anos.
--Acabei! – disse Alê virando para Vi. – O que houve? Por que ta me olhando assim, Vi?
Vivian encarava Alê, deixou o pano de prato de lado e foi se aproximando desta. Alê tava morrendo de medo, Vivian caminhando em sua direção parecia uma leoa atrás de sua presa. Os olhos azuis, quase vermelhos, de tanto desejo que se via neles. E só de pensar na possibilidade do que viria a acontecer, Alê começou a tremer.
--Lembra do que eu disse que queria falar com você? – Vivian se aproximou de Alê, entrelaçou as suas pernas nas dela e pôs as mãos na cintura.
--S... Sim. O que você ta fazendo, Vi? – disse Alê tremendo com aquele simples contato. Não conseguia acreditar que Vivian estava dando em cima dela.
Nessa hora começou a tocar Alive – Black Eyed Peas.
--O que eu sempre quis, Alê – sussurrou Vivian encostando a boca no ouvido e passando a língua no lóbulo da orelha de Alê.
--Diz, Vi! O que você sempre quis? Fala pra mim... fala. – falou baixinho no ouvido de Vivian, enquanto uma das mãos a puxava pela cintura, para que o contato dos corpos aumentassem. E a outra acariciava sua nuca.
--Você, Alê! Eu sempre quis você. – disse Vivian olhando nos olhos de Alê.
--Ahhh.. minha morena...eu também sempre te quis – disse a loira mordiscando seu lábio inferior.
Alessandra não conseguia acreditar que era Vivian, ali em meus braços, mas independente de acreditar ou não, ela lhe fez perceber que qualquer sentimento que tivesse existido por Dani, poderia ser amor, mas não o amor intenso e delirante que sentia por Vivian.
Vivian não conseguia acreditar no que acabara de ouvir, Alê a tinha chamado de “minha morena” e tinha razão, Vivian era completamente de Alê. Aquela expressão despertou um desejo tão grande fazendo com que o calor não abandonasse o corpo de Vivian. Abrindo um sorriso ela mergulhou naquele beijo que tanto ansiara noites adentro.
As duas esqueceram completamente de qualquer coisa ao redor delas. Não tinham como pensar em outra coisa durante aquele beijo. Esperaram tanto por ele e ao mesmo tempo tinham tanto medo, que tremiam por dois motivos: pelo desejo que correia pelas veias, e pelo medo de que uma das duas do nada negasse aquilo que sentiam.
As línguas se acariciavam, brincavam, em meio a mordidas e gemidos, num beijo quente e repleto do amor que sentiam uma pela outra. E aquela descoberta dos sabores, das texturas fez com que o desejo aumentasse e elas só conseguissem pensar que queriam mais e mais.
As mãos de Vivian subiram até a barriga da sua loira. A princípio sentiu os músculos se retesarem com o contato, mas em seguida relaxarem, e com a boca Vivian abafou os gemidos de Alê. A pele da loira era macia, exatamente como sempre tinha imaginado.
A loira desceu as mãos até aquele par de coxas que a deixavam maluca. Subiu o vestido passando a mão por cima da calcinha da morena e gem*u quando percebeu que a calcinha era minúscula. Ficou alisando e apertando, ora a bunda ora as coxas de Vivian.
O tesão entre as duas era tamanho que precisaram parar para recuperar o fôlego. Só que a vontade de prolongar aquela sensação era maior que qualquer coisa, mas nada era maior do que a vontade de ir até o fim com aquilo que sentiam.
--Amor, vamos pro quarto! – disse Alê desgrudando a boca da outra para respirar um pouco. O que não adiantou muito, porque ela começou a beijar seu pescoço o que a fez gem*r em vez de respirar.
As pernas da loira estavam bambas. Com uma força que não sabia de onde ela empurrou Vivian, já que a morena havia lhe imprensado entre a pia da cozinha e o corpo dela, e a levou em direção ao quarto. Alê não resistiu muito e logo tirou o vestido que ela usava e o jogou longe.
Vivian estava tão envolvida e concentrada em tentar tirar a camisa de Alê, que nem viu o seu vestido (que ela tinha comprado especialmente para a ocasião) voar longe. Num piscar de olhos, Alê a puxou pra cama e caíram uma em cima da outra. Vivian por cima de Alê.
Alessandra queria logo sentir o toque das mãos de Vivian no meu corpo. Já abria o fecho do sutiã dela e acariciava seus seios por debaixo do bojo. A loira ficava excitada só de vê-la gem*ndo e pedindo mais, enquanto brigava com os botões de sua camisa. Já não aguentava mais, queria sentir o corpo dela colado ao meu.
--Rasga logo, amor! – disse Alê em estado de desespero.
Depois daquele pedido, quase ordem, Vivian não resistiu. Por mais que achasse a camisa linda, fez como em seus sonhos mais eróticos. Sem nenhum pudor, rasgou a camisa com um puxão só, vendo todos os botões irem pro ar.
Alê gritou, aquela situação quase selvagem, vendo o completo descontrole de Vivian a deixou mais excitada ainda. Nessa hora ela já brincava com os mamilos de Vivian, mordia, ch*pava, enquanto sua mão descia para ver se aquela excitação toda era só com ela. E foi a melhor sensação da sua vida, sentir a calcinha da morena toda molhada. As duas gem*ram, Alê pelo prazer de ver que Vivian lhe desejava tanto quanto ela e Vivian pelo contato pelo qual sempre esperou.
Vivian com a mão de Alê alisando seu clit*ris, por cima da calcinha, teve a certeza que nunca mais precisaria saciar seu desejo sozinha. Agora sim, que tinha as mãos da sua loira percorrendo seu corpo, todo o prazer que tinha seria só dela. Vivian ajoelhou-se na cama, tirou a calça e a calcinha de Alê, enquanto essa tirava o próprio sutiã. E logo em seguida tirou a calcinha que vestia. Pôde finalmente admirar por completo o corpo daquela loira em sua frente. Olharam-se com um sorriso nos lábios e depois vagueavam os olhos pelo corpo todo.
A loira não suportou ver Vivian a comendo com os olhos, a puxou e se beijaram, enquanto as mãos passeavam por seus corpos, a morena alisava os seios de Alê e a loira, a bunda de Vi. E a morena rebol*va em cima de Alê, encostando seus sex*s molhados, sedentos pelo contato.
--Minha loira... você é tão gostosa.. tão linda! – dizia Vivian ofegante. Agora tinha tudo que sempre desejou, ver Alê embaixo dela acompanhando seu ritmo com os quadris e gem*ndo em seu ouvido, com a respiração ofegante pedindo mais.
--Você... também... mais... mais.. minha morena! – dizia Alessandra ofegante enquanto a mordia no pescoço e com as mãos na bunda dela, aumentava o ritmo. Mas Vivian a provocava, não querendo ir rápido. - Amor.. por favor... – disse a loira sussurrando no ouvido dela, enquanto lambia sua orelha e apertava seus seios.
--Olha pra mim, Alê – pediu Vivian – Eu amo você! – disse olhando nos olhos da sua loira.
--Eu... eu... eu também.. te amo – respondeu olhando nos olhos dela, aquele olhar as deixou mais excitada ainda.
Vivian ouvindo aquilo se soltou, era muito desejo contido durante anos querendo explodir. E gritando de prazer, mordendo a orelha de Alê e alisando seus seios, aumentou o ritmo até chegarem ao orgasmo em meio a palavras desconexas e gemidos. Quando Vivian viu amor e desejo naqueles olhos, não teve como se segurar. A mulher que sempre amou e desejou tava ali, embaixo dela, ansiando tanto quanto ela pelo prazer que sempre quis dar e receber.
Alessandra nunca imaginou que Vivian fosse assim tão quente, gostosa e que ainda a amasse tanto. Mas quando viu nos olhos dela aquele amor todo e desejo, só a deixou mais doida ainda. E quando ela aumentou o ritmo, chegaram juntas ao orgasmo. Delirando de prazer com o cheiro dela, as palavras e os gemidos que ela fazia, e ela ainda conseguia ficar mais linda goz*ndo, a deixaram fora de órbita. Só pensava nela, só amava ela e só queria ela.
Vivian caiu ofegante em cima de Alê, assim como ela também estava. Ficaram alisando os cabelos uma da outra enquanto as respirações voltavam ao normal. Alessandra admirada com aquele cabelo negro e tão macio, e Vivian sentindo o cheiro maravilhoso da cabeleira loira de sua amada, como sempre quiseram fazer. Porém, sabiam que estavam se recuperando para a noite de amor que teriam pela frente. Teriam anos para compensar. E o peso da morena em cima da loira e o calor de seu corpo que passava para o dela, lhe fizeram ter certeza de uma coisa. Elas sempre se amaram, durante anos, e por um medo bobo ficaram anos se desejando escondidas. E a percepção desse fato lhes garantia que a noite seria longa. Pensar nisso só fazia com que o desejo aumentasse.
Fim do capítulo
Muito obrigada pelos comentários!
Espero que estejam gostando!
Na segunda, provavelmente postarei a última parte!
Beijos..
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